terça-feira, 22 de maio de 2018

António Guterres está atento ao Saara Ocidental


O secretário-geral da ONU, António Guterres, está a seguir “de perto a evolução da situação do Saara Ocidental”, disputada por Marrocos e a Frente Polisário e afirmou que “nenhuma acção suscetível de alterar o 'status quo' deve ser realizada”.

Numa declaração sobre o Saara Ocidental, divulgada no sábado pelo seu porta-voz Stéphane Dujarric, o secretário-geral da ONU apela à máxima moderação. Nos últimos meses, Marrocos acusou por várias vezes a Frente Polisário, um movimento independentista, de acções que têm como objectivo mudar a situação no terreno, através de movimentos de pessoas e de transferências de estabelecimentos administrativos.

Rabat rompeu em  1 de Maio as suas relações diplomáticas com o Irão, acusando o país de dar ajuda militar, com “o apoio” da Argélia, à Frente Polisário. As forças marroquinas anexaram o Saara Ocidental em 1975 e, em 1991, após 16 anos de guerra, Marrocos e a Frente Polisário, braço armado da República Árabe Saarauí Democrática (RASD) apoiado pela Argélia, assinaram um acordo de cessar-fogo mediado pela ONU, que incluía um compromisso de realizar um referendo sobre a possível autodeterminação da antiga colónia espanhola.

Quarenta anos depois da ocupação daquele território, centenas de milhares de saarauis continuam a viver em campos de refugiados no deserto da Argélia e o referendo ainda não se realizou, sobretudo devido a exigências por parte de Rabat.

Rabat considera a antiga colónia parte do seu território e uma “causa nacional”, propondo uma autonomia sob soberania marroquina, enquanto a Polisário, apoiada pela Argélia, exige o referendo sobre a autodeterminação.

Jornal de Angola

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