O
investidor português Paulo Gorjão criticou hoje a missão de observação
eleitoral da comunidade de países lusófonos às presidenciais de domingo na
Guiné Equatorial, considerando que a presença legitimou uma votação que
"não foi justa nem livre".
Num
artigo de opinião, o também presidente do Instituto Português de Relações
Internacionais e Segurança (IPRIS) lembrou que a conclusão tirada pela missão
de observação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) -
"votação correu de forma ordeira e pacífica" -, "evita a questão
de fundo".
"Como
se constata a partir da leitura da nota, percebe-se rapidamente o intuito que
esteve por detrás do convite do Governo da Guiné Equatorial para que a CPLP
enviasse uma equipa de acompanhamento da votação", afirmou Paulo Gorjão,
notando os 98% dos votos obtidos pelo reeleito Teodoro Obiang Nguema, há 37
anos no poder.
Lusa
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