sexta-feira, 5 de abril de 2019

Assange e a trama que há 7 anos o tem aprisionado na Embaixada do Equador


A trama que retém Assange na embaixada do Equador há sete anos parece estar para conhecer novo figurino dentro de horas ou de dias. Ontem, 4/4, o portal Wikileaks afirmava que “Assange deve ser expulso da embaixada equatoriana em Londres dentro de algumas horas ou dias”. Da DW segue-se a cronologia do “caso Assange”.

Cronologia do caso Assange

Fundador do Wikileaks está há quase sete anos na embaixada do Equador em Londres. Relembre os principais fatos envolvendo o australiano desde a criação da plataforma de vazamento de dados, em 2006.

Dezembro de 2006: O Wikileaks é criado para divulgar anonimamente injustiças de "regimes repressores".

Janeiro de 2007: Começa a publicação de informes na internet.

Novembro de 2007: O Wikileaks publica o manual de procedimento militar no Campo Delta da base de Guantánamo, em Cuba.

Setembro de 2008: O Wikileaks difunde fotos e trechos de e-mails pessoais da governadora do Alasca e então candidata à vice-presidente dos Estados Unidos, Sarah Palin.

May pede adiamento do Brexit até 30 de junho


Primeira-ministra britânica volta a pedir aos líderes dos demais países-membros que concedam prazo até o fim de junho para que o Reino Unido possa sair ordenadamente da União Europeia.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, formalizou nesta sexta-feira (05/04) um segundo pedido de adiamento da data de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), novamente até 30 de junho, e indicou estar se preparando para participar das eleições europeias de maio.

May enviou uma carta ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, em que afirma não ser do interesse do Reino Unido nem da UE que o país participe das eleições para o Parlamento Europeu, que serão realizadas entre 23 e 26 de maio, mantendo ainda a esperança de poder aprovar a lei para o Brexit a tempo de não participar do escrutínio.

"Redução da desigualdade não conduz ao comunismo" - Branko Milanovic


Economista Branko Milanovic diz que desigualdade social se tornou um dos principais fenômenos do mundo ocidental e que ela está na origem da ascensão dos partidos populistas de direita.

A ascensão de partidos e candidatos populistas de direita em vários países ocidentais não se deve à migração ou a um nacionalismo latente, mas à perda de poder econômico pela classe média, afirmou o economista sérvio-americano Branko Milanovic em entrevista à DW.

"A classe média perdeu poder económico em comparação com o 1% mais rico ou os 5% mais ricos. Isso causou a busca por um bode expiatório. O que se vê no cenário político tem raízes económicas", disse Milanovic, um dos mais renomados pesquisadores mundiais da desigualdade social.

Para ele, a luta contra a desigualdade se tornou mais difícil. "A globalização torna quase impossível limitar o fluxo de capital – os ricos simplesmente colocam o dinheiro no exterior. Altas taxas de impostos perderam a popularidade, e o ceticismo em relação ao Estado e à redistribuição está crescendo. A classe média não está mais disposta a pagar mais impostos e tributos."

Milanovic também criticou a chamada Terceira Via, adotada pela esquerda europeia nos anos 1990, e que muitos analistas políticos consideram o início da atual crise da social-democracia europeia.

Que motivos económicos levam Washington a querer guerra em Caracas?


Para se entender melhor as razões da guerra contra a Venezuela, deve-se ir além dos eufemismos utilizados por Washington e aprofundar as razões económicas.

Homero Español, professor da Faculdade de Economia da Universidade Central da Venezuela, comenta este tema em entrevista à Sputnik Mundo.

Perguntado sobre a importância de Washington utilizar os recursos energéticos e a biodiversidade da Venezuela, Homero responde que os "EUA são uma potência imperial e, como tal, não respeitam o quadro de coexistência expresso pelas Nações Unidas".

"Para os Estados Unidos não há limites, porque atuam se impondo, ignorando o multilateralismo e os pactos estabelecidos nos órgãos jurídicos das Nações Unidas e/ou fóruns regionais. Para sua classe dirigente, vinculada e constituinte das corporações transnacionais, os interesses dos Estados Unidos prevalecem sobre qualquer outro direito das nações ou dos povos", afirma à Sputnik Mundo.

Intervenção humanitária? Versão sérvia dos bombardeios da Jugoslávia pela NATO – com vídeo


Os bombardeios da República Federal da Iugoslávia pelas forças da OTAN já marcaram um pouco mais de 20 anos. Em 24 de março de 1999, as forças da aliança iniciaram uma operação, que, segundo a mídia ocidental, visava pôr fim à onda de limpeza étnica na região.

O evento se tornou a segunda maior operação militar da OTAN (depois da operação contra sérvios bósnios em 1995). Sendo oficialmente justificada como uma intervenção humanitária, esta é frequentemente caracterizada como agressão militar ilegítima, devido à ausência de autorização da ONU. 

A Sputnik propõe assistirem a um vídeo com a visão dos sérvios sobre os bombardeios de 1999, dos quais o país ainda não se recuperou completamente. 


Sputnik | Foto: Darko Dozet

A NATO e sete décadas de mentiras, guerra e sangue


A NATO não nasceu para responder a qualquer acção contrária, uma vez que o Tratado de Varsóvia só foi fundado quatro anos depois, nem para defender a democracia, porque integrou, à nascença, uma ditadura fascista – a portuguesa.

José Goulão | Abril Abril | opinião

Para assinalar o significado do 70º aniversário da NATO talvez fosse suficiente passar os olhos pela guerra que há 18 anos destroça o Afeganistão, ou pelo caos em que a Líbia continua mergulhada ou pelas violações do direito internacional patrocinadas pela organização nos Balcãs, designadamente o aterrador desmembramento da Jugoslávia.

Talvez fosse suficiente… Mas estaríamos longe de fazer justiça à amplitude e longevidade de uma acção cada vez mais global e próxima de comportamentos gangsteristas como a que caracteriza a aliança. Sendo que a enxurrada de considerações épicas em torno dos mitos que a sustentam é de tal modo ameaçadora nestes dias que todas as oportunidades serão poucas para aprofundar o contraditório.

Não surpreende que a NATO seja o que é. O que poderá causar alguma perplexidade, sobretudo entre quem anda um pouco mais a par da realidade internacional e quem vai além da informação mainstream, é a desfaçatez com que dirigentes altamente posicionados em nações e no mundo tentam interligar os seus belos discursos sobre a aliança com as práticas sangrentas desta. Ou acreditam nas suas próprias mentiras ou confiam demasiado na propaganda e na consequente alienação do cidadão comum.

Quem poderá frear o poder das corporações globais?


Elas violam, sistematicamente, os direitos humanos e a natureza. ONU negocia tratado para punir esses crimes, mas enfrenta forte contradição: regular empresas que se infiltraram em sua própria estrutura

Inês Castilho | Outras Palavras

Vivemos um tempo de capitalismo extremo, em que as grandes empresas ganharam peso superior ao da maioria dos Estados. Por um conjunto de mecanismos de captura do poder, elas deixam aos governos nacionais e seus cidadãos margem de manobra cada vez mais reduzida em defesa de seus direitos. Com sede num país e filiais em vários outros – aquele geralmente no Norte e estes amiúde no Sul –, as multinacionais conseguem, através de um arcabouço jurídico que as favorece, escapar de acusações e não indenizar funcionários e comunidades locais prejudicadas mundo afora. Exemplo maior é a Vale, ainda sem condenação pelos desastres socioambientais provocados no Brasil.

É nesse contexto, e depois de 40 anos de demandas da sociedade civil, que a ONU negocia um Tratado de Direitos Humanos como instrumento internacional vinculante, ou obrigatório, para regular as atividades de corporações transnacionais que violem direitos humanos também fora de seu país de origem. E desta vez as negociações estão abertas não apenas às corporações, mas também a organizações não governamentais – algumas das quais trabalham há décadas nesse tema. 

A negociação do tratado teve início depois da adoção pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU, em 2014, de uma resolução apresentada pelo Equador e África do Sul, e permitirá expor abusos que ficam sem julgamento. 

Portugal | Cavaco enganou-se ou é o trapaceiro que engana alguns mas não todos?


Cavaco Silva, de má memória para tantos portugueses, doentiamente armado de falsa memória, usa essa carapaça para ludibriar os incautos que depois não acompanham o desmontar das suas declarações repletas de falta de verdade. Cavaco sempre assim foi e assim continua. Desta feita pronto para mais um desgaste ao governo de António Costa acerca dos familiares existentes no quadro de membros do governo.

Disse ele, Cavaco, esfíngico e mumioso, que tanto quanto se recordava nos seus governos não aconteceu nada disso – de nepotismo por via da entrada de familiares para a governação. Acrescentou que teve o cuidado de ir verificar. Claro que verificou mal, ou nem sequer verificou nas suas papeladas, porque a intenção repleta de caráter chico-esperto era exatamente dizer o que disse e deixar a mensagem de que Costa usa e abusa do governo para dar emprego a familiares de outros membros do dito, arrogando-se de impoluto e "transparente" quando das suas atividades políticas e governativas. Nada mais falso.

A provar as mentiras de Cavaco Silva – que já colecionou imensos episódios escabrosos – podemos verificar a seguir, no Notícias ao Minuto, que as mentiras de Cavaco estão de pedra e cal, são inamovíveis e que ele não é mais nem menos que um descarado aldrabão. Uma "múmia" que devia remeter-se ao silêncio por ser opinião quase generalizada que os seus “rabos de palha” são de uma dimensão que dificilmente os portugueses vão esquecer pelos piores motivos.

Portugal | PSD ressuscita as suas malfeitorias


Na interpelação feita ao Governo sobre «segurança de pessoas e bens», o PSD não conseguiu, uma vez mais, apagar o peso da sua responsabilidade em todos os problemas que só agora identifica no País.

Abril Abril | editorial

Apesar de o tema ser «segurança de pessoas e bens», verificou-se que a sua intenção passava por falar de tudo, sem falar de modo sério sobre nada. Saiu frustrado o objectivo de esconder as suas responsabilidades políticas em todos os problemas que o País hoje vive, em particular os decorrentes da política desenvolvida pelo anterior governo do PSD e do CDS-PP.

O conjunto de temas apresentado esta tarde pelos social-democratas foi muito variado na sua dimensão e importância e, cada um deles, seria merecedor de debate próprio. O elenco feito de múltiplos problemas parece procurar relembrar o discurso de que o diabo espreita atrás da porta. E o CDS-PP não demorou na tentativa de se colar a este discurso do «falhanço absoluto do Estado» em todas as áreas.

Portugal | Sim! “Ça ira! Ça ira!”


Jorge Rocha | opinião

Boa entrevista a de Mário Centeno ao «Público» em que conseguiu dar às notícias uma frase engraçada a respeito do investimento por ele considerado como não tendo nada a ver com algo parecido com a «A Anita vai às Compras» na companhia do seu amigo Pantufa.

A pilhéria saiu com um elevado potencial de eficácia por reduzir a «infantilidades» os argumentos dos que criticam a insuficiência do investimento público nestes quatro anos. Mas, que diriam esses mesmos insatisfeitos se o governo lançasse concursos por valores, que rapidamente depauperassem a estabilidade conseguida nas finanças públicas e pusessem em causa as recuperações nos rendimentos das famílias entretanto alcançados? Ao contrário de outros tempos em que os empreiteiros da construção civil e de infraestruturas tinham no Estado um cliente servil, que, para além do preço contratado, ainda pagava sem rebuços os dispendiosos itens omitidos nos cadernos de encargos, os candidatos aos concursos públicos sabem o rigor com que hoje são pressionados a não derraparem nos custos neles investidos. Podem ter-se deixado importantes obras por realizar, mas cortou-se cerce numa cultura facilitista, que explicava o antigo esplendor vivido no setor.

Portugal | Direita e comunicação social: um desespero partilhado


Se falamos de desespero e vazio de ideias nos partidos de direita, o que dizer da comunicação social, boa parte dela com a agenda da direita? A procura desenfreada por relações familiares e políticas entre os membros do PS é paradigmático desse desespero e desse vazio partilhados, ao ponto de se publicarem mentiras, sem o menor pudor.

O Jornal I chegou a afirmar/informar, na capa, que Fernando Medina havia nomeado a sua mulher como adjunta quando era secretário de Estado, o que nem sequer é verdade - uma mentira facilmente desmontável pela documentação existente. Mais preocupante do que as famigeradas fake news, são as notícias veiculadas por jornalistas. Um exercício que enfraquece a própria comunicação social que não se distingue das redes sociais e afins. É este o desespero da comunicação social com uma agenda política de direita.


Mais lidas da semana