segunda-feira, 25 de setembro de 2017

SEMPRE (OMNI)PRESENTES



 Martinho Júnior | Luanda 

1- Os interesses, em especial das casas bancárias que compõem a aristocracia financeira mundial, estão presentes onde quer que seja.

Em Angola, sinais de actuação desses interesses conectados à ligação Rothschild – George Soros têm sido uma constante, variando de potencialidade e nos seus objectivos.

A 1 de Março de 2003, há 14 anos, no semanário luandense “ACTUAL” nº 348, dava conta do que então conhecia em relação a Cabinda, num cenário que entretanto sofreu alterações, em função das capacidades de influência e manobra do estado angolano.

2- Neste momento, sinais desses interesses existem: a formação de elites angolanas, rendidas aos processos e expedientes tipicamente neoliberais, são em alguns casos a mesma face da moeda que do outro lado tem os apaniguados “de esquerda” (?) das “revoluções coloridas” e das “primaveras árabes” como expressão duma contradição manipulada e alimentada pelo poder de sua ingerência, entre eles “entidades” como Luaty Beirão, ou Rafael Marques de Morais.

3- Em Angola, até que ponto actualmente e por exemplo, redes de inteligência ligadas à lavagem de dinheiro, estarão a contribuir para a canalização de valores em benefício de redes terroristas?

Ao longo dos próximos 5 anos eles farão sentir-se, duma forma ou de outra, com maior ou menor intensidade, com mais ou com menos sentido de oportunidade, mas sempre procurando atrair para a sua mal parada causa a juventude, a partir de enredos externos que vão chegar a Angola sobretudo a partir de Portugal e do Médio Oriente (intimamente associados, no caso português, aos interesses da inteligência económica, estimulados também pelos vapores da NATO).

4- Há pouco tempo teve-se a oportunidade de avaliar a influência desses poderes que compõem o fulcro da hegemonia unipolar, no processo de “implosão” (?) da URSS, por via da traição de Gorbatchov, a partir de documentos secretos dos Estados Unidos, ora desclassificados…

Até hoje ninguém fez todavia uma avaliação alargada do comportamento das relações externas da Rússia a essa época (salvo no que diz respeito ao que foi ocorrendo sobretudo no Cáucaso, onde a Rússia perdeu a primeira das guerras na Chechénia), algo que se reflectiu aliás a seu tempo no ambiente em relação a Angola, à volta do acordo de Bicesse (a delegação russa de então compunha o ramalhete da vassalagem e dos “yes men” em submissão ao “diktat” estado-unidense).

5- Em Angola não se poderá “baixar a guarda” em relação a esses interesses, tendo em conta as características da conjuntura internacional e a batalha pela mobilização da juventude.

Aos patriotas angolanos exige-se uma muito melhor preparação do que aquela que têm demonstrado: reduzir o campo de manobra desses interesses e tendências, implica secar o pântano aos mercenários!


ROTHSCHILD – GEORGE SOROS: UMA “CONEXÃO” QUE“ESPREITA” ANGOLA, PELA VIA DE CABINDA

 “Creio que a probabilidade de fazer fortuna na Bolsa, é extremamente fraca. Para existirem um George Soros, ou um Warren Buffett (dois grandes financeiros americanos), quantos investidores muito menos felizes e clarividentes existiram! Na realidade, as grandes fortunas são, na maior parte dos casos, as que foram feitas por pessoas empreendedoras, ou por pessoas que foram investindo nos projectos industriais. Os mercados, são um bom suporte para assegurar a perenidade dum património , qualquer que seja a sua dimensão. Ter a ambição de fazer fortuna na Bolsa, isso contribui para se correrem riscos muito elevados e, sem dúvida, tarde ou cedo, expor-se a graves inconvenientes”.

A entrevista de David Rothschild ao “L’EXPRESS” de 12 de Setembro de 2002, além de sublinhar a falibilidade de quem criava a sua fortuna a partir da Bolsa, deixava a “janela aberta” para o facto do poderoso banqueiro, um dos membros de uma das mais conhecidas famílias que compõem o clube muito restrito da aristocracia financeira mundial, ter pelo menos conhecimento de como George Soros, enquanto excepção, arquitectou a constituição de sua própria fortuna.

Esse conhecimento levou-o assim a considerar que é muito pouco provável que os 70.000 milhões de dólares americanos em que está avaliada a fortuna disponível do bilionário George Soros, tivessem apenas surgido da Bolsa e não hajam outro tipo de empreendimentos e investimentos a“cobrir” a colossal fortuna.

Nesse sentido, vários investigadores chegaram à conclusão que o património e os investimentos dos Rothschild são a verdadeira “muleta” das inteligentes e desenfreadas especulações financeiras deGeorge Soros e, para “sarar as feridas” desses actos vorazes, à sua passagem como um  furacão pelos mais variados mercados financeiros do globo, o lobo que constitui o “especulador financeiro”, veste a pele da ovelha de “filósofo e filantropo”, catalizador e impulsionador de inovadoras ideias e argumentos na “Open Society”.

Os arquivos “telling the truth” (“dizendo a verdade”) de David Icke, revelam a conexão de Goerge Soros com os Rothschild, num longo artigo da autoria de Jan Von Helsing, sob o título elucidativo de “as sociedades secretas e o seu poder no século 20”, que sintetiza o teor do livro do mesmo autor e com o mesmo nome, dado à estampa em 1995 (http://davidicke.net/tellthetruth/rothschild/soros.html).

O grande segredo dessa conexão tem uma identidade, o “QUANTUM GROUP”, uma autêntica máquina de investimentos criada por George Soros nas Antilhas Holandesas (de forma a escapar-se ao controlo de suas actividades financeiras por parte das administrações americanas), em 1969.

A maior parte dos directores do “QUANTUM GROUP” são financeiros suíços, ou italianos, que dão corpo à conexão Rothschild – George Soros:

- Richard Katz era, em 1993, ao mesmo tempo, director do “Rothschild Italia SPA”, em Milão e director do Banco Comercial “N. M. Rothschilds and Sons”, em Londres.

- Nils O. Taube, era um dos parceiros dos Rothschild no “St. James Place Capital”.

- Sir James Goldsmith, uma pessoa muito próxima da “dinastia” dos Rothschild, é um parceiro frequente de George Soros em vários negócios de especulação.

- Edgar D. de Picciotto, director do Banco Privado de Genebra “CBITDB Union Bancaire Privee”, que normalmente actua no mercado do ouro.

- Isidoro Albertini, director da companhia “Albertini and Co”.

- Beat Notz, director do “Banque Worms”, em Genebra.

- Alberto Foglia, director do “Banca del Ceresio”, de Lugano.

Desde a IIª Guerra Mundial que a família Rothschild cultiva a imagem de sua “insignificância”, levando uma vida sossegada e fora da turbulência do mundo.

Investigadores do “N. M. Rothschild and Sons” revelam contudo que por essa via, a família foi mantendo conexões preferenciais à ala neoliberal, encabeçada por Thatcher no Partido “Tory”, na Grã-Bretanha, beneficiando de vários biliões de dólares com a privatização de algumas indústrias do estado britânico, processo esse levado a cabo por Margareth Thatcher.

Outras investigações conduziram à conclusão de que o “N. M. Rothschild & Sons” tinha conexão a várias operações ligadas a armamento e à droga, estabelecidas em rede, em função dos interesses operativos dos serviços secretos, incluindo a “frontaria” do “BCCI, Bank of Credit and Commerce International”. Esses “interesses” eram os bancos de “lavagem de dinheiro” da CIA e do MI6, que nas décadas de 70 e de 80 estiveram implicados na fermentação dos “contras” na Nicarágua.

Em relação ao “BCCI”, o Procurador da Justiça de New York, Henry Morganthau, viria a acusar o referido banco da “maior fraude bancária do mundo financeiro. O BCCI durante os seus 19 anos de história, era uma organização criminosa e corrupta”.

A personalidade-chave do “BCCI”, em função da conexão dos Rothschild com o bilionário George Soros, era o Dr. Alfred Hartmann, director executivo da filial suiça do “BCCI”, “Banque de Commerce et de Placement SA”, também director do “Zurich Rothschild Bank A. G.”, membro da administração do “N. M. Rothschild and Sons” de Londres, membro da administração da filial suiça do Banco Italiano “BNL” e Vice-Presidente do “N. Y. Intermaritime Bank”, em Genebra.

Essas intrincadas ligações tiveram implicações numa série de operações de especulação financeira em vários países europeus que levaram George Soros e parceiros a obterem dividendos de mais de 10.000 milhões de dólares americanos.

Entre esses parceiros figuravam Marc Rich, “expert” em negócios com metais e petróleo e o negociante de armas israelita Shaul Eisenberg.

Este último foi durante décadas, agente dos Serviços Secretos israelitas, com negócios de armas no Médio Oriente e na Ásia.

Um terceiro elemento ligado a George Soros era um tal Rafi Eytan, que havia sido um elemento de ligação do MOSSAD com os Serviços Secretos britânicos, em Londres.

Não se esgota aqui a caracterização da conexão Rothschild – Geoge Soros, até porque os Rothschild, com os ”Rothschild Bank of London” e “Rothschild Bank of Berlin”, possuem dois dos doze instrumentos com que a aristocracia financeira mundial “privatizou” a Reserva Federal americana, mas estes elementos introdutórios, constituem notícias que nos permitem começar a ter uma avaliação do que está efectivamente por detrás do “filantropo”, do “filósofo” e de suas organizações, entre elas a “Open Society”.

Em relação a Angola e tendo em conta o modelo das iniciativas que a “Open Society” mais a Igreja Católica, “de braço dado” em relação ao “caso de Cabinda”, “espreitando a brecha” do contencioso existente e do subdesenvolvimento crónico em que nos encontramos, parece-nos com evidência que elas não são assim tão inócuas quanto isso.

A “solidariedade” entre a Igreja Católica e a “Open Society”, a pontos de “tornar” (pagando) os semanários de Luanda, a arautos das posições das facções da FLEC em armas, a pontos de tornar a CEAST numa “Conferência Episcopal de Cabinda”, à maneira de alguns dos interesses de algumas das facções da FLEC, sugere-nos que, por exemplo, muito provavelmente o Banco do Vaticano tido como fazendo parte do grupo dos dez Bancos mais permissivos à “lavagem de dinheiro” provenientes dos mais odiosos tráficos (armas, droga, tráfico de influências, crime organizado, etc.), não está imune às “operações” da conexão Rothschild – George Soros.

Provavelmente Angola, pela sua imensa riqueza natural, tem todo o interesse, como “referência”, para muitos circuitos internacionais do intrincado sistema de “lavagem de dinheiro”, que não é indiferente às operações de especulação financeira e não nos admiraria que alguns dos factores que conduzem à deriva da moeda angolana, não merecessem pelo menos a atenção de gente ligada a essa conexão.

Não serão essas razões também suficientes para que aqueles angolanos mais conscientes de toda a complexa situação, se erguerem por uma campanha do não pagamento da dívida das guerras que temos vindo a sofrer, sabendo de antemão onde poderá muito desse dinheiro e decisões ter sua origem e a quem está a alimentar nossa vida, nosso trabalho, nossa riqueza e o nosso suor?

Pelo menos, aqui e agora, parece-nos possível começarmos a conhecer melhor os fiéis servidores de um dos principais grupos de manipulação que desde pelo menos a década de 80 “espreita” Angola!

06-01-2003 14:18 

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