sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Conquista Mundial: A Cruzada Militar Global dos EUA desde 1945

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Eric Waddel * | Global Research

Os Estados Unidos atacaram, direta ou indiretamente, cerca de 44 países em todo o mundo desde agosto de 1945, muitos deles muitas vezes. O objetivo declarado dessas intervenções militares tem sido efetuar "mudanças de regime". As capas dos "direitos humanos" e da "democracia" eram invariavelmente evocadas para justificar o que eram atos ilegais e unilaterais.

O objetivo dos Estados Unidos é proteger e reforçar os interesses nacionais, em vez de criar um mundo melhor para toda a humanidade. É uma “grande estratégia imperial” de dimensões globais projetada para garantir acesso ilimitado e desinibido, principalmente a recursos estratégicos, principalmente energia e mercados. Em vez de estabelecer uma presença colonial direta, a estratégia preferida é criar estados satélites, e isso exige intervenções militares constantes e frequentemente repetidas em países ao redor do mundo, independentemente de seu regime político.

Os governos eleitos democraticamente correm tanto risco quanto as ditaduras. Nos últimos anos, a tendência tem sido a de aumentar a interferência direta, pois menos desses países estão preparados para agir como aliados dispostos. De fato, os eventos de 2003 sugerem que o número de aliados americanos incondicionais e poderosos agora é reduzido para três: Grã-Bretanha, Austrália e Israel. A estratégia dos EUA é caracterizada, sempre que possível, pela invasão e pela criação de governos amigáveis ​​(fantoches). A atenção está concentrada, de preferência, em países relativamente pequenos e fracos, com o objetivo de alcançar uma vitória rápida.

A Turquia manda abater 4 oficiais do FSB russo


As relações entre a Turquia e a Rússia atravessam uma crise muito mais grave do que quando milicianos turcomanos abateram um piloto russo na Síria, em Novembro de 2015.

Desta vez, foram quatro oficiais do FSB que foram eliminados pelas milícias turcomanas, a 1 de Fevereiro de 2020, em Alepo : o Tenente Vsevolod Vyacheslavovich Trofimov, o Comandante Bulat Rinatovich Akhmatyanov (quinto grupo do primeiro Departamento da Divisão «C»), bem como o Comandante Ruslan Gimadiev e o Capitão Dmitriy Minov (divisão «K»).

Eles caíram numa emboscada. O seu carro blindado pisou uma mina terrestre, depois foram capturados por milicianos que os abateram.

Ao mesmo tempo, outros milicianos atacaram jornalistas de dois canais de Televisão iraniana, ainda em Alepo.

No dia seguinte, desta vez em Idleb, um combate opôs os exércitos sírio e turco, fazendo 4 mortos e 9 feridos do lado turco, seguido por uma resposta que, segundo a Turquia,causou 30 a 35 mortos do lado sírio, o que Damasco desmente.

As forças turcas movimentaram-se na província de Idleb sem disso informar o Estado-Maior russo, contrariamente ao acordo entre as duas partes. Além de que as forças Sírias estão no seu país e a Turquia ocupa o seu território, Ancara violou os Acordos de Sochi e não pode, portanto, esperar ajuda da Rússia.

A situação em Idleb evolui em favor da Síria, que conseguiu nos últimos retomar a rodovia M4 ligando Alepo a Latáquia, libertando Maarat al-Nouman e Nayrab.

Postos de observação do Exército turco estão actualmente cercados pelo Exército sírio: Morek (desde Agosto de 2019), Surman (desde 23 de Dezembro) e agora Hich/Maar Heitat.

Estes acontecimentos ocorrem quando os Serviços Secretos turcos tinham começado a transferir 2.500 jiadistas de Idleb (Síria) para Trípoli (Líbia), via Djerba (Tunísia). Outros 30.000 jiadistas estão de partida, mas essa migração foi interrompida a seguir à Conferência de Berlim sobre a Líbia.

Voltaire.net.org | Tradução Alva

A Turquia prepara-se para a guerra contra a Síria e contra a Rússia


Durante o seu discurso aos parlamentares do seu partido, em 5 de Fevereiro de 2020, o Presidente Recep Tayyip Erdoğan designou sob a expressão “elementos amigos”, os membros das milícias turquemenas que formam o “Exército Nacional da Síria” (Jaych al-Watani as-Suri) e os da Al-Qaeda que se aliaram a grupos locais para formar a Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Cham).

Em princípio, nunca se reivindica um vínculo de autoridade sobre os seus representantes de maneira a não ter de assumir a responsabilidade dos seus actos. Ora o Hayat Tahrir al-Cham assassinou 4 oficiais do FSB russo em Aleppo, em 1 de Fevereiro.

Em seguida, ele reivindicou a legitimidade do destacamento militar turco na Síria em nome dos acordos de Adana. Este documento, datado de 20 de Outubro de 1998, termina a guerra turco-síria anterior. Nunca foi publicado. Nós publicamos uma versão não confirmada [1]. A Síria renuncia a ajudar o PKK de Abdullah Öcalan (que era uma organização pró-soviética) e autoriza o exército turco a atacar a artilharia curda que bombardearia o seu território, penetrando 5 km no interior da Síria. Considerando que o actual PKK/YPG (que se tornou uma organização pró-NATO) dispõe do material mais moderno, a Turquia estendeu, unilateralmente, o seu direito de perseguição a 30 km, durante a operação “Fonte de paz” (9 a 22 de Outubro de 2019).

Os acordos da Adana nunca autorizaram a instalação turca em toda a província de Idleb. No entanto, isso foi feito pelos acordos russo-turco de Sochi, de 17 de Outubro de 2018, que foram validados pela Síria [2]. No entanto, esses acordos previam a retirada de todos os “grupos terroristas radicais” (incluindo Hayat Tahrir al-Cham da zona desmilitarizada, antes de 15 de Outubro de 2018. Mas a Turquia não conseguiu – tal como os Estados Unidos antes dela - distinguir e separar os “radicais” (jihadistas) dos “moderados” (adversários democrátas). Consequentemente, o exército árabe sírio tenta, desde então, libertar a província de Idleb da ocupação jihadista.

Ao citar os acordos de Adana em vez dos acordos de Sochi, a Turquia reconhece ter falhado cumprir as suas obrigações perante a Rússia. Sobretudo, ela desperta o período em que as duas potências estavam a travar uma guerra secreta no contexto da Guerra Fria.

Um dia de vergonha para a Alemanha


Pela primeira vez os votos da populista de direita AfD decidem a eleição de um governador alemão. Quebra de tabu mostra como fraqueja a resistência contra o avanço da ultradireita, opina a editora-chefe da DW, Ines Pohl*.

Exatamente uma semana atrás, em 29 de janeiro de 2020, o Parlamento da Alemanha recordou as vítimas do Holocausto numa cerimónia solene. A ocasião eram os 75 anos desde a libertação do campo de extermínio de Auschwitz.

Num discurso pungente em Berlim, o presidente de Israel, Reuven Rivlin, exortou os alemães a jamais esquecerem e a lutarem obstinadamente contra o antissemitismo, racismo e xenofobia. Os alemães e seus partidos, frisou, teriam um dever especial de agir com consciência histórica em relação aos valores libertários e democráticos.

"A Alemanha não pode fracassar", foram suas palavras.

E exatamente uma semana mais tarde, nesta quarta-feira (05/02), ocorre isto: com a ajuda dos votos da populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), o liberal-democrático Thomas Kemmerich é eleito governador do estado da Turíngia.

O populismo de direita e a quebra de um tabu na Alemanha


Na Turíngia, eleição de governador com apoio da AfD gerou polêmica e acabou em renúncia. Enquanto a extrema direita chega ao poder em outros países, história explica por que alemães veem aliança com populistas como tabu.

Apenas um dia depois de ter sido eleito governador da Turíngia, Thomas Kemmerich, do Partido Liberal Democrático (FDP), anunciou nesta quinta-feira (06/02) sua renúncia. Ele fora escolhido para o cargo com apoio de legisladores estaduais do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), o que gerou polêmica e levou a manifestações em diversas cidades do país.

Olhar para o passado pode ajudar a entender por que a eleição de um governador com apoio de populistas de direita causou tanta revolta na Alemanha – inclusive por parte da chanceler federal Angela Merkel, que qualificou de imperdoável a aliança informal de seu partido, a União Democrata Cristã (CDU), que também votou a favor de Kemmerich no pleito estadual, com a AfD.

A ascensão dos nazistas na década de 1930 levou à Segunda Guerra Mundial e ao Holocausto, a pior ruptura da civilização na história da humanidade. Esse terrível legado pesa sobre os alemães. O medo de uma recaída nunca desapareceu completamente – também porque alguns que se aproveitaram da era nazista conseguiram fazer carreira novamente, na Alemanha do pós-guerra.

Mais tarde, isso foi alvo de denúncia do movimento de 68, que protestou, entre outros fatores, contra acobertamentos e o silêncio em relação a ex-nazistas na Alemanha. Desde então, uma cultura ativa de recordação faz parte do interesse do Estado.

Os conservadores da CDU, um dos dois principais partidos alemães, se comprometeram a nunca permitir que um partido emergisse politicamente à sua direita. Isso funcionou por anos, até a AfD entrar no cenário político.

A partir de 2015, os populistas de direita conseguiram, pouco a pouco, se estabelecer politicamente. Sobretudo no Leste da Alemanha, seus sucessos eleitorais se tornaram tão grandes que só era possível chegar a uma maioria contra eles através de alianças incomuns e amplas, incluindo mesmo partidos de esquerda. Enquanto isso, dois grandes partidos, a CDU e o Partido Social-Democrata (SPD), vêm perdendo popularidade, às vezes de forma dramática.

COM QUE EUROPA?


Francisco Seixas da Costa* | opinião

Todos nos lembramos daquele período, após o colapso da União Soviética, durante o qual se criou, no mundo ocidental, a ilusão de que uma espécie de onda democrática se iria abater inevitavelmente sobre o planeta, num “template” de bem-estar, cooperação e respeito coletivo por uma ordem pactuada e dialogada. Era o “fim da História”, uma espécie de “amanhãs que cantam” liberais.

A ilusão foi breve, como são sempre todas as ilusões. A desaparição de alguns fatores constrangentes que a Guerra Fria tinha imposto ao mundo viria, afinal, a trazer ao de cima certas tensões abafadas, revelando feridas que não estavam fechadas, potenciando mesmo novos conflitos. Desde logo, no próprio continente europeu, como foi o caso da antiga Jugoslávia.

Por algum tempo, a Europa – ou quem falava em nome dela – achou que o seu projeto económico integrador, de inegável sucesso nos seus “trinta anos gloriosos”, estava à altura de todos esses desafios e podia finalmente transmutá-la, no novo circunstancialismo, numa potência política, não poupemos nas palavras, num grande poder mundial.

Acrescia que, do lado de lá do Atlântico estava um parceiro que, com ela, partilhava os mesmos valores civilizacionais, embora não deixasse de ser um forte concorrente económico. Mas a globalização, isto é, o capitalismo feito projeto mundial, aí estava para potenciar, quase sem limites de ambição, as vantagens da liberdade das trocas de tudo, numa fórmula em que “todos ganhavam” - desde o mundo desenvolvido àquele que procurava desenvolver-se. Além disso, surgia uma interessante janela de oportunidade estratégica: a Rússia estava em óbvia fragilidade, podendo mesmo ser objeto de alguma “cooptação” pontual e, lá longe, a China aparecia como um formidável mercado, cheio de oportunidades, com o ligeiro “senão” do seu intratável regime. Mas a Europa, e muito mais os EUA, já tinham dado amplas mostras de que, por “realpolitik”, os princípios não lhe atrapalhavam os negócios – das ditaduras petrolíferas do Golfo à África, da América Latina a alguma Ásia.


A ambição da Europa era legítima: aproveitar o declínio de Moscovo para fazer coincidir, cada vez mais, o seu projeto integrador com a sua geografia. Isso levou aos alargamentos – que se pensava irem ser uma espécie de “colonização” política do centro e leste do continente, mas que acabariam por ser, como quase todos os anteriores alargamentos tinham afinal sido, a importação de diversidades idiossincráticas que iriam influir na unidade funcional do projeto. E essa ambição fez mesmo caminhar os mais ousados para um aprofundamento com uma moeda comum no seu centro. Tocava-se assim já o “core” das soberanias e isso, para alguns, foi “a bridge too far”.

O mundo, contudo, não teve a gentileza de parar para deixar maturar o projeto europeu. Uma crise financeira mostrou as suas insuficiências estruturais, as vantagens distribuíam-se de forma não equilibrada, o gigantismo conduziu à emergência de crescentes clivagens internas. Medos vários, perceções diferentes sobre regras, vizinhanças próximas vistas de forma diversa, lutas pelo poder decisório, tudo isso abalou o projeto – o qual, repita-se, era magnífico. Enfim, nada de novo face a um passado, feito da prevalência de poderes nacionais, que alguns ingenuamente pensavam remetidos para o caixote do lixo da História, para usar a fórmula de Marx.

Com outros cenários a entrarem em convulsão, do Magreb ao Machrek, neste caso por evidente irresponsabilidade americana, com ondas terroristas, tensões migratórias, crises de refugiados e pulsões identitárias, a Europa acabou por ser fortemente sacudida. Um dia, Londres decidiu fazer o último dos “opt-outs” que sempre tinham deliciado os britânicos. Os EUA elegeram um líder que favorecia abertamente a desunião europeia, desprezava a aliança transatlântica e punha em causa o sistema multilateral. A Rússia torna-se mais agressiva e ameaça ser mais intrusiva. E, cereja no bolo da crise, as lideranças da França e Alemanha fragilizam-se. Com que Europa pode a Europa vir a contar?

Francisco Seixas da Costa | Duas ou Três Coisas

*Francisco Seixas da Costa é um diplomata português aposentado. É hoje docente universitário, gestor de empresas e consultor. Na carreira diplomática entre 1975 e 2013, foi embaixador nas Nações Unidas, na OSCE, no Brasil, em França e na UNESCO. Wikipédia

Portugal | É uma "injustiça" IVA da eletricidade continuar nos 23%


A Deco Proteste disse, esta quinta-feira, ter assistido com "desalento" ao chumbo da redução do IVA da eletricidade, considerando que é uma injustiça ser cobrado um IVA de 23% num serviço público essencial.

"Nós trouxemos para a praça pública a discussão deste tema em 2018 e é com desalento que percebemos que a maioria dos deputados na Assembleia da República não aprovou a redução do IVA para 6%", afirmou à Lusa a responsável das relações instituições da Deco Proteste, Rita Rodrigues.

Para a responsável da Deco, a defesa do consumidor sai hoje prejudicada com a votação do parlamento, recordando que a campanha lançada em 2018 pela associação para a redução do IVA da energia foi assinada por 80 mil cidadãos que pediam a redução do IVA na eletricidade, no gás natural e no gás engarrafado.

O IVA da eletricidade e do gás subiu de 6% para 23% em 2011, aquando da intervenção da 'troika' em Portugal, justificado por uma questão de necessidade orçamental, considerando Rita Rodrigues que anos depois, já com o país sem o resgate, "esta injustiça continua a verificar-se".

Portugal | Discurso de Rui Rio abre hoje primeiro dia da reunião magna de Viana


O 38.º Congresso do PSD arranca hoje à noite com o discurso do presidente reeleito Rui Rio, depois de uma semana em que protagonizou um intenso debate orçamental com a proposta de redução do IVA da luz.

A proposta do PSD de reduzir o IVA da eletricidade para as famílias de 23 para 6% acabou retirada e as do PCP e BE 'chumbadas', num processo que terminou com fortes críticas do Governo e do PS a Rui Rio e do presidente do PSD aos comunistas, mas também ao antigo parceiro de coligação CDS-PP, responsabilizando estas duas bancadas pelo resultado das votações.

Se o tema do Orçamento do Estado passará pelo Congresso de Viana do Castelo é uma incógnita, numa reunião magna que acontece três semanas depois de eleições diretas muito disputadas e que levaram o PSD a uma inédita segunda volta.

Rui Rio foi reeleito para um segundo mandato à frente do PSD em 18 de janeiro com 53,2% dos votos, contra 46,8% de Luís Montenegro, depois de, na primeira volta, ter falhado por pouco a necessária maioria absoluta dos votos expressos, com 49%. Pelo caminho, ficou o terceiro candidato, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz, que conseguiu 9,5% dos votos.

Rio já disse esperar "um congresso tranquilo", mas frisando que tal não significa ausência de críticas, até para "dar vivacidade" à reunião.

Guiné-Bissau e Cabo Verde trabalham na prevenção ao coronavírus


(Notícia publicada em DW a 01.02.20)

Em Bissau, 15 agentes de saúde monitoram passageiros que desembarcam no Aeroporto Osvaldo Vieira. Cabo Verde reforçou vigilância nos pontos de entrada e preparou espaço de isolamento nas unidades de saúde.

O diretor-geral de Epidemiologia e Segurança Sanitária da Guiné-Bissau, Salomão Crima, disse este sábado (01.02) à agência Lusa que, devido ao coronavírus, o país iniciou o serviço de vigilância e de controlo de passageiros que estejam a entrar nos postos fronteiriços.

Uma equipa composta por 15 agentes de saúde foi destacada, para, em turnos, monitorizar os passageiros que cheguem ao Aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, assinalou Salomão Crima.

Munidos de termómetros a laser, os técnicos tentam perceber se o passageiro está com temperatura corporal acima dos 37,7 graus, se tem tosse e ainda se apresenta dificuldades respiratórias. 

Guiné-Bissau | Sissoco diz que vai tomar posse como Presidente no dia 27


Umaro Sissoco Embaló, dado pela CNE como o vencedor das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, disse esta quinta-feira (06.02) que vai tomar posse no próximo dia 27, com ou sem o consentimento do Parlamento do país.

No aeroporto de Bissau, de regresso ao país, após vários dias de um périplo pelo estrangeiro, Umaro Sissoco Embaló avisou o líder do parlamento, Cipriano Cassamá, que se não quiser presidir à cerimonia da sua posse, o ato será feito pelo vice-presidente do órgão, Nuno Nabian.

"Se o presidente da Assembleia Nacional Popular (Parlamento guineense), Cipriano Cassamá, com todo o respeito que me merece, não quiser presidir à minha posse, vou organizar Nuno Nabian, Satu Camará e deputados para me darem posse em qualquer parte da Guiné-Bissau", disse Sissoco Embaló.

Embaló garantiu que a cerimonia terá lugar em Bissau e deixou um recado aos juízes do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), onde decorre um contencioso eleitoral, devido ao recurso interposto por Domingos Simões Pereira, que alega fraude na segunda volta das eleições presidenciais de 29 de dezembro.

"Toda a gente sabe que Umaro Sissoco Embaló é o novo Presidente da Guiné-Bissau. O Supremo pode decidir o que quiser, mas penso que há uns quantos que não vão estar aqui na hora de dividir o dinheiro que receberam", afirmou Umaro Sissoco Embaló, referindo-se aos juízes daquela instância judicial.

Angola impõe quarentena e reforça prevenção do coronavírus


Quarentena foi decretada para passageiros e há 40 pessoas internadas em Luanda. OMS colocou Angola entre os 13 países africanos prioritários na preparação para o novo coronavírus, devido a fortes ligações com a China.

Angola impôs a obrigatoriedade de quarentena para todos os passageiros provenientes da China e tem atualmente sob observação 40 cidadãos que regressaram em voos nos últimos dias, anunciou o ministro das Relações Exteriores.

Segundo Manuel Augusto, a quarentena aplica-se a cidadãos angolanos, chineses ou de outras nacionalidades que cheguem a partir da China ou que tenham estado em contacto com pessoas afetadas, visando prevenir o contágio com o coronavírus que já provocou 563 mortos na China.

"Já temos um Hospital de Referência da Barra do Kwanza onde se encontram 40 cidadãos que chegaram nos voos há alguns dias", acrescentou o chefe da diplomacia angolana.

Manuel Augusto assegurou que o Governo "está a cumprir as normas internacionais" e a criar condições para preservar a saúde publica, admitindo que "as medidas não são simpáticas" e "podem perturbar a atividade económica" porque há "parceiros e trabalhadores que podem estar abrangidos por essa necessidade da quarentena". Mas, frisou, "não há dinheiro que pague a saúde pública e, por isso, o Governo vai ser firme na execução dessa medida".

Angola e Alemanha: "Ambiente positivo" para fechar negócio dos barcos-patrulha


Chanceler alemã vai visitar Angola e "está criado o ambiente" para a venda de embarcações a Luanda, diz politólogo Orlando Ferraz. Relações bilaterais foram "resgatadas" graças a sinais de João Lourenço, aponta.

A chanceler alemã, Angela Merkel, chega a Angola, esta sexta-feira (07.02), naquela que será a sua segunda visita oficial ao país. Angela Merkel terá um encontro com o Presidente da República, João Lourenço e na parte da tarde inaugurará, com o chefe de Estado angolano, o Fórum Económico Alemão-Angolano.

Em entrevista à DW África, Orlando Ferraz, consultor sénior de uma organização não-governamental suíça ligada à emigração, com escritórios na Alemanha, diz acreditar que "está criado o ambiente positivo para que, finalmente, se concretize o negócio dos barcos-patrulha", principalmente porque, afirma, Angola não tem meios para combater a violação de embarcações estrangeiras na sua costa. Para o também membro da Associação Alemã de Política Internacional, é nos setores das infra-estruturas, telecomunicações, banca e educação que a Alemanha pode ser uma grande ajuda para Angola.

"Corrupção deve ser tema central" de visita de Merkel a Angola


O deputado dos Verdes no parlamento alemão, Ottmar von Holtz, defende que a luta contra a corrupção seja o tema central da visita da chanceler Angela Merkel, esta sexta-feira, a Angola.

"Especialmente depois do recente escândalo do Luanda Leaks, mas também de uma forma geral, a corrupção é um dos maiores desafios e entraves a um desenvolvimento sustentável e justo. É por isso que Angela Merkel deve colocar a corrupção no centro das suas conversas com o Presidente João Lourenço", defendeu à agência Lusa Ottmar von Holtz.

Para o deputado dos Verdes e porta-voz da área de prevenção de conflitos civis do grupo parlamentar do partido, tudo o resto, seja cooperação económica ou de desenvolvimento, "depende de um ambiente livre de corrupção".

No âmbito do processo Luanda Leaks vários meios de comunicação alemães deram conta, em janeiro, que a principal envolvida, Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, recebeu apoio do exterior, incluindo um empréstimo de cerca de 50 milhões de euros de uma subsidiária do banco público alemão de desenvolvimento KfW.

"Penso que a visita colocará em evidência este envolvimento e, espero, conduzirá a uma investigação completa e rápida do assunto aqui na Alemanha", sublinhou.

Mais de 130 personalidades na Alemanha exigem a libertação de Assange


Mais de 130 políticos, artistas e jornalistas exigiram hoje na Alemanha a "libertação imediata" de Julian Assange "por razões humanitárias e em conformidade com os princípios do estado de direito", defendendo ainda a liberdade de imprensa.

Numa conferência de imprensa em Berlim, o promotor desta iniciativa, o jornalista de investigação Günter Walraff, disse que o fundador do WikiLeaks "não pode esperar por um julgamento nos Estados Unidos ou um processo de extradição no Reino Unido de acordo com o estado de direito".

Walraff acrescentou que Assange está a ser prejudicado nos seus preparativos de defesa e lembrou que o relator especial das Nações Unidas Nils Melzer confirmou que Assange mostrava sinais de ter sido submetido a tortura psicológica.

O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Sigmar Gabriel, declarou, por sua vez, que de acordo com os seus parâmetros, o Reino Unido e os Estados Unidos promovem o Estado de direito, mas que, "por razões políticas", neste caso "aparentemente não há garantia de um processo" que respeite os princípios elementares.

Gabriel acrescentou que não se trata de saber se Assange cometeu um crime, mas que "nas condições atuais, não pode fazer uso dos direitos elementares de qualquer acusado", isto é, "não consegue preparar-se física e mentalmente e nem com a ajuda dos seus advogados pode preparar uma defesa adequada".

Por isso, disse Gabriel, Assange "deve ser libertado".

Por outro lado, Walraff afirmou que o objetivo é fazer com que as pessoas entendam que não estão a falar apenas da defesa do próprio Assange, mas "também da defesa da liberdade de opinião e de imprensa e, consequentemente, também da própria democracia".

Walraff alertou que "se, ao descobrir crimes de Estado, jornalistas, denunciantes e a meios de comunicação precisarem temer a perseguição, a prisão ou até temer pelas suas vidas no futuro, o quarto poder está mais do que em perigo".

Entre os signatários do apelo à libertação de Assange estão dez ex-ministros, incluindo três da Justiça, disse Walraff, representantes de partidos políticos, escritores como Elfride Jelinek, Eva Menasse e Eugen Ruge e jornalistas, além de quatro organizações.

Assange aguarda o resultado do julgamento de extradição para os Estados Unidos num prisão de alta segurança de Londres, onde está preso desde abril do ano passado, depois de ser removido pela polícia britânica da embaixada do Equador, onde recebeu asilo por sete anos.

Notícias ao Minuto | Lusa

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Número de mortos do coronavírus sobe para, pelo menos, 632 na China


Número de mortes registadas nas últimas 24 horas, na província de Hubei, é de 69, elevando o balanço em território continental chinês para, pelo menos, 632. Estão ainda por contabilizar as mortes fora da província de Hubei, dados que serão revelados mais tarde.

As autoridades de Saúde regionais chinesas reportaram esta quarta-feira mais 69 mortes na província de Hubei, em resultado da infeção do novo coronavírus, elevando o número total de vítimas mortais na província para 618. Em todo o território continental chinês, o número situa-se, pelo menos, nas 632 vítimas mortais.

De acordo com o mais recente relatório da Comissão de Saúde de Hubei, desde as 00h00 da manhã até às 24h00 desta quinta-feira (horas locais), foram registados mais 2447 novos casos de infeção e mais 69 mortes na província de Hubei, cuja capital, Wuhan, é o epicentro deste surto viral.

Na mesma região, contam-se 15,804 hospitalizados, sendo que 3161 estão em estado grave.

Sublinhe-se que estes dados são das autoridades de Saúde regionais, a que se juntará mais tarde uma atualização da Comissão Nacional de Saúde da China. A província de Hubei é, porém, a mais afetada pelo surto de pneumonia provocado pelo coronavírus 2019-nCoV, detetado em dezembro passado.

Sublinhe-se que a primeira pessoa a morrer por causa do novo coronavírus fora da China foi um cidadão chinês nas Filipinas. Foi registada também uma vítima mortal na região administrativa chinesa de Hong Kong.

A Organização Mundial de Saúde declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

Anabela Sousa Dantas | Notícias ao Minuto | Imagem: © Reuters

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Quando o Fórum de Davos se preparava para uma pandemia de coronavírus


A epidemia de coronavírus que começou no início de Dezembro de 2019, em Wuhan (China), foi precedida dois meses antes por um exercício do Fórum de Davos com a ajuda do Johns Hopkins Center for Health Security e da Fundação Bill & Melinda Gates.

Este exercício foi realizado em Nova Iorque, a 18 de Outubro de 2019. Tratou-se, explicitamente, de planificar (planejar-br) a reacção de empresas transnacionais e de governos a uma epidemia de coronavírus.

Participaram neste exercício 15 líderes mundiais, entre os quais os dois responsáveis oficiais chinês e norte- americano de luta contra as epidemias.

» Latoya Abbott, Responsável pelos riscos do grupo hoteleiro norte-americano Marriott International.
» Sofia Borges, vice-presidente da Fundação das Nações Unidas
» Brad Connett, presidente do grupo Henry Schein (principal produtor de material médico no mundo) -- * Christopher Elias, responsável de desenvolvimento global na Fundação Bill & Melinda Gates
» Tim Evans, antigo director do departamento de Saúde do Banco Mundial.
» George Gao, director do Centro chinês de controle e de prevenção de doenças.
» Avril Haines, antiga directora-adjunta da CIA e antiga Conselheira de Segurança Nacional do Presidente Barack Obama.
» Jane Halton, antiga Ministra australiana da Saúde, administradora do ANZ (Banco da Austrália e da Nova-Zelândia).
» Matthew Harrington, director da Edelman, a mais importante firma de relações públicas do mundo.
» Martin Knuchel, director de situações de crise do grupo de transporte aéreo Lufthansa.
» Eduardo Martinez, conselheiro jurídico da mais importante sociedade de logística postal no mundo, UPS, e director da UPS Foundation.
» Stephen Redd, director-adjunto dos US Centers for Disease Control and Prevention.
» Hasti Taghi, vice-presidente do grupo de comunicação, NBC Universal
» Adrian Thomas, vice-presidente do gigante farmacêutico Johnson & Johnson
» Lavan Thiru, governador do Banco central de Singapura

Voltaire.net.org | Tradução Alva

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