domingo, 24 de setembro de 2017

PAGAM E NÃO BUFAM | PRESIDENTE FRANCÊS E A MAQUILHAGEM, TALVEZ GAY NÃO ASSUMIDO



Franceses elegeram há poucos meses Macron para a presidência de França, alinharam à direita. Deram a Marine Le Pen a maior votação que alguma vez teve, alinharam à direita. Agora andam escandalizados por constatarem que votaram num neoliberal sem escrúpulos (haverá algum que os possua?) que é serviçal da alta finança e do patronato. De surpresa e de desilusão em desilusão os eleitores de Macron concluem que votaram também num grande aldrabão, que faz exatamente o contrário do que havia prometido. 

Até em pequenos pormenores Macron demonstra ter mentido para se ver eleito. Inqualificavelmente o pantomineiro gasta à grande e à francesa milhares de euros em… maquilhagem. Os franceses limitam-se a pagar o “embelezamento” da sua figura (talvez gay não assumido). Pagam e nem bufam. Cá se fazem, cá se pagam. Votaram nele e elegeram-no presidente apesar de saberem as suas ligações à alta finança, não foi? (CT | PG)

Macron gastou mais de €26 mil em maquilhagem

Apesar de não ser o primeiro Presidente francês a gastar muito com a imagem, a verba é revelada numa altura em que Emmanuel Macron está em plena perda de popularidade, acusado de não cumprir as promessas eleitorais

esde que foi eleito, o Presidente francês, Emmanuel Macron, já gastou mais de 26 mil euros em maquilhagem. Isso significa que foram mais de 8500 euros por cada um dos três meses que passou no Palácio do Eliseu. Mas a sua maquilhadora, identificada como Natacha M., entregou apenas duas faturas: uma de dez mil euros e outra de dezaseis mil euros, segundo o jornal francês “Le Point”. Tanto dinheiro a saír dos cofres do Estado podia até não incomodar os franceses, o problema é ele não estar a cumprir as promessas feitas antes de ocupar o cargo, afirma o jornal.

Segundo o Palácio do Eliseu, as faturas correspondem não só ao trabalho de maquilhagem efetuado, mas também a despesas por causa de conferências de imprensa e deslocações ao estrangeiro, onde a maquilhadora teve que acompanhar o Presidente. O porta-voz do Palácio garante que os valores vão “reduzir drásticamente”, já que a verba resultou da necessidade de efetuar uma contração de “última hora”.

Ainda assim, os gastos do atual Presidente revelam-se inferiores aos do seu antecessor, François Hollande, que ultrapassou os 30 mil euros em períodos de quatro meses. Hollande tinha uma maquilhadora profissional a tempo inteiro, com um salário líquido de seis mil euros por mês. Também gastava mensalmente 10 mil euros em cabelereiro.

A situação está a contribuir para deixar os franceses ainda mais desiludidos com o Presidente Macron. Como candidato, prometeu promover reformas inovadoras e garantiu que diminuiria o défice público e cortaria alguns impostos, medidas que tardam em ser executadas. Anunciou apenas um corte de 870 milhões de euros no orçamento militar e tentou criar para sua esposa o cargo oficial de primeira-dama, proposta que deixou cair depois de os franceses terem somado 300 mil assinaturas numa petição contra a ideia, em menos de três semanas. (Apesar disso e sem cargo oficial, Brigitte Macron continua a ocupar um gabinete no Palácio do Eliseu).

Com uma carreira brilhante no mercado financeiro, e uma passagem pouco feliz como ministro da Economia, Macron não estará a começar da melhor forma como Presidente, apesar da boa imagem garantida por Natacha M.

Expresso (notícia em julho 2017)

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