quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

China vê oportunidades no Médio Oriente na crise entre EUA - Irão


 Henoch Gabriel Mandelbaum | CEIRI 

A crise entre os Estados Unidos e o Irão desenvolve-se desde a decisão do Presidente americano, Donald Trump, de executar, no Iraque, um ataque por meio de um veículo aéreo não-tripulado (drone) que matou o general iraniano Qasem Soleimani, no dia 3 de janeiro de 2020. Soleimani era comandante da Força Quds, uma divisão do Exército iraniano responsável pela condução de ações militares extraterritoriais e operações clandestinas. Trump aprovou a operação de eliminação de Soleimani após receber dados dos órgãos de inteligência estadunidenses que indicavam múltiplas ameaças vindas do Irão a americanos no Oriente Médio. Como forma de retaliação, Teerão lançou dezenas de mísseis contra bases americanas no Iraque, no dia 7 de janeiro de 2020. 

Em mandarim, a palavra “crise” (wēijī) (危机), é composta pelo ideograma “wēi”, que significa “perigo”, e “jī”, que compõe a palavra “jīhuì” (机会), que significa “oportunidade”. Do mesmo modo, a China tem vislumbrado oportunidades na atual contenda entre os dois países, pois Pequim possui fortes laços com Teerão e realiza regularmente exercícios militares trilaterais com a nação persa e a Rússia. Após o ataque que matou Soleimani, o Ministro chinês de Negócios Estrangeiros, Wang Yi, condenou “o ato de aventurismo militar dos Estados Unidos, que vai contra as normas básicas que governam as relações internacionais e que agravará as tensões e a turbulência na região”. Segundo o governo chinês, Teerão espera que “a China possa exercer um papel importante na prevenção da escalada das tensões regionais”. Assim, o eliminação do general iraniano possui o potencial de não apenas fornecer a Pequim um papel de manter a estabilidade no Oriente Médio, mas também de aumentar a sua influência na região, onde muitos países consideram Washington como um ator crescentemente imprevisível.

Bissau | Parlamento: Posse de novo PR só depois de resolvido contencioso eleitoral


Parlamento da Guiné-Bissau só decide tomada de posse do novo Presidente após resolvido contencioso eleitoral

Umaro Sissoco Umbaló disse querer tomar posse dia 19 de Fevereiro

A Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau disse esta terça-feira que só decide sobre a tomada de posse do futuro Presidente do país depois de resolvido o contencioso eleitoral que decorre no Supremo Tribunal de Justiça.

“Existindo acórdão do Supremo Tribunal de Justiça e a respectiva aclaração sobre o contencioso eleitoral interposto por uma das candidaturas, cuja decisão declara inexistente a acta de apuramento nacional e ordena, em consequência, a realização ‘ab initio’ da operação de apuramento nacional, a Assembleia Nacional Popular considera não preenchidos os pressupostos essenciais para a prática dos actos subsequentes”, refere, em comunicado, o gabinete do presidente do parlamento, Cipriano Cassamá.

No comunicado, o presidente do parlamento salienta também que sendo o Supremo Tribunal de Justiça “instância suprema de recurso do contencioso eleitoral e sendo as decisões dessa instância de força geral obrigatória e vincula tanto as entidades públicas e privadas, a ANP encoraja e aguarda o cumprimento da decisão da instância judicial competente”.

Em entrevista à Deutsche Welle África em Lisboa na segunda-feira, Umaro Sissoco Embaló afirmou que ia esta terça-feira “falar com o presidente da Assembleia Nacional Popular para marcar a data de tomada de posse, porque a Guiné-Bissau tem de sair do marasmo”.

Apesar de um recurso contencioso ainda decorrer no Supremo Tribunal de Justiça, a CNE divulgou sexta-feira os resultados definitivos das eleições presidenciais, indicando que Umaro Sissoco Embaló obteve 53,55% dos votos e Domingos Simões Pereira 46,45%.

TCHITOTO TCHOBATUA



"ENCONTRO MUNDIAL CONTRA O IMPERIALISMO”

"Pela vida, soberania e paz"

Perceber o vínculo profundo entre os factores que compõem o espaço físico, geográfico, ambiental e hidrográfico e os factores humanos, é indispensável para uma civilização que se preocupe com sua sustentabilidade, garante de bem-estar para as futuras gerações…

… Mas a civilização só será saudável, quando a partir dessa plataforma de relacionamento antropológicoo homem souber avaliar quanta barbaridade existe em função da acção humana do império criado e recriado pela revolução industrial e pelas novas tecnologias, quando ao invés de sustentabilidade se acumularam os desequilíbrios que estão a colocar a vida em risco, à beira da extinção das espécies e da própria espécie humana tal e qual as conhecemos!...

Martinho Júnior

I

Da terra…

TCHITOTO TCHOBATUA (Cassimba dos Mucuissis);

1485- Mussungo Bitoto ( O Mais, ou Avô das Cassimbas);

1785- Angra dos Negros (Pequena Baía) e depois batizada de Baía de Mossâmedes;

1953- Moçâmedes;

1985- Depois de Angola Independente somente em 1985 passa a chamar-se Namibe

2016- Um grupo de neoliberais saudosos do passado volta a dar o nome que seus pais haviam batizado: Moçâmedes.

Hoje no deserto mais antigo do mundo, banhado pelo oceano Atlântico…

… Eu continuarei a chamar Namibe respeitando a ancestralidade.

Cidade do Namibe é o término portuário do Caminho de Ferro do Namibe.

É também um dos 3 maiores portos de Angola juntamente com Luanda e Lobito; o seu aeroporto, localizado a cerca de 7 km a sul da cidade, serve como uma indispensável ligação.

De acordo com os especialistas, tem um dos maiores portos de pesca de Angola, na cidade de Tombwa, que está a sul, a 93 km da capital da Província.

Os moradores, amigos, visitantes e estudiosos que escalarem a província podem apreciar a beleza incomparável dos principais locais e monumentos históricos, como a Serra da Leba, obra-prima da construção de estradas, impressionante em sua beleza e periculosidade; o Boinene Caraculo, em direcção à aldeia; o Alcázar de San Fernandes; as pinturas da Aladi; a arte funerária Mbali; as inscrições na torre da queda, primeira à esquerda por navegadores na Europa; a welwitschia mirabilis, ex-líbris do deserto do Namibe e um dos símbolos de Angola, os números do Tchitundu Hulu, a património da humanidade internacional, presente no Museu Provincial…

… Pois o meu Doutoramento é no ramo de investigação nas Ciências Ambientais com vocação para a Educação Ambiental e o meu vínculo é com a comunidade estudantil educativa e em geral com toda a comunidade.

POR UMA MUDANÇA DE PARADIGMA EM ÁFRICA



“ENCONTRO MUNDIAL CONTRA O IMPERIALISMO”

"Pela vida, soberania e paz"

Caracas - Venezuela, de 22 a 24 de janeiro de 2020

A Venezuela Bolivariana é um inestimável património de vida, de soberania e de paz para toda a humanidade e como tal deve ser defendida por todos aqueles que trilham a lógica com sentido de vida, onde quer que seja a âncora de sua existência e por isso particularmente a partir dos mais obscuros rincões do planeta!

Desde África junto-me ao ENCONTRO MUNDIAL CONTRA O IMPERIALISMO, por que a resoluta alternativa à barbárie do império, é a civilização que luta pela vida, pela soberania e pela paz para toda a humanidade!

POR UMA MUDANÇA DE PARADIGMA EM ÁFRICA

COMUNICAÇÃO

I

01- África é, em qualquer quadro de globalização que se procure sintetizar uma avaliação do estado do mundo, uma ultraperiferia onde persiste crónico subdesenvolvimento e todo o tipo de fragilidades e vulnerabilidades próprias dessa condição, agravadas desde os artifícios coloniais e particularmente desde a Conferência de Berlim realizada entre 15 de Novembro de 1884 e 26 de Fevereiro de 1885 (redundante da revolução industrial).

02- África foi alvo dum processo de descolonização tardio que não quebrou muitos dos expedientes de assimilação de raiz colonial, apesar da luta de libertação que terminou com a derrota do colonialismo português e britânico na África Austral durante a década de 70 do sáculo XX e o colapso do “apartheid” na África do Sul em princípios da década de 90 do século XX;

03- Por essa razão África, face ao império da hegemonia unipolar e seu sistema de vassalagens, “coligações” e “emparceiramentos”, é um dilecto campo de manobra neocolonial onde todo o pacote de acções da hegemonia se repercute intensamente, sem que haja resistências significativas, ou alternativas de vulto, inclusive em todo o tipo de transversalidades sociais.

04- Neste momento e nesse sentido, as políticas capitalistas neoliberais são instrumentalizadas pelos interesses do império de hegemonia unipolar, de forma a condicionar as nações, os estados e os povos do continente, mantendo o pendor extractivista de matérias-primas indispensáveis para as indústrias do leque propiciado pela revolução industrial, como pela revolução das novas tecnologias.

EUA/WTC | Foram utilizados explosivos no 11 de Setembro


Craig McKee [*]

Pela primeira vez desde sempre, um organismo eleito nos Estados Unidos declara que está "para além de qualquer dúvida" que explosivos – não impactos de aviões e incêndios isolados – destruíram as três torres do World Trade Center em 11 de Setembro de 2001.

Comissários do Distrito de Bombeiros (Fire District) da Franklin Square e de Munson, localizados próximos de Queens, Nova York, aprovaram por unanimidade uma resolução histórica em 24 de Julho [de 2019] que clama por uma nova investigação a todos os aspectos do 11/Set e que menciona "evidência esmagadora" de que foram plantados explosivos em todas as três torres antes do 11/Set. A resolução declara que os Board of Fire Commissioners do distrito "apoiam plenamente um abrangente grande júri federal de investigação e acusação de todo o crime relativo aos ataques do 11 de Setembro..."

"Foi um assassinato em massa", disse o comissário Christopher Gioia numa entrevista. "Três mil pessoas foram assassinadas a sangue frio". Gioia, que escreveu e apresentou a resolução, diz que o número de mortos no seu departamento devido aos eventos daquele dia foi devastador. Os membros Thomas J. Hetzel e Robert Evans morreram no Piso Zero no 11/Set. Outros, incluindo os comissários Philip Malloy e Joseph Torregrossa, ficaram doentes devido à exposição ao ar tóxico durante operações de resgate e recuperação.

"Nós não deixamos nossos irmãos para trás", disse Gioia. "Não vamos esquecê-los. Eles merecem justiça e vamos fazer com que a justiça seja feita".

Angola | ONDE ANDAVA V. EXA. SENHOR PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO?


No dia 25 de Novembro de 2016, o governador provincial de Luanda, general Higino Carneiro, alegou questões de segurança para proibir a realização de uma manifestação cívica contra a nomeação de Isabel dos Santos, para a direcção da petrolífera estatal Sonangol, marcada para o dia seguinte. Onde andava nessa altura V. Exa. Sr. Presidente?

Orlando Castro | Folha 8

Embora a manifestação já estivesse tacitamente aprovada (se Angola fosse um Estado de Direito que respeitasse as suas próprias leis), o governador achou por bem mostrar, mais uma vez, que o no reino vigora a “lei” do “quero, posso e mando”.

Era, é, aliás, uma prática recorrente. O mesmo se passara um ano antes quando se preparava uma manifestação que os promotores, o Conselho Nacional de Activistas, auto-intitulados “defensores dos direitos humanos” em Angola, pretendiam realizar e que coincidia com as comemorações oficiais dos 40 anos da independência, em frente ao Palácio Real e ao Tribunal Constitucional.

Na decisão de proibir a manifestação – intenção comunicada pelos organizadores ao governo provincial -, o então governador (Graciano Domingos) invocou a lei sobre o direito de reuniões e manifestações, recordando que em termos legais, por “razões de segurança”, estas não podem ocorrer “a menos de 100 metros das sedes dos órgãos de soberania”.

“Pelo que foi aduzido, o governador provincial de Luanda decide proibir a realização da manifestação”, lia-se no documento, assinado por Graciano Domingos, com data de 14 de Outubro de 2015. Onde andava nessa altura V. Exa. Sr. Presidente?

Angola | Polícia angolana deteve manifestantes e jornalistas da Lusa


A polícia angolana deteve hoje jovens manifestantes que nas imediações do parlamento angolano, no centro de Luanda, tencionavam protestar em favor das autarquias nos 164 municípios angolanos, levando igualmente dois jornalistas da agência Lusa.

Pelas 08:30 da manhã já um forte cordão policial preenchia as principais vias de acesso à Assembleia Nacional e zonas adjacentes, sendo efetuadas revistas às pessoas que ali circulavam.

Os denominados "Jovens Pelas Autarquias", devidamente identificados pelas camisolas pretas que trajavam também foram detidos pela polícia angolana, impossibilitados de se concentrarem e caminharem até ao portão sul do parlamento angolano.

Mais de dez jovens foram empurrados para dentro de uma viatura policial e transportados até à segunda esquadra, no Bairro Operário, para onde igualmente foram encaminhados posteriormente dois jornalistas da Lusa sob pretexto de que "não poderiam reportar o ato".

A patrulha da polícia inicialmente levou os repórteres da Lusa para a quarta esquadra, a 600 metros do parlamento angolano, sendo depois levados para a segunda esquadra onde ali permaneceu mais de meia hora, até ser posta em liberdade sem quaisquer explicações.

Quem são os ex-governantes portugueses nos negócios angolanos?


Além de mobilizar redes de influência, a contratação de ex-governantes portugueses permitiu ao regime de Luanda exibir as credenciais de responsáveis democráticos de Portugal. Não foram só advogados e consultores a apoiar e beneficiar do roubo sistemático do povo de Angola.

António Monteiro

- Ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros PSD 
- Ex-administrador da petrolífera Soco e ex-chairman do BCP indicado pela Sonangol

Depois de ter dirigido o processo diplomático dos acordos de Bicesse entre o MPLA e a UNITA, Monteiro esteve no MNE por duas vezes, primeiro como secretário de Estado do ministro Durão Barroso e depois como ministro de Santana Lopes. Em 2009, quando Cavaco anunciou uma “parceria estratégica” com o regime de Angola, Monteiro chamou-lhe “O novo eldorado para Portugal. Tem de ser agora, chegou o momento!" (Lusa, 11.3.2009). 

Martins da Cruz

- Ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros PSD 
- Ex-administrador do Millennium Angola

Martins da Cruz foi assessor diplomático do primeiro-ministro Cavaco Silva e, depois, MNE do governo Durão Barroso. Nessa altura, no casamento de uma das filhas do presidente de Angola, Barroso dizia necessária a “intimidade” entre as elites de Angola e Portugal. Em 2009, o embaixador Martins da Cruz explicava assim a parceria estratégica Angola-Portugal anunciada por Cavaco: “Trata-se de criar cumplicidades ao nível dos decisores políticos dos dois países” (Lusa, 11.3.2009). 

Tavares Moreira 

- Ex-secretário de Estado do Tesouro e ex-governador do Banco de Portugal
- Ex-administrador do BAI - Banco Angolano de Investimentos

O Banco Angolano de Investimentos arranca em 1996 com um terço de capital português (Crédito Agrícola e várias construtoras). Tavares Moreira é uma figura de primeiro plano das finanças portuguesas, secretário de Estado do Tesouro de Cavaco (80-81) e de Cadilhe (85-86), depois governador do Banco de Portugal entre 1986 e 1992. Mais tarde, leva à falência o Central - Banco de Investimento (grupo Crédito Agrícola) e é banido da atividade bancária por sete anos pelo Banco de Portugal. No processo, é acusado de falsificar as contas de 2001 e recorrer a um offshore para ocultar prejuízos de 25 milhões de euros. Moreira deixou o Crédito Agrícola, mas ficou sempre como administrador executivo do BAI/Europa. A reputação do BAI foi muito afetada por um relatório do Senado norte-americano publicado em 2010. No documento(link is external), a Subcomissão de Investigações considera que “o BAI é exatamente do tipo de instituições financeiras estrangeiras que o Patriotic Act pretendeu submeter a uma monitorização reforçada, para evitar o abuso do sistema financeiro dos EUA não só por criminosos e terroristas, mas também por autoridades corrompidas de países estrangeiros”.

Fernando Nogueira

- Ex-ministro Adjunto de Cavaco Silva e ex-presidente do PSD 
- Ex-presidente do Millennium Angola

Nogueira é um dos obreiros da aliança entre a Sonangol e o grupo vencedor da guerra interna no BCP (Teixeira Duarte, Joe Berardo, EDP, Stanley Ho). Em maio de 2008, esse grupo formalizou um acordo, assinado em Luanda pelos então presidentes da Sonangol e do BCP, Manuel Vicente e Carlos Santos Ferreira. Surge assim a rede de participações cruzadas da Sonangol com o BCP, a Mota Engil, a Geocapital (Stanley Ho) e o angolano Banco Privado do Atlântico. É nessa altura que ex-ministros do PSD - Leonor Beleza e Álvaro Barreto - e também Daniel Bessa, ministro da Economia de Guterres, entram no BCP como membros do Conselho Geral e de Supervisão presidido por António Monteiro.

Armando Vara

- Ex-ministro Adjunto PS
- Ex-administrador do BCP e ex-Presidente da Camargo Correa em Angola

Em 2011, Angola era o maior beneficiário dos fundos estatais brasileiros de garantia às exportações, com três mil milhões de dólares. Só em Angola, a construtora Odebrecht tinha então cerca de 40 mil trabalhadores, assumindo-se como o maior empregador privado do país. Tem investimentos conjuntos com a Sonangol no etanol, bem como interesses na hidroeléctricos e petrolíferos. Pelo seu lado, sob a presidência de Vara, a Camargo Correa estava associada à Escom, do grupo Espírito Santo.

FALSA INDIGNAÇÃO

A Pricewaterhouse (PwC) é uma das maiores empresas de auditoria do mundo. Agora, o seu presidente, Bob Moritz, afirmou em Davos estar "chocado e desapontado" pelo facto de a PwC ter aconselhado companhias possuídas pela mulher mais rica da África, Isabel dos Santos.  

Por sua vez, o banco BIC Portugal anunciou suspensão de relações com Isabel dos Santos e a empresa NOS reuniu o seu "comité de ética" para analisar o caso do LuandaLeaks.

Toda esta gente que agora se mostra muito indignada com o escândalo do LuandaLeaks pelo visto andou distraída durante anos enquanto fazia negócios e negociatas com aquela empresária angolana.   Só agora descobriram, oh surpresa!, a pouco idónea origem da sua fortuna.   Ao fingirem-se inocentes, justificam o ditado de que a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude.  

Como se fosse possível montar um império de 400 empresas com lisura e correcção.   O capitalismo honesto é uma ficção que eles cultivam cuidadosamente.

Cerco aos vírus e liberdade às mentiras da “democracia plena”


Um Curto que fala de cercos e de vírus só pode resultar numa abordagem a temas quentes e de desgraça. Um dos vírus cerca a China e já fez quase duas dezenas de vítimas mortais, além dos gravemente doentes e que só com sorte é que não vão engrossar a estatística da mortalidade. Outro dos vírus abordado aqui no Curto veio de Angola, que fez por lá mortandade e miséria ao longo de décadas, chama-se Isabel dos Santos e o cerco está a ser montado pela justiça angolana.

O antídoto é recuperar os imensos milhões que a dita senhora virose Isabel “abafou” em seu benefício e de mais uns quantos da pandilha de ladrões (entre os quais também portugueses). Além disso convinha pespegar com a vírus Dos Santos a ver o sol aos quadradinhos numa prisão muito rasca em memória aos angolanos que ela engendrou roubar. Ela e todos os apaniguados que contribuíram para o esbulho a Angola. Isso porque só cadáveres, vegetais ou cegos, surdos e mudos não perceberam ao longo de décadas de onde era proveniente a fortuna de Isabel dos Santos… Esperemos sentados para ver  como a Justiça angolana vai desenlear a trama de uma máfia angolana e internacional – onde uns quantos portugueses também ali cabem.

Pronto. Os vírus e os cercos já estão tratados, por aqui. Saiba que no Curto a lavra com que vai deparar tem origem no teclado e massa cinzenta de Raquel Moleiro, jornalista do Expresso, obviamente. Aquele jornal umas vezes conceituado e/ou escorraçado pelos portugueses, dependendo da cor que têm nos convencimentos e esquecendo-se que nada é melhor que aceitarmos ler sem sofismas tudo que apanharmos à mão e olhos porque só assim melhor podemos conhecer alfa e ómega. De salientar, como quase sempre, que o Expresso pertence à Impresa do bem conservado Pinto Balsemão de Bilderberg – aquele grupo semi-secreto que secretamente trama a população mundial em prol de os tais 1% que detêm a riqueza global – é o que dizem os plebeus mais letrados e informados. Pois.

Extra Curto queremos salientar o que nos proporcionou ontem a informação nos vários órgãos, não só no Expresso ou SIC. Título no Jornal de Notícias, que arrastámos para o PG: Portugal tornou-se democracia plena, mas o mundo é menos democrático. Sorte a nossa, em Portugal, azar dos países que no mundo estão a regredir nos direitos que autênticos dirigentes criminosos lhes negam. Porém, convém reconhecer que a considerada e declarada “democracia plena” pelos que elaboraram o ranking e debitaram as considerações relativas a Portugal estão longe da verdade em imensos itens, o débito de democracia é evidente e por vezes até parece que vivemos numa democracia lusitana com cores salazaristas. Principalmente no que toca a oportunidades igualitárias na educação, na saúde, na habitação, no exercício da cidadania correspondente à tal democracia plena referida e por que classificam o regime em Portugal. As desigualdades são dantescas em vários aspetos. Além disso, em qualquer país onde não existe Justiça plena é impossível vigorar a democracia plena. Portugal é aí que se enquadra. “Democracia Plena” como? Os tipos que elaboram e estudam estas coisas, das estatísticas e etc devem chegar a conclusões depois de noites mal dormidas por andarem na borga e a beberricar aqui e ali até se inspirarem e decidirem divulgar classificações erróneas que servem para iludir os papalvos…

Ooh, mas isto tinha pano para mangas. Por isso terminemos aqui e deixemos ao critério dos que assim desejarem classificar a democracia vigente em Portugal, onde a corrupção é mantida como tabu, onde andam ladrões e vigaristas da alta a beneficiar de impunidades e em liberdade plena no lugar de serem recolhidos em celas de prisões – como acontece aos portugueses plebeus e paupérrimos por roubarem umas quantas dezenas de euros ou objetos de valor semelhante. Para não referir em pormenor aquela velhota pobríssima que roubou uma barra de chocolate num  supermercado e que foi condenada a prisão. Ou outros com duas latas de conservas de atum, ou pão…

Democracia plena? Andam a cercar-nos com mentiras, é o que é.

Democracia plena… A sério?

Afinal acima trata de cerco aos vírus e liberdade às mentiras ou avaliações erradas ou incompletas. É a vida… dita democrática.

Bom dia. Até quando regressarmos com mais um Expresso Curto. Pois.

MM | PG

Luanda Leaks | Isabel dos Santos e vários portugueses constituídos arguidos em Angola


Em causa está a alegada má gestão e desvio de fundos durante o tempo em que liderou a petrolífera estatal Sonangol

A empresária angolana Isabel dos Santos foi constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol, anunciou esta quarta-feira a Procuradoria-Geral da República de Angola.

O anúncio foi feito pelo procurador-geral, Heldér Pitta Grós, em declarações à imprensa angolana em Luanda.

Helder Pitta Grós afirmou que o processo de inquérito aberto na sequência de uma denúncia do presidente do conselho de administração da petrolífera, Carlos Saturnino, já foi transformado em processo-crime e algumas pessoas foram constituídas arguidas: a empresária e filha do ex-Presidente angolano Isabel dos Santos; Sarju Raikundalia, ex-administrador financeiro da Sonangol: Mário Leite da Silva, gestor de Isabel dos Santos e presidente do Conselho de Administração do BFA; Paula Oliveira, amiga de Isabel dos Santos e administradora da NOS e Nuno Ribeiro da Cunha.

Segundo o PGR, todos se encontram fora de Angola e, numa primeira fase, serão notificados sobre a sua condição de arguido.

"Neste momento, a preocupação é notificar e fazer com que venham voluntariamente à justiça", disse o procurador-geral, adiantando que se não conseguir este objetivo a PGR irá recorrer aos instrumentos legais ao seu dispor, entre os quais a emissão de mandados de captura internacionais.

Portugal tornou-se democracia plena, mas o mundo é menos democrático


Portugal foi um dos três países que passou a viver em "democracia plena", num cenário global de queda nos índices de desempenho democrático para o nível mais baixo desde 2006, segundo um relatório da revista The Economist.

Em 2019, um em cada dois países vivia em democracia (48,4%), mas apenas 5,7% estão numa "democracia plena", um valor que caiu de 8,9% em 2015, em grande parte por os Estados Unidos terem deixado de pertencer a essa categoria, desde 2016, ano em que chegou ao poder o Presidente Donald Trump, de acordo com o Índex de Democracia em 2019, do departamento de Inteligência da revista britânica The Economist.

Segundo este relatório anual, no ano passado, Portugal foi um dos três países (juntamente com o Chile e a França) que entrou para o 'ranking' de 22 países (em 22.º lugar) que atingiram os valores necessários para serem considerados "democracias plenas", enquanto Malta foi o único país a abandonar esta tipologia, sendo relegada para o patamar das "democracias com falhas", a par de outros 53 países, incluindo os Estados Unidos.

O estudo revela ainda que mais de um terço da população mundial (35,6%) vive sob regimes políticos autoritários, grande parte dela na China, que está nessa categoria composta por 54 países, logo abaixo do patamar dos "regimes híbridos", que albergam 37 países e 16% da população.

Corrupção: Mais de dois terços dos países retrocederam no combate


Mais de dois terços dos países, juntamente com muitas das economias mais avançadas do mundo, estão estagnados ou mostram sinais de retrocesso nos seus esforços de combate à corrupção, revela um relatório hoje divulgado em Berlim, Alemanha.

Segundo o Índice de Perceção de Corrupção (CPI na sigla em inglês) de 2019 da organização não-governamental Transparency International (TI), um "número impressionante de países está a mostrar pouca ou nenhuma melhoria no combate à corrupção".

A análise do CPI constata que os "países em que as eleições e o financiamento de partidos políticos estão abertos a influência indevida de interesses pessoais são menos capazes de combater a corrupção".

"A frustração com a corrupção do Governo e a falta de confiança nas instituições indicam a necessidade de maior integridade política", salientou Delia Ferreira Rubio, presidente da organização não-governamental Transparency International.

"Os Governos devem abordar com urgência o papel corrupto do dinheiro no financiamento de partidos políticos e a influência indevida que ele exerce nos nossos sistemas políticos", acrescentou Ferreira Rubio.

Impeachment de Trump não é perda de tempo


Embora haja quem diga que o processo contra o presidente não dará em nada, não julgá-lo seria uma traição à democracia. Trump e outros governantes precisam entender que eles não estão acima da lei, opina Carla Bleiker.

O primeiro dia do processo de impeachment do presidente Donald Trump no Senado se arrastou até tarde da noite, o que já era previsível após as primeiras horas de debates. Nada foi discutido ainda em termos de conteúdo. Em vez disso, falou-se do rito processual que Mitch McConnell, líder da maioria republicana no Senado, havia apresentado.

Segundo tais regras, ambos os lados devem apresentar seus pontos de vista após fazerem seus breves discursos de abertura. Primeiramente os representantes da acusação, que são sete deputados democratas da Câmara dos Representantes, e depois a defesa, uma equipe de advogados de Donald Trump.

Somente após a apresentação dos argumentos de ambos os lados será votado se testemunhas deverão ser ouvidas ou se os democratas receberão documentos da Casa Branca e do Departamento de Estado. 

Trump ameaça UE com novas tarifas de importação


Após trégua na guerra comercial com a China, presidente dos EUA ameaça taxar em 25% os automóveis europeus. Comissão Europeia se diz otimista quanto a um acordo com Washington.

Pouco depois de seu governo negociar uma trégua na guerra tarifária com a China, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, volta agora seus canhões para a Europa.

Nesta quarta-feira, o líder da Casa Branca ameaçou impor tarifas devastadoras sobre os automóveis europeus para forçar a União Europeia (UE) a ceder nas negociações sobre um acordo comercial transatlântico. Anteriormente, o americano já havia prometido aumentar as tarifas sobre as importações dos veículos fabricados na UE, mas acabou adiando a decisão.  

Trump se reuniu com a nova chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante o Fórum Económico Mundial em Davos, na Suíça, onde teria reforçado a posição americana de diminuir as desvantagens comerciais de seu país em relação ao bloco europeu.

"Encontrei a nova chefe da Comissão Europeia que, por sinal, é fantástica. Tive uma ótima conversa. Mas, eu disse, 'veja bem, se nós não obtivermos algo, vou ter que tomar uma atitude' e essa atitude será através de tarifas muito altas sobre os carros deles e outras coisas que entram em nosso país", disse Trump em entrevista à emissora americana CNBC, em Davos.

"É mais difícil negociar com a União Europeia que com qualquer outro. Há muitos anos eles vêm obtendo vantagens sobre o nosso país", afirmou à Fox Business Network. "No final, vai acabar sendo fácil, porque se não conseguirmos um acordo, teremos que colocar 25% nas tarifas sobre os automóveis deles", acrescentou.

"Para ser honesto, eu queria esperar até encerrar [as negociações] com a China", disse Trump. "Não queria ir contra a China e a Europa ao mesmo tempo."

Davos: meio século de fracassos


Começa mais uma edição do encontro dos donos do mundo. O crescimento dramático da desigualdade, destacado pela Oxfam, demonstra como o projeto que defendem já não serve a ninguém — exceto a si próprios

Paulo Kliass | Outras Palavras

Tem início nessa semana a mais recente reunião das elites empresariais globais. Trata-se da 50ª edição anual do Fórum Económico Mundial (FEM), que se reúne na simbólica cidade de Davos, nos Alpes suíços. Nenhum ambiente poderia ser mais elegante e preservado para os mandatários do financismo internacional e de seus representantes nos governos, nas instituições multilaterais, na imprensa e nas universidades. Um lugar de difícil acesso, incrustrado naquele país que já foi considerado o “paraíso” das instituições bancárias no mundo.

Na verdade, o FEM sempre esteve na vanguarda da crítica a propostas heterodoxas e alternativas para as soluções dos mais graves problemas que afetam o mundo e a maioria de sua população. Basta uma olhada nos principais patrocinadores do evento para termos uma ideia do que se trata. Ali estão representadas as principais corporações gigantes do mundo globalizado. Por exemplo, dentre outras, encontramos na lista: Allianz, IBM, Hitachi, Mitsubishi, Bank of America, Google, Nestle, Barclays, Novartis, Facebook, JP Morgan, Coca Cola, Volkswagen, Tata, Credit Suisse, Unilever, Huawei, HSBC, UBS, Deloitte, VISA, etc, etc, etc. Os dois maiores bancos privados brasileiros são os únicos espécimes do empresariado tupiniquim por ali: Bradesco e Itaú.

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