quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Angola. Amnistia Internacional denuncia agressões a Dago Nível Intelecto



Activista foi transferido, contra a sua vontade, de Viana para Caquila e chegou a ficar em greve de fome por três dias.

Não foram apenas oito activistas agredidos pela polícia ao tentar visitar Francisco Gomes Mapanda, também este, mais conhecido por “Dago Nível Intelecto”, foi agredido no último dia 3 de Setembro.

Segundo uma denúncia da Amnistia Internacional, nesse mesmo dia, Dago foi agredido ao se recusar a arrumar as coisas para uma transferência da prisão da Comarca de Viana para a Cadeia de Caquila antes que a sua família fosse avisada.

A organização relata que durante a tentativa de visita por parte dos activistas condenados por actos preparatórios de rebelião – e posteriormente amnistiados -, Dago foi informado da sua transferência, devido à “confusão” criada pelos seus amigos.

Ao pedir que a sua família fosse informada da transferência, Dago terá sido agredido e transferido contra vontade.

O activista chegou a iniciar uma greve de fome, que durou até ao dia 6, quando recebeu comida da mãe, que o visitou em Caquila, para quem a viagem para ver o filho ficou muito maior do que quando ele estava preso na Comarca de Viana.

Dago está a cumprir desde Março uma pena de oito meses por, durante uma sessão do julgamento dos activistas, ter dito que o processo era uma palhaçada.

Ao contrário dos 15+2, Dago Nível não foi beneficiado pela amnistia aprovada recentemente pelo governo em alusão aos 40 anos de Independência. A mãe de Dago Nível, Susana Mapanda, crê que o filho já poderia estar livre, e que a defesa não está a dedicar-lhe a mesma atenção prestada aos outros activistas.

Rede Angola

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