quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Portugal. CGTP FAZ CONGRESSO ESTE FIM-DE-SEMANA. A LUTA CONTINUA



Intensificar a luta no sentido de resolver os problemas dos trabalhadores, reforçar o papel e a ação dos sindicatos nos locais de trabalho e valorizar salários e condições de trabalho. São objetivos da CGTP para os próximos 4 anos.

A Intersindical reúne-se esta sexta e sábado em congresso na cidade de Almada, onde os mais de 700 delegados vão discutir e aprovar o programa de ação para o próximo mandato. No documento, que ainda assume forma de projeto e que segue de guia para os trabalhos, há ainda um reforço das criticas à concertação social.

Quando comparamos com o documento aprovado no ultimo congresso, ao tom crispado com que se referia à concertação social e ao papel do governo na linha estratégica do ultimo mandato, a CGTP junta a UGT e as confederações patronais ao rol de criticas inscritas no projeto de programa de ação.

A Intersindical acusava a concertação social de ser governamentalizada, agora repete a critica e vai mais longe dizendo que é preciso combater a ideologia de conciliação de classes uma vez que os interesses são antagónicos e portanto inconciliáveis. No documento elaborado em meados de novembro e que ainda será sujeito a alterações no decorrer deste congresso é reforçada a importância da intervenção e luta num pais que, defende a CGTP, foi magoado pelas políticas de direita, com referencias aos PEC, ao Memorando da troika, ao Tratado Orçamental e ao Programa de Estabilidade.

Para os próximos 4 anos a central sindical defende que a luta deve ser intensificada e alargada para que haja uma rutura com a política de direita, sublinhando que foi a força dos trabalhadores a impedir que algumas medidas mais gravosas fossem tomadas pelo anterior governo. Essa força, garante a CGTP, contribuiu ainda para que a coligação PSD/CDS tivesse ficado em minoria no parlamento. Facto que abriu uma nova janela com uma nova maioria parlamentar o que para a Inter favorece a formação de um governo do PS.

O projeto de programa de ação tem data de 11 de novembro antes do governo de António Costa entrar em funções mas os acordos à esquerda já eram uma realidade por isso a ideia transmitida no documento sujeito a discussão indica que o governo socialista deve assumir como prioridade a resposta aos problemas dos trabalhadores e a rejeição da política de direita.

Nuno Serra Fernandes – TSF – Foto: Reinaldo Rodrigues / Global Imagens

Sem comentários:

Mais lidas da semana