domingo, 15 de julho de 2018

Angola | 27 DE JUNHO EM CALUEQUE – III

Martinho Júnior | Luanda  (continuação)

A batalha do Cuito Cuanavale estendeu-se durante 11 meses (entre Julho de 1987 e Junho de 1988) em toda a Frente Sul das FAPLA, abrangendo sobretudo as províncias do Cuando Cubango, Huila e Cunene… todavia, o soco da mão direita a que se referiu o Comandante Fidel de Castro (como o boxeur que com a mão esquerda o mantém e com a direita o golpeia” –https://resistir.info/cuba/cuito_cuanavale.html), no lado africano do Atlântico Sul está aparentemente meio-apagado da corrente da memória, pelo que não se comemorou em Angola, conforme a dignidade assim o determina, o histórico 27 de Junho de 1988 em Calueque, 30 anos depois do acontecimento!...

7- Em Setembro de 2017 e a propósito das reinterpretações com fundo ideológico sobre os combates na Frente Sul das FAPLA, ocorridos no âmbito da batalha do Cuito Cuanavale, o camarada general Paulo Lara teceu, no Novo Jornal, um conjunto de pertinentes observações (texto publicado na edição n.º 501 do Novo Jornal, de 22 de Setembro de 2017).

Logo em relação às presenças na cerimónia de inauguração do monumento que honrava os heróis da batalha de Cuito Cuanavale (http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2017/8/38/Cuando-Cubango-Inaugurado-memorial-vitoria-batalha-Cuito-Cuanavale,f021f180-c94b-4db1-af9a-429fcc9e859f.html), o camarada general Paulo Lara escreveu:

…”Praticamente despercebidos estavam os representantes das embaixadas da Rússia e de Cuba, aliados de Angola naqueles difíceis momentos.

Não nos podemos esquecer que, ao contrário do que foi sendo insinuado nos últimos anos, a presença das forças cubanas teve um papel importante nos três últimos meses dos combates em redor do Cuito Cuanavale.

Passados 30 anos da Batalha do Cuito Cuanavale e 42 anos da nossa Independência, estamos convencidos que sem a atitude assumida por Angola com a solidariedade activa de Cuba, a história das independências efectivas no continente africano seria totalmente diferente”…

Perante o injustificável, o camarada general Paulo Lara foi mais longe e apontou um conjunto de observações que se deveriam passar a levar em conta nas abordagens relativas à batalha do Cuito Cuanavale, que, não me canso de repetir, abarcou toda a Frente Sul das FAPLA; transcrevo:

“ - que o Memorial esclareça a confusão criada entre os conceitos de Batalha, Operação e Combate e principalmente entre a Batalha do Cuito Cuanavale e o Combate do Tumbo;

- que esteja esclarecida a extensão e profundidade da BCC; as Regiões, Agrupações e Unidades que nela participaram; as datas em que ela iniciou e terminou; as principais operações e combates que a integraram; identificados os principais comandantes aos diferentes níveis; o sistema de direcção criado desde o estratégico ao táctico. [É nosso entender que se se considera a Batalha do Cuito Cuanavale como símbolo da derrota contra as SADF e consequentemente da libertação da Namíbia e término do regime do apartheid, a Frente do Cunene onde se realizou o golpe final contra as SADF constitui parte integrante da BCC];

- que esteja explicado o funcionamento e papel desempenhado pelo Centro de Direcção das Operações (CDO) dirigido pelo Comandante em Chefe das FAPLA e que integrava o Ministro da Defesa e o Chefe do Estado Maior General das FAPLA assim como os Chefes da Missão Militar Cubana [MMCA] e a da Missão Militar Soviética em Angola [MMSA];

- que estejam integrados neste Memorial e explicados os principais combates realizados como os de Setembro de 1987 no rio Lomba, os de Outubro no Lungue-Bungo (Moxico), os de Novembro em Chambinga com a 16.ª Brigada, os de Fevereiro de 1988, no famoso duelo de tanques em Chambinga no dia 14 de de Fevereiro, entre forças das 21.ª e 59.ª Brigadas, Grupo Táctico Cubano e as SADF entre outros;

- que no Memorial esteja referenciado, para além do das SADF, o papel exercido pelas forças das FALA (Forças Armadas da UNITA) e a sua Direcção ao longo do período da BCC nas diferentes frentes;

- que no Memorial esteja clarificado o papel das forças cubanas e soviéticas ao longo da BCC, na sua real dimensão;

- que seja rigorosamente verificada a linguagem utilizada na terminologia militar ou identificação de objectos ou localidades, para não corrermos o risco de que termos como Triângulo do Tumpo ou Caixa de Chambinga, de origem das SADF sul-africanas, passando a fazer parte do nosso vocabulário;

- que não se deixe de referenciar a importância da BCC no surgimento da primeira doutrina militar elaborada unicamente por oficiais angolanos - O Novo Pensamento Militar - que viria a alterar profundamente a organização político-militar e operacional no teatro de operações militares nos anos seguintes.”

É evidente que o camarada general Paulo Lara fundamentou a sua explanação em função dos conceitos geoestratégicos e técnicos da batalha do Cuito Cuanavale em toda a sua extensão e temporalidade, todavia, parece-me a esta distância e com base no silêncio que se registou a propósito dos 30 anos do golpe da aviação em Calueque, que as razões dos últimos artigos publicados no Jornal de Angola sobre a batalha do Cuito Cuanavale, só podem ser explicadas dada a natureza ideológica das intervenções e conforme estou a ter o cuidado de evidenciar.

Ao citar fontes, como por exemplo em “Acordos de Nova Iorque e a Paz na África Austral”, com a assinatura de José ribeiro (http://jornaldeangola.sapo.ao/reportagem/acordos_de_nova_iorque_e_a_paz_na_africa_austral), só existem para fundamentar a argumentação, ou fontes angolanas, ou fontes sul-africanas, como Peter Stiff (https://www.amazon.com/default/e/B001HMU230?redirectedFromKindleDbs=true)…

É o capitalismo que cria o artifício de dividir, de excluir, ou de marginalizar, como aconteceu por exemplo com a comunidade da Segurança do Estado até à chegada do camarada general Miala e por isso os seus “profetas” estão tão afoitos ao que chega de fora, em múltiplos processos de assimilação, inibindo como mercenários, por completo ou em partes, o pensamento integrador e articulado, ou o pensamento dialético, em prejuízo da independência, da soberania, da identidade nacional e da própria história!


8- Ao não se lembrarem os 30 anos sobre o golpe da aviação da Linha da Frente progressista do Movimento de Libertação em Calueque, a África Austral perdeu a oportunidade de conferir relevo aos resgates que empenhadamente África deveria ter vindo a realizar!

De facto, a barragem de Calueque foi construída em 1972, nos alvores do Exercício Alcora que integrou o esforço económico e financeiro da criação e do arranque do Plano Cunene (http://paginaglobal.blogspot.com/2017/05/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda_18.html), algo que tem a ver enquanto “nutriente”, com a persistência da internacional fascista da época.

A presença na barragem de Calueque do “apartheid” até ao 27 de Junho de 1988, reproduz a teimosa expressão da continuidade da internacional fascista na África Austral, ou seja a continuidade física em solo angolano do próprio Exercício Alcora depois do 25 de Abril em Portugal, pelo que a derrota das SADF em Calueque e a expulsão das SADF do território nacional, têm um outro significado que, com as “filtragens” ideológicas social-democratas e cristã-democratas foi inibido, ou excluído, em benefício de reinterpretações que interessam a círculos conservadores e elitistas que actuam a coberto do capitalismo neoliberal em África, também oficiosamente (conforme os artigos publicados no Jornal de Angola sobre a batalha do Cuito Cuanavale) estabelecidos em Angola.

O Movimento de Libertação em África, na sequência da lógica com sentido de vida, ao expulsar o “apartheid”, com a vitória na batalha do Cuito Cuanavale, definitivamente de Angola, propiciava não só a independência da Namíbia e do Zimbabwe, não só a possibilidade da implantação da democracia na base de 1 homem, 1 voto, na África do Sul, mas também, assumindo o controlo de planos (como o Plano do Cunene) e infra estruturas (como a barragem de Calueque, entre outras barragens que polvilham o rio Cunene), passar a ter bases e recursos para dar início à imensa luta contra o subdesenvolvimento que há que realizar, em benefício de todos os povos da África Austral, algo que seria imprescindível comemorar e ainda mais imprescindível poder reflectir!

O golpe em Calueque, marcando o colapso das SADF, afundadas nos seus projectos de “border war”, deveria ser comemorado e reflectido por todos os componentes da Linha da Frente, da Namíbia, do Zimbabwe e da África do Sul, bem como pelos aliados de então, em especial Cuba e, 30 anos depois dos acontecimentos, ao se perder essa oportunidade em função de ideologias que nada tiveram e nem têm a ver com o sentido histórico do Movimento de Libertação em África, nem com a legitimidade dos resgates imensos que há a realizar, conclui-se que o carácter dos estados na África Austral e particularmente o estado angolano, está longe de poder corresponder aos termos inequívocos de independência, de soberania e de identidade nacional, ou seja àquilo que essencialmente lhes compete face aos povos que os elegem!

Acima de tudo, a lavagem da história pretende inibir qualquer veleidade anti-imperialista, numa altura em que a globalização nos termos da hegemonia unipolar, pretende avassalar África num revigoramento neocolonial e para que não seja dada hipótese a qualquer veleidade na direcção dum renascimento africano!...

9- Esta reflexão tem que ver também com a necessidade duma geoestratégia para um desenvolvimento sustentável (https://paginaglobal.blogspot.com/2016/01/geoestrategia-para-um-desenvolvimento.html), pois o rio Cunene, tem os seus três fluxos de nascença inseridos na Região Central das Grandes Nascentes, tal como a bacia subterrânea do Cuvelai e as bacias do Cubango e do tributário do Zambeze, o Cuando.

A memória da batalha do Cuito Cuanavale em toda a Frente Sul das FAPLA, 30 anos depois suscita também essa larga abordagem sobre o espaço nacional voltado a sul e sobretudo sobre o espaço vital.

A inteligência e a segurança nos termos do resgate que há a realizar e de acordo com uma geoestratégia para um desenvolvimento sustentável e em luta contra o subdesenvolvimento (http://paginaglobal.blogspot.com/2017/11/para-uma-cultura-de-inteligencia-em.html), dão continuidade ao sentido do Movimento de Libertação em África, que no meu entender não se pode, em razão da independência, da soberania e da identidade nacional, desprezar.

As ideologias indexadas aos interesses do capitalismo neoliberal, não só dividem, não só excluem, não só subvertem, como também“obrigam” (por que são formuladas a partir das linhas de força dominantes), a que os angolanos e os africanos, se esqueçam do essencial sobre a dialética entre os imensos desertos quentes do continente (também sobre o Kalahári e o deserto do Namibe) e o espaço interior vital rico em água (https://paginaglobal.blogspot.com/2018/06/a-guerra-psicologica-do-imperio-da.html), que deverá ser o nó górdio das geoestratégias de desenvolvimento sustentável, inequívocos garantes de futuro para todo o continente!

Não basta pois uma reflexão apenas debruçada sobre a bacia do Congo e Grandes Lagos (http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2018/3/18/Estadistas-lancam-comissao-para-sustentabilidade-bacia-Congo,e442f60b-80b1-4d82-a006-a9b4c6745194.html), no caso angolano sobre a Região Central das Grandes Nascentes, pois é no pensamento dialético, tirano partido do conhecimento antropológico e histórico, que uma inteligência de vanguarda se pode tornar garante de paz e segurança!

O ataque da aviação de 27 de Junho de 1988 a Calueque (http://www.urrib2000.narod.ru/EqMiG23a-e.html), tem múltiplas lições para nos dar, mas 30 anos depois, prevalece a assimilação no pior sentido do termo!

FIM

Martinho Júnior - Luanda, 6 de Julho de 2018

Ilustrações:
- Mapa da Frente Sul das FAPLA, de acordo com “Cuito Cuanavale revisitado” – https://resistir.info/cuba/cuito_cuanavale.html;
- Derrota das SADF em Calueque, a 27 de Junho de 1988, uma imagem da impotência do “apartheid”;
- “Visions of freedom”, um livro deliberadamente desconhecido dos “historiadores” angolanos e do Jornal de Angola;
- Dois MIG-23 com as cores da FAPA-DAA de Angola;
- Memorial do Cuito Cuanavale.

A NATO, em expansão e cada vez mais cara, alastra-se pela Europa


Manlio Dinucci*

Agindo como orgãos programados desde a sua criação, as Administrações da NATO e da União Europeia, prosseguem o seu projecto afastadas de qualquer controlo político.As burocracias militares e civis resultantes da ocupação norte-americana da Europa Ocidental, pretendem defender os interesses da elite transnacional sem se preocupar com a vontade dos povos.

Em 11 e 12 de Julho de 2018, desenvolve-se em Bruxelas a CIMEIRA NATO ao nível de Chefes de Estado e de Governo, dos 29 países membros. Confirma ao mais alto nível o fortalecimento da estrutura de comando, principalmente, na função anti-Rússia. Serão estabelecidos:

-  um novo Comando Conjunto para o Atlântico, em Norfolk, nos EUA, contra os “submarinos russos que ameaçam as linhas de comunicação marítima entre os Estados Unidos e a Europa”

-   um novo Comando Logístico, em Ulm, na Alemanha, como “dissuasor” contra a Rússia, com a tarefa de “mobilizar mais rapidamente as tropas em toda a Europa em qualquer conflito”.

Em 2020, a NATO terá, na Europa, 30 batalhões mecanizados, 30 esquadrilhas aéreas e 30 navios de combate, apetrechados em 30 dias ou menos, contra a Rússia. O Presidente Trump terá, portanto, cartas mais fortes na Cimeira bilateral, que terá a 16 de Julho, em Helsínquia, com o Presidente Putin, da Rússia. Daquilo que o Presidente dos EUA estabelecer na mesa de negociações, dependerá, fundamentalmente, a situação na Europa.

O raio de expansão da NATO vai muito além da Europa e dos próprios membros da Aliança. Ela tem vários parceiros ligados à Aliança por vários programas de cooperação militar. Entre os vinte incluídos na Parceria Euro-Atlântica, figuram a Áustria, a Finlândia e a Suécia. A parceria mediterrânica inclui Israel e a Jordânia, que têm missões oficiais permanentes na sede da NATO, em Bruxelas, e Egipto, Tunísia, Argélia, Marrocos e Mauritânia. A parceria do Golfo inclui o Kuwait, o Qatar e os Emirados, com missões permanentes a Bruxelas, além do Bahrein. A NATO também tem nove “Parceiros globais” na Ásia, na Oceania e na América Latina - Iraque, Afeganistão, Paquistão, Mongólia, Coreia do Sul, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Colômbia - alguns dos quais “contribuem, activamente, para as operações militares da NATO”.

A NATO - criada em 1949, seis anos antes do Pacto de Varsóvia, baseada formalmente no princípio defensivo estabelecido pelo Artigo 5 - foi transformada numa aliança que, de acordo com o “novo conceito estratégico”, compromete os países membros a “liderar operações de resposta a situações de crise não previstas no artigo 5.º, fora do território da Aliança”. Segundo o novo conceito geoestratégico, a Organização do Tratado do Atlântico Norte estendeu-se às montanhas afegãs, onde a NATO está em guerra há 15 anos.

O que não mudou, na mutação da NATO, foi a hierarquia dentro da Aliança. É sempre o Presidente dos Estados Unidos que nomeia o Comandante Supremo Aliado na Europa, que é sempre um general dos EUA, enquanto os Aliados se limitam a ratificar a sua escolha. O mesmo aplica-se aos outros comandos chave. A supremacia dos EUA fortaleceu-se com a ampliação da NATO, pois que os países do Leste europeu estão mais vinculados a Washington do que a Bruxelas.

O próprio Tratado de Maastricht, de 1992, estabelece a subordinação da União Europeia à NATO, da qual fazem parte 22 dos 28 países da UE (com a Grã-Bretanha de saída da União). O mesmo estabelece no artigo 42.º, que “a União respeita as obrigações de alguns Estados Membros, que consideram que a sua defesa comum se efectue através da NATO, no âmbito do Tratado do Atlântico Norte”. E o protocolo n. 10 sobre a cooperação estabelecida pelo art. 42 salienta que a NATO “continua a ser a base da defesa” da União Europeia. A Declaração Conjunta sobre a Cooperação NATO/UE, assinada em 10 de Julho em Bruxelas, na véspera da Cimeira, confirma esta subordinação: “A NATO continuará a desempenhar a sua função única e essencial como pedra angular da defesa colectiva para todos os aliados, e os esforços da UE também fortalecerão a NATO” [1]. A PESCO e o Fundo Europeu para a Defesa, sublinhou o Secretário-Geral Stoltenberg, “são complementares e não alternativas à NATO”. A “mobilidade militar” está no centro da cooperação NATO/UE, consagrada na Declaração Conjunta. Igualmente importante é a “cooperação marítima NATO/UE no Mediterrâneo, para combater o tráfico de migrantes e, assim, aliviar o sofrimento humano”.

Sob pressão dos EUA e neste contexto, os aliados europeus e o Canadá aumentaram a sua despesa militar em 87 biliões de dólares, desde 2014. Apesar disso, o Presidente Trump vai bater com os punhos na mesa da Cimeira, acusando os aliados porque, todos juntos, gastam menos do que os Estados Unidos. “Todos os aliados estão a aumentar as despesas militares", afirma o Secretário Geral da NATO, Stoltenberg.

Os países que destinam à despesa militar, pelo menos 2% do seu PIB, aumentaram para 3%, em 2014, e para 8%, em 2018. Prevê-se que, desde agora até 2024, os aliados europeus e o Canadá aumentarão a sua despesa militar em 266 biliões de dólares, expandindo a despesa militar da NATO para mais de 1 trilião de dólares por ano. A Alemanha, em 2019, ampliará para uma média de 114 milhões de euros por dia e planeia aumentá-la em 80% até 2024. A Itália comprometeu-se a alargá-la dos actuais 70 milhões de euros por dia, para cerca de 100 milhões de euros/dia. Como exige aquele que, no programa do governo, é definido como “o aliado privilegiado da Itália”.

Manlio Dinucci* | Voltaire.net.org | Tradução Maria Luísa de Vasconcellos | Fonte Il Manifesto (Itália)

*Geógrafo e geopolítico. Últimas publicações : Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014; Diario di viaggio, Zanichelli 2017; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016.

Imagem: A Comissão Europeia e o Secretariado-Geral da NATO fizeram preceder a Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Aliança, pela assinatura de uma Declaração Conjunta. Para essas Administrações tratava-se de impossibilitar o sistema que gerem de maneira a impedir que as (autoridades) eleitas o contestassem.

E se em França a luta social estivesse apenas a começar?


Rémy Herrera

A chegada do Verão, sinónimo de férias, é aguardada com impaciência por todos os trabalhadores; até mesmo por aqueles que estão lutando por justiça e sabendo que durante dois meses, suas lutas ficarão com reticências, isto é, serão postas entre parênteses, até à reentrada em setembro. Desta vez, no entanto, na agitação social que sacode o país desde o início do ano, foi sobretudo o governo, a achar havia demasiado tempo antes das férias de Verão. Nas esferas de poder, alguns certamente estão convencidos que venceram a guerra. A guerra social, que os capitalistas – que elegeram em 3 de julho para dirigir a sua organização patronal (MEDEF) um puro descendente da nobreza francesa, Geoffroy Roux Bezieux – e o seu dedicado presidente-monarca Macron lançaram contra o povo. No entanto, tudo leva a crer que a grande confrontação ainda está para vir. As coisas sérias estão apenas a começar.

As forças neoliberais já estão alinhadas em ordem de batalha, prontas para a próxima ofensiva. Será a "reforma" das pensões de aposentação, nova etapa para a demolição da protecção social dos trabalhadores. Para fazer isso, foi nomeado um "alto comissário" Jean-Paul Delevoye – homem de direita, acumulando mais de 80 anos de mandatos políticos, ex-ministro sob Jacques Chirac, que se juntou ao partido do actual Presidente – La République en Marche! É responsável pela elaboração do projecto de lei sobre pensões que o Governo apresentará ao Parlamento em 2019 no quadro do PACTO (plano de acção para o crescimento e a transformação das empresas).

Sous prétexte d'"harmoniser" les régimes de retraite et d'"aligner" le système en vigueur dans la fonction publique sur ceux des secteurs privés, ce qui est visé, c'est la promotion des marchés de l'épargne retraite, selon les desiderata des banques et compagnies d'assurance. 

Sob o pretexto de "harmonizar" os planos de Pensões e de "alinhar" o sistema actual na função pública com o do sector privado, o que se pretende é a promoção de mercados de poupança-reforma, de acordo com os desejos dos bancos e empresas seguradoras. O projecto prevê bloquear as contribuições para a Segurança Social, condenando assim os montantes das pensões a baixarem à medida que aumentar o número de aposentados e a expectativa de vida. Nenhuma garantia é concedida aos investimentos em poupanças quanto ao nível das suas pensões, confiada aos caprichos das cotações bolsistas (nem mesmo sobre as possibilidades de recuperarem as suas economias)! É de facto uma privatização dissimulada do regime de pensões que está à vista, colocando em risco, em consequência da captura de uma parte das poupanças dos aposentados, o financiamento da Segurança Social em França. A finança globalizada e os fundos de pensões, frustrados desde a crise de 2008 com taxas de juro quase zero, esfregam as mãos! Afinal não foi para isto que escolheram Macron?

O sistema ideal é o que permite garantir para todos a continuidade do seu melhor nível de vida na carreira, durante a passagem da actividade para a reforma. Apesar das recomendações da Comissão Europeia, o FMI e a OCDE a favor da capitalização, o sistema francês funciona ainda amplamente – felizmente – na base da repartição: contribuições actuais financiam os aposentados actuais e as contribuições actuais são constitutivas dos futuros direitos à reforma, através da solidariedade intergeracional e a obrigação de qualquer activo a contribuir. Este regime, com prestações garantidas, é seguro porque financiado pelas contribuições do total dos salários nacionais. Isso, sem recorrer aos mercados financeiros, portanto sem o risco dos desastres do mercado de acções.

É esta solidariedade que os anos de neoliberalismo enfraqueceram, sem a conseguir desmantelar. É este sistema que o Presidente Macron às ordens da finança quer destruir. É este sistema de pensões que será preciso em breve defendermos, para o reforçar e universalizar. O problema das reformas não é demográfico; é uma questão de justiça social. Trata-se de uma escolha profunda da sociedade: ou a solidariedade ou cada um por si.

As elites dirigentes, arrogantes e impulsionadas por uma relação de forças historicamente favorável ao capital, devem no entanto recordar-se que em 1995 as maiores mobilizações populares após o maio de 1968 foram precisamente em defesa do sistema de reformas. Poderosas greves paralisaram então o país por mais de um mês (novembro - dezembro), e forçaram o governo da época (o de Alain Juppé, primeiro-ministro de Chirac) a abandonar sua "reforma", sob a pressão de dois milhões de manifestantes. Em 2010, sob Sarkozy, 3 milhões de manifestantes não foram suficientes para deter a máquina infernal neoliberal. Quantos milhões serão necessários em 2019 para forçar Macron a pôr-se "em marcha…atrás"? 

15/Julho/2018

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ 

Em Portugal | MANHOSOS DA DIREITA NEOFASCISTA À CONQUISTA DA UE - VOLT


Em Resistir.info tomámos conhecimento de um novo partido político que está em progressão na conquista da UE. Um partido da direita mais à direita, manhoso e nazi, que alastra nos países da Europa num unaninismo que pela sua doutrina se subentende que os seus objetivos têm que ver com um nazismo europeu (talvez a alastrar pelo mundo). Uma manha que nem Hitler usou de modo tão elaborado nem tão estratégico com base no engano de outra alegada “democracia”.

Eles, os nazis, sob disfarce, estão por aí, cada vez mais atuantes, aproveitando os falhanços das políticas implementadas por tecnocratas e outros boçais incompetentes e desumanos que não são mais nem menos que servis e abjetos políticos compensados pelo grande capital com migalhas para eles consideradas importantes, com corrupções interligadas, de autênticos sindicatos de crime e roubos que incidem sobre que produzem riqueza, os trabalhadores. Esses tais que se vêem em crescente situação de esclavagismo imposto por políticos nojentos que os traem após serem eleitos - por via de falsas promessas que os levam em delírio a visualizar o “el dourado”.

Mas deixemos a notícia mostrar a falsidade e o perigo, mais um, contra a verdadeira democracia, justiça, distribuição da riqueza pelos que a produzem, por uma sociedade justa, livre de corruptos, de mafiosos da política, de negreiros da atualidade que alimentam legislação rumo à exploração desenfreada do capitalismo selvagem, do nazi-fascismo desumano, antidemocrático, assassino das liberdade e dos cidadãos que se lhe opuserem. Um Volt que mais não será, não é, que o regresso a um passado ditatorial para toda a Europa, se possível para todo o mundo. Tal qual o objetivo de Hitler e seus famigerados assassinos da humanidade. (MM | PG)

UM VOLT CAMALEÔNICO 

A direita gosta de se disfarçar como centro a fim de melhor confundir o eleitorado. Agora tenta ela lançar um novo partido pan-europeu o qual escolheu para seu nome a unidade de tensão:   Volt.

Dizem seus promotores que pretendem o "renascimento económico" (sic) e "a reforma da União Europeia" – como se fosse possível reformar uma instituição irreformável.

Vigaristas.


A notícia em ZAP

Não é de esquerda nem de direita. Volt recolhe assinaturas para formar partido em Portugal

Este fim de semana, arrancou a campanha pública de recolha de assinaturas para que o Volt possa constituir-se como partido político em Portugal. 

O Volt prepara-se para ser o novo partido em Portugal e está a recolher as 7500 assinaturas necessárias para se constituir legalmente como partido. No passado fim de semana, arrancou a campanha pública de recolha de assinaturas na zona de Alvalade e no Parque Eduardo VII, em Lisboa.

Segundo o Público, este é o primeiro partido pan-Europeu, que surgiu há dois anos como reação ao referendo do Brexit e com a “missão calara de combater nacionalismos e de lutar para que a Europa seja mais unida, democrática e solidária”.

O Volt é já legalmente reconhecido como partido na Alemanha, Bélgica, Bulgária, Espanha e Holanda. No dia 13 deste mês será reconhecido também em Itália.

Mateus Carvalho, do núcleo duro do Volt Portugal, explicou ao jornal que o objetivo deste partido é garantir uma Europa na qual os municípios, regiões e estados trabalham em conjunto de modo a assegurar uma igualdade de oportunidades e melhorar o nível de vida de todos os cidadãos. Uma Europa unida e democrática é o objetivo primordial.

Nem de esquerda, nem de direita. O Volt é do centro, diz Mateus Carvalho, adiantando que o movimento quer passar além dos rótulos de direita e de esquerda. “Estamos a tentar não nos focarmos nesses espectros de esquerda-direita, mas isso é muito difícil de explicar às pessoas”, disse.

Os temas pelos quais o movimento se move são muito distintos dos temas abordados pelos outros partidos. “Smart State, Renascimento Económico, Igualdade Social, Equilíbrio Global, Dar Voz aos Cidadãos” e, por último, a Reforma da União Europeia são os principais desafios do Volt. Enquanto que os cinco primeiros são adaptados ao nível nacional de cada país, o que tem a ver com a reforma da UE pode ser transposto para os outros países.

Em declarações ao Público, Mateus Carvalho assumiu que “concorrer às eleições europeias de 2019 e eleger 25 eurodeputados em sete países é o requisito para se conseguir formar um grupo político no Parlamento Europeu. Esse é o objetivo em termos de tempo”.

O responsável pela área da comunicação do Volt em Portugal prevê que em finais de outubro o movimento tenha as 7500 assinaturas exigidas pela legislação. Isto abrirá caminho a candidaturas no país às europeias do próximo ano e, mais tarde, às eleições autárquicas.

Malta, Estónia, Grécia e Dinamarca estão também a assistir à constituição do Volt. Em França, prevê-se que haja um novo partido já este verão.


Imagem: Volt/Facebook

JAMAICA SEM ÁFRICA!


Martinho Júnior | Luanda 

1- Terminou em Montego Bay, na Jamaica, a 39ª Reunião Ordinárias dos Chefes de Estado dos países membros da organização CARICOM (15 países que compõem a bacia do Caribe, 5 associados e vários observadores, entre eles Cuba, que este ano foi, com o Chile, convidado especial).

Os componentes desta organização (https://www.caricom.org/) são na sua esmagadora maioria pequenas nações insulares que, fruto do processo de colonização na América, receberam grandes contingentes de escravos para as plantações e por isso têm hoje uma significativa maioria de população afrodescendente, espalhada pelas comunidades multiculturais de toda a região.

São países pequenos, vulneráveis e sofrendo de isolamento crónico, que procuram vários processos de integração articulada e consensos para que a região possa responder em uníssono perante outros interlocutores internacionais e perante as adversidades.

Em função das heranças coloniais e do isolamento, os componentes do CARICOM procuram compensações (https://www.saberesafricanos.net/escuela/talleres-seminarios/3310-conferencia-internacional-sobre-reparaciones.html), uma vez que com a escravatura, geração após geração, as comunidades foram sofrendo de isolamento, de marginalização e de precariedade.

Há avanços em várias questões comuns: desde as que se prendem ao comércio e ao turismo (grande parte das receitas provêm do turismo), até às que se prendem à segurança ambiental numa região que tem sido assediada por cíclicas tempestades.

Todavia, a baixa renda e a precariedade continuam a ser determinantes, influindo no grau de isolamento, sem se poderem abrir até hoje melhores alternativas.

A língua oficial da organização, em contraste com esse relativo isolamento, é a mais globalmente cosmopolita: o inglês.

Por incrível que possa parecer a um observador internacional com o espírito minimamente crítico, o CARICOM não manifesta interesse prioritário nos relacionamentos para com África e reciprocamente!...


2- Ao merecer um convite especial para a 39ª Reunião Ordinária dos Chefes de Estado do CARICOM para este ano, Cuba, a maior das ilhas do Caribe, reflectiu sua proximidade e integração nos consensos regionais e em matérias que vão desde a educação, a saúde, até à segurança ambiental comum.

O Presidente Diaz-Canel evidenciou o que advém do passado comum (http://www.cubadebate.cu/opinion/2018/07/05/diaz-canel-en-caricom-el-irrenunciable-compromiso-de-cuba-con-sus-hermanos-mas-proximos/#.Wz85XibZBjo): “Cuba no anda de pedigüeña por el mundo: anda de hermana y obra con la autoridad de tal. Al salvarse, salva”…

…Lembrou a digna posição de Cuba, consolidada e comprovada face a tantos acontecimentos, uma parte deles ocorridos em África:

“Y la Revolución cubana, que convirtió en ley su legado, no ha dudado en compartir lo que tenemos, ofrecer lo que conocemos; apoyar en lo que podemos, más en la hora difícil que en el instante afortunado, pero sencillamente sempre.

Con una sola prioridad: primero el que más sufre y si es hermano con más razón”…

…Para por fim entrar nas questões comuns de especialidade, sem nunca perder de vista a história e a amizade comum, forjadas em conjunturas tão similares:

“No es nuevo, aunque sí cada vez mayor, el reto que se plantea a nuestros pequeños estados para alcanzar un desarrollo sostenible, pues son aún mayores y más complejos los obstáculos y los peligros derivados de un orden internacional injusto que ha durado demasiado.


Un mundo cada vez más desigual, en el que se obstruye el acceso de nuestros productos a los mercados, y se nos priva de los recursos tecnológicos y financieros imprescindibles para el desarrollo, mientras se dilapidan ríos de dinero y recursos en gastos militares y guerras infinitas fuera de las fronteras de sus promotores, donde hay poco espacio para las esperanzas de las naciones que perdimos siglos de progreso, alimentando el de nuestras metrópolis.

Por eso Cuba apoyará siempre los justos reclamos del Caribe de recibir un trato justo y diferenciado en el acceso al comercio y las inversiones. Y respaldaremos, sin dudar, la legítima demanda de compensación por los horrores de la esclavitud y la trata, a la vez que rechazamos la inclusión de Estados miembros de CARICOM en listas unilaterales de supuestas jurisdicciones no cooperativas elaboradas por los centros del capital financiero internacional.

Ratificamos, igualmente, que es necesario y justo el reclamo de fomentar la cooperación a partir de las necesidades de los países en desarrollo y sobre la base de la deuda histórica como consecuencia del colonialismo, y no por una mecánica e incompleta medición de la renta nacional.

Como ya adelantaba, los efectos del cambio climático y la destrucción progresiva del medio ambiente, amenazan la supervivencia humana y hacen que los fenómenos y desastres naturales afecten con mayor intensidad a los pequeños estados insulares. Nos urge, por tanto, encontrar respuestas mancomunadas para enfrentarlos y reclamar un trato justo, especial y diferenciado.

Propósitos y Principios de la Carta de las Naciones Unidas, como la solución pacífica de controversias, la prohibición del uso y de la amenaza del uso de la fuerza, el respeto a la libre determinación, la integridad territorial, la igualdad soberana de los estados y la no injerencia en sus asuntos internos, son vulnerados continuamente, lo que constituye un real peligro que demanda nuestra más estricta observancia y la voluntad de hacer valer la Proclama de América Latina y el Caribe como Zona de Paz, compromiso firmado en La Habana en el 2014 por los jefes de Estado y Gobierno de la región.

No podemos ignorar los graves y alarmantes mensajes de arrogancia y desprecio con que autoridades de los Estados Unidos se dirigen a nuestras naciones.

La declarada intención de retomar la Doctrina Monroe, expresión directa de sus ambiciones de dominación, junto con actos de intervención, que provocan violencia, crisis humanitarias e inestabilidad, merecen un firme repudio, tanto como la aplicación de medidas coercitivas unilaterales y las tácticas de guerra no convencional que se han convertido en una amenaza directa a la estabilidad y la verdadera integración de nuestras naciones”.

De certo modo, com o CARICOM, Cuba preencheu um preâmbulo na direcção do 24º Encontro do Foro de São Paulo que se vai realizar entre 15 e 17 de Julho, em Havana (http://www.granma.cu/foro-sao-paulo/2018-06-20/que-ocurrira-en-el-foro-de-sao-paulo-en-la-habana-20-06-2018-21-06-03)!


3- A mesma clarividência revolucionária que Cuba tem alimentado para com África, um continente que embora no hemisfério ocidental fica-lhe longe, tem Cuba para com os pequenos estados vizinhos componentes das Caraíbas.

Por isso, sem merecer qualquer solicitação ou mesmo atenção dos africanos, Cuba representou-os sem procuração perante as nações com comunidades afrodescendentes maioritárias espalhadas por todas as Caraíbas, como se produzisse um invisível nexo de ligação, entre os povos sem outra voz, sem outra sensibilidade, senão a sua, com toda a dignidade histórica que ela representa!

Já era tempo das nações insulares das Caraíbas filiadas no CARICOM e África, nomeadamente a União Africana, as organizações regionais africanas e pelo menos alguns dos estados africanos, estabelecerem entre si laços que pudessem reverter para o benefício da defesa de causas comuns que tanto têm a ver com a história, com a geografia, com a diáspora forçada e com o sangue…

Em África resulta que é muito mais fácil os seus estados relacionarem-se, ou mesmo ir a correr, para a Europa, ou para a Ásia, ou mesmo para as nações dominantes da América do Norte, do que se lembrarem que nas Caraíbas há milhões de afrodescendentes, cujo isolamento continua a ser desde logo, com todo o vendaval de contradições que isso implica, para com as nações, os povos e os estados do continente-berço!

Nesse aspecto, os poderes africanos demonstram em pleno século XXI, que estão vulneráveis à assimilação dos poderosos e suas políticas neocoloniais e por isso incapazes de tirar partido da clarividência revolucionária cubana para darem um passo visando não perder a oportunidade de juntar as suas preocupações, as suas inquietudes, os seus anseios e a sua própria expressão, aos povos, nações e estados do CARICOM.

Isso seria tanto mais importante quanto, no “ranking” anual dos Índices de Desenvolvimento Humano, são os países do CARICOM os que mais se aproximam aos de África, na cauda da tabela.


O argumento da divisão está a ser dominante em África e qualquer veleidade de integração, ainda que aberta às mais diversas articulações, é para o império da hegemonia unipolar motivo de suspeita, de vigilância e desde logo das “profilaxias” de que seu “soft power” está de há muito instrumentalizado e de que sua capacidade de ingerência faz sistematicamente uso, inclusive sob os pontos de vista de inteligência e militar!

Na Jamaica, a 39ª Reunião Ordinária dos Chefes de Estado do CARICOM, ocorreu uma vez mais, em pleno século XXI, sem a presença de qualquer sensibilidade africana, para além da representatividade digna e eticamente exemplar de Cuba internacionalista, solidária e transcontinental, que representa sem procuração a todos os que, no mais “obscuros rincões do globo”, simplesmente não têm voz! 

Martinho Júnior - Luanda, 9 de Julho de 2018

Ilustrações:
- Símbolo do CARICOM;
- Mapa dos membros do CARICOM;
- Montego Bay, na Jamaica, onde se realizou a 39ª Reunião Ordinárias dos Chefes de Estado dos países membros da organização CARICOM;
- Altos dignitários dos países membros do CARICOM, presentes na reunião da Jamaica;
- Intervenção do Presidente cubano, Diaz-Canel, convidado especial da CARICOM na reunião da Jamaica.

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