quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Frelimo acusa Renamo de ações criminosas que minam a paz em Moçambique



A Frelimo, partido no poder em Moçambique, acusou hoje a Renamo, principal força de oposição, de ações criminosas que põem em causa a consolidação da paz, apontando a restauração da estabilidade como um desafio para o país.

Falando em conferência de imprensa do lançamento das festividades do Acordo de Lusaca, assinado em 07 de setembro de 1974, entre Portugal e a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) para a independência do país africano em 25 de junho de 1975, o porta-voz do partido no poder, António Niquice imputou ao braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), a autoria de assassínios e pilhagens.

"Estamos cientes de que persistem grandes desafios na consolidação da paz, face às ações criminosas, assassínios e pilhagens protagonizados pela Renamo", afirmou Niquice.

Os homens armados do principal partido de oposição, prosseguiu o porta-voz da Frelimo, têm estado a protagonizar ações que configuram violações dos direitos humanos.

Falando sobre a passagem do 42.º aniversário do Acordo de Lusaca, António Niquice realçou que o entendimento representa a vitória heroica do povo moçambicano dirigido pela Frelimo.

"A celebração desta data coloca-nos o desafio de nos questionarmos hoje, o que podemos fazer, qual seria o nosso contributo, a nossa luta, a nossa entrega e dedicação para o bem da nossa pátria", acrescentou Niquice.

Moçambique, principalmente o centro do país, está a ser assolado por ataques armados a alvos civis e militares que o Governo atribui ao braço armado da Renamo.

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, já reconheceu a autoria de vários ataques, justificando com a estratégia de dispersar as Forças de Defesa e Segurança da serra Gorongosa, onde supostamente permanece.

O principal partido de oposição e a Frelimo têm trocado igualmente acusações de raptos e assassínios dos seus membros.

A Renamo exige governar em seis províncias do centro e norte do país onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014, acusando a Frelimo de fraude no escrutínio.

As negociações de paz entre as delegações do Governo moçambicano e da Renamo, que decorrem em Maputo na presença de mediadores internacionais, foram suspensas até 12 de setembro.

PMA // VM - Lusa

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