domingo, 23 de setembro de 2018

PRM | Novas operações no norte de Moçambique


Depois de dois novos ataques na região, o Comando-Geral da PRM volta a lançar operações para capturar os autores. Ainda não se sabe as motivações dos atacantes que desde outubro aterrorizam a região.

A Polícia da República de Moçambique (PRM) disse esta sexta-feira (21.09) que estão em curso operações para a captura dos grupos armados que mataram dez pessoas numa aldeia remota da província de Cabo Delgado e atacaram uma patrulha militar noutro ponto da região, na passada quinta-feira (20.09).

"As operações para a captura destes indivíduos já decorrem na região", disse o porta-voz do Comando-Geral da PRM em Maputo, Inácio Dina. 

Em dois ataques, grupos armados desconhecidos mataram dez pessoas numa aldeia remota da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, e atacaram uma patrulha militar noutro ponto da região, segundo fontes das autoridades locais.

Um ataque aconteceu cerca das 20 horas locais de quinta-feira, na aldeia de Ntoni, um povoado pertencente ao posto de Mucojo, distrito de Macomia, no litoral centro de Cabo Delgado.

O grupo que, segundo fontes locais, usava fardas militares, entrou a disparar com armas de fogo e matou dez residentes, além de ferir outras 15 pessoas e incendiar, pelo menos, 30 casas.

A emboscada a uma patrulha militar aconteceu também na quinta-feira, mais a norte, junto a Pundanhar, distrito de Palma, acrescentou outra fonte à Lusa, sem precisar as consequênias do confronto.

O porta-voz da polícia moçambicana não confirmou o número de vítimas, considerando que decorrem ainda ações para apurar os danos resultantes dos ataques.

"Estamos em contacto com os nossos colegas na província para conciliar informações e oportunamente vamos ter números e mais detalhes", afirmou Inácio Dina.

Motivação desconhecida

O último ataque tinha acontecido a 8 de setembro, também contra um povoado do posto administrativo de Mucojo, no distrito de Macomia.

Três dias depois, a PRM referiu que a situação estava "sob controlo".


Os grupos que têm atacado as aldeias nunca fizeram nenhuma reivindicação nem deram a conhecer as suas intenções, mas investigadores sugerem que a violência está ligada a redes de tráfico de heroína, marfim, rubis e madeira.

Os ataques acontecem numa altura em que avançam os investimentos de companhias petrolíferas em gás natural na região, mas sem que até agora os atacantes tenham entrado no perímetro reservado aos empreendimentos.

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