sexta-feira, 20 de julho de 2018

Criminosos | Dos assimilados linguísticos ao Israel racista e nazi-fascista


Este Curto, do Expresso, mais parece uma "cruz" disfarçada em "estrela" mas com o símbolo nazi sempre a assomar-se. Só não vê nem toma conhecimento quem não quer olhar e entender o estado de Israel, as suas políticas, as suas matanças,  o seu permanente rasto terrorista. Israel é uma cruz nefasta para a humanidade, principalmente para os seus vizinhos e para os israelitas que são exceção e discordam das políticas e ações tenebrosas dos governos do país. É uma cruz que tem saído cara à humanidade, principalmente àqueles povos que não assimilaram o nazi-fascismo, o racismo e desprezo pela vida dos que com tais criminosos estafermos têm de coabitar este planeta terráqueo. E nisso incluem-se imensos israelitas. Os governantes e lideres israelitas, na sua maior percentagem, são dos maiores criminosos da história da humanidade. Talvez tenham aprendido com Hitler - de que milhões foram vítimas - se bem que aquele tipo de ADN venha de antes, dos primórdios. Desses há imensos não só em Israel mas principalmente espalhados pelo mundo, quase sempre das elites assassinas, esclavagistas, racistas. Enfim, de um cardápio extenso de crimes contra a humanidade.

Cruz, Anselmo Cruz, autor de hoje do Curto do Expresso, traz em linha esse tal Israel terrorista por opção das elites políticas e militares. Usa o idioma inglês para escrever "Israel, você tem um problema" (Israel, You have a problem). Este jeitinho que os da praça lusa, da escrita e ramificações comunicacionais, têm para serem colonizados e desprezar a língua portuguesa causa arrepios. Disso já 'faladrámos' aqui bastas vezes, mas os assimilados do planeta devem achar "chique" mostrarem o seu inglês. Os antigos chamavam a isso uma cagança dos cagões, dos vaidosos e manientos (era a interpretação). Pois. Sou antigo. Mas português. Da pátria de Afonso Henriques e dos que depois deram brilho e imponência a Portugal e à sua língua.

Que se lixe. Parece que o slogan atual e colonizador é " somos todos ingleses!" Nanja a mim! Adiante, até porque é com asco que a abordagem acima foi feita, após a constatação da porcaria que por aí vai nos valores de caca das assimilações que nos despersonalizam e deterioram pátrias. A língua portuguesa é pátria, Israel é pátria. De modo diferentes há sempre os que estão prontos a fazer delas vergonhas que expõem ao mundo de modo imbecil, quando não até criminoso.

Esta "fala" vai longa na prosa. Afinal este principio e fim é só para "abrir" o Curto. Porque há quem tenha acordado com os pés de fora e cheio de razão. Tudo de bom para vós. Sem cagões nem racistas e xenófobos (fascistas) israelitas e outros.

Lá por isso, o Expresso Curto vale. Siga. Bom fim-de-semana. Saúde e pachorra democrática mas de pôr a boca no trombone quando se justifica. (MM | PG)

Bom dia, este é o seu Expresso Curto

Israel, You have a problem

Valdemar Cruz | Expresso

Ainda no mundo ecoavam os festejos do centenário do nascimento de Nelson Mandela, e já Israel concretizava no Parlamento – Knesset – a ameaça esboçada ao longo dos últimos tempos de aprovar a lei do Estado Nação do povo judeu, através da qual legaliza, de facto e de jure, um regime comparável ao “apartheid”, como afirmaram alguns deputados da oposição. Ao reservar em exclusivo para os judeus o direito à autodeterminação e ao estabelecer o hebreu como única língua oficial, Israel institucionaliza a discriminação em relação aos palestinianos, uma situação muito bem documentada, mesmo antes desta lei, pelo Departamento de Estado dos EUA e outras organizações independentes de âmbito internacional, como estruturas da ONU.

Aprovado com oito votos a favor e sete contra, o novo texto, que torna legaliza a discriminação de quem não é judeu, reconhece o direito à autodeterminação, mas apenas a uma parte da população constituinte do estado de Israel. Tal como está escrito, “o direito a exercer a autodeterminação nacional no Estado de Israel é um exclusivo do povo judeu”. A importância e o significado da nova lei, na qual tanto apostou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, resulta da circunstância de passar a formar parte das chamadas leis básicas, que regem o sistema legal como se fossem a Constituição que Israel não tem. Logo, são mais difíceis de revogar e só podem ser alteradas por uma norma do mesmo nível.

Israel sempre se definiu como um Estado judaico. Alguns deputados contrários à aprovação da lei sublinharam o facto de, tal como acontece, de resto, na declaração de independência de Israel, em nenhum momento se mencionar a palavra “democracia”, nem a palavra “igualdade”. Desse ponto de vista, o texto é coerente com a prática quotidiana de uma política de Estado assente na discriminação das minorias não judias, com destaque para os quase 20% de cidadãos que constituem a população de árabes israelitas.

Observadores internacionais têm sublinhado que esta é uma forma de cilindrar a ideia de que Israel possa ser o país de todos os seus cidadãos, como se confirmou no mês passado, quando uma proposta naquele sentido nem sequer foi admitida a discussão na Knesset.

A caminho de se tornar cada vez mais um estado étnico, Israel está a fazer tudo para tornar irreversível a impossibilidade de concretização da ideia de dois estados com uma única capital. Num dos pontos da nova lei sublinha-se que a capital de Israel “é Jerusalém completa e una”. Esta é uma longa batalha que tem vindo a ser travada por Netanyah, ao ponto de, no jornal inglês The Independent, o colunista Ben White perguntar “Porquê agora?”. Responde dizendo que um dos fatores passa por Netnyahu estar a pensar em prováveis eleições ainda este ano e querer assegurar o pleno dos votos à direita.

As condenações internacionais têm-se sucedido. Em linha com a posição da União Europeia, Augusto Santos Silva, Ministro dos negócios Estrangeiros, reprovou a aprovação da nova lei, que considerou “muito pouco compreensível” à luz da história do povo judeu.

Uma das questões que agora se coloca passa por saber se pode um estado, escudado na circunstância de cumprir algumas formalidades da democracia, persistir na concretização de todo um conjunto de políticas de cariz antidemocrático sem uma condenação firme e eficaz da comunidade internacional. É a diferença que vai entre murmurar-se que há um problema chamado Israel, e dizer frontalmente a Israel que tem um problema: com a democracia, com os direitos humanos, com o respeito pelas minorias. Ora, isto na verdade não é um problema. É um oceano de problemas, do qual é indispensável tirar as devidas ilações e desencadear as inevitáveis consequências.

OUTRAS NOTÍCIAS

Uns chamam-lhe caça à multa, outros resignam-se à constatação de que a lei é dura, mas é a lei. Todos poderão ter alguma razão e os números aí estão para o comprovar. Desde que oSistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO) entrou em funcionamento há um ano, registou quase 400.500 infrações na totalidade dos 30 radares móveis existentes. Instalados em 50 locais considerados críticos, os novos radares estão a funcionar desde 6 de julho de 2016. .

Afinal o que se passou com a reconstrução das casasafetadas pelos incêndios no verão passado? Depois da história lançada pela revista Visão sobre alegadas fraudes cometidas nos processos de reconstrução, a Procuradoria-geral da República decidiu abrir um inquérito. A população de Pedrógão está revoltada com a reconstrução de casas devolutas e o presidente da Câmara Municipal, Valdemar Alves, diz que não tudo não passa de má fé e inveja. No “Auto da Feira”, Gil Vicente abordava a degradação moral reinante no Renascimento. Porém, a serem verdade as suspeitas existentes, bem se percebe como infinita e intemporal é a miséria humana, como bem dizia mestre Gil.

Vamos cruzar uma notícia do JN com outra do Expresso Diário. O matutino portuense assegura que as famílias portuguesas estão a pagar 100 euros a mais na fatura do gás pela taxa de ocupação do subsolo, segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos. No Expresso Diário (acesso exclusivo a assinantes) aparece uma informação preocupante a partir de um relatório da Direção Geral de Energia que, após a realização de testes de stress, concluiu que o país corre o risco de ficar sem gás.

O eterno dilema de saber se haverá ou não hipótese de existir um novo acordo entre os partidos que conferem uma maioria parlamentar ao atual governo do PS tem hoje um novo desenvolvimento no Público. O jornal, a partir de uma entrevista a João Oliveira, líder parlamentar do PCP, assegura que está aberta a porta para um novo acordo com o PS, mas sem papel assinado. O deputado do PCP alerta, porém, que a progressão nas carreiras está por resolver, pergunta se foi por falta do PCP “que não se foi mais longe” e sublinha que o seu partido quer um salário mínimo de 650 euros.

Despeço-me da componente nacional com sugestões musicais, porque - e veja bem, apenas na agenda de hoje - temos o início em Gaia do Festival Marés Vivas; em Amarante arranca o MIMO, de acesso livre; abre mais uma edição do Festival Internacional de Música do Marvão; no Funchal, Madeira, inicia-se o Summer Opening; abre no Porto a 1ª edição do Elétrico Music Experience; em Belmonte, Castelo Branco, é inagurado o 1º Festival Zeca Afonso; em Coimbra prossegue, no Jardim Botânico, o Ciclo Hortus Musicalis; na Figueira da Foz continua o Woodrock Festival; em Lisboa prossegue o Ao Largo; em Cascais tem o Cool Jazz Festival, termina em Matosinhos o Tributo a Nelson Mandela, continua em Lisboa o Super Rock e entra em velocidade de cruzeiro o Festival Músicas do Mundo, em Sines. E… Ufff!! Fico-me por aqui, que nem isto é tudo,.. nem tudo isto é fado.

LÁ FORA

Das notícias valorizadas na imprensa portuguesa com origem internacional temos uma razoável variedade entre Putin e Trump, alternada com abordagens às relações entre Trump e Putin. Confuso? Vai dar no mesmo? Parece ser essa a sugestão da revista Time ao fazer uma capa com um rosto que é o somatório de um conjunto de características dos presidentes dos EUA e da Rússia. Apenas um fait divers, ou algo de mais profundo, que se pode virar contra os próprios americanos? A leitura subliminar é que um e outro são a mesma face de uma mesma moeda. Ora, se tivermos em conta a diabolização feita de Putin em toda a imprensa odidental, em que o menor dos epítetos nem será o de o considerar um ditador, estará a Time a querer sugerir que os EUA estão a ser dirigidos por um autocrata? Como não faltam elementos contraditórios na atuação de Trump ou do sistema que o suporta – é bom não esquecer que continua em alta nas sondagens – talvez seja útil ler este artigo publicado na Social Europe, intitulado “Poderão os EUA tornar-se uma ditadura democrática?”.

Como isto anda tudo ligado e Trump não sai da agenda, eis mais uma informação. Não chegou por twitter. O presidente dos EUA encarregou os serviços da presidência de diligenciarem para Vladimir Putin ser convidado a visitar os EUA ainda este ano. Vai crescer o drama shakespereano à volta de congeminações de traição e outras maldades similares. Não sei porquê, lembrei-me de um antepassado recente de outro homem mediático, pelo menos até a fronteira com Espanha. Recordam-se da célebre tirada “é apenas fumaça”? Foi proferida pelo tio-avô de Bruno de Carvalho. Chamava-se Pinheiro de Azevedo. Estávamos em novembro de 1975 e o almirante clamava que “o povo é sereno”.

E a Síria? Ainda alguém se lembra? Todos os dias enchia páginas de jornais e longos minutos de noticiário. Desapareceu do mapa, mas o conflito não acabou. Terá deixado momentaneamente de interessar, mas soube-se agora que foram evacuados os últimos reféns leais ao Governo cercados pelos grupos oposicionistas armados. “Exaustos, famintos e com medo, assim chegaram a Alepo na madrugada de quinta-feira os cerca de 7 000 civis evacuados de Fua y Kefraya”, relata o El País.

O jornal francês Libération tem uma secção intitulada “Check News”. A ideia é colocar uma pergunta e o jornal vai averiguar a veracidade ou não da afirmação implícita na questão. A última colocada pretendia saber se é verdade que a presidente da Croácia, tornada uma das figuras televisiva do último Mundial de futebol, homenageara soldados pró-nazis. A resposta, depois muito mais desenvolvida, fica resumida numa frase essencial: “Sim, e não foi a primeira política croata a fazê-lo”. Pois, e só isto dava para um outro Curto em que se poderia para falar do significado da vitória da equipa francesa, com a sua variedade de culturas e origens, no atual contexto europeu de crescente xenofobia e políticas restritivas contra os migrantes, comentar a suspeita – devido a antecedentes históricos - uniformidade étnica da Croácia e ainda falar dos caminhos seguidos por Israel rumo à criação de um Estado onde se rejeita a diversidade étnica.

TEMAS DE PRIMEIRA PÁGINA

Ainda estamos a descobrir John Coltrane – Público/ípsilon

Férias esgotam hotéis para animais – JN

Quatro mil casais conservadores discutem vida em Fátima – I

Sonangol vai deixar de produzir petróleo – Negócios

FRASES

“Esse apartheid regressa agora em Israel, só que agora, em vez da separação entre brancos e negros, o segregacionismo é entre judeus e não judeus”. Ana Sá Lopes, jornalista, no I

“Corremos o risco de ter um SNS para pobres e hospitais privados para quem tem seguro de saúde”. Álvaro Beleza, dirigente do PS, em entrevista ao I

O QUE ANDO A LER

Um dia, o pintor Lucian Freud viu-se confrontado com a necessidade de tomar uma decisão tão inesperada quanto inusitados eram os motivos silenciados que a justificavam. Convidado para uma festa de casamento, optou por declinar o convite por se encontrar na invulgar situação de ter já tido relações sexuais com a noiva, com o noivo e com a mãe do noivo. Isto para lá de naquele momento estar casado com uma sobrinha da mãe do noivo e a boda decorrer em casa de Francis Bacon, que ali vivia com o seu amante, Eric Hall.

A estranheza da decisão tem eco em outros momentos tão dissonantes como quando Manet decide apunhalar um quadro pintado por Degas onde avulta a imagem de sua própria mulher. Constatar que o pintor Francis Bacon chegou a oferecer-se como acompanhante de cavalheiros nas colunas de anúncios do Times, de Londres. Perceber como Pollock era um tipo infrequentável, arruaceiro, de um insuportável machismo, com frequência alcoolizado e incapaz de fazer um desenho decente. Ou pressentir que Picasso nunca teria pintado uma obra tão decisiva e de rutura como “Les Demoiselles de Avignon”, nem teria impulsionado o cubismo, juntamente com Braque, sem a pressão e rivalidade que sobre ele exercia Matisse, cuja filha adolescente povoava o imaginário libidinoso do pintor granadino.

Estes e muitos outros episódios aparecem narrados no livro “El arte de la rivalidad”, do crítico de arte e ensaísta australiano Sebastian Smee, vencedor do Prémio Pulitzer. Construído à volta de episódios de amizade e amor, traição e rompimentoprotagonizados por quatro pares de artistas, todos homens e todos eles situados entre os mais importantes da modernidade, o livro faz-nos embarcar numa longa e surpreendente viagem à volta das vidas e dos encontros e desencontros entre Matisse e Picasso, Manet e Degas, Pollock e De Kooning, Freud e Bacon.

A partir das dinâmicas criadas pelas relações entre amigos que chegam em alguns casos a tornar-se quase inimigos, Smee mostra como os temperamentos divergentes destes artistas acabam por desembocar – seja pela rivalidade, pelo espírito de competição, pela vontade de ultrapassar o outro – em avanços estilísticos decisivos para a história de arte. Se é notável o início do capítulo dedicado a De Kooning e Pollock,situado numa noite do início da década de 1950, com os dois pintores completamente bêbedos, sentados no exterior da Cedar Tavern, de Greenwich Village, a partilharem uma garrafa e a brindarem-se mutuamente com o epíteto de melhor pintor dos EUA, não lhe ficam atrás as pulsões ou tensões eróticas e sexuais que podem estar por trás do golpe de Manet no quadro pintado pelo solteiro Degas, pintado num momento em que aquele casamento definhava de um modo que não terá escapado ao mais jovem pintor.

O que torna o livro extraordinário está muito para lá das abundantes “petites histories” sobre a vida de cada um dos protagonistas. O mais relevante é a maestria com que o autor, ensaísta e crítico de arte, nos conduz, a partir daquelas rivalidades por vezes mais intuídas do que reais, através de uma irresistível história da arte centrada em períodos cruciais dos séculos XIX e XX, pela qual passam ainda personagens não tão secundárias como isso. Entre elas estão Peggy Guggnheim, Gertrude Stein, Baudelaire ou Appolinaire, cuja influência sobre Picasso fica aqui exposta em toda a sua dimensão e importância. Picasso de quem Matisse dizia: “Tal como um gato, seja qual for o salto mortal que dês, cairás sempre de pé”.

Como estamos em tempo de férias deixo-lhe outras pistas, a partir dos livros que escritores famosos mais leem e mais recomendam. Talvez tenha alguma surpresa. Ou não.

Tenha um bom dia, com múltiplas e variadas escolhas.

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