segunda-feira, 24 de abril de 2017

Portugal | CORTAR NA REFORMA DO TRABALHADOR, PARA MANTER O LUCRO DA BANCA



Cristina Portela*

É comum ouvirmos dizer que Portugal é um dos melhores países para os reformados viverem. É o que dizem sites como o International Living ou o U.S. News. Pode ser verdade para os pensionistas endinheirados, mas é uma rotunda mentira para o reformado português.

Este ano, para receber a reforma completa, o trabalhador português deverá ter acima de 66 anos e 3 meses de idade e pelo menos 15 anos de contribuição à Segurança Social, seja homem ou mulher, funcionário público ou do setor privado. Foi sempre assim? Não, até 2013, o trabalhador poderia reformar-se aos 65 anos, sem qualquer penalização. Com a entrada em vigor do Decreto-Lei 167-E, assinado em 31 de dezembro de 2013, várias alterações foram feitas nas pensões de velhice e invalidez. Todas para prejudicar o trabalhador. Entre elas, a que alterava a fórmula do cálculo do “fator de sustentabilidade”, aumentando a idade da reforma, já em 2014, para 66 anos. O “fator de sustentabilidade” não passa de uma manobra aritmética que, ao fim e ao cabo, penaliza os trabalhadores pelo aumento da esperança de vida.

Açores. PORTUGAL É UMA NAÇÃO SOBERANA OU UMA COLÓNIA DOS EUA?


Os EUA é que são os verdadeiros donos disto tudo, exceto umas sobras para a UE. Os Açores também são pertença dos EUA, principalmente as Lajes. 

O congressista do Império Maldito de Trump chegou e tornou bem claro que assim é. Arrogantemente diz que “estrangeiros nas Lajes é inaceitável”, o tal congressita, Devin Nunes. Em troca de aquirirem os direitos de propriedade pagam uma mijaria. Querem, podem e mandam. Ainda há pouco tempo decidiram despedimentos de funcionários portugueses na base que detêm nas Lajes. Decidiram cortes e deram a entender que a base não interessava porque iam centrar-se no Pacífico, Mar da China etc. Por aí. Tudo por causa da China, uma potência emergente. E então eis que a China mostra interesse nos Açores para fins que não são militares… Que não querem assim, dizem os EUA. Não querem... Então que se vão embora dos Açores, ou paguem a peso de ouro a exclusividade. Olha que esta! Afinal Portugal é uma nação soberana ou uma colónia dos EUA?

Eles entendem que é uma colónia, dito por um Nunes - decerto de raízes descendentes dos Açores, de Portugal. Um Nunes que vende a alma ao diabo ianque e se está nas tintas para a soberania de Portugal. Afinal um congressista do Império Maldito de Trump, como o foi de George W. Bush, de outros e das políticas terroristas dos EUA.

Também é nestas claras atitudes de Nunes e similares que se percebe a arrogância dos EUA relativamente aos outros países. É isso e atitudes terroristas praticadas por todo o mundo que vão levar à queda do império que se percebe tão bem que já está decadente e a estrebuchar. Aos EUA resta o radicalismo para se afirmar. Infelizmente possui o nuclear e, se necessário, vai usar a máxima do “se não é para mim também não será para outros”. Bum! Outra coisa não se pode esperar. Se não, que provem o contrário. Isso era muito positivo para toda a humanidade, incluindo para os cidadãos norte-americanos.

A seguir a notícia do dito pelo tal Nunes, se continuar a ler.

MM | PG

França | MACRON | O FILHO DE MÉDICOS QUE DEVE À AVÓ A VOCAÇÃO DE ESQUERDA


Emmanuel Macron, candidato do En Marche!, começou como inspetor dos impostos e trabalhou para o banco Rotschild.

Filho de dois médicos, foi o tempo passado em criança com a sua adorada avó materna, filha de um casal de analfabetos que chegou a diretora de um colégio, que alimentou a veia de esquerda de Emmanuel Macron. "Lembro-me da sua imagem. Da sua voz. Lembro-me das lembranças dela. Da sua liberdade. Da sua exigência", afirmava Macron no livro Os Políticos também Têm Avó sobre a mulher que mais marcou a sua inclinação política. Educado num colégio de jesuítas, é na Universidade, em Sciences Po, que começa a militar no Movimento dos Cidadãos (MDC). A adesão ao Partido Socialista, essa, só chegaria mais tarde, aos 24 anos.

Assistente do filósofo Paul Ricoeur na universidade, Macron fará mais tarde a sua tese sobre Maquiavel e mantém até hoje a paixão pela filosofia. Mas é na muito pragmática inspeção dos impostos que começa a trabalhar em 2004. Quatro anos mais tarde, mudança de rumo: Macron aceita o convite para trabalhar no banco Rotschild, onde depressa chega a sócio-gerente.

Um sucesso fulgurante que não o impede em 2012 de aceitar o convite de François Hollande para ser secretário-geral adjunto da presidência. Os dois homens tinham-se conhecido cinco anos antes num jantar em casa de Jacques Attali, o antigo conselheiro de François Mitterrand. Aos 34 anos, o jovem secretário chama as atenções dos media e até tem direito a vários artigos nos jornais - com todos a destacar as suas posições "não muito de esquerda".

França. AS RUAS E AS URNAS


Inês Cardoso* | Jornal de Notícias | opinião

Assim que as projeções deram como certa a passagem de Marine Le Pen à segunda volta das presidenciais francesas, grupos de manifestantes saíram à rua em Paris, Marselha e Estrasburgo. Os sinais de protesto são, contudo, em tudo diferentes dos que há 15 anos mostraram uma França unida contra a surpreendente passagem de Jean-Marie Le Pen à segunda votação.

Em 2002, o resultado do então líder da extrema-direita, escassas décimas acima de Lionel Jospin, deixou os franceses (e a Europa) de boca aberta e os jornais titularam a onda de choque que varreu o país. No 1.º de Maio que se seguiu, 500 mil franceses desfilaram pelas ruas de Paris e poucos dias depois Jacques Chirac foi eleito com 82% dos votos.

Quinze anos depois, a expressão eleitoral de Marine Le Pen está longe de constituir uma surpresa. A Frente Nacional solidificou o seu espaço, com um discurso que procura limpar os excessos iniciais. Sem que o extremismo, antieuropeísmo e xenofobia deixem de estar, inteiros, no programa apresentado aos eleitores.

PORTUGAL E A EXTREMA-DIREITA


Fernanda Câncio | Diário de Notícias | opinião

Não há forma de saber em quem votam preferencialmente os portugueses emigrados em França. Há a ideia de que a maioria - ou uma parte considerável - vota na Frente Nacional, e de facto não é difícil nas reportagens em França encontrar portugueses que apoiam Marine Le Pen, mas com tantas intenções de voto nela na população geral, e especialmente na dita "classe operária" e pequena burguesia (à qual pertencerá a maioria dos luso-franceses), tal não será surpreendente. A não ser por um motivo, claro: todos ou quase todos os emigrantes entrevistados que declaram apoio a Le Pen dizem fazê-lo porque ela quer "endurecer a política da imigração". Ouvir emigrantes a defender tal coisa não pode deixar de chocar. Primeiro, porque aquelas pessoas parecem não se dar conta da total contradição entre a sua situação e o que defendem; segundo, porque a explicação dessa ausência de noção é a ideia de que as políticas de Le Pen, apesar de esta insistir em usar a expressão "français de souche" (que pode ser traduzida como "francês de origem", no sentido de "puro") não se lhes dirigem porque eles são imigrantes "bons", ou seja, europeus, brancos, cristãos, "esforçados" e "integrados" (aliás, Le Pen costuma elogiar a imigração portuguesa nesses mesmos termos) - enfim, gente que "não arranja problemas". Ou seja, muito simplesmente dito: a explicação desta ausência de noção, se pode ser entendida como pragmática (no sentido de que pensarão que mais imigrantes prejudicam os que já existem) é também xenófoba.

Há muito são adiantadas explicações sociológicas para esta alegada preponderância da extrema-direita na comunidade luso-francesa - a principal das quais tendo que ver com o facto de muita dela ter emigrado antes da instauração de um regime democrático em Portugal e portanto, paradoxalmente, apesar de o ter feito "a salto" (fora da lei) por viver em condições miseráveis, subscrever, por não conhecer outra, a cartilha do regime anterior. Mas, sejam quais forem os motivos, a ideia de que boa parte dos emigrantes portugueses no país onde há mais portugueses emigrados votam na extrema-direita choca com o comportamento dos eleitores em Portugal, considerado, com a Espanha, uma exceção numa Europa na qual a extrema-direita ganha balanço.

BESTAS À SOLTA


O futebol raramente cabe no Página Global. É que faz lembrar o que acontecia nas arenas de Roma no seu todo, principalmente na chamada primeira liga. Correm por ali os milhões, corre muito exagero e estupidez, corre muita violência, muito sangue e muitas mortes. Por outro lado, o futebol milionário mostra-nos à saciedade porque é que quanto mais conhecemos as pessoas mais devemos gostar dos bichos. Por vezes é bonito de se ver jogar. Há verdadeiros artistas a dar espetáculo naquele retângulo. O pior são os adeptos fanáticos – os que são muito piores que qualquer animal irracional que conheçamos. Principalmente esses. Os que vão aos estádios deviam ter vergonha de terem de ser guardados por um exército de polícias e seguranças porque não se sabem comportar como ser humanos, nem como desportistas. Alguns são umas autênticas bestas. Tenham vergonha, pelo menos isso. Acordem desses delírios de bestialidade para que se sigam melhores dias e aconteça desporto para as pessoas se maravilharem, não para se bestializarem.

Dos dirigentes desportivos... Raios. Tanta bestialidade e ganância. Aliás, na senda de muitos outros dirigentes na política, no empresariado, etc. Adeus mundo, cada vez pior.

Anda por aí o sarampo. Já levou uma vida jovem. Dito isto já chega de apreendermos com os erros. Menos conversa e mais atitudes objetivas. Declarar a obrigatoriedade de vacinação é passar um atestado de incompetência, de irresponsabilidade, aos pais, às pessoas, aos adultos, aos responsáveis pelas crianças de hoje e de amanhã. É como no futebol e quase em tudo. Conclui-se que há pior que bichos por todo o lado. É onde assenta esta sociedade. Na estupidez natural.

Eleições em França. Andam por aí a respirar de alívio porque Le Pen, a fascista, foi superada por Macron nos resultados eleitorais de ontem. Pois. Está bem. Le Pen é fascista, Macron é mordomo e porteiro do fascismo, como Passos, Portas, Cavaco e outros em Portugal. Mas estão muito contentes os que temem Le Pen. Porque ela, a fascista, não é europeísta e Mácron é? Será até ao dia em que não abrir de todo a porta ao fascismo que cresce na Europa e no mundo. Depois também deixará de ser europeísta. Se necessário até deixará de ser humano, como Hitler e tantos outros que já nos mostraram que se bestializaram. Aliás, dos candidatos destas eleições francesas não há ponta por onde se pegue, a radicalização e o faz-de-conta é o que sobressai.

A mediocridade e ganância dos líderes políticos por essa Europa e pelo mundo é abundante. Já se sabe que sendo assim são os povos que vão pagar bem caro pela sua demissão em pensar e agir de acordo com os valores importantes para a humanidade, para uma democracia de facto, de justiça em vez de podridão. Até parece que as bestas andam à solta. E andam mesmo.

O melhor é continuar a ler. O Curto de hoje por Martim Silva. Tem muito que interessa e também palha. Nos tempos que correm faz falta. A modos que é um miminho para as bestas. Bom dia. Boas reflexões e melhores atitudes.

CT | PG

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