terça-feira, 6 de junho de 2017

Especial Palestina: Soldados invadem casas e aterrorizam moradores na Cisjordânia



Dani Ferreira*

Imagine ser acordado bruscamente em sua casa com o barulho de várias pessoas tentando forçar a entrada. Ou sofrer a angústia de ter dezenas de soldados cercando sua residência, enquanto você permanece por horas aguardando a invasão. Pense no que sentiria ao ver estranhos armados, gritando em outra língua ordens que você não entende. Como seria ver sua casa destruída mais uma vez e não ter a quem recorrer? Na noite do dia 26 de outubro de 2016, militares israelenses fecharam a entrada de Azzun, na região de Qalqiliya, norte da Cisjordânia, e algumas famílias palestinas sentiram tudo isso novamente.

Incursões militares são recorrentes em Azzun. Quando elas acontecem, os soldados fecham as cancelas que bloqueiam as estradas nas entradas da vila e ninguém pode entrar ou sair. Naquela madrugada de outubro, entre 1h e 6h, 15 casas foram invadidas e cinco homens detidos. A situação algumas horas depois era aterradora e as famílias tinham em comum o cansaço da noite sem sono e a indignação de presenciar outra operação do exército israelense.

Por volta das 11h, as mulheres da família Najad lavavam o quintal de sua casa, removendo do chão as marcas deixadas por soldados horas antes. Os soldados — “muitos deles”, segundo a mãe, S. — cercaram a casa por volta das 2h30. Gritavam em hebraico algo que ela não entendia, até que compreendeu que estavam pedindo que as facas fossem levadas para fora da casa. Então, ela levou até eles todas as facas da cozinha. “Mesmo assim continuaram pedindo as ‘facas grandes’. Eu disse a eles que não tinha nenhuma”.

Às 5h, entraram na casa, pedindo documentos e ordenando que a família toda, cinco adultos e três crianças, fosse para um quarto, menos o filho mais velho, T. A família conta que era possível ouvir os sons de soldados espancando T. Esta foi a terceira operação do exército na casa deles e a segunda vez em que o filho foi detido. Soldadas também revistaram duas mulheres da família. Após contatar a Cruz Vermelha e uma organização chamada “Prisoner’s Club”, a família de T. obteve a informação de que ele havia sido levado para a prisão al-Jalameh.

MOÇAMBIQUE | “CORRUPÇÃO ATINGIU QUASE TODOS OS SETORES DE ATIVIDADE”



O antigo vice-presidente do Parlamento moçambicano, Abdul Carimo, insurgiu-se contra a impunidade de que gozam os corruptos no país. Esse é um dos principais entraves ao crescimento, diz.

Não há falta de leis para combater a corrupção, diz Abdul Carimo. O que falta é aplicar a legislação em vigor.

Segundo o antigo vice-presidente do Parlamento, que liderou a elaboração da proposta da recente revisão do Código Penal, "o ambiente legal existe, as convenções internacionais estão em vigor em Moçambique, há uma série de legislação que nós já publicamos, mas há o problema da aplicação da lei." O segundo problema é o da impunidade, refere.

Falando, esta semana, numa palestra promovida pela Autoridade Tributária de Moçambique subordinada ao tema "Ética, Integridade e Deontologia Profissional", Abdul Carimo afirmou que os atuais níveis de corrupção no país são preocupantes.

"A corrupção atingiu quase todos os setores de atividade, incluindo o setor da Comunicação Social. Hoje em dia, querer assassinar o caráter de uma pessoa custa muito pouco dinheiro", denuncia Carimo.

MOÇAMBIQUE | FRELIMO EM TEMPO DE MUDANÇA, DIZEM ANALISTAS



Sem mudanças urgentes, a Frelimo poderá ficar parada no tempo, vaticinam.

Analistas moçambicanos dizem que a purga das fileiras da Frelimo, defendida pelos veteranos desta formação política, revela um partido desavindo e traduz a necessidade de o mesmo se inovar e se revitalizar, face à constante transformação da sociedade moçambicana.

Eduardo Mulémbwe, quadro sénior da Frelimo e forte apoiante do Presidente Filipe Nyusi, falando este sábado no final da IV sessão do Comité Central da Frelimo, admitiu a existência de membros "que vêm as eleições como forma de obter um cargo e benefícios".

Mulémbwe não podia ser mais claro: "há sinais destas práticas, e estamos decididos a fazer a purificação das nossas fileiras, sejam quem for as pessoas em causa".

A par da questão das chamadas dívidas ocultas, a coesão interna da Frelimo foi dos temas debatidos nesta sessão.

O analista Fernando Gonçalves diz que o desafio imediato de Filipe Nyusi "é reconciliar os membros que estão desavindos".

Tomás Salomão, outro membro sênior da Frelimo e antigo Secretário Executivo da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral-SADC, disse que "há mudanças que devem ser feitas ao nível do Partido".

Na opinião de analistas, essas mudanças devem ser feitas com urgência, porque, de contrário, a Frelimo poderá ficar parada no tempo.

Entretanto, alguns analistas dizem que uma eventual purificação das fileiras só poderá ser feita durante o XI Congresso da Frelimo, em que serão eleitos os novos órgãos do partido, nomeadamente, o Secretariado, o Comité Central e a Comissão Política, entre outras estruturas.

Ramos Miguel | Voz da América

INGLATERRA | O VENDAVAL JEREMY CORBYN





Últimas pesquisas revelam: líder trabalhista, claramente identificado com esquerda e nova cultura política, está a um passo de vencer eleições. Repercussão internacional seria imensa

Uma sondagem eleitoral divulgada esta manhã (6/6), em Londres, voltou a sobressaltar os conservadores – e a mostrar que continua aberta, em meio à crise global, a porta para uma alternativa de esquerda renovada. O Partido Trabalhista ampliou seu avanço notável, e está agora apenas 1,1 ponto percentual atrás dos Conservadores, na disputa das eleições parlamentares marcadas para esta quinta (8/6). O movimento é surpreendente por três motivos. Uma vitória trabalhista era considerada sonho lunático há apenas seis semanas, quando a primeira-ministra Theresa May convocou o pleito antecipado. A campanha trabalhista, liderada por Jeremy Corbyn, propõe uma reviravolta completa nas políticas de “austeridade” praticadas na Europa e em quase todo o Ocidente. Além disso, inclui um forte aspecto de nova cultura política: é fruto de uma rebelião das bases trabalhistas contra a política de conciliação e de alinhamento com os EUA, adotada pelo partido há pelo menos quatro décadas.

Com 68 anos, Corbyn percorreu uma trajetória semelhante à do norte-americano Bernie Sanders, que quase chegou a ser indicado candidato do Partido Democrata à Casa Branca, em 2016. Militante do Partido Trabalhista desde os 16 anos, foi um jornalista e organizador sindical ligado às alas à esquerda do partido por muitos anos. Em 1983, elegeu-se membro do Parlamento. Mas manteve-se em oposição à maioria trabalhista acomodada – em especial durante o governo de Tony Blair, que consolidou a adesão do partido às políticas neoliberais. Corbyn otou contra a orientação das direções 428 vezes. Defendeu, em especial, a garantia dos serviços públicos e uma política de paz – nos tempos em que, sob Blair, a Inglaterra era aliada principal de Washington nas guerras contra o Afeganistão e Iraque.

Em maio de 2015, uma derrota eleitoral devastadora provocou a renúncia da liderança trabalhista – que, segundo as regras do partido, é escolhida pelo voto direto dos militantes. Corbyn lançou-se à disputa como um azarão completo, quase sem conseguir o número de assinaturas de parlamentares necessárias para o registro. Mas deixou claro que era o único a concorrer “com uma plataforma anti-austeridade clara” e que seu gesto destinava-se a “dar voz à militância calada”.

VÊM AÍ MAIS SÉCULOS DE SOLIDÃO!



 Martinho Júnior | Luanda

1- A ultra-periferia económica e financeira a que tem sido condenada África vai continuar pois o republicano Donald Trump deu intensa luz verde nesse sentido.

Em finais do ano de 2016, num discurso proferido em Nebraska e respondendo a um jornalista sul-africano, ele argumentou:

“It is shameful for African leaders to seek exit from ICC.

In my view, these leaders want to have all the freedom to oppress their poor people without anyone asking them a question.

I think there is no shortcut to maturity and in my view, Africa should be recolonized because Africans are still under slavery.

Look at how those African leaders change constitutions in their favour so that they can be life presidents.

They are all greedy and do not care about the common people.

When I saw them gang up against ICC yet they can’t even find an amicable solution for the ongoing quandary in Burundi, I thought to myself these people lack discipline and humane heart.

They can’t lead by example.

The only thing they are interested in is accumulating wealth from poor tax payers. Before they think of exiting from ICC, they should first restore peace in Burundi and other war-torn countries rather than gathering like hyenas with the aim of finishing the poor people”.

2- Com esse tipo de argumentos e justificações, África vai continuar à mercê dos apetites dos abutres, que agora receberam este novo incentivo às suas acções.

O jovem Macron que agora chegou ao poder em França, deve-se sentir muito lisonjeado, pois do lado da “FrançAfrique” era necessário pelo menos um “piscar de olhos”, até por que os gastos em termos de inteligência e em termos militares dos “gendarmes” franceses aumentaram consideravelmente, o que é um evidente sinal que as multinacionais francófonas implicadas na“FrançAfrique” aumentaram o saque, o saque que tem sido África a custear em todas as suas implicações, inclusive na moeda CFA... agora sob o efeito duma visão “economicista” do continente.

A Costa do Marfim, uma das “portas de entrada” mais suculentas para o “hinterland” está“configurada” ao sistema e essa “funcionalidade” junta-se no oeste-africano ao Senegal e ao Gabão, onde as bases militares francesas são permanentes, ainda que com composição variável face à tipologia de ameaças (e em África o que não faltam, à mão-de-semear, são riscos e ameaças).

Portugal | OS FAMOSOS CMEC



Quando a EDP era pública investiu na construção e manutenção de várias centrais elétricas. Quando preparava a venda da empresa a privados, o Estado criou os Contratos de Aquisição de Energia (CAE), que obrigavam à compra de toda a energia produzida naquelas centrais e barragens.

Mariana Mortágua | Jornal de Notícias | opinião

Depois da privatização, a propaganda do capitalismo popular depressa terminou (chegou a ter 800 mil pequenos acionistas) sob a pressão dos grandes interesses financeiros e a empresa acabou nas mãos do Estado chinês. Mais, a liberalização do mercado que, garantiam, ia trazer a Portugal as maravilhas da concorrência, não resolveu nenhum problema. O mercado continuou concentrado, dominado pela EDP, e a conta da luz astronómica. Porquê? Porque os donos da EDP instalaram-se no melhor de dois mundos: lucros privados com subsídios públicos. A partir de 2007, por ação de governos do PS e depois do PSD, os CAE dão lugar aos Custos de Manutenção de Equilíbrio Contratual (CMEC) a pagar pelos consumidores para sustentar os lucros da empresa. Em poucas palavras, são contratos que garantem que a rentabilidade daquelas centrais da EDP não será inferior a 14% ao ano.

Descobrimos então o segredo do sucesso da EDP, a empresa que lucra mil milhões ao ano, e do seu supergestor milionário, António Mexia. O truque são estas rendas excessivas que a EDP coloca na fatura com a cumplicidade dos governos. Os CMEC já chegaram a atingir um terço dos lucros da elétrica. É também por isto que pagamos uma das eletricidades mais caras da Europa. A promessa de "capitalismo popular" da privatização da EDP mostra a sua verdadeira face: os cidadãos são postos a pagar o suposto sucesso dos gestores no mercado livre.

A investigação judicial que agora decorre, e que constituiu como arguidos o superadministrador Mexia e outros três altos responsáveis da EDP e da REN, é mais uma página desta longa história. Da justiça só podemos esperar que faça o seu trabalho, de forma isenta e célere. Do ponto de vista político, o essencial mantém-se: as rendas da energia são excessivas, resultam da promiscuidade entre política e negócios e têm de ser finalmente cortadas. O acesso automático à tarifa social, proposto pelo Bloco, pôs a EDP a assegurar um desconto significativo para mais de 700 mil famílias carenciadas. É um passo, mas está muito longe de ser suficiente. Basta olharmos para o peso dos custos energéticos na economia das famílias e das empresas. É preciso coragem e vontade política para cortar nestes subsídios e colocar um ponto final no rentismo do setor elétrico.

* Deputada do BE

REALIDADE | "O país pode viver uma euforia momentânea e ir tudo abaixo" – Carvalho da Silva





Sem “euforias” e a encarar os direitos dos trabalhadores em Portugal como uma prioridade, Carvalho da Silva tece elogios ao Governo à Esquerda e deixa alguns alertas. Além dos “ pequenos sinais positivos”, o “fundamental está por fazer”, afirma.

Goreti Pera | Notícias ao Minuto

Depois de 25 anos à frente da CGTP, Manuel Carvalho da Silva mantém-se a acompanhar de perto o que de mais significativo acontece no mundo do trabalho e proteção social. Em entrevista ao Notícias ao Minuto, o investigador no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra fez uma retrospetiva do movimento sindical em Portugal e teceu elogios à atual solução governativa.

Mas é “preciso que não haja euforias”, alertou, manifestando a convicção de que “o fundamental está por fazer” e é preciso continuar a “pedalar na bicicleta”.

As pessoas viram-no durante 25 anos à frente da CGTP. Por onde anda agora Carvalho da Silva?

A minha atividade fundamental é no polo de Lisboa do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, que integrei em 2009 e onde sou investigador. Coordeno o Observatório sobre Crises e Alternativas, que analisa as políticas na área do trabalho, emprego, segurança social e proteção social. Este ano letivo, pus termo a um contrato com a Universidade Lusófona, onde fui professor catedrático. De resto, escrevo, participo em conferências e sou membro do conselho geral da Universidade do Minho.

Como é que olha para a central sindical dos dias de hoje e que diferenças aponta em relação ao tempo em que a liderou?

O projeto mantém-se do ponto de vista dos objetivos e grandes traços de intervenção. A diferença está essencialmente nos tempos e nas caraterísticas da atualidade: as tensões sobre o emprego, o problema dos salários, horários e condições de prestação de trabalho. O movimento sindical está num período de grande esforço para tentar recuperar perdas que foram impostas aos trabalhadores em nome da inevitabilidade da austeridade. O mundo do trabalho é muito marcado por um individualismo exacerbado – as pessoas pensam que o individual e o coletivo são opostos – e o movimento sindical é vítima da conceção de que pode haver direitos individuais sem haver direitos coletivos, quando os direitos coletivos são a âncora dos direitos individuais.

EXPRESSO CURTO. ASSIM, QUASE PURO



Assim, sem mais nem menos, quase puro. Depois de almoçar vai cair bem. O digestivo fica à escolha daquelas que o bebem a acompanhar o café, ou vice-versa. Bom dia, porque ainda é e será durante muitas horas. Amanhã há mais.

Bom dia, este é o seu Expresso Curto 

Helena Pereira | Expresso

Há tantas coisas em que Trump está errado

"Eu acho que não devíamos estender a passadeira vermelha ao presidente dos EUA nas atuais circunstâncias em que as suas políticas vão contra tudo o que nós defendemos". O mayor de Londres, Sadiq Khan, apelou ontem à noite ao Governo inglês que cancele a visita de Donald Trump ao Reino Unido, depois de o Presidente norte-americano ter criticado em dois tweets a resposta de Londres aos atentados de sábado à noite: "Há tantas coisas em que Trump está errado". A falta de solidariedade do outro lado do Atlântico chocou os ingleses e o mundo.

Dois dos terroristas do atentado de Londres já estão identificados (um deles estava referenciado pelos serviços secretos ingleses) e todos os dez detidos para interrogatório foram libertados ontem sem acusação. O Expresso entrevistou Carlos Pinto, enfermeiro nascido em Vila Real, e um dos heróis da noite de sábado, em que morreram sete pessoas, cuja identidade só ontem foi divulgada.

A campanha eleitoral para as eleições britânicas na quinta-feira foi suspensa. Mas, a subir lentamente nas sondagens, Jeremy Corbyn veio defender a demissão de Theresa May por esta ter dito que as forças policiais têm todos os recursos de que necessitam para combater o terrorismo.

Já são sete os países que cortaram relações com o Qatar, acusando este país de apoiar organizações terroristas. Por cá, o Governo português reagiu com cautela. Percebe-se porquê: António Costa visitou o país há cerca de um mês e estava com esperança em captar investimentos.

OUTRAS NOTÍCIAS

Justiça. António Mexia, presidente da EDP e constituído arguido por suspeitas de corrupção, dá esta manhã uma conferência de imprensa. O BE aproveita o momento para pressionar o Governo a cortar nas chamadas rendas excessivas que estiveram na base da investigação judicial.

Secretas. A comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais pediu ao Ministério dos Negócios Estrangeiros um conjunto de informações para preparar a audição do novo secretário-geral dos Serviços de Informações da República Portuguesa, revela o Público, que traz hoje nas suas páginas de opinião três artigos sobre o polémico papel de Pereira Gomes em Timor-Leste em 1999: um do jornalista Luciano Alvarez, que cobriu o referendo na altura, e outros dois de diplomatas que defendem o homem que pode vir a ser o novo chefe das secretas.

Património. O ministro da Cultura vai ter uma oportunidade no Parlamento, hoje à tarde, para explicar o que está a ser feito em defesa do património. Sobre o vandalismo em Foz Côa, mas também sobre a preservação de alguns dos principais monumentos portugueses. Afinal, parece que a rodagem de um filme de Terry Gilliam não provocou "destruição", apenas "pequenas danificações" no Convento de Cristo, segundo o diretor interino. Apenas?, pergunto eu. Hoje, o DN noticia que festas privadas no Mosteiro dos Jerónimos estão a ser investigadas pelo Ministério Público.

Presidente. Marcelo Rebelo de Sousa termina hoje a visita aos Açores, mas não sem antes admitir, acerca das autonomias, que “existiram, existem e sempre existirão pontos de tensão”. A Raquel Albuquerque explica o que Marcelo, o otimista, encontrou naquela que é ainda a região mais pobre do país. E conta-lhe com quem o Presidente tomou um gin ao final da tarde.

Turismo. A ocupação hoteleira no Algarve atingiu em maio recorde de 17 anos.

Contas. O PS conseguiu reduzir a sua dívida, mas ainda não terminou o diferendo que tem com o fisco a propósito de um reembolso de 6 milhões de euros.

Dívida. Um estudo do think thank de Jorge Moreira da Silva aponta um corte até 30% dos depósitos se houver reestruturação da dívida. Para a presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, “não há soluções milagrosas nem soluções muito rápidas”.

Incêndio. Um fogo num armazém deflagrou esta madrugada em Leça do Balio, obrigando 100 pessoas a abandonar as casas.

Nos EUA, o Departamento de Justiça anunciou que deteve e acusou uma analista por ter revelado informação classificada de um serviço de informações, sobre um eventual envolvimento da espionagem russa nas eleições presidenciais.
Ontem houve um novo tiroteio, desta vez em Orlando, que fez cinco mortos. Aparentemente, o caso não esteve relacionado com terrorismo mas com um conflito laboral.

Em Angola, o ministro da Justiça diz-se “incrédulo” com o envio para o Tribunal de Instrução Criminal, por parte do Ministério Público português, do caso que envolve o vice-presidente angolano Manuel Vicente sem esperar pela resposta de Luanda. E admite reequacionar a cooperação judiciária entre os dois países.

Já está a par das novidades da Apple? Espreite aqui.

Por falar em invenções, os japoneses querem ser originais. Depois do drone 'humano' na final da Taça de Portugal o Japão testa um carro voador para os Jogos Olímpicos de 2020. Mas parece que ainda não está a correr muito bem.

Ainda no desporto. Pepe confirma que vai sair do Real Madrid na próxima época e deixa críticas ao clube.

O filme estreou em Portugal dia 1 e nos EUA está já a ser um sucesso de bilheteira. A Mulher-Maravilha já venceu os heróis "Iron Man" ou "Thor".

E aqui estão as manchetes do dia:

"PS volta a contas positivas após renegociar dívida à banca", no Público
"Festas privadas nos Jerónimos investigadas pelo Ministério Público", no DN
"Centros de estudo ensinam sem regras", no Jornal de Negócios
"Dono da Altice é lesado do BES", no Jornal de Notícias
"Rendas suspeitas dão 2,7 mil milhões à EDP" no Correio da Manhã
"Maçons divididos. Há 15 anos que não havia uma segunda volta", no i

NÚMEROS

2
milhões de euros foram angariados durante o concerto solidário One Love Manchester, organizado por Ariana Grandes no domingo à noite

7
países (Arábia Saudita, Egito, Bahrain, Emirados Árabes Unidos, Líbia, Maldivas e Iémen) já cortaram relações com o Qatar, acusando-o de apoiar organizações terroristas

32
milhões de euros vão ser gastos pelo Exército português em armas, radares e mísseis para defesa antiaérea até 2026

FRASES

"Hoje é impossível fazer política na base apenas da cabeça. Sei que há políticos que entendem que é assim"
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República

"Não se pode servir dois amos ao mesmo tempo: ou o euro serve a Alemanha ou serve Portugal"
João Ferreira, eurodeputado do PCP

Ninguém vence tanto, durante tanto tempo, movido apenas a talento"
Pedro Adão e Silva, sobre Cristiano Ronaldo

"Estas células e frentes agitadoras tipo grupos activista, jornais PT #fakemedia, rede sociais, tudo para minar as mentes, instalar o terror"
Isabel dos Santos, no Twitter

O QUE ANDO A LER

"Criamos as nossas filhas de modo a que saibam lutar contra os estereotipos e a perseguir os seus sonhos, mas na verdade não fazemos o mesmo com os nossos filhos". A constatação é de Claire Cain Miller, correspondente do NYT sobre parentalidade que escreveu há dias um artigo interessante sobre "Como criar um filho feminista". E que nos põe a refletir sobre como incentivamos as meninas a serem o que quiserem e como, ao mesmo tempo, nos esquecemos de aplicar a mesma receita para os rapazes. O artigo tem conselhos práticos, pois tem, do tipo "deixe-o chorar se ele quiser" ou "ensine-o a cuidar do outro" mas acima de tudo chama-nos a atenção para a necessidade de educar os rapazes desde pequeninos para uma sociedade mais igualitária.

No capítulo da ficção, escolhi um escritor, João Tordo (que ganhou o prémio Saramago em 2009). Não é a primeira vez que falo dele aqui, mas como na verdade estava à espera do lançamento do livro que completa a trilogia não tenho como evitar. "O deslumbre de Cecilia Fluss" volta a ser um livro sem geografia certa, em que as personagens usam os mesmos nomes mas, desta vez, vemos o mundo (ou as suas recordações) através de um adolescente, Matias. Inquietude, desilusão, a perda de capacidade mentais, muitos temas são os mesmos, mas escritos com mais maturidade e mesmo com mais humor.

Hoje fico por aqui. Tenha uma boa terça-feira e uma boa semana! Continue bem informado com o Expressoonline, com o Expresso Diário às 18h e com a Tribuna, o site dedicado ao desporto. Até já!

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