terça-feira, 21 de janeiro de 2020

A deriva do Irão para o comportamento dos EUA e de Israel


Thierry Meyssan*

Para além da prova de força na qual se envolvem Washington e Teerão, Thierry Meyssan põe em evidencia a mudança profunda de comportamento do Irão. Este país, outrora exigente quanto ao respeito pelo Direito Internacional, ignora-o hoje em dia, juntando-se assim aos Estados Unidos e a Israel que jamais o respeitaram.

O Irão captava a atenção do mundo inteiro nas suas intervenções perante as Nações Unidas. Ele levantava bem alto o estandarte dos povos face ao imperialismo. Já nada resta hoje em dia desta herança.

O Presidente Mahmud Ahmadinejad na tribuna da 65ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em 23 de Setembro de 2010, pondo em causa a versão oficial dos atentados do 11 de Setembro de 2001 nos EUA.

Os 195 Estados membros da ONU pretendem querer resolver os seus conflitos sem recorrer à guerra, mas, antes pelo Direito. Esse assenta, desde a sua criação pela Conferência da Haia de 1899 numa ideia simples: da mesma forma que os particulares —aqui incluídos os dirigentes políticos— aceitam preservar-se da guerra civil para tal submetendo-se ao Direito Nacional, também os Estados podem preservar-se da guerra submetendo-se voluntariamente para tal ao Direito Internacional.

Por «Direito Internacional» entendo os procedimentos que regem as relações entre os Estados, e não aquelas que, de Nuremberga ao TPI, legalizam o julgamento dos vencidos pelos seus vencedores.

Agora, três membros da ONU mostram o seu desprezo pelo Direito Internacional, enquanto outros já nem se lhe referem e, após terem desvirtuado o conceito de «Direitos do Homem» [1], preferem um «multilateralismo fundado em regras» [2].

Sobre estes homens brancos que dominam o mundo


Oxfam aponta: bilionários tornaram-se ainda mais poderosos. Enquanto isso, mulheres realizam, sem remuneração, 75% dos cuidados com idosos e crianças. Saída é clara: são tributos redistributivos e serviços públicos que estabeleçam o Comum

Rôney Rodrigues | Outras Palavras com informações da Oxfam

Às vésperas do Fórum Econômico Mundial 2020, que se realizará entre os dias 21 e 24, em Davos, na Suíça — onde o ministro da Economia Paulo Guedes promete reafirmar o compromisso do Brasil com as reformas ultraliberais para banqueiros e especuladores de todo o mundo –, a Oxfam divulga novo relatório sobre o abismo social provocado pelos “donos do dinheiro”: em apenas uma década, dobrou-se o número de bilionários. Já são 2.153. Juntos, concentram mais riqueza que 4,6 bilhões de pessoas – ou cerca de 60% da população mundial.

“Esse grande fosso baseia-se em um sistema econômico sexista e falho, que valoriza mais a riqueza de um grupo de poucos privilegiados, na sua maioria homens, do que bilhões de horas dedicadas ao trabalho mais essencial – o do cuidado não remunerado e mal pago, prestado principalmente por mulheres e meninas em todo o mundo”, aponta o documento Tempo de Cuidar – O trabalho de cuidado mal remunerado e não pago e a crise global da desigualdade, que aborda como a desigual responsabilidade por essa atividade também perpetua assimetrias de gênero e econômicas.

Tarefas diárias como cuidar de outras pessoas, cozinhar, limpar, buscar água e lenha, essenciais para a economia e o bem-estar das comunidades, são realizadas sem remuneração, na maioria das vezes, por mulheres e meninas, tomando-lhes 12,5 bilhões de horas, todos os dias. Uma contribuição de pelo menos US$ 10,8 trilhões por ano à economia global – mais de três vezes o valor da indústria de tecnologia do mundo.

Portugal | PGR analisa Luanda Leaks e "desencadeará os procedimentos adequados"


O Ministério Público assegura que "dará seguimento aos pedidos de cooperação judiciária internacional que lhe sejam dirigidos".

Ministério Público vai analisar a informação tornada pública no âmbito do Luanda Leaks, que detalha esquemas financeiros da empresária Isabel dos Santos e do marido que estarão na origem da fortuna da família, e "desencadeará os procedimentos adequados".

Numa resposta enviada à agência Lusa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) refere que "o Ministério Público não deixará de analisar toda a informação que tem vindo a público e de desencadear os procedimentos adequados no âmbito das suas atribuições", garantindo que "dará seguimento aos pedidos de cooperação judiciária internacional que lhe sejam dirigidos".

SILVA LEAKS À MODA DO PS


O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, proeminente figura do Partido Socialista nos despachos comuns com o MPLA, tanto com o de Eduardo dos Santos como com o de João Lourenço, disse hoje que “o (seu) Governo não tem comentários a fazer” às revelações dos esquemas financeiros da empresária Isabel dos Santos em Portugal, pois tal é da competência de “dois reguladores independentes do Governo”.

No final de uma reunião de chefes da diplomacia da União Europeia em Bruxelas, ao ser questionado sobre se as revelações da investigação jornalística “Luanda Leaks” beliscam de alguma forma as autoridades portuguesas, por não terem sido detectadas transacções suspeitas e esquemas alegadamente fraudulentos com apoio de facilitadores portugueses, Augusto Santos Silva disse que a resposta é “simples” e lembrou que “o Governo é independente dos reguladores independentes”.

“À luz da lei portuguesa, as actividades bancárias são reguladas por uma autoridade chamada Banco de Portugal (BdP), as actividades relacionadas com o mercado de capitais são reguladas por uma entidade chamada Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM). Trata-se de dois reguladores independentes do Governo, portanto o Governo não tem comentários a fazer”, respondeu.

Santos Silva acrescentou estar “certo de que quaisquer informações que venham e que contenham indícios de natureza criminal serão investigadas pelas autoridades judiciais e quaisquer informações que venham e que tenham indícios de natureza contra-ordenacional serão investigadas pelas entidades respectivas”.

“A independência vale nos dois sentidos: são independentes do Governo e o Governo também é independente dos reguladores independentes”, disse Santos Silva com o brilhantismo petulante que o caracteriza, seja às ordens de José Eduardo dos Santos, de João Lourenço ou de qualquer outro que surja.

Ativista angolano: “Existe uma teia de corrupção internacional para além de Angola”


O ativista e professor universitário angolano Domingos da Cruz, um dos entrevistados pelo Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação, realça que o que Isabel dos Santos e o pai fizeram em Angola “tem envolvimento da comunidade internacional, de governos e outras personalidades em diferentes partes do mundo”.

O ativista e professor universitário angolano Domingos da Cruz considera que as revelações sobre a empresária Isabel dos Santos mostram que "existe uma teia de corrupção internacional" que vai muito para além das investigações em Angola.

"Não é surpresa nenhuma a participação de governos ocidentais naquilo que se acusa ser corrupção de Isabel dos Santos, a família e os amigos, todos membros do antigo regime, isto é uma teia de corrupção internacional, não é uma questão meramente interna de Angola", disse o ativista em declarações à Lusa.

"Isto não significa que Isabel dos Santos e família não sejam responsáveis, eles têm toda a responsabilidade, mas é preciso que fique clara a hipocrisia do mundo ocidental", vincou o autor da tradução do livro "From dictatorship to Democracy: A Conceptual Framework for Liberation", escrita por Gene Sharp, pela qual foi condenado a uma pena de prisão.

Procurador-Geral de Angola admite emitir mandado de captura de Isabel dos Santos


Empresária deixou o país no dia em que foi notificada pelas autoridades do inquérito sobre a gestão da Sonangol. Hélder Pitta Gróis reconhece que a corrupção era “prática entranhada na sociedade” angolana.

O procurador-geral de Angola, Hélder Pitta Gróis, admite avançar com um mandado de captura de Isabel dos Santos, se a investigação à gestão da empresária resultar em processo-crime. A hipótese é levantada numa entrevista no âmbito dos Luanda Leaks, publicada esta segunda-feira pelo Expresso, em é também revelado que a empresária abandonou o país após ter sido notificada para depor num inquérito relacionado com a gestão da Sonangol, petrolífera estatal angolana.

As autoridades angolanas investigam a empresária por suspeitas de branqueamento de capitais e gestão danosa da petrolífera. Este processo foi aberto, curiosamente, a pedido de Isabel dos Santos. A empresária requereu a abertura de um inquérito à gestão do sucessor, Carlos Saturnino, mas as autoridades encontraram indícios criminais na gestão da filha do ex-presidente angolano, José Eduardo dos Santos.

“[Os factos apurados] têm a ver com má gestão, uma gestão danosa, uma gestão gravosa. Temos ali assim umas situações de branqueamento de capitais, algumas de negócios consigo própria”, detalha Hélder Pitta Gróis.

QUEM ALVEJOU O VÔO 752 DA UKRAINE AIRLINES?


O Irão derrubou, mas pode haver mais na história


A alegação de que o major-general Qassem Soleimani era um "terrorista" em uma missão para realizar um ataque "iminente" que mataria centenas de americanos acabou sendo uma mentira, então por que alguém deveria acreditar em algo mais relacionado aos desenvolvimentos recentes no Irã e Iraque? Para ter certeza, Ukraine International Airlines Flight 752 partindo do Aeroporto Internacional de Teerão Imam Khomeini na manhã de 08 de janeiro th com 176 passageiros e tripulantes a bordo foi abatido pelas defesas aéreas iranianas, algo que o governo da República Islâmica admitiu, mas pode haver consideravelmente mais na história envolvendo a guerra cibernética realizada pelos Estados Unidos e possivelmente pelos governos de Israel.

Para ter certeza, as defesas aéreas iranianas estavam em estado de alerta temendo um ataque americano na esteira do governo dos EUA assassinato de Soleimani em 3 de janeiro seguido por um ataque com mísseis do Irão dirigida contra duas bases norte-americanas no Iraque. Apesar da tensão e da escalada, o governo iraniano não fechou o espaço aéreo do país. Os vôos civis de passageiros ainda estavam partindo e chegando a Teerão, quase certamente um erro de julgamento por parte das autoridades aeroportuárias. Inexplicavelmente, aeronaves civis continuaram descolando e pousando mesmo após o vôo 752 ter sido abatido.

Cinquenta e sete dos passageiros do voo eram canadenses descendentes de iranianos, levando o primeiro-ministro Justin Trudeau a apontar o dedo tanto para o governo iraniano por sua falta de cuidado quanto também para Washington, observando com raiva que o governo Trump havia deliberadamente e imprudentemente procurado" aumentar as tensões” com o Irão por meio de um ataque próximo ao aeroporto de Bagdad, sem levar em consideração o impacto sobre os viajantes e outros civis da região.

O que parece ter sido um caso de maus julgamentos e erros humanos, no entanto, inclui alguns elementos que ainda precisam ser explicados. O operador iraniano de mísseis sofreu um considerável "bloqueio" e o transponder de aviões desligou-se e parou de transmitir vários minutos antes do lançamento dos mísseis . Também houve problemas com a rede de comunicação do comando de defesa aérea, que podem ter sido relacionados.

O bloqueio electrónico proveniente de uma fonte desconhecida significava que o sistema de defesa aérea era colocado em operação manual, contando com a intervenção humana para o lançamento. O papel humano significava que um operador tinha que fazer um julgamento rápido numa situação de pressão na qual ele só tinha momentos para reagir. O desligamento do transponder, que teria automaticamente sinalizado ao operador e à electrónica Tor que o avião era civil, em vez disso, indicou automaticamente que era hostil. O operador, tendo sido particularmente informado sobre a possibilidade de entrada de mísseis de cruzeiro americanos, disparou.

A OTAN em socorro de Taiwan


No contexto da extensão da OTAN à região do Indo-Pacífico [1], a Organização considera a oposição política em Hong Kong uma oportunidade e a Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, como uma aliada especial.

Em 1989, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido haviam apoiado uma tentativa de Golpe de Estado por Zhao Ziyang [2]. Na Praça de Tienanmen (da Paz Celestial- ndT) o célebre agente da OTAN, Gene Sharp, dirigia as operações que caíram para o confronto e o massacre [3]. Reagindo a esse fracasso, essas três potências exfiltraram aproximadamente 400 discípulos de Zhao Ziyang em direção a Hong Kong, que na época era uma colónia britânica, foi a operação «Yellow Bird» ("Pássaro Amarelo") [4]. Identicamente, as manifestações, depois os distúrbios, que acabam de abalar a tornada chinesa Hong Kong foram organizados pela antiga rede da Yellow Bird. Lá também, perante o fracasso, as três potências começaram a exfiltrar os agitadores para Taiwan.

A Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, — reeleita em 11 de Janeiro de 2020 para um segundo mandato — deseja denunciar o compromisso de 1992 («um país, mas dois sistemas») e proclamar a independência de seu país em relação à China continental. Assim, ela declarou uma «guerra de informação» e fez passar uma lei no ano passado penalizando as pessoas que transmitiam fake news (notícias falsas-ndT) de origem chinesa. Ela considera os distúrbios em Hong Kong como uma justificativa de sua posição e concede, portanto, asilo aos responsáveis em fuga.

O antigo Secretário geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen [5] considera que depois dos Estados Unidos, em 2016, e da França, em 2017, face às fake news russas, Taiwan será o próximo país atingido pelas fake news chinesas. Será, portanto, nesta frente do Extremo Oriente que será preciso defender a democracia contra o autoritarismo.

A Alemanha e a França estão dispostas já a apoiar Taiwan militarmente face à China.

Voltaire.net.org | Tradução Alva

Notas:
[1] “A OTAN deseja tornar-se a Aliança atlântico-pacífico”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 11 de Dezembro de 2019.
[2] «Tiananmen, 20 años después», por Domenico Losurdo, Red Voltaire , 31 de julio de 2014.
[3] «La Albert Einstein Institution: no violencia según la CIA », por Thierry Meyssan, Red Voltaire , 10 de febrero de 2005.
[4] Opération Yellow Bird, Sophie Lepault, Film de 62 minutes, Illégitime Défense.
[5] «Taiwan – nächste Frontlinie im Kampf gegen Chinas Machtgelüste», Anders Fogh Rasmussen, Die Welt, Januar 8, 2020.

A ONU suspende o direito de voto de 7 Estados


Em aplicação da regra adoptada em Outubro de 2019 pela Assembleia Geral, as Nações Unidas suspenderam o direito de voto de sete dos seus membros e aprestam-se para sancionar outros três:

-  Comores (no fim da 74ª sessão da Assembleia Geral)
-  Gâmbia (agora)
-  Lesoto (agora)
-  Líbano (agora)
-  República Bolivariana da Venezuela (agora)
-  República Centro-Africana (agora)
-  São Tomé e Príncipe (no fim da 74ª sessão da Assembleia Geral)
-  Somália (no fim da 74ª sessão da Assembleia Geral)
-  Tonga (agora)
-  Iémene (agora)

Nenhum desses membros tem as suas cotizações em dia.

No entanto, vários destes Estados não podem materialmente regular as suas cotizações devido às sanções bancárias unilaterais dos EUA.

Voltaire.net.org | Tradução Alva

Davos prepara-se para o confronto Trump-Greta


É a primeira vez que ativista ambiental e presidente americano participam de um mesmo evento desde que Trump tratou Greta com sarcasmo no ano passado. Clima está no topo da agenda do Fórum Económico Mundial deste ano.

A ativista ambiental sueca Greta Thunberg retorna à estação de esqui suíça de Davos para o Fórum Económico Mundial (FEM) de 2020 com uma mensagem forte e clara: pôr um fim à "loucura" dos combustíveis fósseis.

A mensagem de Thunberg dirige-se, entre outros, ao presidente dos EUA, Donald Trump, que no passado zombou da ativista ambiental, dizendo que ela tem um "problema de controle da raiva". Trump, que está entre os céticos das mudanças climáticas mais proeminentes, retorna a Davos depois de faltar ao Fórum de 2019 devido à paralisação do governo (shutdown) em Washington.

É a primeira vez que Trump e Thunberg estarão presentes no mesmo evento desde a cúpula das Nações Unidas sobre mudança climática no ano passado em Nova York, onde a adolescente pôde ser vista olhando fixamente para o presidente dos EUA, quando seus caminhos se cruzaram brevemente.

Mais tarde, Thunberg – escolhida Pessoa do Ano de 2019 pela revista Time – disse à emissora BBC que "não teria perdido tempo" conversando com Trump sobre a crise climática no evento da ONU.

"Honestamente, acho que não teria dito nada porque, obviamente, ele não está ouvindo cientistas e especialistas, então por que ele me escutaria?", disse a ativista.

A inauguração do gasoduto russo-turco


Bruno Veillard | CEIRI

No dia 8 de janeiro deste ano (2020) o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, e o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, reuniram-se na cidade de Istambul para a cerimónia oficial de inauguração do gasoduto Turkish Stream. O planeamento do gasoduto durou alguns anos e sofreu um leve revés em 2015 com o episódio da queda do avião de combate russo pelos turcos. Todavia, o incidente não inviabilizou o projeto o qual foi retomado em 2017 já com a construção da linha.

A principal linha do gasoduto possui 930 Km de extensão, e compreende 230 Km em águas marítimas russas e 700 Km em águas marítimas turcas. O Turkish Stream conecta o gás natural da cidade russa de Anapa, no Krai de Krasnodar, a cidade turca de Kiyikӧy, na província de Kirklareli, por debaixo do Mar Negro. A partir de Kiyikӧy inicia-se uma extensão da linha a qual estende-se por 69 Km até o centro de distribuição na cidade de Lüleburgaz, e por mais 145 Km até a cidade de Ipsala, na fronteira turco-grega.

O gasoduto russo-turco possui 2 operadores: a empresa Gazprom, que é a responsável pela seção onshore e offshore do lado russo; e a BOTAŞ, a empresa responsável pela seção onshore turca. Com custo estimado em 11,4 bilhões de euros (aproximadamente, US$ 12,6859 bilhões, ou R$ 52,1913 bilhões, conforme a cotação de 14 de janeiro de 2020), o projeto levou 1 ano e 3 meses para ser concluído, e tem capacidade total de fornecer até 31,5 bilhões de m³ de gás natural.

A Federação russa é uma das maiores exportadoras de gás natural para o continente europeu e abastece parcela considerável desse mercado energético, todavia, diversos Estados da própria Europa e inclusive os Estados Unidos tendem a rechaçar a expansão comercial do gás russo. A grande razão para o discurso dos opositores é a dependência que o país comprador poderia adquirir dos russos, e possíveis tentativas de interferência em assuntos internos desses últimos na realidade política regional.

Em relação a cerimónia de lançamento do gasoduto, o jornal Gazeta.Ru apresentou a declaração do Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, o qual disse: “Este é um sistema único e sem precedentes em seus parâmetros de transmissão de gás em alto mar. Vivemos em um mundo complexo. Na região em que estamos há tendências para uma exacerbação da situação. Mas a Turquia e a Rússia mostram exemplos completamente diferentes – interação e cooperação em benefício de nossos povos e de toda a Europa”.

O IMPÉRIO MEXE-SE COM PÉS DE BARRO!



A cisão cada vez mais evidente no grupo restrito da aristocracia financeira mundial, (aqueles 1% que na sua ânsia capitalista azota o mundo com seus artificiosos jogos de poder, de domínio unipolar, do esgotamento dos recursos globais e das manipulações que têm também provocado as profundas alterações climático-ambientais em curso), expõe o início da exaustão do império com pés de barro: a força deixou de persuadir, muito menos convencer, as nações, os estados e os povos da Terra e o império tornou-se cada vez mais um pesado factor de barbárie, fazendo cair a máscara por si próprio criada e recriada de campeão de civilização! (https://www.counterpunch.org/2020/01/10/despair-in-america-the-unspoken-issue-of-the-2020-election/).

A RECESSÃO E A CRISE SÃO PRODUTOS DA MALHA QUE A GLOBALIZAÇÃO DO IMPÉRIO DA HEGEMONIA UNIPOLAR TECE!

A EMERGÊNCIA MULTILATERAL E INTEGRADORA É UM EMERGENTE PARADIGMA QUE SE DESTACA DA PRÓPRIA HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO NA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA!

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