Documentos
registrados na Junta Comercial de São Paulo revelam que o ministro da Fazenda
Henrique Meirelles recebeu, antes de assumir o atual cargo, R$ 167 milhões
referentes a 'consultoria'. Quatro meses após sua posse, recebeu outros R$ 50
milhões. Uma das contratantes é a JBS de Joesley Batista
Rede Brasil Atual
| em Pragmatismo Político
De
acordo com informações obtidas pelo site BuzzFeed, com base em documentos
públicos registrados na Junta
Comercial de São Paulo, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles recebeu, antes de assumir o atual
cargo, R$ 167 milhões referentes a pagamentos de consultoria a grandes
empresas. Quatro meses após sua posse, recebeu outros R$ 50 milhões.
Os
pagamentos foram realizados por meio de contas no exterior e, entre as empresas
contratantes, estava a J&F, conglomerado de Joesley Batista. De acordo com
nota do ministro, as movimentações foram feitas no exterior por se tratarem de
“serviços prestados a empresas globais. Foi conveniência destas empresas globais
pagar fora do país“.
Documentos
atestam que a empresa de Meirelles oficializou em fevereiro a distribuição de
lucros referentes ao ano de 2015. No total, foram R$ 215 milhões, e o atual
ministro retirou um montante de R$ 167.955.500. Sobre o fato de ter decidido
receber lucros de 2015 em fevereiro de 2016, Meirelles disse ter recebido sobre
serviços prestados anteriormente. “É frequente a distribuição de dividendos
neste período por empresas. Em 2015, foi registrado o recebimento de
rendimentos de serviços prestados ao longo de quatro anos para várias empresas,
em projetos de duração variável completados em 2015.”
Pouco
antes de assumir a pasta da Fazenda, Meirelles renunciou à presidência de sua empresa de
consultoria, mas continuou sócio. Em setembro de 2016, fez nova distribuição de
lucros, correspondentes aos primeiros quatro meses de 2016. Dessa vez, o total
foi de R$ 50 milhões, recebidos pelo ministro por meio da transferência de
cotas de sua empresa em um fundo de investimentos administrado pelo Bradesco.
Em
outubro de 2016, quatro meses após sua posse como ministro da Fazenda, Meirelles deixou de forma oficial de ter uma empresa
de consultoria, que passou a administrar bens, tratar de aluguel e compra de
imóveis, além de realizar investimentos.
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