quarta-feira, 31 de julho de 2019

Venezuela: O naufrágio de Juan Guaidó


Autoproclamado presidente foi incapaz de concretizar golpe planejado pelos EUA. Sua credibilidade internacional desmorona. Desgastada, oposição aposta em recall de imagem e negocia via pacífica com o governo — por ahora

Álvaro Verzi Rangel | Outras Palavras | Tradução: Simone Paz Hernández

Seis meses depois que os Estados Unidos reconheceram o autoproclamado Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, Washington ameaçou o Presidente constitucional, Nicolás Maduro, dizendo-lhe que possui um “curto prazo” para abandonar o poder com “garantias”, caso não queira ter de enfrentar a justiça internacional e novas sanções.

O responsável da Casa Branca pelos assuntos da América Latina, Maurício Claver-Carone, afirmou, mesmo assim, que os maiores frutos da estratégia estadunidense ainda estão por vir. Enquanto isso, na frente de um punhado de simpatizantes em Caracas, Guaidó reiterou sua disposição em fazer o que for preciso para tirar Maduro do poder. Há seis meses ele repete o discurso, mas ainda não conseguiu nem sequer uma intervenção militar dos EUA.

A série de ameaças continuou na quarta-feira (24/7), quando o representante especial dos EUA para a crise venezuelana, Elliott Abrams, disse que seu governo avalia sancionar a Rússia pelo apoio ao presidente venezuelano. “Estamos tentando cortar o fluxo de recursos que vão para o regime, e acho que estamos conseguindo um impacto considerável. A pressão continuará, na quinta-feira [dia 25] teremos mais sanções. Continuaremos impondo as sanções para manter a pressão”, disse Abrams.

“As pressões sobre Cuba aumentaram muito desde janeiro e continuarão aumentando — e fizemos questão de deixar claro que foi por culpa de suas ações na Venezuela. Sobre a Rússia, ainda estamos decidindo quais sanções aplicar, se individuais ou setoriais”, acrescentou Abrams.

Ele admitiu que o governo russo não tem “ajudado” Caracas “do ponto de vista financeiro”, mas que tem contribuído para que a Venezuela possa vender seu petróleo, sujeito às sanções estadunidenses. “[Os russos] vêm retirando seu dinheiro da Venezuela. Porém, ajudam a comercializar o petróleo, e é nisso que estamos pensando”, afirmou.

XXV FORO DE SÃO PAULO -- Martinho Júnior


"Pela Paz, a Soberania e a Prosperidade dos Povos: Unidade, Luta, Batalha e Vitória!" – Lema do XXVº Foro de São Paulo

Martinho Júnior, Luanda  

01- Ao processo dialético que a aristocracia financeira mundial continua a implementar para fazer prevalecer o seu domínio em função de seu obsessivo egoísmo e sua ânsia de lucro, (https://frenteantiimperialista.org/blog/2019/06/23/la-dialectica-como-arma-geoestrategica-del-imperio-de-la-hegemonia-unipolar/) o sul global procura ainda timidamente capacidades de resposta por que está longe de acordar para a antropologia, a história e sociologia capazes de servir de fundamentos para a integração em busca de unidade e luta, capazes de gerar resistência numa contraposta dialética mobilizadora de todos os oprimidos da Terra!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/07/forum-denuncia-agressoes-sistematicas.html?spref=fb&fbclid=IwAR0XPRaiBLfLWhdHPKQcliMvUR6PsUNcZe_7A4tL-jUVOT-TmCUxRNkEbGY).

A perspectiva da paz global com as sensibilidades que só o sul pode desencadear sob os pontos de vista antropológico, sociológico e histórico, fica assim fragilizado quando se está longe do patamar de consciência sobre os fenómenos globais e quando tanto se necessita duma trincheira comum consistente, emergente e multilateral para fazer face aos enormes desafios que o império da hegemonia unipolar impõe em pleno século XXI. (http://www.correodelorinoco.gob.ve/la-tarea-historica-de-la-izquierda-en-latinoamerica-es-construir-comunidad/).

A Venezuela é um exemplo de luta, de resistência e de vontade popular para, numa trilha animada de substantiva lógica com sentido de vida, fazer face às contínuas práticas de conspiração do império da hegemonia unipolar que lhe fica a norte, precisamente no lado oposto das costas do Golfo do México e Mar das Caraíbas! (https://br.sputniknews.com/americas/2019072814285261-navio-hospital-dos-eua-se-aproximara-da-venezuela-em-meio-a-temores-de-provavel-invasao/).

Contra a Venezuela Bolivariana continuam a crescer as ameaças, tornadas mais sensíveis sob o ponto de vista militar, durante a Reunião do Movimento dos Não Alinhados e do XXV Foro de São Paulo. (https://br.sputniknews.com/americas/2019072714284573-numero-2-do-chavismo-diz-que-invasao-dos-eua-na-venezuela-e-provavel/).

A Venezuela Bolivariana é essa resistência participativa aberta aos protagonismos democráticos e populares, (https://www.academia.edu/5343512/TRABAJO_SOBRE_LA_DEMOCRACIA_PARTICIPATIVA_EN_VENEZUELA_Genesis_Ailed_Prado_Aranguren) mas esse modelo e suas mensagens chega em visões toldadas a muitas das outras paragens e ao outro lado do Atlântico, apesar de ter tanto a ver com os desafios que África enfrenta! (https://www.causaoperaria.org.br/a-venezuela-que-a-imprensa-golpista-nao-mostra-parte-i/).

O império a todo o transe desencadeou além do mais uma intensa guerra psicológica por que para manter as correntes de domínio, não pode permitir que as mensagens justas passem, sob pena de ter de enfrentar ainda muito mais resistências das que já vai tendo com o desafio multilateral! (http://paginaglobal.blogspot.com/2011/05/condutas-dialecticas-uteis-de.html).

África, inesgotável (?) fonte de matérias-primas obrigatoriamente baratas e de cérebros que o império pretende sempre absorver e aproveitar, é um dos alvos dessa guerra psicológica do império e por isso a imagem que invariavelmente chega da Pátria Grande e da Venezuela Bolivariana, resultam da filtragem dos meios de difusão massiva ao serviço dos interesses e conveniências dessa agressão constante contra as nações, os estados e os povos do sul! (http://paginaglobal.blogspot.com/2013/02/a-liberdade-num-vazio.html).

Pelo contraditório, um pequeno hiato para a África do Sul… (http://noticias.ciudadccs.info/zwelivelile-mandela-venezuela-fue-inspiracion-lucha-apartheid/).

O BRASIL E O MUNDO -- Clipping Internacional


Carlos Eduardo Silveira | Carta Maior

NOTÍCIAS INTERNACIONAIS SOBRE O BRASIL 

DITADURA. A nostalgia da ditadura tem sido uma constante na longa carreira política da extrema-direita Jair Bolsonaro, mas agora ele é presidente do Brasil. O presidente questionou abertamente na terça-feira a Comissão da Verdade que documentou violações de direitos humanos entre 1964 e 1985. A Comissão da Verdade, criada por Dilma Rousseff, documentou 443 assassinatos ou desaparecimentos e atacou os culpados. Ninguém foi julgado pela anistia de 1979. (El País, Espanha) | bit.ly/2T3Ca7T

DITADURA. Ataque político de Bolsonaro transforma-se em revisionismo histórico. O Presidente deu uma versão alternativa sobre o desaparecimento do pai do presidente da Ordem dos Advogados e rejeitou as conclusões do único organismo que investigou os abusos da Ditadura Militar. (Público, Portugal) | bit.ly/2YvaNEM

DITADURA. Bolsonaro volta a negar relatório sobre pessoas desaparecidas durante a ditadura. A Comissão Nacional da Verdade brasileira disse em seu relatório, publicado em 2014, que durante a ditadura foram cometidos 434 assassinatos e que houve centenas de detenções arbitrárias. Hoje, porém, quando perguntado sobre o assunto, o presidente disse: "Você acredita na Comissão da Verdade? Qual foi a composição da Comissão da Verdade? (El Espectador, Colômbia) | bit.ly/2Mv1K48

DITADURA. Bolsonaro descreve como "blablabá" os documentos sobre os horrores da ditadura. O presidente do Brasil desqualifica novamente a Comissão da Verdade e suas conclusões sobre violações de direitos humanos. (El Periódico, Espanha) | bit.ly/2OLFDJN

A chegada ao poder da extrema-direita


Da profunda crise financeira que assolou o Mundo, após 2008, despontou um fenómeno político e social; o surgir de uma extrema-direita, readaptada aos tempos modernos; apareceu como uma oposição muito forte ao estabelecido; em resultado, de profundas clivagens sociais, politicas e económicas, surgidas na sociedade em resultado da crise económica; surgiu como uma reacção directa ao neoliberalismo pan-mundial; doutrina económica que dominou o Mundo, no pós queda do Muro de Berlim; a qual falhou, nas promessas defendidas pelos seus apologistas; relacionadas com progresso económico e social global, para todos; em vez disso trouxe depressão, marginalização, enfraquecimento dos Estados e dos povos, conflitos sociais e demográficos.

Mas os movimentos de extrema-direita também se desenvolveram, em virtude da corrupção generalizada que assolou o Mundo; a qual teve por base, a fome de privilégios das elites políticas e económicas, possuidoras do poder; inseridos num sistema neoliberal onde a ética e a moral desapareceram, substituídas por um vale tudo, podre e defraudante; na busca de riqueza, sucesso e aparência; á custa dos Estados e das comunidades.

Foi o profundo desencanto das pessoas comuns, que tem servido de profícua terra arável para a implantação da extrema-direita, em muitos países; e onde tomaram o poder, tem-se assistido à imposição de regimes autocráticos e autoritários, apesar de terem aparência democrática.

A maioria dos regimes ditatoriais do passado seculo, tinha origem castrense, de raiz ideológica fascista; justificavam-se a si mesmos, pelo combate às ideologias de esquerda; mas ao mesmo tempo, serviam o interesse e privilégio das classes dominantes; actualmente, embora possam ter apoio militar mais ou menos explicito, os regimes autoritários ganham a sua justificação na necessidade de segurança que as pessoas sentem, na defesa dos interesses económicos das élites nacionais, e como reacção emocional dos povos ao que é diferente da sua cultura predominante.

São normalmente, regimes dirigidos por personalidades carismáticas; as Filipinas de Duterte e o Brasil de Bolsonaro, devido à progressiva quebra de segurança das populações; a Turquia do Erdogan, devido ao islamismo xenófobo; a Hungria do Viktor Urban, devido à xenofobia e a problemas culturais e rácicos internos; os EUA de Trump, devido às causas económicas negativas, provocadas pela aplicação das doutrinas neoliberais!

Quem colocou os psicopatas no poder


Trumps, bolsonaros e dutertes estão agora em toda parte. Sua ascensão não é fortuita. Em fase de hiperconcentração de riquezas, capitalismo precisa destroçar democracia e instalar, no palco da política, palhaços que distraiam a plateia

George Monbiot | Outras Palavras | Tradução: Inês Castilho

Há sete anos, o comediante Roty Bremner reclamou que os políticos tinham se tornado tão chatos que poucos mereciam ser imitados. “Atualmente eles são muito parecidos e sem graça… É como se o caráter fosse considerado uma obrigação”, disse ele. Hoje sua profissão tem o problema oposto: por mais afiada que seja a sátira, é uma batalha dar conta da realidade. O universo político, tão sombrio e cinzento há alguns anos, é agora povoado por inacreditáveis exibicionistas.

Os palhaços assassinos estão tomando o poder em todo lugar. Donald Trump, Boris Johnson, Jair Bolsonaro, Narenda Modi, Nigel Farage, Narendra Modi, Jair Bolsonaro, Scott Morrison, Rodrigo Duterte, Matteo Salvini, Recep Tayyip Erdoğan, Viktor Orbán e uma horda de outros ridículos homens fortes – ou fracos, como tantas vezes se revelam – dominam nações que no passado os teriam posto para fora da cena aos risos. A questão é: por que? Por que os tecnocratas que reinaram em quase todos os lugares há alguns anos estão dando lugar a bufões extravagantes?

As mídias sociais, incubadoras de absurdos, são por certo parte da história. Mas embora venham sendo feitos vários bons trabalhos investigando os meios, tem havido surpreendentemente poucos pensando sobre os fins. Por que razão o poder económico, que até recentemente usava seu dinheiro e seus jornais para promover políticos sem carisma, está agora financiando esse circo? Por que o capital desejaria ser representado pela média gerência num dia e no dia seguinte, por bobos da corte?

Portugal | O merecido troco dado a uns pífios politiqueiros


Jorge Rocha* | opinião

Perante as graves acusações, que pendiam sobre o ministério, que dirige, Eduardo Cabrita poderia tê-las resolvido muito facilmente demitindo o secretário de Estado e dando como aceites as denúncias feitas nos dias mais recentes a respeito das golas antifumo ou dos contratos feitos por uma empresa de Arouca com a Universidade do Porto ou a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Minimizavam-se os danos políticos, deixava-se o caso cair no esquecimento e voltava-se à eficaz luta contra os incêndios, quer de origem fortuita, quer de causas criminosas.

Mas pode Eduardo Cabrita ser quem não é? Escrevi-o aqui há um par de dias que, tão-só se sinta motivado pela razão, não há quem o trave. E ai de quem, então, se atreve a pôr-se a jeito.

A história da gola parece exemplarmente resolvida com o ensaio solicitado à Universidade de Coimbra na pessoa do insuspeito Xavier Viegas que, semanas atrás, «abrilhantara» uma ação de campanha de Rui Rio. Segundo o relatório emitido pelo referido professor as golas não são inflamáveis face ao fogo, apenas se deixam perfurar, não constituindo nenhum risco para quem as utilize.

Portugal | Cristas e Rio poderiam "combater, todos nus, um qualquer incêndio"


Alfredo Barroso ironiza a polémica das golas inflamáveis, sugerindo que os líderes dos principais partidos da oposição deveriam combater incêndios sem roupa para darem o exemplo, já que o vestuário também é inflamável.

Rui Rio visitou, na segunda-feira, Vila de Rei (Castelo Branco) para se inteirar das consequências dos incêndios que afetaram a região na semana passada. Alfredo Barroso recorreu à sua página oficial de Facebook para criticar o líder social-democrata: "Pobre Rui Rio! Afinal também ele já está a culpar o Governo por todo e qualquer incêndio que ocorra em Portugal".

Defende o ex-secretário de Estado que "o grande líder do PPD-PSD juntou-se muito mais tarde do que a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, ao coro dos que fustigam o Governo por causa de todo e qualquer incêndio florestal que ocorra em Portugal - seja ele pequeno, médio ou grande". Mas, ironiza, "Rui Rio ainda não saberá lá muito bem se essa é (como diria Vladimir Ilitch Ulianov) a "linha justa" para combater o "esquerdalho" e o Governo que este sustenta, há já quatro anos, na Assembleia da República".

"Sinceramente", acrescenta, "acho que o próximo passo espetacular destes dois grandes líderes das Direitas portuguesas poderia ser irem ambos - porventura com vários jornalistas de Direita à ilharga - combater, todos nus, um qualquer incêndio (até podia ser no 'Jardim da Celeste'!) para darem o exemplo da prevenção".

Na crítica que dirige à Direita, Alfredo Barroso recorda ainda a polémica das golas inflamáveis, explicando que os Rio e Cristas deveriam combater incêndios "nus" devido às referidas golas inflamáveis "mas também contra toda a roupa que um cidadão traz vestida habitualmente, e que também é, infelizmente, 'inflamável' (a roupa, não o cidadão, entenda-se, que este demora muito mais tempo a inflamar-se)..."

Recorde-se que no âmbito da polémica relativa às golas inflamáveis, o adjunto do secretário de Estado da Proteção Civil demitiu-se depois de ter assumido que sugeriu a empresa que comercializou os kits distribuídos no âmbito dos programas 'Aldeia Segura' e 'Pessoas Seguras'.

Filipa Matias Pereira | Notícias ao Minuto | Foto: Facebook/Alfredo Barroso

Portugal | Secretário de Estado pode continuar em funções? Costa pede parecer à PGR


O primeiro-ministro reage, desta forma, à polémica que se instalou e que advém das chamadas golas inflamáveis. António Costa quer um "completo esclarecimento desta questão".

O primeiro-ministro enviou, esta terça-feira, um pedido de parecer à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que seja analisado se o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, se encontra numa situação de incompatibilidade e impedimento de funções.

Em causa está o facto de ter vindo a público, esta terça-feira, que o filho de José Artur Neves detém uma participação uma empresa que celebrou três contratos com o Estado.

Em comunicado enviado às redações, ao início da noite, pelo gabinete de António Costa, lê-se que "ao longo do dia de hoje [terça-feira] tem sido difundida uma interpretação das normas sobre impedimentos de empresas em que familiares de titulares de cargos políticos e altos cargos públicos tenham participação superior a 10% do capital".

Nesta senda, o primeiro-ministro considera que "não pode deixar de suscitar dúvidas como alguém possa ser responsabilizado, ética ou legalmente, por atos de entidades sobre as quais não detém qualquer poder de controlo e que entre si contratam nos termos das regras de contratação pública, sem que neles tenha tido a menor intervenção".

Cemitério de Espanha tem ossadas de mais de 1.400 vítimas do franquismo


Um relatório revela que o cemitério de La Soledad de Huelva, em Espanha, tem ossadas de pelo menos 1.437 vítimas do franquismo enterradas em valas comuns.

O trabalho, promovido pela Associação de Memória Histórica da Província de Huelva, foi realizado pelo historiador espanhol José María García Márquez, que se tem debruçado sobre a justiça militar em Sevilha e Huelva durante a Guerra Civil de Espanha (1936-1939) e o pós-guerra.

Huelva foi a província espanhola que sofreu mais com a repressão na Guerra Civil, uma vez que tem mais de 120 valas e 8.000 vítimas identificadas, um número que pode ser bem maior, segundo historiadores e outros especialistas.

A repressão militar exercida em Huelva durante a guerra, que opôs nacionalistas e republicanos, foi maioritariamente contra os civis com ideais de esquerda.

Os nacionalistas ganharam a guerra, em 1939, e governaram a Espanha até à morte do seu líder, Francisco Franco, em novembro de 1975.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: Twitter

Alemanha recusa proposta formal dos EUA de se unir à 'pressão máxima' contra o Irão


EUA solicitaram formalmente que Alemanha, França e Reino Unido se juntem à missão no golfo Pérsico para "combater a agressão iraniana", comunicou a embaixada dos EUA em Berlim, mas o pedido foi recusado pelo governo alemão.

"Pedimos formalmente que a Alemanha nos ajude a proteger o estreito de Ormuz e a combater a agressão iraniana, juntamente com a França e o Reino Unido", afirmou uma porta-voz da embaixada à agência alemã DPA, na terça-feira (30).

Entretanto, a Alemanha já rejeitou a proposta de "pressão máxima" dos EUA. Questionado sobre a solicitação formal dos EUA, o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha revelou para a Sputnik que Berlim não está considerando seriamente a proposta norte-americana.

"Os EUA apresentaram recentemente o seu conceito de uma missão de observação naval no golfo Pérsico a vários aliados, incluindo a Alemanha, e solicitando que participassem. O governo tomou nota da proposta, mas não fez promessas", declarou o Ministério das Relações Exteriores alemão.

Segundo declaração da chancelaria alemã, o ministro das Relações Exteriores "tem enfatizado repetidamente que, em nossa opinião, a prioridade deve ser dada à redução das tensões e aos esforços diplomáticos", estando a participação alemã na estratégia americana de "pressão máxima" descartada.

Estratégia de 'pressão máxima'

Anteriormente, autoridades alemãs e britânicas disseram que não apoiavam a estratégia de "pressão máxima" dos EUA contra Teerão, mas acolheram uma operação proposta por Londres para um esforço de segurança liderado pela Europa para "proteger" os navios comerciais que operam no golfo Pérsico e perto do estreito de Ormuz.

A ministra da Defesa alemã, Annegret Kramp-Karrenbauer, insistiu que cada pedido deve ser cuidadosamente ponderado, dependendo da situação específica. "Podemos falar sobre isso primeiro e decidir [apenas] se soubermos o que exatamente está sendo planeado", afirmou a ministra.

'Coligação internacional'

No fim da semana passada, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, declarou ter convidado alemães, franceses e britânicos para uma "coligação internacional" proposta pelos EUA, juntamente com Austrália, Japão, Noruega, Coreia do Sul e outros países.

Os EUA indicaram previamente a criação de um "quadro de segurança marítima internacional", conhecido como Sentinela Operacional, com o objetivo de "reforçar a segurança" dos navios comerciais que operam no golfo Pérsico, no estreito de Ormuz, no estreito de Bab-el-Mandeb e no golfo de Omã, na sequência dos recentes ataques a petroleiros na região.

Washington responsabilizou o Irão pelos ataques. Teerão negou as alegações e acusou os EUA e seus aliados israelitas e sauditas de exacerbarem deliberadamente a situação na região.

Sputnik | Foto: AP Photo / Thomas Haentzschel

'Quem está ao lado de Israel está contra nós', diz Erdogan após morte de palestinos


O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, condenou Israel e seus aliados por permitirem um "estado de terror [...] na Palestina", declarando: "Quem está do lado de Israel, saiba que estamos contra eles".

"Não aprovamos o silêncio sobre o estado de terror que Israel realiza descaradamente na Palestina", declarou Erdogan, dirigindo-se a altos funcionários provinciais de seu Partido da Justiça e Desenvolvimento em Ancara, segundo a Iranian PressTV.

Erdogan tem sido um feroz crítico do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e seu governo, denunciando o PM atualmente atolado em múltiplas investigações de corrupção e suborno como "o ladrão que lidera Israel" e um "tirano que abate crianças palestinas de 7 anos".

Quando Israel adotou sua polémica lei "Estado judeu", Erdogan comparou a mudança ao "espírito de Hitler [...] ressurgiu entre algumas autoridades israelitas".

No entanto, seus últimos comentários também podem ser interpretados como uma alfinetada em Washington, depois de os EUA "suspenderem" a Turquia do programa F-35, condenando a compra de sistemas de mísseis russos S-400 como uma traição aos interesses de segurança da OTAN.

Enquanto a administração Trump deixou claro que Ancara pode voltar ao programa se abandonar o equipamento russo, Erdogan insinuou que ele está preparado para distanciar a Turquia do mercado de armas americano, publicamente ponderando o cancelamento de uma compra avançada de 100 "aeronaves da Boeing".

Forças militares israelitas mataram 56 crianças palestinas e feriram perto de 2.700 "no contexto de manifestações, confrontos e operações de busca e apreensão" em 2018, de acordo com um relatório da ONU divulgado na sexta-feira, o qual confirma muitas outras missões de investigação do órgão. O número de crianças mortas foi o maior desde 2014, quando Israel travou sua mais recente guerra unilateral contra Gaza.

O Conselho de Segurança da ONU tentou denunciar a demolição israelita de 10 prédios de apartamentos palestinos na área de Wadi Hummus, na semana passada, redigindo uma resolução que condenava a destruição por "comprometer a viabilidade da solução de dois Estados e a perspectiva de paz duradoura", apenas para os EUA para vetar o movimento.

Sputnik | Foto: AP Photo / Presidential Press Service/Pool

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China considera a violência durante os protestos em Hong Kong 'OBRA' dos EUA


Governo chinês insinua envolvimento dos EUA em protestos, após declarações de Pompeo.

A violência dos protestos em Hong Kong foi caracterizada como "obra" dos EUA por Hua Chunying, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da China.

"Tendo em vista as declarações do senhor Pompeo, parece que ele não se acostumou com seu cargo, e ainda pensa que é o chefe da CIA. Provavelmente, ele acha que a recente violência em Hong Kong é razoável, já que, como todos sabem, tudo isso não é mais que obra dos EUA", disse Chunying.

Hua estava-se referindo às palavras do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, que disse que a China deveria "fazer a coisa certa" ao lidar com os protestos em Hong Kong, numa entrevista com a Bloomberg Television na semana passada, informou Kyodo News.

Pompeo afirmou que nos EUA também ocorrem protestos.


Ela ainda lembrou que, desde o final de fevereiro, altos funcionários do governo americano começaram a criticar as alterações no projeto de lei sobre extradição, tendo-se encontrado com representantes da oposição.

"Nos vídeos dos protestos violentos em Hong Kong aparecem cidadãos americanos, além de bandeiras americanas. Todos querem saber: qual o papel que os EUA têm tido nos últimos acontecimentos em Hong Kong?", disse Chunying.

O governo chinês nunca permitirá que forças estrangeiras interfiram nos assuntos de Hong Kong, muito menos que provoquem o caos na cidade, disse a representante.

"Se você brinca com o fogo, espere problemas. A história está cheia destes exemplos. Nós insistimos para que os EUA tirem suas mãos e parem esse jogo perigoso com o fogo", declarou Chunying.

Em junho, Hong Kong foi palco de grandes protestos devido à alteração da lei de extradição que, se aprovada, permitiria a Hong Kong entregar suspeitos a jurisdições com as quais não tem acordos como Taiwan, Macau e a China continental.

O governo da região voltou atrás quando a chefe do governo local, Carrie Lam, suspendeu os trabalhos relativos à lei e pediu desculpas pelos desdobramentos.

Mesmo assim, os adversários do projeto de lei têm insistido no total encerramento da questão, dando um ultimato às autoridades e continuando com os protestos.

Sputnik | Fotos: 1 - AP Photo / Ng Han Guan; 2 -  Reuters / Edgar Su

China | Tufão Wipha avança e atinge sinal 8 em Macau


Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos anunciaram que o sinal n.º 8 vai ser içado às 14h00, devido à passagem do Tufão Wipha. Segundo a informação mais recente dos SMG, às 12 horas, estava içado o sinal n.º 3 e o Wipha localizava-se a cerca de 350 quilómetros a sul de Macau e estava a encaminhar-se para a península de Leizhou.

As previsões apontam para que nas próximas horas o vento se vá intensificar com a aproximação do tufão ao território. As autoridades recomendam que a população tome as precauções necessárias.

“Nas pontes, o vento pode atingir, ocasionalmente, o nível forte com rajadas. Recomenda-se a todos os condutores prestarem atenção, e sugere-se que os condutores de motociclos e ciclomotores utilizem a via reservada a motociclos e ciclomotores na Ponte Sai Van”, indicam os SMG.

Além disso, o aviso amarelo de tempestade está igualmente em vigor.

João Santos Filipe | Hoje Macau

Xinjiang tira mais de 2 milhões de pessoas da pobreza nos últimos cinco anos


Beijing, 30 jul (Xinhua) -- A Região Autónoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China, tirou mais de 2,31 milhões de pessoas da pobreza de 2014 a 2018, devido aos esforços máximos de alívio da pobreza, disseram as autoridades regionais na terça-feira.

A taxa de pobreza caiu de 19,5% em 2013 para 6,1% em 2018, com a renda per capita disponível dos residentes rurais aumentando de 119 yuans em 1978 para 11 mil yuans no ano passado, revelou Shohrat Zakir, presidente do governo regional de Xinjiang, numa conferência de imprensa em Beijing.

A região investiu mais de 33,4 biliões de yuans no alívio da pobreza no ano passado, com 85,5% das verbas sendo destinadas para as quatro sub-regiões no sul de Xinjiang -- Hotan, Kashgar, Aksu e Kizilsu Kirgiz.

Vivendo à beira do deserto de Taklimakan, o maior da China e o segundo maior do mundo, os habitantes das quatro sub-regiões têm sofrido há muito tempo com o clima instável e a pobreza.

Numa tentativa de eliminar a pobreza absoluta em 2020, Xinjiang também tem realojado as pessoas e acelerado a construção de infraestrutura nas aldeias pobres.

Vendas da Huawei crescem 23,2% até Junho


Empresa chinesa vendeu mais telemóveis nos primeiros seis meses do ano, apesar das pressões dos Estados Unidos.

A Huawei anunciou esta terça-feira que as vendas no primeiro semestre do ano registaram um aumento homólogo de 23,2%, para o equivalente a 52.333 milhões de euros, apesar da ofensiva de Washington para boicotar a gigante chinesa das telecomunicações.

Nos primeiros seis meses de 2019, a Huawei vendeu 118 milhões de unidades de diferentes produtos, incluindo uma subida homóloga de 24% nas vendas de telemóveis.

Trata-se de um ritmo de crescimento superior ao registado na totalidade de 2018, de 19,5%.

O presidente da Huawei, Liang Hua, admitiu, no entanto, que as vendas sofreram “algum impacto” desde que Washington impôs restrições à empresa, mas não avançou mais detalhes.

Os Estados Unidos acusam a maior fabricante mundial de equipamentos para firmas de telecomunicação e Internet de cooperarem com os serviços secretos chineses.

Washington, que proibiu já a Huawei de participar na implantação da rede de Quinta Geração (5G) em solo norte-americano, está também a pressionar os aliados a tomarem medidas semelhantes.

Austrália, Nova Zelândia e Japão aderiram já aos apelos e restringiram a participação da Huawei.

Em Maio passado, a Casa Branca colocou a firma numa lista de entidades do Departamento de Comércio, após as negociações falharem em Maio, o que implica que as empresas norte-americanas tenham de solicitar licença para vender tecnologia à empresa.

O veto foi parcialmente suspenso, após Pequim e Washington acordarem um período de tréguas na guerra comercial que travam há um ano.

Liang disse que a Huawei evitou interrupções na produção e vendas, mas ressalvou que continua a ter “dificuldades pela frente”, no segundo semestre do ano.

Público | Lusa

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