sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Porque Guaidó ainda não conseguiu poder real na Venezuela – explica analista


No dia 23 de janeiro, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se autoproclamou como presidente interino da Venezuela. Entretanto, passadas três semanas, o poder real no país permanece nas mãos de Nicolás Maduro.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o vice-diretor do Instituto da América Latina da Academia de Ciências da Rússia, Boris Martynov, comentou por que o líder da oposição venezuelana dificilmente poderia conseguir o reconhecimento da maioria do país.

"Por enquanto, o tempo beneficia Maduro. Os golpes de Estado deste tipo ou são organizados logo da primeira vez, e são bem-sucedidos, caso todos se envolvam com todas as forças disponíveis, senão, eles gradualmente vão se reduzindo a nada", afirmou o analista.

Martynov frisou que Guaidó falhou em atrair para o seu lado uma força tão importante como o exército da Venezuela.

Venezuela | Isso é crime, e não ajuda humanitária


Revoltante e irresponsável. E de ambos os lados. O que está acontecendo nas fronteiras da Venezuela não é fornecimento de ajuda humanitária, mas o uso político dela. Isso é um crime, afirma Astrid Prange.

Astrid Prange | Deutsche Welle | opinião

Vamos deixar uma coisa bem clara: a população da Venezuela precisa de ajuda humanitária. O número de pessoas que luta pela simples sobrevivência aumenta a cada dia, e o fornecimento de alimentos e medicamentos é uma catástrofe no país.

Tanto pior, portanto, que o autointitulado presidente interino Juan Guaidó e seus apoiadores abusem da ajuda humanitária e a usem como instrumento de poder. Aparecer do lado de pacotes de comida para bebê rende boas imagens para a televisão, mas pouca credibilidade política.

Pior ainda é o presidente Nicolás Maduro. O sucessor de Hugo Chávez arruinou economicamente o país, e de forma sistemática. Ele mandou prender os adversários políticos, tirou poder do Parlamento, que é dominado pela oposição, e abandonou a população à própria sorte.

Portugal | A Direita tem medo de si


 Miguel Guedes | Jornal de Notícias | opinião

Depois da rejeição esperada e do debate em curto-circuito programado, é difícil encontrar mais do que duas formas de olhar para a moção de censura ao Governo.

Uma, como a última encenação antes do fim da legislatura, a derradeira chance para marcar a agenda política pré-eleitoral. Outra, como uma nota de rodapé na chicana política, numa espécie de jogo do galo entre Cristas e o PSD com o fantasma da volatilização do espectro político à Direita representado por novos partidos ou movimentos. Estes dois olhares, paralelos, não escondem o sentimento fúnebre, versão "união de facto", que presidiu à moção e voto conjunto dos partidos das Direitas Unidas (para utilizar o jargão com que o CDS teima em apelidar - como se visse o Diabo - os acordos parlamentares à Esquerda). A Direita democrática vive, por estes dias, com o medo da sua progressiva irrelevância. A Direita tem medo de si mesma e tem medo de si, caro eleitor.

Portugal Atlântico | O que liga Cavaco Silva a Ricardo Espírito Santo?


Será verdade?

O que é facto é que o genro de Cavaco Silva ganhou em 2012 o concurso aberto pelo Governo para a venda do Pavilhão Atlântico, aprovada este ano pela Autoridade da Concorrência, apesar dos vários processos de execução a correr em tribunal contra as empresas de Luís Montez, por dívidas a várias outras empresas.

Luís Montez era considerado nos meios financeiros como financeiramente inelegível, por não possuir garantias suficientes para poder, em condições normas, só por si, portanto sem uma alta recomendação, conseguir chegar a um financiamento de mais de 20 milhões de euros para a referida compra.

O Pavilhão Atlântico foi depois vendido por 21,2 milhões de euros ao Consórcio Arena Atlântico, no qual se inclui Luís Montez, dono da Música no Coração.

O equipamento custou ao Estado 50 milhões de euros e “era rentável”, tendo os seus lucros triplicados entre 2009 e 2010, segundo o parecer da própria Ministra Assunção Cristas.

Além de financiar a operação, o BES também assessorou financeiramente Luís Montez.

Favorecimento no caso Pavilhão Atlântico e como isto anda tudo a correr mal à direita


Ana Alexandra Gonçalves* | opinião

Assunção Cristas, figura particularmente cara à comunicação social, pelo menos a julgar pelo tempo de antena que as televisões lhe dispensam, acaba por sair mal na fotografia veiculada por uma reportagem da TVI sobre o processo de venda do antigo Pavilhão Atlântico ao consórcio do genro de Cavaco Silva. Desta-se a suspeita de favorecimento daquela que era na altura ministra do Ambiente e Ordenamento do Território.

E tanto mais é assim que uma parte do CDS - constituída por quem não se revê na actual liderança - pede mesmo a constituição de uma comissão parlamentar para investigar o envolvimento de Cristas num negócio que cheira mal independente da forma com que se olhe para ele.

Verdade vendida | "Pessoa desentendido e caluniado. 'Branqueá-lo?' Não! Entendê-lo!"


Teresa Rita Lopes, investigadora e profunda conhecedora da obra de Fernando Pessoa, explica porque Fernando Pessoa não é racista nem esclavagista, após uma polémica baseada em "inverdades".

Teresa Rita Lopes é uma das maiores conhecedoras da obra do poeta português. Doutorou-se em Paris com uma tese sobre Fernando Pessoa e grande parte da sua vida de investigação tem-lhe sido dedicada. Num artigo para o DN, a investigadora refuta com vários argumentos as acusações de que o poeta era racista e esclavagista, no seguimento de uma polémica que começou com a possibilidade de se dar o nome do poeta a um programa de intercâmbio académico entre os países da CPLP. Escolha que não reuniu o consenso de todos, designadamente em Angola. 

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