Primeira-ministra
resiste aos pedidos de afastamento e aponta a uma maioria parlamentar em
coligação com o DUP
Poucas
semanas depois de ter sugerido que abdicaria do cargo de primeira-ministra,
caso perdesse seis deputados da maioria de 17 que o Partido Conservador tinha
na Câmara dos Comuns, Theresa May não parece agora muito virada para essa
hipótese, mesmo tendo perdido a maioria parlamentar, no seguimento das eleições
legislativas de ontem.
De
acordo com a Sky News e com o “The Guardian”, a líder dos tories vai
encontrar-se com a Rainha Isabel II, às 12h30, no Palácio de Buckingham, para
propor a formação de um governo apoiado pelo Partido Democrático Unionista
(DUP), da Irlanda do Norte.
Numa
altura em que ainda está por confirmar o últimos dos 650 deputados eleitos para
a Câmara dos Comuns, os conservadores encontram-se com apenas 218 lugares, a
oito do número necessário para a desejada maioria.
Tim
Farron, dos Liberais Democratas, rejeitou prontamente a hipótese de voltar a
apoiar um executivo tory – como fez em 2010 – pelo que os 10 deputados eleitos
pelos unionistas norte-irlandeses são, neste momento, o trunfo possível de
Theresa May, para tentar evitar uma humilhação total.
Num
artigo publicado no London Evening Standard, o ex-ministro das Finanças do
governo de David Cameron, George Osborne, mostrou-se muito crítico na avaliação
de um cenário em que “as decisões que afetam Londres serão agora tomadas em
Belfast”.
Recorde-se
que a primeira-ministra convocou eleições numa altura em que o Partido
Conservador tinha uma vantagem de 20 pontos percentuais sobre os trabalhistas e
estabeleceu como objetivo mínimo aumentar a maioria de 17 deputados.
Jornal
i
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