segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Rússia e a militarização do Ártico



Há séculos, a região do Ártico foi considerada como uma localidade geográfica periférica, inóspita e longínqua, que estava no imaginário de aventureiros ou visionários, onde as circunstâncias que separavam sua localização dos mais importantes centros populacionais e políticos do globo contribuíram para a concepção de uma região remota, que não apresentava fatores que atraíssem atenções ao seu verdadeiro potencial.

Com o passar do tempo, por conta do ímpeto exploratório mundial, a região passou a ser considerada como um novo espaço de poder e de futura concorrência geoeconómica global, atraindo não só a atenção de vários países, no intuito de explorar suas imensas riquezas, como também sendo causa da potencialização de processos de militarização da região por parte de nações que têm grande interesse político e económico, e vem agindo dessa forma, no intuito de proteger seus interesses.

Foi precisamente no contexto da Guerra Fria que a região ártica se consolidou como uma região geoestratégica de relevo, devido ao papel desempenhado no âmbito da estratégia de dissuasão nuclear e de disputas de poder entre as duas superpotências: os EUA e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Na estratégia de dissuasão, o Norte foi o lugar ideal onde se cruzaram rotas planejadas dos bombardeiros de longo alcance e dos mísseis intercontinentais. Era também no Ártico que se realizavam os testes de armamento da União Soviética, então no seu papel de potência nuclear, nomeadamente em regiões como Novaya Zemlya, Plesetsk e Nenok. Neste sentido, o papel do Ártico na Guerra Fria moldou a caracterização da região em termos militares e estratégicos, caracterização essa que persistiu até o fim do conflito, e com a dissolução da URSS.

A Rússia, como maior território da região do Ártico, vem procurando desenvolver e aumentar as suas capacidades de atuação e presença na localidade. É possível associar essa intenção às condições geográficas do país, que tornam o Norte a sua maior fronteira, onde as águas do Oceano Glacial cobrem cerca de 60% dos mais de 37,6 mil quilômetros de litoral dessa nação e que, consequentemente, sempre situou o Ártico na sua esfera natural de influência, transformando o país numa potência dominante da região, segundo estudos do Instituto Sueco para os Assuntos Internacionais.

Franz Kafka: como sair do labirinto


Profeta da sociedade de controle, escritor tcheco mostrou como paranoias, neuroses e burocracia são usadas para antecipar condutas e dissuadir a ideia de um futuro sem capitalismo — intensificadas, hoje, por redes digitais e algoritmos

Renan Porto | Outras Palavras | Imagem: M.C. Escher

Num artigo recente sobre o esgotamento do mundo e as condições materiais de reflexão sobre mundos possíveis na filosofia contemporânea [1], Rafael Saldanha traça muito bem uma metamorfose da percepção do tempo desde o início da modernidade até os seus atuais pontos de tensão e torção, que ainda não se sabe bem o que pode virar, mas já se anuncia como esgotamento e cancelamento do futuro.

Essa metamorfose desemboca num futuro que se apresenta agora enquanto risco a ser administrado e minimizado em sua complexidade. A relação com o futuro se orienta pela securitização máxima do presente e tudo o que se apresenta como ameaça deve ser exterminado. Enquanto a forma de experienciar o presente por parte dos sujeitos se torna um constante cálculo de investimentos e probabilidades dos resultados que se pode ter a cada ato. Se um dia houve para alguns a abundância que permite a liberdade despojada e inconsequente, hoje há para muitos a escassez que exige maior cuidado a cada aposta.

É interessante observar como pensadores do mercado vem pensando isso e há tempos já traçam estratégias para lidar com essas transformações. No seu clássico livro sobre Gestão de Pessoas (2009), Idalberto Chiavenato tem como uma forte referência o livro do sociólogo espanhol Manuel Castells, A Sociedade em Rede: A era da informação (1996). Chiavenato descreve as formas de organização das empresas correspondentes a cada contexto histórico: organizações burocratizadas e hierarquizadas, com lideranças centralizadas, no contexto da era industrial e no modelo de produção fordista; organizações departamentalizadas, com decisões distribuídas por setores, no início das sociedades pós-fordistas; por fim, organizações descentralizadas, com decisões distribuídas, não mais orientadas por regras rígidas, mas orientadas a valorizar mais os resultados positivos que os meios para alcançá-los, o que depende mais da capacidade criativa e agilidade dos funcionários que de qualquer comando prévio.

Londres | Tribunal recusa dar mais tempo a Assange para preparar a sua defesa


O fundador do WikiLeaks Julian Assange compareceu hoje num tribunal de Londres para combater a extradição para os Estados Unidos sob a acusação de espionagem, e viu recusado um pedido de mais tempo para preparar o seu caso.

Assange e a sua equipa de advogados não conseguiram convencer a juíza Vanessa Baraitser sobre a concessão de mais tempo pelo que a decisão sobre a extradição permanece agendada para uma audição de cinco dias em finais de fevereiro, com audições intermédias em novembro e dezembro.

À entrada da sessão, Assange, com ar saudável mas aparentando ter perdido peso, segundo a Associated Press, ergueu o punho em direção aos apoiantes que enchiam a galeria pública do Tribunal de magistrados de Westminster.

Após a recusa da juíza em recusar o seu pedido de adiamento de três meses, Assange disse que não entendia os procedimentos.

O fundador do WikiLeaks considerou que o seu caso não é "justo" porque o Governo dos EUA possui "recursos ilimitados", além de não facilitar o acesso aos seus advogados ou aos documentos de que necessita para preparar a sua batalha legal contra a extradição, ao permanecer detido na prisão Belmarsh, nos arredores de Londres.

"Eles têm todas as vantagens", denunciou Assange, 48 anos.

Catalunha | Centenas protestam em Barcelona enquanto Sánchez agradece à polícia


Centenas de pessoas concentraram-se hoje em protesto diante da delegação do Governo espanhol na Catalunha, enquanto o presidente do Governo espanhol em funções, Pedro Sánchez, elogiava os esforços da polícia nas manifestações dos últimos dias.

Depois de ser divulgado no início desta manhã que Pedro Sánchez iria a Barcelona visitar a sede da polícia da Catalunha e os hospitais onde se encontram os agentes feridos nas manifestações dos últimos dias, a plataforma 'Tsunami Democràtic' lançou uma convocatória improvisada nas redes sociais.

"Apelo urgente, agora e hoje, aos cidadãos de Barcelona. Enquanto preparamos a próxima ação, convocamos todos, entre as 13h00 e as 14h00 [menos uma hora em Lisboa] na esquina das ruas Mallorca e Roger de Llúria. Hoje, que o presidente espanhol visita a Catalunha, vamos deixar claro: sit and talk (sente-se e fale)", assinalava a mensagem.

Posteriormente, a 'Tsunami Democràtic' apelou que as pessoas manifestassem sentadas com as mãos levantadas e a segurar cartazes escritos em inglês com a palavra de ordem: "Sit and talk" (sente-se e fale).

Portugal | O ruído mediático sobre os “prejuízos” do SNS e a realidade


As televisões e jornais noticiaram com grande aparato e em grandes “caixas” que o SNS tinha apresentado em 2018 prejuízos no montante de 848,2 milhões €. Faltou mencionar como foram gerados tais prejuízos: os gastos do SNS aumentaram 5,4% e as transferências do OE para o SNS diminuíram 0,6%. Menos dinheiro para a Saúde, porque o «défice zero» de Centeno está sempre presente. E, por diferentes vias, prossegue a privatização do SNS.

- Em O Diário.info

OS 848 MILHÕES € DE PREJUÍZOS DO SNS EM 2018 DIVULGADOS PELAS TELEVISÕES E JORNAIS – entre 2017 e 2018, os gastos do SNS aumentaram 5,4% mas o governo diminuiu as transferências do Orçamento do Estado para o SNS em 0,6%. Menos dinheiro para a saúde No dia 11/10/2019, televisões e jornais noticiaram com grande aparato e em grandes “caixas” que o SNS tinha apresentado, em 2018, prejuízos no montante de 848,2 milhões € (em 2017, -345,8M€).

A forma como a notícia foi dada, sem qualquer explicação, para chocar e aumentar audiências, criou naturalmente na opinião publica uma ideia errada como tais prejuízos foram gerados. Neste estudo, com base no Relatório do Ministério da Saúde, vamos explicar a razão desses prejuízos elevados.

ENTRE 2017 E 2018, OS GASTOS DO SNS AUMENTARAM EM 521 MILHÕES € (+5,4%), MAS AS TRANSFERÊNCIAS DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA O SNS DIMINUÍRAM EM 51 MILHÕES €

Portugal | Costa vai geringonçar… em vez de governar


Manuel Pinto Teixeira | Jornal de Notícias | opinião

1. Apurados os resultados eleitorais da emigração, o Parlamento está constituído e pronto para receber os novos deputados. Paralelamente, António Costa fechou a equipa ministerial, aguardando apenas que o presidente da República dê posse ao Executivo, na próxima quarta-feira. Sem surpresas, tudo está a postos para o arranque da nova legislatura.

Costa, em minoria parlamentar, definiu de forma muito clara o quadro em que vai atuar. Não há acordos escritos com nenhuma força política. Haverá negociações caso a caso, mas só com os partidos à sua Esquerda. Criou dois novos ministérios, apenas com duas estreias. A maioria dos ministros é independente, mas o núcleo político é da sua estrita confiança.

2. Os atores vão entrar em palco, e o objetivo é claro: o primeiro-ministro vai mostrar que o equilibrismo político-parlamentar lhe será suficiente para cumprir o seu segundo mandato de quatro anos. António Costa optou por geringonçar, em vez de governar. O que lhe interessa é sobreviver, com o máximo de aplausos e o mínimo de assobios. Conseguirá?
Olhando para os setores mais críticos, e que mais contestação lhe valeram até aqui, o sucesso parece muito difícil. Na Saúde, na Educação, na Justiça, na Segurança, e na Defesa os ministros são os mesmos. Logo, médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico, professores e auxiliares de educação, magistrados, guardas, polícias e militares não tardarão a voltar à rua...

3. Terreno fértil para que as oposições façam ouvir a sua voz, e valer o seu poder. Duas lições óbvias saíram deste sufrágio. O novo Parlamento ficou mais fragmentado, e o PSD é o único partido a afirmar-se como alternativa de governação futura. Mais de 3,5 milhões de portugueses disseram que querem ser governados no espaço do centro-esquerda ao centro-direita.

Cabe agora ao PSD consolidar o seu papel de alternância governativa, batendo-se por políticas verdadeiramente sociais-democratas, personalistas e reformistas. Não há espaço para aventuras, nem para experiências ideológicas. Quem não entender a lição das urnas será cúmplice na degradação política, na descredibilização do partido, e na sua progressiva atomização fragmentária.

*Professor universitário e investigador do CEPESE (UP)

“Há gente para tudo” - miséria para tantos e riqueza para alguns


Portugal. A iniciar mais uma semana infame para todos os portugueses que trabalham a troco de um salário mínimo nacional de miséria, aos reformados e pensionistas e outros que recebem (tarde e a más horas) o mesmo de sempre no que se refere a subsídios que tantas vezes nem abrangem 3 euros por dia. As desigualdades são gritantes e só não as vê nem age – combatendo-as – quem se governa, governa banqueiros e outros larápios de uma elite que tem vindo a ascender pós 25 de Abril de 1974, a classe dominante.

Vem aí novo governo. Desiludam-se os que consideram que o Partido Socialista e/ou António Costa, supostamente socialista, vai fazer jus ao epíteto por que se autodenominam para enganar os que por estes dias e por estas horas já nem sabem a quantas andam, restando-lhes agarrarem-se à esperança bacoca de que as suas vidas vão melhorar. Tal nunca acontecerá se essa melhoria não for substancial e lhes devolver a dignidade de vivência. Não esperem isso de Costa nem do PS-governo mas sim migalhas, que é o apanágio dos atuais políticos comprometidos com o grande patronato e os vigaristas dos banqueiros, entre outros salafrários que compõem descaradamente a classe dominante ou a ela associados.

Pois, mas estas “conversas” não interessam para nada…

Bom dia (se conseguirem), este é o Expresso Curto que por vezes aqui trazemos ao Página Global. A lavra do dito é do jornalista Filipe Santos Costa, o órgão pertence à Impresa. Cousa do tio Balsemão Bilderberg, um simpático idoso que não desiste de escarafunchar na chamada comunicação social nos intervalos dos repousos nas suas casitas de luxo e sem lixo que se veja. Tudo imaculado. O costume, para esses. Adiante.

No Curto temos muito que saber e ler, ou vice-versa. Melhor será não fazer constar mais considerações nem comentários ao que vem a seguir. À primeira vista é tudo de bom, para ficarmos informados. Podemos é desconfiar – justo – e até pensar que a dita comunicação social tem órgãos e profissionais que mais parecem fazer parte de conluios em associação de Ação Psico-Social, à laia do Salazarismo Fascista.

Como o outro diz: “Há gente para tudo”. Porca miséria.

Neste caso o Curto está bem-bom. Vá ler, se continuar por aqui.

Bom dia. Desejamos, mas talvez não consigamos. O mesmo de sempre é certo. Mais um dia para uns quantos cavarem ainda mais as desigualdades e explanarem as misérias. É o que “toca” à maioria dos portugueses e à generalidade dos povos.

MM | PG

Interferência de “poderes estrangeiros” sem nome nas eleições do Canadá?


A invasão do "quintal da América"

Michel Chossudovsky | Global Research

Este artigo aborda a suposta interferência de “potências estrangeiras” sem nome nas eleições do Canadá, bem como o processo histórico de interferência dos EUA, incluindo uma invasão secreta militar do Canadá pelos EUA, formulada na década de 1930.

As relações EUA-Canadá não são um assunto para debate na campanha eleitoral de 2019 no Canadá.

***
“ Em 1934, o War Plan Red foi emendado para autorizar o primeiro uso imediato de gás venenoso contra os canadenses e para usar bombardeios estratégicos para destruir Halifax, caso não pudesse ser capturado. ...  

“Em agosto de 1935, os EUA realizaram suas maiores manobras militares em tempos de paz na história, com 36.000 soldados convergindo na fronteira canadense ao sul de Ottawa e outros 15.000 em reserva na Pensilvânia. (11-13 de fevereiro de 1935, audições da Comissão de Assuntos Militares, Câmara dos Deputados, nas Bases de Defesa Aérea (HR 6621 e HR 4130. Esse testemunho era secreto, mas foi publicado por engano. Veja o New York Times, 1 de maio de 1935, p.

Detalhes

Os russos estão vindo para atrapalhar nossas eleições agendadas para 21 de outubro? Em julho, a Ministra das Instituições Democráticas do Canadá, Karina Gould,   sugeriu que as eleições de 2019 no Canadá poderiam ser alvo de interferência de potências estrangeiras.

Embora Ottawa não tenha explicitamente apontado o dedo para o Kremlin, a declaração oficial e os relatórios da mídia sugeriram que poderia ser a Rússia (e possivelmente a China) porque Vladimir Putin supostamente interferiu em favor de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2016 nos EUA. E, aparentemente, Moscou também interveio nas eleições francesas. 

O Serviço Canadense de Inteligência de Segurança (CSIS) e o RCMP estavam "monitorando a atividade de ameaças estrangeiras no Canadá e em todo o mundo".

"No momento, não vimos ameaças diretas às eleições gerais de 2019", disse a autoridade.

O CSIS continua observando atores estrangeiros hostis "tomando medidas para se posicionar para influenciar clandestinamente, promover ou desacreditar certas mensagens, candidatos ou grupos durante a campanha", acrescentou o funcionário. ( CBC, 09 de julho de 2019)

Três meses antes das eleições de outubro de 2019, o governo Trudeau emitiu uma " Diretiva de Gabinete sobre o Protocolo Público sobre Incidentes Críticos de Eleições" (CEIPP)  para "proteger as Instituições Democráticas do Canadá" contra potências estrangeiras não identificadas.

A Diretiva do Gabinete sobre o Protocolo Público sobre Incidentes Eleitorais Críticos estabelece as expectativas dos ministros com relação às orientações gerais e aos princípios para orientar o processo de informação ao público durante o período de instrução de um incidente que ameaça a capacidade do Canadá de ter um livre e justo eleição. Consulte o documento aqui

No caso de uma ameaça de uma potência estrangeira interromper as eleições, um painel de segurança nacional de alto nível "informará o primeiro-ministro" (ver  Global News , 9 de julho de 2019)

O capital financeiro mascara-se de verde


F. William Engdahl [*]

– Ridiculamente, o governo português acaba de criar um "Ministério do Ambiente e da Ação Climática". A pretensão de que um político pode mandar no clima ou alterá-lo é um dos aspectos mais caricatos do novo governo de António Costa.

Quem haveria de dizer. As próprias mega-corporações e mega-bilionários por trás da globalização da economia mundial nas últimas décadas, cuja busca de valor para o accionista e redução de custos infligiu tantos danos ao meio ambiente – tanto no mundo industrializado quanto nas economias subdesenvolvidas da África, Ásia e América Latina – são os principais apoiantes do movimento de base da "descarbonização" com origem na Suécia, Alemanha, EUA e outros lados.

Será um repente de consciência culpada, ou poderia haver uma agenda mais profunda da financiarização do próprio ar que respiramos e muito mais?

O actual movimento em torno das questões climáticas pode ser observado sob muitos ângulos. Mas um que não pode ser ignorado é o que regista o facto de, por trás das suas expressões mais mediáticas, estarem gigantes da finança capitalista global e entidades cujo currículo é não a defesa do planeta mas uma acção danosa global sobre o ambiente e as sociedades humanas.

Mesmo que se acredite nos perigos do CO2 e nos riscos do aquecimento global criador de uma catástrofe global com o aumento da temperatura média de 1,5 a 2 graus Celsius nos próximos 12 anos, vale a pena observar quem está a promover a actual inundação de propaganda e de activismo climático.

Cabo Verde | São Vicente contesta a não aprovação da lei da Transparência no PN


Os Movimentos Cívos de S.Vicente (MCSV) convocam a imprensa, nesta segunda-feira,21, no Centro Cultural do Mindelo, para protestarem contra a não aprovação da Lei da Transparência, na última sessão parlamentar de 12 deste mês. Uma iniciativa legislativa levada à Assembleia Nacional pelo PAICV, mas que foi chumbada pelo MpD (poder).

Os MCSV integram o Movimento para o Desenvolvimento de S.Vicente (MDSV) comandado por Marino Camões Delgado, o Sokols 2017 presidido por Salvador Mascarenhas e Movimento a Favor de Sossego (MFS) que tem como líder Antónia Môsso.

Em nota remetida ao ASemanaonline, os representes dos Movimentos Cívicos de S.Vicente informa que «se juntam a uma só voz para mostrar o seu repúdio pela não aprovação da Lei de Transparência» pelo parlamento. « A lei da Transparência constitui uma lei que deve ser exigida por todos, na medida em que permitirá um aperfeiçoamento da democracia, inibição da corrupção, maior prestação de contas no ato da governação, melhores condições para o exercício da cidadania ativa, para além de aprimorar diálogo-comunicação entre a população, empresas e os governos».

Segundo alegam, o acesso aos documentos administrativos pelos cidadãos e a transparência na gestão da coisa pública são indispensáveis para consolidar e credibilizar o processo democrático em Cabo Verde. «O acesso aos documentos administrativos pelos cidadãos e o princípio da transparência administrativa constituem imperativos imprescindíveis para a credibilização e consolidação da democracia cabo-verdiana e deve ser encarado como um direito dos cidadãos e um dever dos governantes».

Guiné-Bissau | Conhecidas posições de partidos nos boletins de voto


Candidatos Mutaro Djabi, Domingos Simões Pereira e Vicente Fernandes ocupam três primeiras posições do boletim de voto. Concorrem às eleições de 24 de novembro na Guiné-Bissau 12 partidos políticos.

A Comissão Nacional de Eleições realizou, este sábado (19.10), o sorteio da posição dos 12 candidatos às presidenciais de 24 de novembro nos boletins de voto. Em primeiro lugar fica o candidato Mutaro Djabi, independente, seguido de Domingos Simões Pereira, do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e de Vicente Fernandes, do Partido de Convergência Democrática. 

Na quarta posição fica António Afonso Té, do Partido República da Independência para o Desenvolvimento (PRID). O candidato Nuno Gomes Nabian, da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), vai ocupar a quinta posição, seguido de Baciro Dja, do Frente Patriótica de Salvação Nacional (Frepasna),  e de Carlos Gomes Júnior, independente.

Na oitava posição fica Gabriel Indi, do Partido Unido Social Democrático (PUSD), e na nona Idrissa Djaló, do Partido da Unidade Nacional (PUN).

Guiné-Bissau | Jomav não quer ser líder partidário após mandato presidencial


Acusa governos de facilitarem tráfico de droga

O Presidente guineense e recandidato ao cargo nas eleições de 24 de novembro, José Mário Vaz, afirma que nunca será líder partidário depois de deixar a Presidência, mas que não poupará forças para ajudar o seu país.

José Mário Vaz afasta assim a hipótese de se candidatar à liderança do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que o apoiou na sua candidatura em 2014, mas com o qual está em guerra aberta.

O Presidente demitiu em 2015 o Governo chefiado por Domingos Simões Pereira, depois de o PAIGC ter conquistado a maioria absoluta um ano antes e desde então já recusou duas vezes o nome do líder do partido para o cargo de primeiro-ministro. "Nunca serei líder de nenhum partido político após a minha saída como Presidente da República, mas tudo o que eu puder fazer para o bem do meu país, para o bem do meu povo, não pouparei forças", disse em entrevista à agência Lusa em Lisboa.

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