terça-feira, 12 de abril de 2016

Angola. Dala em greve de fome. Alguns dos bens de Nuno Dala já foram devolvidos



Gertrudes Dala confirmou que já tem em sua posse algum do material retirado pelo SIC ao activista. Dala não vai parar a greve de fome enquanto não entregarem à sua irmã uma procuração.

Alguns dos objectos do activista Nuno Álvaro Dala estão desde ontem em posse dos seus familiares. Nesta segunda-feira, 11 de Abril, data em que completou 33 dias em greve de fome, as autoridades decidiram devolver a mochila, cartões multicaixa, telefone, impressora, o Bilhete de Identidade, uma maquina fotográfica e os livros do investigador, o que corresponde a uma parte dos materiais pelo qual tem estado a reivindicar, deixando a sua vida em perigo eminente.

Segundo Gertrude Dala, irmã do activista, os bens foram entregues ontem na 14ª Secção dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, na presença de um dos responsáveis dos Serviços Prisionais, António Fortunato,  e de dois agentes do Serviço de Investigação Criminal.

As autoridades não fizeram a devolução do computador por ser considerado como uns do materiais do crime. O equipamento informático está no Laboratório Central de Criminalística.

“Ontem fomos ao tribunal, com o director dos Serviços Prisionais e dois agentes do SIC, buscar as coisas dele. Não deram todos os materiais. Falta a driver, computadores e também alguns cartões de multicaixa”, explicou.

Gertrudes Dala contou hoje ao Rede Angola que o activistas recusou-se em parar com protesto que já está no 34º, mesmo sabendo da devolução. De acordo com a irmã, Nuno Álvaro Dala solicita que as autoridades emitam uma procuração, documento pelo qual poderá facilitar  os familiares a fazerem algumas movimentações bancária em quanto está preso.

“Depois de lhe mostrar as coisas, disse-me que não vai parar com a greve porque as autoridades sabem que teriam dado os materiais juntamente com a procuração para movimentar as contas, uma vez que ele está preso”, contou.

O RA esteve hoje no Hospital Prisão de São Paulo, onde o activistas está internado. Devido à assistência médica a que estava  a ser submetido não foi possível falar com o professor universitário, um dos integrantes dos 15+2 condenados por crimes de actos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores.

Naquele momento, segundo os agentes prisionais, para não ficar desidratado, os técnico de saúde explicou que estão aplicar soro glicose na veia do Nuno. Os guardas do Hospital de São Paulo afirmaram também que o professor universitário continua a depender da cadeira de rodas.

Na foto: Nuno Dala em pé durante o julgamento

Borralho Ndomba. – Rede Angola

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