sábado, 4 de março de 2017

Brasil. TSUNAMI À VISTA? O MANDATO DE TEMER NA CORDA-BAMBA


Depoimentos de executivos da Odebrecht complicam a chapa Dilma-Temer. A pressão só aumenta e logo cai o sigilo das delações...

Aberta pelo PSDB em dezembro de 2014 após a reeleição de Dilma Rousseff (PT), a ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pede a cassação da chapa formada por ela e Michel Temer (PMDB) ficou em segundo plano no debate político após o impeachment.

O processo transcorre na Justiça Eleitoral e chegou um ponto nevrálgico neste março: executivos da Odebrecht começaram a prestar depoimentos e fizeram acusações que, se comprovadas, podem de fato levar à cassação da chapa, e à consequente remoção de Temer do Planalto – o que abriria as portas para uma eleição indireta para a Presidência.

As denúncias arranham a imagem de Dilma, mas quem tem mais a perder é Temer. A pressão só aumenta. 

Depoimentos decisivos no TSE estão programados para a próxima segunda-feira 6. Novas acusações podem compor um quadro irreversível para o governo.

Brasil. O AUDITÓRIO CARTA MAIOR E O ENREDO “LULA LÁ”


Quando o espontâneo supera o organizado, coisas extraordinárias podem acontecer em uma nação. O carnaval de 2017 deveria preocupar o conservadorismo

Saul Leblon – Carta Maior

Sim, uma festa popular não tem a articulação, os objetivos, nem a organização de uma agenda política.

Não autoriza ilações descabidas.

Sendo popular, porém, e mais que nunca massiva, como revelou a impressionante explosão de blocos nas ruas de SP, arrasta graus variados de percepção da realidade omitidos pelo noticiário conservador.

E mais que isso:  a contramão da ordem por vezes revela energias subestimadas pelas próprias organizações contrárias à ordem.

O que se viu nas ruas deste carnaval é o corolário barulhento de uma rejeição silenciosa ao golpe de agosto de 2016, que raramente ocupa as manchetes dos noticiosos.

Cabo Verde. "LIBERDADE DE IMPRENSA NUNCA FOI POSTA EM CAUSA", alega PM


O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, desvalorizou a polémica entre a associação de jornalistas cabo-verdianos e o ministro da Cultura, assegurando que em nenhum momento foi posta em causa a liberdade de imprensa.
"Não há nenhum facto que demonstre que o Governo tem alguma intenção ou teve alguma ação que vai contra a liberdade de imprensa ou contra os jornalistas. Que me apresentem factos e evidências", disse Ulisses Correia e Silva, citado hoje pela agência cabo-verdiana de notícias Inforpress.

O primeiro-ministro falava na sexta-feira aos jornalistas durante uma deslocação ao Tarrafal, no interior da ilha de Santiago.

A associação de jornalistas de Cabo Verde (AJOC) acusou na quinta-feira o ministro da Cultura das Indústrias Criativas (MCIC) de querer instrumentalizar o setor público, anunciando uma denúncia junto das organizações internacionais de defesa da liberdade de imprensa.

Em causa estão posições de Abraão Vicente na sua página na rede social Facebook, onde se referiu à Empresa Pública de Comunicação Social RTC como sendo parte integrante do seu ministério.

"O Outro lado do MCIC: RTC Canal público de comunicação social! Estamos prontos para levar a todos os cabo-verdianos o grande desfile de Carnaval em direto de Mindelo, garantimos também cobertura com reportagens em todos os outros Municípios", escreveu.

GOVERNO DE CABINDA NO EXÍLIO E DA FRENTE DE LIBERTAÇÃO DO ESTADO DE CABINDA (FLEC)


COMUNICADO AO POVO DE CABINDA

O Governo Cabindês no exílio da Frente de libertação do Estado de Cabinda, lança um apelo a todos os Cabindeses seja qual for o lugar onde estiverem para permanecerem unidos, resistirem contra o inimigo que ocupa o nosso território ilegalmente; para não participarem nas eleições de 2017 em Angola; e de continuarem a rejeitar o memorando de acordo assinado em 1 de agosto de 2006 entre António Bento Bembe e o Governo Angolano.

Nós, Governo de Cabinda no Exílio e da FLEC, não fomos representados, e não fomos implicados nas negociações; e contestamos a legitimidade do Senhor António Bento Bembe.
Cabinda não é Angola

Angola é um grande inimigo militar de Cabinda.

As autoridades angolanas têm intimidado, continuam a intimidar, todos os que em Cabinda ousam pensar de forma diferente das autoridades coloniais de Angola.

O governo angolano não respeita os direitos humanos no território de Cabinda.

Angola, não só violou o tratado de Simulambuco de 1 de fevereiro 1885 como, pelo Acordo de Alvor, transformou o Estado de Cabinda numa colónia, sendo por isso responsável, por tudo quanto se passa no território de Cabinda.

Angola. AS ELEIÇÕES, JÁ ESTAMOS EM 2017 E JÁ CRESTAM, MAS…


As eleições estão nos corredores e nas salas de estar dos partidos e dos analistas; ainda que não haja marcação de datas oficiais – sabendo-se que estão previstas para Agosto –, e que só se sabe que dos principais candidatos já nomeados, só são os do actual partido do Poder, desconhecem-se, oficiosamente, quem serão os principais candidatos dos restantes partidos ou coligações credíveis.

Todavia, isso não deixa, e bem, dos principais actores e analistas começarem a questionar sobre a forma como as eleições irão decorrer, em particular, quanto à sua transparência e cultura democrática, tendo em conta algumas movimentações na área da Comissão que podem ser questionadas quanto a sua racionalidade constitucional.

O analista e Professor Marcolino Moco, por exemplo, em entrevista à VOA-Voz da América, duvida, por antecipação, que as eleições sejam transparentes.

Também o líder da UNITA, Isaias Samakuva, em entrevista à agência portuguesa Lusa, afirma, por antecipação e em forma de alerta, que «os angolanos não vão aceitar mais nenhuma fraude» nas eleições; marcar uma posição que depois possa não conseguir ou não ter capacidade para manter, pode não ter sido oportuna a declaração. Principalmente, porque esta afirmação implica que, implicitamente, as eleições pretéritas foram inquinadas por fraudes e, no caso afirmativo – e recordemos que foram questionadas, como tal –, a capacidade dos contestatários foi nula.

Angola. SÓ 10% DAS CRIANÇAS SEROPOSITIVAS FAZEM TERAPIA ANTIRRETROVIRAL




A Rede Angolana das Sociedades de Serviços da Sida (Anaso) estima que apenas 3.000 crianças infetadas com HIV-Sida em Angola estão a fazer terapia antirretroviral, o equivalente a cerca de dez por cento do total.

A informação foi prestada hoje à Lusa pelo secretário-executivo daquela Organização Não-Governamental (ONG) angolana de combate à doença, assumindo a preocupação com o nível crescente de menores sem acesso a medicamentos ou tratamentos.

"Estamos a falar de um país com cerca de 26 milhões de habitantes, onde cerca de 30.000 crianças estão neste momento infetadas pelo HIV, e dessas apenas cerca de 3.000 estão a ser acompanhadas e fazem terapia, porque a taxa de cobertura do tratamento a nível das crianças ainda é muito baixa", reconheceu o responsável.

António Coelho precisou que o nível do corte de transmissão vertical também é muito baixo, esclarecendo que entre 100 crianças filhas de mães seropositivas em Angola, 24 nascem igualmente seropositivas.

"Portanto, o quadro também não é muito bem e neste particular temos de continuar a lutar para melhorar", lamentou.

Moçambique. QUEM NOS LIVRA DESTES MERCENÁRIOS?



@Verdade - Editorial

Não há dúvidas de que o Estado moçambicano, desde a Independência Nacional, foi sequestrado por um bando de mercenário. São, na verdade, indivíduos sem escrúpulos que dirigem o destino deste país desde 1975, e empurram o povo, a cada dia que passa, para uma desgraça sem precedentes. Há quatro décadas que os moçambicanos vivem na menoridade, súbditos de política pervertida, limitando-se apenas a dizer “viva” as estúpidas decisões e obedecer cegamente.

Essa corja de mafiosos aproveitaram-se da ignorância, do sofrimento do povo nutridos pelo colono para introduzirem histórias alienantes, e o resultado disso é o grosso número de atrasados mentais que o país produz todos os dias. Mentirosamente, eles prometeram ao povo que seriam fiéis servidores, com a Independência Nacional, e o povo na ingénua convicção acreditou. Mas, a primeira coisa que eles fizeram foi armarem- se até aos dentes para acomodarem a corrupção, o nepotismo e a promiscuidade entre a política e os negócios pessoais dos governantes, em detrimento dos legítimos interesse da maioria oprimida.

As dívidas contraídas ilegalmente com o aval do Estado pelo Governo da Frelimo é um exemplo paradigmático disso. Hoje, o país enfrenta a sua pior crise financeira por conta de um bando de mercenários que venderam a pátria a troco de comissões neste e naquele negócio. Se não fazem das empresas públicas e/ou estatais as suas vacas leiteiras, usam o Estado para ampliar as suas riquezas, numa autêntica falta de escrúpulo. Em condomínios fechados, de persianas fechadas, fingem estar a discutir o bem-estar da nação quando, na verdade desfrutam do conforto da cadeira, da sala climatizada e outras mordomias sumptuosas pagas pelo erário.

Moçambique. AFONSO DLHAKAMA ANUNCIA MAIS 60 DIAS DE TRÉGUA COM O GOVERNO




O presidente da Renamo, principal partido da oposição moçambicana, Afonso Dhlakama, anunciou hoje a prorrogação da trégua nos confrontos com as Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas por mais 60 dias, manifestando confiança num acordo definitivo.

"Convidei-vos para vos comunicar e declarar a prorrogação da trégua, a partir das 00:00 [23:00 de Lisboa] de 04 de março, amanhã, para dia 04 de maio deste ano de 2017, vamos ter mais uma trégua de 60 dias", disse Afonso Dhlakama, falando por telefone, a partir do distrito de Gorongosa, província de Sofala, centro do país, onde se encontra refugiado, para um grupo de jornalistas reunidos na sede da Renamo em Maputo.

Segundo Dhlakama, a trégua visa permitir que os grupos de trabalho constituídos pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e pelo líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), no âmbito das negociações para a paz em Moçambique, desenvolvam o seu trabalho.

"Vamos ter mais uma trégua de 60 dias, para permitir o trabalho [dos grupos envolvidos nas negociações], mas também para fazer com que a economia do país funcione, o sossego volte, a paz é sagrada", acrescentou o presidente do principal partido da oposição.

Apesar de o país estar a enfrentar uma crise política, prosseguiu o líder da Renamo, o povo merece o gozo das liberdades e o desenvolvimento económico e social.

RESPONSÁVEL CHINÊS CRITICA CENSURA DA INTERNET NO PAÍS




Um alto funcionário do principal órgão de consulta do Governo chinês advertiu que a censura da Internet praticada pelo país constitui um obstáculo à pesquisa científica e desenvolvimento económico, numa rara crítica às restrições adotadas por Pequim.

Luo Fuhe, vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês - uma espécie de senado, sem poderes legislativos - afirmou que a dificuldade em aceder a 'sites' académicos estrangeiros força os investigadores chineses a comprarem uma VPN (Virtual Proxy Network), um mecanismo que permite aceder à Internet através de um servidor localizado fora da China, ou até a saírem do país.

Os comentários, difundidos hoje pela imprensa estatal, surgem numa altura em que cerca de 3.000 delegados se reúnem em Pequim para a sessão anual da Assembleia Nacional Popular, o órgão máximo legislativo da China.

'Sites' como o Facebook, Youtube e Google, ou ferramentas 'online', como o Wetransfer, estão censurados no país asiático.

Páginas com termos "sensíveis" em vez de uma censura integral do 'site' estão também bloqueadas.

FRENESIM DE ARTE E CULTURA INVADE MACAU


Macau acolhe exposição de 28 artistas lusófonas pelo Dia da Mulher

Macau, China, 04 mar (Lusa) -- Macau vai assinalar o Dia Internacional da Mulher, na próxima quarta-feira, com uma exposição que reúne 28 obras de 28 artistas femininas de países e territórios de língua oficial portuguesa.

Intitulada "28 + 28 - 28 artistas + 28 obras em feminino", a mostra junta trabalhos de artistas de Macau, Portugal, Moçambique, Brasil, Angola, Timor-Leste, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.

A exposição -- organizada pelo espaço cultural Albergue SCM, sediado no histórico bairro de S. Lázaro, em coorganização com a Galeria 57 Macau - reúne trabalhos que "cobrem vários estilos e temas, testemunhando a relevância da contribuição das mulheres para a arte contemporânea".

Em comunicado, o Albergue SCM realça que os trabalhos são também "instrumentos para promover o diálogo entre artistas com diversas raízes culturais distintas".

Timor-Leste. Partido Socialista alerta Missão de Observação Eleitoral da União Europeia


A campanha eleitoral para as eleições presidenciais em Timor-Leste teve início dia 3 e a votação está agendada para 20 de Março, momento em que o povo timorense irá escolher de um total de oito candidatos, aquele que será o próximo presidente da República Democrática de Timor-Leste (RDTL) para o período 2017-2022.

Neste país lusófono, encontra-se uma Missão de Observação Eleitoral da União Europeia, chefiada pela espanhola Izaskun Bilbao Barandica, membro do Parlamento Europeu, e que integra outros cidadãos da União Europeia, para observar as eleições presidenciais e legislativas em Timor-Leste, estas últimas previstas para Julho deste ano.

A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia em Timor-Leste irá prestar especial atenção à implementação dos instrumentos legais eleitorais, à performance da administração eleitoral, às actividades de campanha, à conduta da comunicação social, à votação, contagem e tabulação, ao ambiente eleitoral, aos processos de reclamação e aos anúncios dos resultados.

Neste sentido, o Secretário-Geral do Partido Socialista de Timor (PST), M. Azancot de Menezes, que também é o Mandatário Nacional do candidato presidencial António Maher Lopes / Fatuk Mutin, reuniu-se no passado dia 2, véspera do início da campanha eleitoral, com a irlandesa Mary Boland, Analista Política, e com a portuguesa Margarida Alves, Analista Eleitoral, ambas da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia em Timor-Leste, com o propósito de abordar várias questões ligadas ao processo eleitoral consideradas preocupantes por este dirigente político timorense.

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