Um
alto funcionário do principal órgão de consulta do Governo chinês advertiu que
a censura da Internet praticada pelo país constitui um obstáculo à pesquisa
científica e desenvolvimento económico, numa rara crítica às restrições
adotadas por Pequim.
Luo
Fuhe, vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês - uma
espécie de senado, sem poderes legislativos - afirmou que a dificuldade em
aceder a 'sites' académicos estrangeiros força os investigadores chineses a
comprarem uma VPN (Virtual Proxy Network), um mecanismo que permite aceder à
Internet através de um servidor localizado fora da China, ou até a saírem do
país.
Os
comentários, difundidos hoje pela imprensa estatal, surgem numa altura em que
cerca de 3.000 delegados se reúnem em Pequim para a sessão anual da Assembleia
Nacional Popular, o órgão máximo legislativo da China.
'Sites'
como o Facebook, Youtube e Google, ou ferramentas 'online', como o Wetransfer,
estão censurados no país asiático.
Páginas
com termos "sensíveis" em vez de uma censura integral do 'site' estão
também bloqueadas.
O
sistema de censura da rede adotado por Pequim, conhecido como "Grande
Firewall da China" ("Grande Muralha"), impede também o acesso a
portais de universidades e de pesquisa académica.
A
China insiste numa rigorosa gestão da Internet, argumentando que a censura de
diversos 'sites' e conteúdos estrangeiros é necessária para proteger a
liberdade na rede e a "estabilidade social".
Mais
de 700 milhões de chineses usam a Internet.
O
controlo da rede é um dos traços mais negativos da imagem internacional da
China.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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