PSD e CDS continuam na atualidade
a tomarem por “cavalo de protesto” os incêndios de 2017 e também os de 2018, em
Monchique (por exemplo). Encenaram sem vergonha o ar de santos e de preocupados
durante e depois da tragédia na zona centro do país que em 2017 foi um inferno
de chamas e que agora mesmo lembram a data passado um ano. Assumindo o ar de
nojeira política, pretendendo esquecer as suas responsabilidades por cortes de
20 milhões nos serviços que combatem fogos e outras calamidades quando eram
governo, o PSD e o CDS mostraram-se e mostram-se na oposição “revoltados” com
as políticas do atual governo – surpreendido que foi pelas carências dos
serviços de socorro às populações.
Mas quem fez os cortes? Passos Coelho e
Cristas quando foram governo pró fascista (a que chamam neoliberal). Cristas,
deputada e maioral do CDS, no lugar de Paulo Portas, faz de conta que nada tem
de responsabilidades nas sangrias que fez quando ministra e nas hiperlimitações
infligidas aos portugueses, ao país. Passos dá aulas, aparentemente afastado da
política mas pronto para saltar sobre Rui Rio ou outro que lhe pretenda ocupar
o lugar de chefe do PSD neotudo de direita dentro de alguns anos, após o período
de defeso e de falta de memória que ataca imensos portugueses.
Afinal, eles,
Passos e Cristas/Portas, foram os principais incendiários do que aconteceu em
Pedrogão e pelo país. Não acenderam fósforos nem isqueiros mas foram autores de
bombas retardadoras que explodiram após terem deixado de serem governo de uma
política de cortes orçamentais que também causaram muita fome aos portugueses e os levaram a
perderem os seus empregos, as suas casas, as suas famílias - que se desagregaram
porque “casa onde não há pão todos ralham e todos têm razão”. E é essa gentalha do
PSD e do PSD que agora critica, reclama, fazendo-se honestos e potenciais
patriotas e humanistas… Cristas, por que não te calas?!
Alguns pormenores no texto que apresentamos a seguir, de Abril Abril. (MM | PG)
Passos e Cristas fizeram sangria
financeira no ICNF
PSD e CDS-PP cortaram mais de 20
milhões na defesa da floresta
O anterior governo, com Passos
Coelho como primeiro-ministro e Assunção Cristas como ministra das Florestas,
cortou o orçamento do Instituto de Conservação da Natureza e das
Florestas (ICNF) em um quarto, entre 2011 e 2015.
O orçamento de despesa da
entidade pública responsável pela gestão do património florestal do Estado e
das áreas protegidas foi altamente afectado pelos cortes orçamentais do
anterior governo. Entre 2011 e 2015, o orçamento caiu mais de 25%, passando
de mais de 82 milhões de euros para pouco mais de 61 milhões
durante esse período.
A fusão da Autoridade
Florestal Nacional e do Instituto de Conservação da Natureza e da
Biodiversidade em 2012, que criou o Instituto de Conservação da
Natureza e das Florestas (ICNF), resultou num corte de 10 milhões de
euros no seu financiamento, logo no primeiro ano completo do governo
do PSD e do CDS-PP, com Passos como primeiro-ministro e
Cristas como ministra da tutela.
Até à derrota eleitoral de 2015,
o orçamento do ICNF foi sofrendo cortes sucessivos, perdendo outros
10 milhões de euros até ao final da legislatura. O orçamento para investimento
foi o que mais sofreu a partir de 2013: nesse ano passa de 9 para 3
milhões de euros; em 2014 é praticamente obliterado, passando
para 500 mil euros.
Foi a queda do anterior governo
que permitiu aumentar, ainda que de forma muito insuficiente, o
investimento na defesa da floresta contra incêndios e, particularmente, no
funcionamento das equipas de sapadores florestais. Os cerca de 14 milhões de
euros anuais reservados para a defesa da floresta contra
incêndios durante os anos do PSD e do CDS-PP passaram a 32 milhões em 2016
e, no caso das equipas de sapadores florestais, o compromisso
financeiro para o seu funcionamento passou de 9 para 26
milhões de euros.
Mas aqui fica também evidente a
falha na concretização das medidas, já que este reforço das equipas de
sapadores florestais, apesar de prevista nos plano do Fundo Florestal
Permanente do ICNF de 2016 ainda não foi concretizada.
AbrilAbril | Foto: em Aventar (artigo AbrilAbril em outubro de 2017)
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