domingo, 4 de novembro de 2018

Angola – Aspar | Integração, rigor e responsabilidade


   
As acções em prol duma nova era da Comunidade da Segurança do Estado, tendo em conta a radiografia histórica, antropológica e sociológica do país, exigem objectiva e subjectivamente o desencadear de processos de mobilização visando integração, rigor e responsabilidade.

É evidente que essa conduta não se restringe apenas àqueles que no activo compõem as distintas funcionalidades dum aparelho tão sensível enquanto instrumento de poder de estado democrático e multipartidário, reitor de paz, de reconciliação, de reconstrução nacional e de reinserção social.

Numa perspectiva a curto prazo, os membros dessa Comunidade que por qualquer razão não estão em funções, devem também corresponder à (re)integração, qualquer que seja a articulação, com rigor e responsabilidade, em função dos juramentos patrióticos que foram feitos e de forma a ser um exemplo para toda a sociedade.

A surda guerra psicológica a que muitos foram sujeitos durante décadas, não é justificação para não corresponderem dessa maneira!


As Assembleias Provinciais de esclarecimento que estão em curso, se bem que com objectivos muito específicos que legitimamente correspondem às aspirações mais prementes dos membros da ASPAR, não podem perder de vista as questões de fundo.

Às quatro Assembleias levadas a cabo pelo Presidente da Direcção Executiva da ASPAR em duas Províncias e em Luanda já estiveram presentes um total de 753 membros da Comunidade da Segurança do Estado.

Por outro lado, tendo ainda em conta a natureza da sociedade angolana e os impactos que os angolanos têm vindo a sofrer em função das profundas alterações globais que influem por vezes de forma tão negativa no país, é oportuno pedir o empenho de todos os membros da Comunidade da Segurança do Estado, para não alimentarem nem especulações, nem ilusões fúteis, nem qualquer tipo de alienação despropositada em relação aos trabalhos em curso, suas práticas e seus resultados, acautelando também com isso os processos de integração e as possíveis articulações que com eles se vão desenhando.


Vencer desequilíbrios, injustiças sociais e humanas, assim como neutralizar os efeitos da guerra psicológica resultante dos impactos do capitalismo neoliberal, implicam a médio e longo prazos, uma harmónica e mobilizadora cultura de inteligência, aberta às ciências humanas e da natureza e às imensas investigações que há que realizar em prol dos conceitos implícitos a uma geoestratégia de desenvolvimento sustentável em Angola!

A Comunidade de Segurança do Estado tem imensos potenciais que se deverão entrosar em cadeia com os que estão apostados nos imensos resgates que há a realizar em benefício de todo o povo angolano, da construção de sua felicidade e futuro e é esse um dos objectivos a ter sempre bem presente na luta diária, como na ciclópica luta contra o subdesenvolvimento.

Honrar a memória e os ensinamentos do dr. António Agostinho Nero, passa singular e colectivamente por todos nós e é essa transversalidade, por que nós somos nós mesmo, que garante a mobilização de todas as capacidades para a pátria bonita que há que construir!

Martinho Júnior | Luanda, 27 de Outubro de 2018

Fotos: Assembleia em Luanda

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