segunda-feira, 31 de julho de 2017

NÃO HÁ QUEM POSSA COM O POVO DE HUGO CHÁVEZ




Carlos Aznárez

Escrevo esta nota com as entranhas e com toda a parcialidade que o momento vivido pelo continente exige. Comovido até o limite pela nova demonstração de sabedoria, valentia e entusiasmo com que o povo bolivariano brindou o continente. 

O que não fizeram nestes últimos meses os inimigos da paz para que este dia venturoso nunca chegasse? O que não gerou a maquinaria de morte e terror de uma oposição que hoje ficou esmagada por toneladas de votos para que as senhoras e o senhores ficassem paralisados nas suas vivendas e não saíssem a fim de cumprir com o mandato histórico de derrotá-los?

Recorreram a tudo: a querer matar de fome com o desabastecimento, a que crianças e idosos padecessem a falta de medicamentos elementares, só para por o chavismo de joelhos. Enquanto nos bairros e paróquias humildes de cada grande cidade surgiam filas (às vezes de desespero) para conseguir leite, farinha, pão ou papel higiénico, eles, os opulentos de sempre, jactavam-se de que nos seus bairros do Leste tudo lhes sobrava. Criminosos!

Quando essa maldita guerra económica já não lhes foi suficiente mobilizaram todo esse dinheiro que lhes chega aos milhões de Miami ou dos centros de poder ocidental adversos a essa Revolução que quiseram ver enterrada e geraram outro tipo de guarimbas [tumultos], mais letais, mais destrutivas, mais inimagináveis para qualquer pessoa com sentido comum.

Queimaram vivos seus próprios vizinhos, lincharam com forcas que recordavam o Klan estado-unidense, ou a golpes de tacos de beisebol. Assassinaram por toda a parte e "orgulharam-se" de fazê-lo porque para isso tinham e têm os meios hegemónicos do seu lado. Criminosos!

Hoje mesmo, desesperados porque o povo não lhes responde, destruíram máquinas de votação e atentaram com explosivos, ali em pleno centro dessa praça de Altamira que utilizam como santuário, a guardas nacionais bolivarianos. Sua proposta é sempre o terror e sentiam-se impunes até há pouco tempo, quando as Forças Armadas Bolivarianas (às quais tentaram em vão quebrar) ganharam as ruas para defender o povo.

A nível de pressão internacional, estes que hoje não sabem como explicar aos seus amos o que lhe aconteceu, também tiveram um acompanhamento descomunal. Não faltou ninguém no comboio da ingerência e da desestabilização. Desde Trump com suas sanções económicas e nova forma de bloqueio até as manobras de Almagro, da OEA, de Macri, Temer, Bachelet, Kuzinsky, Cartes, Rajoy, Felipe González e a mãe que os pariu. Todos e todas elas inscreveram-se na lista dos possíveis "reconstrutores" da Venezuela destruída pelos cães locais do ISIS. Imaginavam a Líbia e o Iraque, mas não perceberam que a Venezuela se parece com a vitoriosa Síria de Bachar e com o povo tornado exército.

Chegaram por fim a esta última semana, de bomba em bomba, de incêndio em incêndio, de ameaça internacional a discurso provocador. Puseram tudo o que tinham e mais ainda para que Caracas ardesse pelos quatro lados e para que alguns estados se fragmentassem em ilhotas "balcânicas" frente ao governo "tirânico" de Maduro. A CNN berrava mentiras, El País espanhol convocava, juntamente com Felipe González, um golpe militar. Patéticos!

Toda esta movimentação para que um povo não votasse. Parece piada, quando os que tanto apregoam a palavra "democracia" opõem-se agora a que o povo soberano emita um sufrágio. O que não fariam (já o sabemos, por experiência) se este povo farto de provocações decidisse tomar outros caminhos de auto-defesa!

Contudo, o famoso "Dia D" da MUD foi-se adiando hora a hora, a paralisação geral ficou chamuscada por falta de apoio, as barricadas do medo reduziram-se aos seus bairros e tanto destruíram que até os seus próprios estimuladores (os vizinhos que antes lhes abriam suas portas para que carregassem de gasolina suas molotov) começaram a afastá-los e a afastar-se. Um fiasco esta "resistência" que jamais deveria ter ousado apoderar-se dessa sacrossanta palavra dos nossos povos da Pátria Grande.

Até que chegámos a este domingo de júbilo para a democracia participativa. As pessoas saíram para votar desde as primeiras horas, ultrapassou [a capacidade de] alguns centros como o Poliedro de Caracas, cruzou rios e caminhou por montes (como em Táchira) para evitar os violentos, foram-se ajudando uns aos outros, mão com mão, fazendo da fraternidade um símbolo tal como os mercenários do MUD jamais haverão de conhecer. Essa sublime dignidade que não se forja no poder do dinheiro e sim no que o Comandante Eterno Hugo Chávez tanto repetia: "amor com amor se paga".

O voto foi em massa e a massa arrasou com toda a putrefacção que o império e os seus discípulos locais tentaram insuflar. Este domingo é de glória. Basta apenas ver a impotência nos rostos dos "comunicadores" do sistema. Fica reafirmada a Revolução, a liderança dos de baixo, os poderes comunais, a força indestrutível da unidade do povo e do exército, o mandato de Nicolás Maduro e sobretudo o legado de Hugo Chávez Frias. Todos elementos combinaram-se para que as mulheres e homens da Venezuela se sentissem mais bolivarianos do que nunca e se lançassem de mochila às costas para sair e votar. Vencedores, alegres e rebeldes, autênticos resistentes para impor a paz, gostem a quem gostar.

A partir de amanhã começa uma nova etapa, o inimigo planeará novas maldades mas está ferido na asa. E os que hoje jogaram o corpo para dizer presente à Revolução exigirão aprofundá-la, corrigir os erros, eliminar as barreiras burocráticas, eliminar os corruptos. Desejarão mais socialismo. Com tudo o que foi feito hoje, quem se animará a dizer-lhes que esperem, que ainda não é tempo? 

30/Julho/2017

O original encontra-se em www.resumenlatinoamericano.org/... 

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ 

FAZER CABEÇAS | Parágrafos com interesse e outros que nem por isso



Bom dia. Este já não é o Expresso Curto que trazíamos habitualmente aqui ao Página Global. Este é um artigo de opinião compilado do Expresso. É o que se segue. A tolerância e a perda de confiança no Expresso esgotou-se quando por aqui concluímos a mixórdia que naquela casa fizeram com a tragédia de Pedrógão Grande, em uníssono com o maioral compulsivamente mentiroso de nome Passos Coelho, do PSD. Assunção, do CDS, também andou a roçar-lhe nas ilhargas mas mesmo assim foi um pouco mais comedida. Facto que serve em abono da verdade mas não em abono dela e do partido que dirige.

Neste artigo de opinião que se segue, assinado por Cristina Figueiredo, pode e deve esperar de tudo. Dela como da grande média. Este sentimento resulta da falta de confiança que alastra relativamente à grande média e aos profissionais que a servem. Não são todos os profissionais, sabemos, mas são demasiados os que perderam, ou nunca tiveram coluna vertebral, muito menos miolos para assumirem a tão importante profissão de jornalistas com toda a integridade que se exige e não serem a voz do dono. Um jornalista deve ser aquele que procura intrinsecamente divulgar sem sofismas e com toda a independência factos ocorridos, sem dramatizações, sem vícios servis. Estatuto diferente já é este e todos os artigos de opinião. Cada um tem a sua. Que devemos respeitar. Independentemente de estarmos vigilantes sobre o opinado e o “fazer cabeças”.

Adiante. Aprendamos a saber ler nas entre-linhas e nas prosas daqueles que servem interesses que não são os coletivos, não são os das populações, não são os dos trabalhadores que são explorados e tantas vezes oprimidos, ameaçados e até despedidos por via de manhas que este sistema, dito democrático, permite aos que mais protege e a quem chamam (bem) “os do grande-capital”.

Recorrendo a António Aleixo:

P'ra a mentira ser segura 
e atingir profundidade, 
tem de trazer à mistura 
qualquer coisa de verdade.


Seguem-se parágrafos com interesse e outros que nem por isso. Saiba mais… se continuar a ler.

MM | PG

RESISTIR É VENCER | Venezuela: “O povo deu uma lição de coragem, de valentia”, diz Maduro



“Temos Assembleia Constituinte”, declarou o Presidente Nicolás Maduro perante centenas de apoiantes que se concentraram na noite deste domingo (madrugada em Lisboa) na Praça Bolívar, em Caracas, à espera dos resultados das eleições e comemorar a vitória, numa jornada marcada por muitos protestos da oposição em todo o país – o Ministério Público venezuelano refere que pelo menos dez pessoas morreram

Presidente da Venezuela elogia os venezuelanos pela "lição de coragem" e "maior participação histórica" nas eleições deste domingo para a Assembleia Constituinte.

"Temos Assembleia Constituinte (...), oito milhões (de votos) por entre ameaças (...), foi a votação mais grande que teve a revolução bolivariana em 18 anos. O povo deu uma lição de coragem, de valentia. O que vimos foi admirável", declarou Nicolás Maduro, perante centenas de apoiantes que se concentraram na noite de domingo (madrugada em Lisboa) na Praça Bolívar, em Caracas, à espera dos resultados das eleições e comemorar a vitória.

O Ministério Público venezuelano indica que pelo menos dez pessoas morreram, na sequência de confrontos, durante a jornada eleitoral, boicotada pela oposição, maioritária no parlamento.

As urnas deviam ter encerrado às 18h em Caracas (23h em Lisboa), mas poucos minutos antes deste limite o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que ia prolongar por mais uma hora as urnas de voto para as eleições da Assembleia Constituinte, "e sempre que haja eleitores à espera de exercer o direito de voto".

No domingo, foram chamados a votar mais de 19,8 milhões de venezuelanos para escolher os 545 membros da Assembleia Nacional Constituinte que vão redigir uma nova Constituição.

A escassas horas do fecho previsto das urnas, a aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) – que recusou participar nas eleições – afirmou que apenas 12% dos eleitores tinham participado no ato eleitoral.

Por outro lado, o chefe de Estado venezuelano referiu-se às "pretensões insolentes" do Presidente norte-americano, Donald Trump, de "ditar normas, ordens" a Caracas, com advertências de que não reconhecerá os resultados.

"Que nos importa o que diga Trump. Importa é o que diz o povo soberano da Venezuela (...) aqui na Venezuela ordenam e mandam os venezuelanos, o povo valente", frisou.

Nicolás Maduro criticou ainda os países solidários com os venezuelanos, como o México, Panamá, Colômbia, Peru, Chile, Brasil e Argentina, mas que obedecem "às ordens do império" norte-americano.

A convocatória para a eleição foi feita a 1 de maio pelo Presidente Nicolás Maduro, com o principal objetivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspetos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação, entre outros pontos.

A oposição venezuelana acusa Nicolás Maduro de pretender usar a reforma para instaurar no país um regime cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes.

Lusa | em Expresso | Foto: Nathalie Sayago / EPA

Angola | Mbanza Kongo para Dia Nacional da Cultura




O 8 de Julho de 2017 vai ficar na História Cultural de Angola como o dia em que, pela primeira vez, uma área nacional é elevada a Património Mundial, Cultural e Material da Humanidade, pela UNESCO. O Centro Histórico de Mbanza Congo foi quem obteve, e por direito, este “nosso pioneiro” importante galardão.

Um marcante dia da Cultura Nacional que deve ser recordado e preservado.

Foram vários anos de luta burocrática e de inconsequentes e inacabados projectos para que Mbanza Congo chegasse a tão bom porto. É certo que coisas feitas à pressa acabam por resvalar no nada e no vazio. Talvez tenham sido bons estes desenvolvimentos desencontrados ao longo dos anos.

Mas, agora não nos basta ficar com o nome nos Patrimónios Mundiais da Humanidade se não protegermos, devidamente, a área protegida.

E isso tem custos e não são poucos.

Primeiro, há que educar e sensibilizar as populações locais e administrativas que não são possíveis alterações paisagísticas e estruturais à estrutura (área envolvente e física) que levou ao galardão; segundo há que preservar essa área; terceiro, há que dar e assegurar condições técnicas, como acessibilidades, estruturas hoteleiras, saneamento básico, e humanas, como formação de pessoal ligado à hotelaria, ao turismo, a administração pública de monumentos, etc.

É certo que tudo isto tem custos, e não são poucos. Mas havendo tudo isto, haverá um fluxo de turismo que irá suportar não só todos estes custos como, ainda, dará para desenvolver a cidade e toda uma região envolvente.

Mas este galardão acaba por não contemplar só o Centro Histórico de Mbanza Congo. Ao fazê-lo a UNESCO está, também, a alertar para a preservação e solidificação de todo um complexo antropológico e etnolinguístico, geográfico e histórico do antigo e ancestral Reino do Kongo que ocupava territórios de Angola, República Democrática do Congo, República do Congo e há claros vestígios da zona sul do Gabão, ainda que alguns recentes historiadores – principalmente entre os afro-brasileiros, e talvez não estejam tão errados (não esquecer que parte da História do reino é-nos transmitida por historiadores europeus baseados, muitas vezes, em deturpadas fontes orais) – admitam que os reinos que estavam estabelecidos onde hoje é o Gabão, seriam reinos suserados do Reino do Kongo.

Ainda que nos cinjamos à área galardoada como Património Mundial, não esqueçamos que esta é sede da região etnolinguística Bakongo (Ba – Os – Kongo – Caçadores), cuja língua é o kikongo que predomina entre a grande maioria dos habitantes da província do Zaire e de algumas áreas que se estendem até à província de Luanda.

Por tudo isto, é que todos nós teremos de preservar o que tanto nos custou conseguir: ser incluídos na vasta lista de áreas Património da Humanidade.

ANGOLA | Sondagem prevê que CASA-CE ultrapasse UNITA



A primeira grande sondagem às eleições de 23 de agosto aponta para a uma maioria absoluta do MPLA. A CASA-CE poderá tornar-se na primeira força da oposição. A UNITA não dá credibilidade ao inquérito.

João Lourenço poderá tornar-se no próximo Presidente de Angola se se confirmar a maioria absoluta, que deverá superar os 60%, segundo o inquérito político-social do Instituto Superior Politécnico Jean Piaget de Benguela, em parceria com o Instituto Superior Politécnico Sol Nascente do Huambo e o apoio da Universidade Católica Portuguesa.

Apesar de prever mais uma vitória do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Carlos Pacatolo, coordenador da sondagem, aponta para uma possível mudança no cenário político no país.

"A grande surpresa prende-se com o fato de a CASA-CE ter uma grande probabilidade de se posicionar como segunda força mais votada, com cerca de 19% das intenções de voto, embora a diferença em relação à UNITA, que fica com 15%, não seja estatisticamente significativa, o que pode estar associada à margem de erro. Mas, ainda assim, existe a possibilidade de a CASA-CE se tornar na segunda força com mais assentos no Parlamento", estima Carlos Pacatolo.

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) já criticou o inquérito. O líder, Isaías Samakuva, considera que a amostra "não permite um apuramento sério da intenção de voto dos angolanos".

domingo, 30 de julho de 2017

MEMÓRIA DO 26 DE JULHO E DO ATENTADO DE 22 DE ABRIL DE 1976, EM LISBOA



… “En apenas tres siglos fueran desarraigados de sus tierras con destino a las plantaciones americanas más de cinquenta millones de africanos reducidos a la condición de esclavos, muchos de los cuales murieron en la captura y en la travesia.

 Martinho Júnior | Luanda

Más de cinco centurias de saqueo por parte de las metropolis europeas a la que se suma Estados Unidos desde el pasado siglo, han sido testigos de la edificación de opulentas sociedades capitalistas desarrolladas, erigidas en buena medida, sobre el sufrimiento, la miseria, el hambre y la muerte de los pueblos de Africa”… - Discurso do Comandante Raul de Castro, a 7 de Novembro de 1985, por ocasião do Vigésimo Aniversáio da criação das Colunas Um e Dois do Comandante Che Guevara no Congo (In “El Segundo Frente del Che en el Congo”, Jorge Risqué Valdés). 

1- Os ecos da Operação Carlota ressoavam em Cuba quando a 26 de Julho de 1976, há 41 anos, com a presença do camarada Presidente António Agostinho Neto, o Comandante Fidel de Castro, em Pinar del Rio cumpriu com as comemorações daquele ano, na parte mais ocidental de Cuba.

As comemorações do 26 de Julho de 2017, foram também em Pinar del Rio, mas os cubanos revolucionários e os progressistas de todo o mundo, celebram a data em uníssono, colectiva ou individualmente, por onde quer que estejam, pois ela é uma sensível prova de vida para todos aqueles que anseiam pela paz, pela liberdade, pelo aprofundamento da democracia, pelo socialismo e pelo respeito que humanidade e a Mãe Terra merecem e tanto carecem.

Todos esses, revolucionários e progressistas, que sabem que a Fidel a História o Absolverá, sabem que os que dão continuidade a esse caminho de dignidade a História os Absolverá e por isso fazem também legitimamente anos nessa data memorável…

BRASIL | Documentos revelam que Meirelles embolsou R$ 217 milhões através de lobby



Documentos registrados na Junta Comercial de São Paulo revelam que o ministro da Fazenda Henrique Meirelles recebeu, antes de assumir o atual cargo, R$ 167 milhões referentes a 'consultoria'. Quatro meses após sua posse, recebeu outros R$ 50 milhões. Uma das contratantes é a JBS de Joesley Batista

Rede Brasil Atual | em Pragmatismo Político

De acordo com informações obtidas pelo site BuzzFeed, com base em documentos públicos registrados na Junta Comercial de São Paulo, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles recebeu, antes de assumir o atual cargo, R$ 167 milhões referentes a pagamentos de consultoria a grandes empresas. Quatro meses após sua posse, recebeu outros R$ 50 milhões.

Os pagamentos foram realizados por meio de contas no exterior e, entre as empresas contratantes, estava a J&F, conglomerado de Joesley Batista. De acordo com nota do ministro, as movimentações foram feitas no exterior por se tratarem de “serviços prestados a empresas globais. Foi conveniência destas empresas globais pagar fora do país“.

Brasil | LULA E O FATOR DEMOCRÁTICO



Não apenas a esquerda, mas a maioria da sociedade começa a se voltar para Lula como única possibilidade de saída democrática.

Val Carvalho | Rio de Janeiro | opinião

Nova pesquisa mostra que Lula vence a eleição até mesmo condenado. De onde vem essa sua força? A força de Lula se alimenta de várias fontes. De sua resistência de sertanejo. De sua luta sindical. De sua trajetória política. Da memória de seu bom governo para os pobres e para a soberania nacional. É uma força inesgotável, que resiste ao maior bombardeio da história da mídia, tão arrasador que nenhum político aguentaria sequer um dia, quanto mais três anos seguidos, 24 horas por dia e por todos os meios de comunicação da grande mídia.

Mas a força de Lula vem aparecendo regularmente nas pesquisas, desnorteando os golpistas, porque com a economia indo a pique e os valores democráticos derretendo a olhos vistos, não apenas a esquerda mas a maioria da sociedade começa a se voltar para Lula como única possibilidade de saída democrática.


Lula já provou no governo que consegue articular interesses de classes em conflito num mesmo acordo nacional pelo desenvolvimento econômico. Mas para isso é necessário a volta da democracia; da vontade popular nas urnas, de eleições diretas livres e sem veto. O momento é de priorizar a derrota do estado de exceção e a volta da democracia.

BOAVENTURA: EM DEFESA DA VENEZUELA





Chavismo cometeu graves erros e precisa revê-los. Uma saída negociada seria possível. Mas o país está conflagrado pela ação dos EUA – como no Iraque, na Líbia e no Brasil…

Boaventura de Sousa Santos | Outras Palavras | Imagem: Bastardilla

A Venezuela vive um dos momentos mais críticos da sua história. Acompanho crítica e solidariamente a revolução bolivariana desde o início. As conquistas sociais das últimas duas décadas são indiscutíveis. Para o provar basta consultar o relatório da ONU de 2016 sobre a evolução do índice de desenvolvimento humano. Diz o relatório: “O índice de desenvolvimento humano (IDH) da Venezuela em 2015 foi de 0,767 – o que colocou o país na categoria de elevado desenvolvimento humano –posicionando-o em 71º de entre 188 países e territórios. Tal classificação é partilhada com a Turquia. De 1990 a 2015, o IDH da Venezuela aumentou de 0,634 para 0,767, um aumento de 20,9%. Entre 1990 e 2015, a esperança de vida ao nascer subiu 4,6 anos, o período médio de escolaridade aumentou 4,8 anos e os anos de escolaridade média geral aumentaram 3,8 anos. O rendimento nacional bruto (RNB) per capita aumentou cerca de 5,4% entre 1990 e 2015. De notar, que estes progressos foram obtidos em democracia, apenas momentaneamente interrompida pela tentativa de golpe de Estado em 2002 protagonizada pela oposição com o apoio ativo dos EUA.

A morte prematura de Hugo Chavez em 2013 e a queda do preço do petróleo em 2014 causou um abalo profundo nos processos de transformação social então em curso. A liderança carismática de Chavez não tinha sucessor, a vitória de Nicolas Maduro nas eleições que se seguiram foi por escassa margem, o novo presidente não estava preparado para tão complexas tarefas de governo e a oposição (internamente muito dividida) sentiu que o seu momento tinha chegado, no que foi, mais uma vez, apoiada pelos EUA, sobretudo quando em 2015 e de novo em 2017 o Presidente Obama considerou a Venezuela como uma “ameaça à segurança nacional dos EUA”, uma declaração que muita gente considerou exagerada, se não mesmo ridícula, mas que, como explico adiante, tinha toda a lógica (do ponto de vista dos EUA, claro).

VENEZUELA CONTINUA A VOTAR | Venezolanos votan en respuesta a violencia opositora





Ricardo Menéndez aseguró que los venezolanos participan en el proceso constituyente para votar por el futuro de la Patria y tras aguantar las agresiones de la derecha iniciadas en abril. 

El vicepresidente de Planificación de Venezuela, Ricardo Menéndez, aseguró que el pueblo venezolano ha aguantado las agresiones de la derecha y ahora lo demuestra saliendo a votar por la Patria este domingo. 

Tras ejercer su derecho al voto para la Asamblea Nacional Constituyente, Menéndez destacó la valentía del pueblo de Venezuela que vota por el futuro de la Patria y ahora se encuentra victorioso en la calle luego de aguantar las agresiones de la derecha nacional e internacional.

Aseveró que los medios de comunicación "se burlan" de la participación soberana del pueblo, quienes se mantenían en silencio y ahora salen a la calle a expresarse.

"Se caen las capuchas, algunas personas han pretendido creer que el pueblo venezolano se puede chantajear por un pasaje aéreo, pero nosotros seguimos con nuestra gallardía", expresó Menéndez. 

Apuntó que esta elección cierra la compuerta a los que pretendieron con guarimbas secuestrar la sociedad venezolana, por lo que hacemos un llamado al diálogo y a la participación. 

Este domingo Venezuela celebra los comicios para elegir la Asamblea Nacional Constituyente convocada por el presidente Nicolás Maduro, como un proceso constitucional, con el objetivo de preservar la paz en el país y derrocar la violencia que se ha registrado en los últimos meses por parte de la derecha venezolana.  

TeleSur | com imagem retirada de TeleSur e manipulada por PG

CNE venezolano: 94 % de las mesas de votación para Constituyente están operativas



El más reciente informe del Consejo Nacional Electoral de Venezuela precisa que casi el 100 por ciento de los centros de votación en el país está operativo. 

El Consejo Nacional Electoral (CNE) de Venezuela ofreció en la mañana de este domingo el primer balance sobre el inicio del proceso electoral, e informó que casi el 100 por ciento de los miembros de mesas, operadores de las máquinas y técnicos de soporte acudieron a sus puestos. 

El 94 por ciento de las mesas electorales del país ya se encuentran instaladas, informó la rectora del ente electoral, Socorro Hernández, más tarde. 

Hernández también indicó que se han presentado algunos hechos de violencia promovidos por la oposición, agrupada en la autodenominada Mesa de la Unidad Democrática (MUD), pero que se han tomado las medidas necesarias y ya están activados todos los mecanismos para que los electores puedan ejercer su derecho al voto sin problemas.

Por otro lado, la presidenta del CNE, Tibisay Lucena, expresó que los estados Amazonas, Bolívar y Delta Amacuro presentan retraso por su difícil acceso a algunas comunidades.

VENEZUELA | Maduro llama a votar por la Asamblea Nacional Constituyente - com vídeo





"Vamos todos con amor y coraje a votar y ganar la paz y la independencia de nuestra amada Venezuela", expresó el presidente Maduro.

El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, llamó a sus compatriotas a salir a votar este domingo para elegir los 537 integrantes de la Asamblea Nacional Constituyente (ANC) y así, afianzar la paz en el país suramericano.

Minutos antes de que abran las mesas de votación (06H00 hora local), Maduro se pronunció a través de su cuenta oficial en Twitter.

Más de 100 muertos se han registrado en Venezuela en los últimos meses, desde el llamado de calle de la oposición. Maduro ha reiterado que la ANC será el espacio para consolidar el diálogo y la paz.

En medio de rumores y de presiones, entre ellos sanciones por parte de Estados Unidos, el jefe de Estado reafirmó que la votación se desarrollará tal como estaba pautado.

"Llueva, truene o relampaguee la Constituyente va... por la paz necesaria vamos a ejercer la soberanía votando y venciendo... Somos Venezuela...", subrayó.

Este domingo están convocados 19 millones 477.387 votantes a elegir a través del voto directo, universal y secreto a los miembros de la ANC. Estarán dispuestos 14.500 centros de votación y 24.000 mesas electorales  en todo el país.


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Angola | OS INSONDÁVEIS SUBTERRÂNEOS INVISÍVEIS DA FRAUDE ELEITORAL



Raul Diniz | opinião

O exercício de marketing insistente investido pela campanha do MPLA nada mais é que a triste repetição do que assistimos com tristeza a mais de 20 anos. É penoso ver o MPLA completamente perdido e sem opções claras para afastar-se da imagem vergonhosamente desgastada do seu presidente vitalício. O MPLA não consegue sequer desligar-se dos efeitos desastrosos provocados pelas politicas corriqueiras inviabilizáveis, promovidas ao longo consolado de 38 anos do seu presidente vitalício.

A situação de crise do país é real e caótica, importa substituir o (C) de crise pelo “C” de criar no interior das instituições do estado, controlado por possessivos malandros empoderados do regime. Os governantes angolanos não possuem sabedoria alguma, por isso menosprezam a sabedoria milenar do povo, e por outro lado, subjugam a sociedade civil activa inteligente organizada.

Daí o insucesso resultante das politicas publicas errantes do ponto de vista económico-financeiro socialmente incomportáveis e nada aglutinador.

Os donos de Angola e do MPLA, precisam informar em que direção querem levar o país com esse vosso candidato de pedigree politico inferior e sem nenhum pragmatismo para ser o cabeça de lista. Pior ainda foi a escolha do numero 2 da lista, uma figura despolida e obsoleta de índole politica duvidosa, completamente inútil, sem qualidade ideológica. Em síntese, um personagem que provoca a desmobiliza da militância. A pergunta é: o que acontecerá no day after no pós-eleições?

Angola | FRAUDE DE CEBOLADA



O saco de truques com que o MPLA alcançará a vitória nas próximas eleições tem muitas camadas, como a cebola. Primeira camada (a óbvia): o MPLA capturou o Estado. Não é só a Comissão Nacional Eleitoral e toda a organização da votação que está nas mãos do Governo, é toda a poderosa máquina do Estado com a sua capacidade de mobilização (e pressão) que é colocada ao serviço de uma campanha amplamente servida de meios públicos.

João Paulo Batalha * | Folha 8 | opinião

Na verdade, no terreno, Angola não é uma democracia multipartidária. É uma ditadura de partido único com roupas coloridas de democracia pluralista (já lá vamos a essa camada).

Segunda camada: a repressão. Os observadores estrangeiros mais distraídos podem já ter-se esquecido do célebre processo dos 15+2, que deu ao regime angolano infâmia mundial. Mas basta ler os relatórios da Amnistia Internacional ou da Human Rights Watch para perceber que há coerência e continuidade entre esse processo – em que um grupo de jovens é condenado pelo crime de ler um livro que mete medo ao Presidente – e todo um currículo sombrio de abusos, de repressão violenta de manifestações pacíficas, de detenções arbitrárias, até de execuções sem julgamento.

Portugal | ENTRE A LAMA E OS ALÇAPÕES



Manuel Carvalho da Silva | Jornal de Notícias | opinião

O verão é um período de poucas notícias, mas este ano não está a ser o caso. Há um denso noticiário em torno de tragédias, com realce para a dos fogos florestais, temos mais lutas sociais dando origem a algumas notícias e é ainda significativo o espaço especulativo a propósito de alguns processos judiciais. No entanto, o debate político que acompanha a agenda noticiosa revela-se muito pobre, o que não afiança nada de bom para o futuro próximo.

Os partidos da Direita, atolados num pântano malcheiroso, atiram lama em todas as direções. Tendo optado por terem como programa político a mera aplicação da cartilha neoliberal reinante, para estes partidos Portugal é apenas mais um espaço para prolongamento desses interesses, fator que aprofunda o seu distanciamento face às realidades concretas que aqui se vivem. O caso da lista de vítimas em Pedrógão Grande ilustra tristemente esse vazio e mostra que daquela banda não virá qualquer contributo sério, neste caso sobre o que é urgente fazer no que toca à floresta nacional, ao ordenamento do território e ao combate aos incêndios.

As lutas sociais latentes ou em curso, a baixa qualidade do emprego e das retribuições, a discussão estruturante sobre o próximo Orçamento do Estado ou o debate sobre a posição do país na UE não merecem à Direita mais do que negligência, aqui e ali salpicada por pronunciamentos de oportunismo político. A Direita entregou-se à chicana política, fazendo uso de quaisquer armas de arremesso e apoiando-se em alguns grandes meios da comunicação social que, sem escrúpulos, se alimentam do alarme social.

PORTUGAL CÓMICO SE NÃO FOSSE TRISTE | Tancos e a guerra do Raul Solnado - com vídeo





“‘Tá lá? É do inimigo? Vocês podem parar a guerra aí um bocadinho? Tenho aqui um colega com dores de cabeça e também tenho o canhão encravado (...) Quando pensam atacar? No sábado não porque a gente faz semana inglesa. Sexta-feira a que horas? Aí estamos todos a dormir. Não podiam vir depois do almoço?”

Ana Sá Lopes | jornal i | opinião

Este é um trecho de um famoso sketch do grande humorista Raul Solnado que, se fosse vivo, poderia agora reproduzir o seu telefonema com o inimigo e, com alterações, chamar-lhe “roubo de Tancos”. Inicialmente, o caso foi considerado pelas autoridades militares e políticas como “grave” ou “gravíssimo”.

O chefe do Estado-Maior do Exército exonerou temporariamente cinco comandantes. Costa foi de férias. Quando voltou, explicou que antes de sair do país tinha contactado a secretária-geral da Segurança Interna, Helena Fazenda, que o descansou: não havia risco para o país. Nos últimos dias ficámos a saber que:

1 – A secretária-geral da Segurança Interna soube do furto “pelos jornais”, como disse a própria, no dia 29 ao início da tarde. Nesse dia, o Exército faz um comunicado público.

2 – A partir do momento em que soube do acontecido, ao mesmo tempo que os leitores dos jornais, Fazenda tentou contactar o chefe do Estado- -Maior-General das Forças Armadas. Em vão, durante o dia. O senhor general só atendeu à meia-noite. A menos que estivesse a ser sujeito a uma operação cirúrgica, não se percebe como pode ignorar telefonemas da secretária-geral durante dez horas.

3 – O ministro da Defesa aludiu à hipótese de terrorismo, a PGR confirmou as suspeitas de as armas terem ido parar ao terrorismo internacional, mas Costa disse que foi informado, antes de ir de férias, que o roubo não estaria associado “a qualquer risco de atividade terrorista nacional ou internacional”. Ninguém se entende.

4 – O material roubado não é obsoleto, segundo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas; algum material roubado é obsoleto, segundo o chefe do Estado-Maior do Exército. “‘Tá lá, é do inimigo?” 

Nota: Página Global aproveitou a oportunidade para recordar Raul Solnado através do vídeo apresentado. Convidamos aos interessados em conhecer Solnado que pesquisem em Youtube.

“DESPERADO” EM PORTUGAL | PSD - Partido Significativamente Desesperado



A ausência de um pensamento estratégico para o país fora da caixa da austeridade é o problema, que convive com a existência de um líder acossado, nunca adaptado ao papel de oposição.

Pedro Filipe Soares *

O novo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, dirigiu-se ao país para fazer um ultimato ao governo. No anúncio urbi et orbi dava um prazo de 24 horas para a divulgação da lista das vítimas mortais da tragédia de Pedrógão Grande. A arma de arremesso político era a insinuação de que haveria uma manipulação da lista oficial das vítimas mortais.

As respostas nunca satisfizeram o PSD. Nem a indicação de que a informação estava a ser tratada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), nem o facto de ser segredo de justiça e o governo não o poder infringir, nem tão-pouco a separação de poderes. Nada demoveu o PSD de insinuar que estava em curso uma operação de branqueamento dos números de mortes. O PSD instigou uma teoria da conspiração com objetivos puramente partidários.

PORTUGAL | Protesto em Sines contra a exploração de petróleo na costa alentejana



Simulando um derrame de petróleo, os ativistas cobriram-se de tinta de choco e tricotaram uma linha vermelha em protesto contra a exploração de hidrocarbonetos em Aljezur. A ação teve lugar na Praia Vasco da Gama.

O protesto, que teve lugar este sábado, foi organizado pelo ALA - Alentejo Litoral pelo Ambiente(link is external), um grupo de cidadãs e cidadãos preocupados com os impactos da poluição na saúde, qualidade de vida, futuro comum e no meio ambiente, e que juntos estão a organizar diversas atividades cívicas no Alentejo para alertar para o perigo dos furos na sua costa. 

A iniciativa contou, contudo, com a colaboração da Campanha Linha Vermelha, bem como com o apoio de diversos coletivos, como o Stop Petróleo Vila do Bispo, Climáximo e Tamera. Os ativistas procuraram, desta forma, sensibilizar e informar os sineenses e os visitantes do Festival Músicas do Mundo sobre as consequências da exploração de hidrocarbonetos na costa alentejana.

No início das escadas que descem para a Praia Vasco da Gama, em Sines, foram colocadas faixas onde se podia ler “Não ao furo, sim ao futuro”.

sábado, 29 de julho de 2017

PISTAS E TRAUMAS DO LONGO CHOQUE NEOLIBERAL – II



Martinho Júnior | Luanda
   
Com o capitalismo neoliberal abriu-se a porta das “parcerias público privadas” à indústria de armamento, ao comércio illegal de armas ligado ou não a outros tráficos, ao mercenarismo galopante, à refinação das redes em termos de sua actuação segura e camuflada, à barbárie…

Nesses termos, as Forças Armadas dos Estados Unidos correrão sempre o risco de perder guerras a fim de que privados tenham com elas muitos lucros e, quanto aos seus apêndices, têm pulso livre para desencadear o caos, o terrorismo e a desagregação de nações e de estados onde quer que seja…

Os excedentes de armamento nos países do leste europeu “reconvertidos” pelo neoliberalismo a partir da década de 90 do século passado, criaram a oportunidade para negócios que alimentaram as guerras em África e alimentam hoje o fornecimento de armas aos terroristas da AL QAEDA e do DAESH.

Angola foi um dos primeiros “ensaios” na sequência da “Guerra Fria” (que em Angola não o era, mas uma Luta de Libertação contra o colonialismo, o “apartheid” e algumas das suas sequelas) – Martinho Júnior.

PÁGINA GLOBAL BLOGSPOT – http://paginaglobal.blogspot.pt/

1- A “guerra dos diamantes de sangue” levada a cabo por Savimbi de 1992 a 2002, tirando partido  dos malparados acordos de Bicesse e Lusaka, teve todos os ingredientes duma guerra “privada”, aparentemente “auto sustentada” e desenvolvendo-se em espiral: garantia-se basicamente a posse de território, explorando e vendendo diamantes a partir dos aluviões dos rios, a fim de transaccioná-los para comprar armamento e garantir a logística das tropas, fazendo progredir a mancha da subversão em direcção à tomada do poder.

Como todas as guerrilhas em África porém as bases de rectaguarda e de apoio estavam fora do território e, no caso da “guerra dos diamantes de sangue”, muitos pontos de apoio, em função da tipologia dos tráficos (de diamantes e de armas), em países próximos ou longínquos.

Os traficantes e os interesses a eles conectados fazem passar a “mensagem dominante” de que se trata duma “guerra civil”, mas basta recordar que em África a sul do Sahara só a África do Sul possui indústria de armamento, pelo que todo o material de guerra é importado, o suficiente para levar sempre em conta os interesses e as components externas dos conflitos, que se tornam muitas vezes determinantes.

Venezuela | REVOLUÇÃO BOLIVARIANA RESISTE, CONSTITUINTE É ELEITA AMANHÃ





Na Venezuela o presidente Maduro convoca eleições para a Constituinte, vão realizar-se amanhã, 30 de Julho. A oposição, dominada no topo por neoliberalistas, opõe-se aquelas eleições. O braço de ferro entre a oposição e o chavismo representado por Nicolas Maduro enquanto presidente da nação bolivariana tem sido tortuoso e sanguinário. Mais de 150 manifestantes já morreram. Há observadores que salientam o facto de existir o perigo da Venezuela enveredar pela guerra civil.

Independentemente dos riscos que corre a revolução bolivariana, existe uma nota que está a ser comum à América Latina (tome-se o exemplo do Brasil e de outros países), a recuperação no terreno do neoliberalismo, que por anos se viu sendo enxotado daquele continente. Nesta ação predominam operações da CIA e de outras organizações similares que atuam na desestabilização dos países com vista a repor nos poderes elites que lhes permitam recuperarem as vantagens políticas e económicas que têm feito da América Latina o Quintal das Traseiras  dos EUA - onde o capitalismo selvagem explora os povos latino-americanos, assim como todas as matérias primas do subsolo (minerais) e produtos agrícolas, entre outros. A Venenuzuela é riquíssima em petróleo e isso é sempre um dos maiores elementos atrativos da gula dos EUA. Para além do domínio geoestratégico que implica a perda de soberania dos países "democraticamente" ocupados. Mas a Venezuela de Simon Bolivar resiste.

A instabilidade provocada pelo neoliberalismo está a gerar a fuga de muitos dos seus habitantes, não só imigrantes – como é o caso de portugueses que ali estão há décadas. Muitos recorrem ao Brasil a pedirem refúgio. A seguir podem ler o que reproduzimos no PG a esse propósito. Ainda mais em baixo, se continuarem a ler, poderão aceder ao infográfico que mostra a sequencia de eventos desde 2015 na Venezuela, também uma produção de Opera Mundi. (PG)

Brasil | MEIRELLES, O PRESIDENTE INVISÍVEL



Enquanto país se distrai com o futuro de Temer e a “agenda da corrupção”, um homem comanda, em nome da aristocracia financeira e da mídia, as contrarreformas que realmente importam ao Mercado

Samuel Pinheiro Guimarães | Outras Palavras

1. Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, ex-presidente do Bank of Boston e durante vários anos presidente do Conselho da J e F (de Joesley), de onde saiu para ocupar o ministério da Fazenda, procura, à frente de uma equipe de economistas de linha ultra neoliberal, implantar no Brasil, na Constituição e na legislação uma série de “reformas” para criar um ambiente favorável aos investidores, favorável ao que chamam de “Mercado”.

2. Henrique Meirelles já declarou, de público, que se o presidente Temer “sair” ele continua e todos os jornais repetem isto, com o apoio de economistas variados e empresários, como Roberto Setúbal, presidente o Itaú.

3. Estas “reformas” são, na realidade, um verdadeiro retrocesso econômico e político. Estão trazendo, e trarão, enorme sofrimento ao povo brasileiro e grande alegria ao “Mercado”.

4. Enquanto crucificam o povo brasileiro e em especial os mais pobres, os trabalhadores e os excluídos, o debate político fica centrado na corrupção, desviando a atenção da classe média e dos moralistas, em torno de uma verdadeira “novela” com heróis e bandidos.

LUZES E SOMBRAS DO TRATADO DA ONU SOBRE ARMAS NUCLEARES



Manlio Dinucci *

O Tratado sobre a proibição das armas nucleares, adotado por grande maioria nas Nações Unidas em 7 de julho último, constitui um marco na tomada de consciência de que uma guerra nuclear teria consequências catastróficas para toda a humanidade.

Com base em tal compreensão, os 122 países que votaram se comprometem a não produzir nem possuir armas nucleares, a não usá-las nem ameaçar usá-las, a não as transferir nem as receber direta ou indiretamente. Este é o ponto forte fundamental do Tratado que visa a criar “um instrumento juridicamente vinculante para a proibição das armas nucleares, que leve à sua total eliminação”.

Não obstante a grande validade do Tratado – que entrará em vigor quando, a partir de 20 de setembro, for assinado e ratificado por 50 países – deve-se ter em conta os seus limites. O Tratado, juridicamente vinculante apenas para os países que aderirem, não os proíbe de fazerem parte de alianças militares com países possuidores de armas nucleares. Além disso, cada um dos países aderentes “tem o direito de retirar-se do Tratado se decidir que eventos extraordinários relativos à matéria do Tratado ponham em perigo os supremos interesses do próprio país”. Fórmula vaga que permite que a qualquer momento qualquer país aderente rasgue o acordo, dotando-se de armas nucleares.

O maior limite consiste no fato de que não adere ao Tratado nenhum dos países possuidores de armas nucleares: os Estados Unidos e as outras duas potências nucleares da Otan, a França e a Grã Bretanha, que possuem um total de oito mil ogivas nucleares; a Rússia que possui muitas; a China, Israel, a Índia, o Paquistão e a Coreia do Norte, com arsenais menores mas nem por isso desprezíveis.

EUROPA RESISTE ÀS NOVAS SANÇÕES DOS EUA CONTRA A RÚSSIA



Nota da União Europeia (UE) registrada pelo Financial Times fala de ação retaliatória contra os EUA se os EUA usarem as sanções para obstruir acordos de energia UE-Rússia, e apresenta planos para proteger as empresas europeias envolvidas naqueles acordos.

Na discussão mais extensa do novo pacote de sanções contra a Rússia, que a Câmara de Representantes dos EUA deve aprovar amanhã, comentei que a UE se enfureceria ao receber o pacote de sanções dos EUA como fato consumado, sem qualquer consulta prévia, pacote que a UE sem dúvida veria o movimento como, no mínimo, a tentativa, por alguns grupos nos EUA, para forçar a UE a comprar o caro gás natural liquefeito dos EUA, em vez de comprar o gás barato do gasoduto russo.

Lá eu também disse que, dado que quase com certeza absoluta já é tarde demais para impedir que o novo pacote de sanções seja convertido em lei, a UE provavelmente responderia com ameaça de retaliação, no caso de os EUA tentarem multar empresas europeias que participem dos projetos de gasodutos russos, e tentaria negociar com o governo Trump algum acordo para proteger empresas europeias que participem desses projetos de serem multadas pelos EUA.

A PRIVATIZAÇÃO DO ESTADO E A “DEMOCRACIA MODERNA”



Há muito que escutamos indiscutíveis lições a ensinar-nos o quão saudáveis são as privatizações para o nosso tecido económico, enquanto elas vão progredindo, tomando conta de tudo.

José Goulão | AbrilAbril | opinião

Todos os dias, em ambiente de acrescida e assustadora indiferença, somos testemunhas de fenómenos absurdos que gradualmente se vão inserindo, com anormal normalidade, num quotidiano cada vez mais em marcha – assim proclamam os tempos – que se acha moderno, inovador, de tal maneira prafrentex que até há quem goste de lhe chamar «progressista».

Isto por contraponto inquestionável ao «conservadorismo» de quem continua a defender que o ser humano deve ter direitos e não apenas deveres, uma vida decente e não uma servidão que alimente os números das estatísticas e os valores dos lucros ditados pelos sumos-sacerdotes do mercado.

É a «democracia moderna», sentenciam alguns que ganharam colunas de «referência» em observadores expressos e todos privados, embora alguns se digam públicos, correios, diários i jornais das notícias da manhã, da tarde ou da noite, todas iguais, mais ou menos polidas, por regra contaminadas pela verve do engano, pelo vírus da falsificação.

Nunca se explica muito bem o que é essa «democracia moderna», talvez porque faltem artes mágicas aos colunistas para convencerem leitores, ouvintes e espectadores de que é marchando em rebanho para a ditadura que se moderniza a democracia. Por isso navegam discorrendo com impagável sabedoria pelos pântanos daquilo a que chamam política, uma lama fedorenta e repugnante a que os cidadãos devem fugir cada um por si para tratarem do que é seu, entregando-se aos deuses ou à sorte, o que vem a dar no mesmo.

A IGNORÂNCIA, A PREGUIÇA E O PRECONCEITO



A arrogância intelectual do radicalismo pequeno burguês

Agostinho Lopes

A ignorância pode ser suprida pelo estudo, pela investigação. Mas tal exige algum esforço intelectual. Quando se juntam as duas, o resultado para o jornalista e/ou comentador é mortal. Quando se mistura o preconceito, que estabelece a matriz da análise, temos o caldo entornado…

A que propósito vem todo este arrazoado moralista? Ao tratamento de muita Comunicação Social da posição do PCP sobre o dito pacote florestal do Governo PS, votado na quarta-feira, 19 de Julho, e em particular, o seu voto contra, o projecto do Banco de Terras do Governo.

Podiam-se sortear alguns exemplos. Por exemplo, Jorge Coelho, Francisco Louçã, este com o acinte da intriga, e outros. Escolha-se o último lido, Daniel Oliveira, no Expresso Diário de 24 de Julho (poder-se-ia falar do último Eixo do Mal), e o seu sermão ao PCP sob o bonito título "a-terra-ao-proprietário-mesmo-que-a-não-trabalhe"!

A ignorância. O Daniel, não tem que saber de tudo. E logo não tem de conhecer o longo e largo dossier da política florestal no País. E em particular, a relação incêndios florestais/estrutura da propriedade florestal e a sua diversidade. O Daniel não tinha de saber que o problema da pequena propriedade florestal, dita abandonada, é mais velho do que aquilo que nós sabemos…! O Daniel não tinha de saber as posições e propostas do PCP e do que debateu com o Governo e deputados do PS. O Daniel não sabe mesmo, mas a isso não era obrigado, o conjunto de projectos votados, e a história longa, política e parlamentar de algumas dessas questões e temas, como o do cadastro. O Daniel, não estudou, não investigou, não perguntou sequer. Mas isso tem um nome…

quinta-feira, 27 de julho de 2017

PISTAS E TRAUMAS DO LONGO CHOQUE NEOLIBERAL – I



Martinho Júnior | Luanda  

Como feridas por soturar, as dramáticas pistas que comprovam a conspiração contra a humanidade, vão deixando suas marcas traumáticas na memória dos povos e em cada um de nós mesmos, combatentes que dão seu tributo modesto, com consciência crítica e capacidade investigativa, para que haja vida no Movimento de Libertação, para lá da nossa própria vida individual, na singularidade passageira que nos fez homens… - Martinho Júnior.

1- Longe já vão os tempos do exercício da administração republicana de Ronald Reagan (dois mandatos de 1981 a 1989) e no entanto, aquilo que ela iniciou no âmbito dos procedimentos típicos do capitalismo neoliberal, na sequência da implosão da URSS e do desaparecimento dos países socialistas do leste europeu, continua a fazer-se sentir, quer no âmbito do choque, quer no âmbito da terapia neoliberal.

No âmbito do choque neoliberal, o caos, o terrorismo e a desagregação de estados e nações, continua na ordem do dia no Médio Oriente como em África, na sequência das primeiras experiências registadas em África em 1992 (3 anos depois do fim do ultimo mandato de Ronald Reagan), de que o Ruanda, Angola e o Congo foram suas principais vítimas;

No âmbito da terapia neoliberal (recorde-se os programas que tiveram o rótulo “reaganomics”), entre os muitos exemplos que poderíamos citar, recorde-se que as iniciativas do quadro das parcerias publico-privadas foram pela primeira vez implementadas com Ronald Reagan.

Portugal | AS CORGAS… E OS ABUTRES



Rafael Barbosa* | Jornal de Notícias | opinião

Viçosa, Bica do Aceiro, Maroufeira, Marmeleiro, Barroqueiras, Alagoa, Ribeiro das Figueiras, Vale de Cabreiros, Cabeço do Carril... Por razões familiares, fui, um destes dias, confrontado com a leitura de um inventário onde constam uma série de terrenos outrora ocupados por oliveiras, vinhas, milheirais, figueiras, citrinos e pinheiros. Topónimos que me levaram de regresso aos anos 80 da adolescência e da passagem para a idade adulta, para aqueles longos e quentes verões passados em Domingos da Vinha, aldeia de um pequeno enclave alentejano que se adentra, a norte do Tejo, pelos territórios da Beira Baixa, ali ao lado de Mação.

Entre todos, o meu favorito era o das Corgas, a que se chegava passando pela Charneca e pelo seu caminho em terra bem batida, o único que permitia puxar pela mula, primeiro, e pelo burro, mais tarde, em curtas cavalgadas na carroça. Depois, virava-se à esquerda, entrando pela frescura, pelos cheiros, pelas cores e pelos sons que vinham do pinhal, para se terminar descendo a estreita e íngreme barreira, em direção ao vale, até dar, à entrada da horta, com a generosa nascente que nos matava a sede, a nós e a tudo o que brotava com força e abundância nos férteis terrenos das Corgas: os limões, as laranjas, as tangerinas, o milho, as vinhas, os tomates, as batatas, os feijões e o mais que já se me varreu da memória.

Memórias felizes, memórias infelizes. Porque naquele inventário de nomes, áreas. confrontações e pequenas descrições, feito pela minha mãe e pelo meu tio, o final é quase sempre igual e trágico: "Esta propriedade ardeu em agosto de 2003". Dois ou três anos depois do inferno de fogo, já sem avós, sem burro nem carroça, meti-me a pé pelo caminho que da aldeia sobe para a Charneca. Não cheguei muito longe. O fogo não deixara mais do que espetos negros de pau. Como diria o meu avô João Florindo, se então ainda fosse vivo, a terra ficou viúva. Já não tinha a noção da distância, não reconhecia os caminhos, não havia sons, o cheiro era sempre igual e a queimado, as colinas não eram as mesmas, os vales irreconhecíveis. Voltei para trás, angustiado, e nunca mais lá voltei.

Não foi agora, neste ano de 2017, que Portugal começou a ser destruído pelo fogo. A diferença é que este ano fomos sacudidos com a perda massiva de vidas humanas. Talvez nos sirva de lição. Ou talvez não. Sobretudo quando somos confrontados com o despudor com que um ex-jota, agora líder parlamentar, e quem sabe futuro líder do PSD, profere ultimatos revolvendo os cadáveres, como se fosse um abutre, na sua busca por despojos políticos.

*Editor-executivo

PSD DEVIA PEDIR DESCULPAS AO PS E AOS PORTUGUESES PELO COMPORTAMENTO INDIGNO



Está dada a resposta às declarações do PSD na AR, feitas por Abreu Amorim quando exigiu a apresentação de desculpas do PS ao PSD e aos portugueses.

Até parece que quem anda a procurar tirar aproveitamentos políticos da tragédia de Pedrógão Grande não é o PSD (o CDS menos).

Até parece que não foi Passos Coelho quem inventou suicídios - que felizmente não aconteceram. Até parece que não foi Passos e outros do PSD que batalharam em insinuações e declarações ferozes de que o governo estava a ocultar um maior número de vítimas mortais devido ao incêndio…

Se fossem gente de bem com arraiais assentes na política certamente não só ao PS (ao governo) deviam pedir desculpas, mas principalmente às gentes de Pedrógão Grande, aos familiares e amigos das vítimas que usaram em descarado e  vergonhoso aproveitamento político. Enfim, pedir desculpa aos portugueses pelo comportamento indigno que assumiram e parecem querer continuar a praticar. Isso, pedir desculpas, se tivessem realmente vergonha. Sentimento de que demonstram estarem desprovidos.

De certeza que não têm vergonha absolutamente nenhuma. E isso não parece, porque pelo demonstrado é facto. Tiveram a resposta, que saberá se continuar a ler.

MM | PG

Portugal | SALVEM O PPD/PSD!



Mário Motta, Lisboa

Comecemos preocupados. Ao que parece a espécie humana está condenada à extinção nos países ditos desenvolvidos… E os cientistas estão preocupados, como pode ver e ouvir na TSF: “A contagem de espermatozóides mostra um declínio de mais de 50% em menos de 40 anos. É uma diminuição perigosa afirmam os especialistas e não mostra sinais de abrandamento.”

Foi salientado que a preocupação é mais – ou totalmente – do mundo dito “desenvolvido” porque assim é o resultado das investigações cientificas. Ora veja se bate certo: “A equipa internacional de investigadores fez uma análise a mais de 180 estudos publicados ao longo de 38 anos, que incidem na contagem de espermatozóides em homens nos Estados Unidos, Europa, Austrália e Nova Zelândia.” Pois é.

Se quer saber mais vá direto ao título, na TSF: Homens têm cada vez menos espermatozóides. Boa leitura. Preocupe-se. Estamos em vias de extinção.

Também em vias de implosão e expectável extinção está o PPD/PSD em Portugal. Passou de partido político com assento na Assembleia da República e nos poderes do Estado para um circo inaudito que retira a já abalada dignidade ao Parlamento.

PARTE DA ELITE BRASILEIRA NÃO QUER UM BRASIL INDEPENDENTE



Celso Amorim analisou a lamentável situação do Brasil de hoje no concerto das nações, numa recente entrevista disponível no youtube.

Léa Maria Aarão Reis | Carta Maior

Há poucas semanas o Embaixador Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores no governo do presidente Lula e titular da pasta da Defesa no período da presidente Dilma, foi categórico quando analisou a lamentável situação do Brasil de hoje no concerto das nações, numa recente entrevista disponível no youtube. "O mundo vê o Brasil com perplexidade. As pessoas lá fora nem entendem direito o que está se passando aqui, e também é muito difícil explicar toda essa confusão política, jurídica, judicial", disse ele,  acrescentando: "O Brasil caiu muito, de um modo geral, para quem espera dele um comportamento como  país", afirmou.

Há cerca de dez dias, o ex-Chanceler, hoje presidente do Conselho da Unitaid, organização que pretende facilitar o acesso das populações de países pobres aos medicamentos para malária, tuberculose, AIDS, entre outras ações (como quebra de patentes, por exemplo),* voltou a lamentar a situação do nosso país no jogo atual da política internacional embora até pouco tempo atrás ocupasse posição de destaque como nação de prestígio, com um governo legítimo.

Carta Maior conversou com Amorim durante uma manhã de sol, no seu apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro, entre uma e outra viagem desse carioca apaixonado por cinema e um dos protagonistas, idealizadores e executor das políticas externas brasileiras e independentes do nosso passado bem recente.

FRETILIN MAIS 1.135 VOTOS QUE CNRT | Tabulação nacional confirma vitória Fretilin - oficial



Díli, 27 jul (Lusa) - O processo de tabulação e verificação nacional das atas das contagens municipais nas legislativas de sábado em Timor-Leste confirmou a vitória da Fretilin, com a maioria dos cerca de 200 votos reclamados a irem para este partido.

"Está concluído 100%. Parabéns a todos", disse Alcino Baris, presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE, quando, cerca das 18:30 horas locais terminou a tabulação.

Equipas da CNE realizaram durante os últimos dois dias um minucioso processo de verificação de cada uma das atas dos 843 centros de votação montados para as legislativas em Timor-Leste e na Austrália, Coreia do Sul, Portugal e Reino Unido.

Os resultados finais provisórios confirmam que a Fretilin obteve 168.480 votos (29,7% do total) o que lhe dá 23 lugares no Parlamento, tendo obtido mais 1.135 votos que o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) que obteve 167.345 votos (29,5% do total) e ficará com 22 deputados.


O Partido Libertação Popular (PLP) obteve 60.098 votos (10,6% do total), o que garante oito lugares no parlamento, o Partido Democrático (PC) obteve 55.608 votos (9,8% do total) e ficará com sete deputados e finalmente o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) obteve 36.547 votos (6,4% do total) ficando com cinco lugares.

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