quarta-feira, 15 de julho de 2020

EUA | A derrapagem do racismo igualitário


Thierry Meyssan*

As reacções ao assassínio do negro George Flyod por um polícia branco não tem a ver com a história da escravatura nos Estados Unidos, mas —da mesma maneira que a sistemática oposição ao Presidente Trump— a um problema profundo da cultura anglo-saxónica : o fanatismo Puritano. Devemos lembrar-nos da violência interna que sacudiu este país durante as duas guerras civis que foram as da Independência e da Secessão para compreender os acontecimentos actuais e prevenir o seu ressurgimento. Atenção : nos Estados Unidos, a classe política prega agora um racismo igualitário. Todos iguais, mas separados.

Os Puritanos anglo-saxões

Adada altura, cerca de quatro centenas de fieis da Igreja de Inglaterra fugiram do seu país onde eram considerados como fanáticos. Refugiaram-se em Leiden (Holanda), onde puderam viver segundo a tradição calvinista, ou mais precisamente a interpretação puritana do cristianismo. Provavelmente a pedido do Rei James Iº, eles enviaram dois grupos para as Américas a fim de aí lutar contra o Império espanhol. O primeiro fundou aquilo que viria a tornar-se os Estados Unidos, o segundo perdeu-se na América Central.

Em seguida, os Puritanos tomaram o Poder em Inglaterra com Lord Cromwell. Decapitaram o Rei papista Carlos Iº, instauraram uma República igualitária (Commonwealth) e colonizaram a Irlanda massacrando em massa os católicos. Esta experiência sanguinária foi de curta duração e desacreditou, durante muito tempo, a ideia de um Interesse Geral (Res Publica) aos olhos do Ingleses.

Os 35 «Pais Peregrinos» (Pilgrim fathers) partiram de Leiden, fizeram escala em Inglaterra; depois atravessaram o oceano a bordo do Mayflower. Chegaram à América do Norte em 1620 para aí poderem praticar a sua religião livremente. Durante a sua viagem, assinaram um Pacto pelo qual juraram estabelecer uma sociedade modelo (estrita observância da fé e do culto calvinista, vida comunitária intensa, disciplina social e moral sem falhas). Ao criar a Colónia de Plymouth, eles tiverem a esperança de construir a «Nova Jerusalém», depois de terem fugido do «Faraó» (James Iº) e atravessado o «Mar Vermelho» (o Atlântico). Ao fim de um ano, deram graças a Deus pela sua epopeia, celebração comemorada todos os anos sob o nome de Thanksgiving (Ação de Graças-ndT) [1]. Eles estabeleceram a sua capital a 60 quilómetros a Norte, em Boston. A sua comunidade velava as mulheres, praticava confissões públicas e castigos corporais.

Estes acontecimentos não são apenas mitos que todo o Norte-americano deve conhecer, eles moldam o sistema político dos Estados Unidos. Oito presidentes em 45 (incluindo os Bush) são descendentes directos dos 35 «Pais Peregrinos». Apesar da chegada de dezenas de milhões de imigrantes e das aparências institucionais, a sua ideologia permaneceu no Poder durante quatro séculos, até à eleição de Donald Trump. Um clube muito exclusivo, a Pilgrim’s Sociey, reúne sob a autoridade do monarca inglês muito altas personalidades britânicas e norte-americanas. Ele implantou a «relação especial» (Special Relationship) entre Londres e Washington e forneceu, nomeadamente, inúmero secretários e conselheiros ao Presidente Obama.

Muitas cerimónias previstas este ano pelo 400º aniversário do Mayflower foram canceladas devido à luta contra a epidemia do coronavírus, nomeadamente a conferência que o antigo Conselheiro de Segurança Nacional britânico devia pronunciar perante a Pilgrim’s Society. As más línguas garantem que a epidemia terminará no dia seguinte à eleição presidencial dos EUA, se Donald Trump a perder, e que as festividades poderão, então, ter lugar.

Desde sempre, existem duas culturas opostas nos Estados Unidos entre os cristãos: os Calvinistas ou Puritanos, por um lado, os Católicos, Anglicanos e Luteranos, por outro. Se certas «denominações», entre as oitocentas Igrejas dos EUA, se alinham resolutamente de um lado, a maior parte é atravessada por estas duas correntes porque o puritanismo não tem um “corpus” teológico definido. É mais uma certa maneira de pensar.

A Guerra da Independência começou em 1773 com o Boston Tea Party (a revolta do chá de Boston). O seu primeiro actor tinha por advogado John Adams, outro descendente directo de um dos 35 «Pais Peregrinos», e segundo Presidente dos Estados Unidos. Enquanto o apelo à independência foi lançado pelo jornalista político Thomas Paine a partir de argumentos religiosos, muito embora ele próprio não acreditasse fosse no que fosse.

De uma certa maneira, a Guerra da Independência prolongou, nas Américas, a Guerra Civil Britânica de Lord Cromwell (a «Grande Rebelião»). Esse conflito ressurgirá uma terceira vez com a Guerra da Secessão que, lembremos, não tem nenhuma relação com a escravatura (os dois campos praticavam-na no início da guerra e os dois campos revogaram-na no decurso da guerra para recrutar antigos escravos para os seus exércitos).

Os Puritanos perderam em Inglaterra com a República de Cromwell, mas venceram nas duas vezes seguintes nos Estados Unidos. O historiador Kevin Phillips, que foi conselheiro eleitoral do republicano Richard Nixon (descendente de um irmão de um dos 35 «Pais Peregrinos»), estudou longamente este conflito de séculos [2]. Foi em função desses dados que ele imaginou a estratégia da «Lei e Ordem», face ao democrata segregacionista George Wallace, aquando da eleição presidencial de 1968; estratégia retomada por Donald Trump para a campanha de 2020.

Tudo isto para dizer que as aparências enganam. As linhas de clivagem não se encontram onde o resto do mundo pensa que estão.

-- Os puritanos sempre defenderam a igualdade absoluta, mas unicamente entre cristãos. Eles interditaram durante muito tempo o acesso dos Judeus à função pública e massacraram os Índios que alegavam amar. Durante a Guerra da Secessão, estenderam o seu igualitarismo aos Negros (ao contrário dos Puritanos da África Austral que defenderam o apartheid até ao fim), dando origem ao mito falacioso de uma guerra contra a escravidão. Hoje em dia, defendem a ideia de que a humanidade está dividida entre raças iguais e, se possível, separadas. Eles continuam a ser reticentes ao que chamam de casamentos inter-raciais.

-- Os Puritanos colocam a mentira no fundo da sua escala de valores. Essa não pode ser para eles um expediente, mas, sim sempre o pior dos crimes, muito mais grave que roubo e o assassínio. No século XVII, eles puniam com vara o facto de mentir a um pastor, fosse qual fosse a razão. Eles estabeleceram leis punindo ainda hoje a mentira de um funcionário público federal seja qual for a razão.


Palestina Traída


O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, havia anunciado que a anexação formal de 30% da Cisjordânia por Israel aconteceria em 1º de julho. No entanto, isso não aconteceu naquela data, embora Netanyahu tenha mantido os preparativos para a anexação.

Peoples Democracy | editorial

A anexação ilegal emana do notório plano "Paz à Prosperidade" anunciado pelo presidente Trump em 28 de janeiro deste ano, com o primeiro-ministro israelita a seu lado. Esse plano atroz equivale ao vale do Jordão, na Cisjordânia, e as terras nas quais existem assentamentos judeus ilegais estão sendo anexadas a Israel. O plano também nega que Jerusalém Oriental seja entregue ao Estado Palestino como sua capital e prevê algum lugar fora de Jerusalém como alternativa.  Se este plano for colocado em operação.  

Os palestinos não fizeram parte das negociações para esse acordo unilateral, que foi projetado pelo genro de Trump, Jared Kushner, um sionista comprometido.  A liderança palestina rejeitou o plano e declarou que o povo palestino nunca aceitaria tal subjugação.   

O descarado apoio ao expansionismo israelita ganhou impulso quando Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel e mudou a embaixada dos EUA para lá. Desde então, Netanyahu fala em anexar grande parte da Cisjordânia e incentivar a expansão dos assentamentos judeus ilegais em territórios ocupados.  Sob o novo plano, embora a terra fosse absorvida por Israel, a população palestina que vive nessas áreas não adquiriria o direito de ser cidadã de Israel.  Eles seriam condenados a viver como sujeitos ou como cidadãos de segunda classe.  Os 23% de terras que eles possuíam nessas áreas estariam abertos para serem apropriados pelo Estado de Israel.  Isso converteria Israel num Estado de apartheid completo.


Quem tem medo da "esquerda radical"?


Falar da esquerda – e ser de esquerda – na América significa navegar uma série de barreiras conceptuais, semânticas e de sensibilidades culturais. Ser abertamente de esquerda não é tarefa simples.

Inês Pedrosa e Melo | AbrilAbril | opinião

Para se falar da esquerda nos Estados Unidos é preciso reconhecer o «elefante na sala»: entre movimentos pelos direitos civis, a contracultura hippie, o labor movement e os sindicatos e uma forte tradição de subversão e luta contra o sistema.

A história da esquerda na América é uma história rica e faz tão parte da cultura americana quanto o estereotipado conservadorismo e religiosidade absurda americanos que a Europa tanto fetichiza. Contudo, ser abertamente de esquerda – e defender abertamente a esquerda – na América não é tarefa simples.

Nas comemorações do feriado de 4 de Julho nos Estados Unidos, dia da Independência e quiçá um dos feriados mais amados pela população americana – um povo criado num amor cego, irracional e patrioticamente absurdo pela sua nação –, o presidente Trump faz uma declaração de quase-guerra àquele que ele chama a «esquerda radical».

Nas suas próprias palavras: «Estamos agora no processo de derrotar a esquerda radical: os marxistas, os anarquistas, os agitadores, os saqueadores e todos aqueles que, em muitas instâncias, não sabem o que estão a fazer. (...) Nunca permitiremos que uma multidão em fúria destrua as nossas estátuas, apague a nossa História, endoutrine as nossas crianças ou espezinhe as nossas liberdades.» 

A economia dos EUA em quatro palavras: Extorsão neofeudal, declínio e colapso


Charles Hugh Smith

Os EUA possuem uma estrutura legal de autogoverno e propriedade do capital, mas na realidade são uma oligarquia neofeudal.

Segundo o mercado acionista, a pandemia está ultrapassada e a economia está de novo em força, estamos novamente a voltar aos bons e velhos tempos de 2019. Nada com que se preocupar, recuperamos a trajetória da alta e alta sempre mais alta, melhor todos os dias e de todas as formas.

Tudo está ótimo... exceto a podridão fatal no coração da economia dos EUA que nem sequer foi reconhecida, muito menos abordada: todos os setores da economia nada mais são que formas de extorsão neofeudal ou outra.

Vamos girar a máquina do tempo de volta ao final da Idade Média, no auge do feudalismo, e imaginar que tentamos levar um barco cheio de mercadorias para vender na cidade mais próxima. À medida que descemos o rio, somos constantemente impedidos e cobram-nos uma taxa pela passagem de um pequeno feudo após outro. Quando finalmente chegamos à cidade, há uma taxa de entrada para levar os nossos produtos ao mercado.

Observe-se que nenhuma dessas taxas foi paga por melhorias no transporte ou por serviços prestados; são simplesmente extorsão. Essa era a estrutura económica do feudalismo: pequenos feudos cobravam taxas extorsivas que financiavam o estilo de vida da nobreza.

É por isso que há muito tempo considero a economia americana como neofeudal: pagamos taxas cada vez maiores por serviços que se estão a degradar e não a melhorar. Essa é a essência da extorsão: não obtemos nenhuma melhoria em bens e serviços pelo dinheiro extra que somos obrigados a pagar.

"A minha pátria é a língua portuguesa"… de Portugal


Jornalistas e outras gentes "ridículas" atiram a língua portuguesa para o contentor do lixo e agitam até sairem de lá odores pestilentos e a língua portuguesa sacaneada, abandalhada, em aglomerado impregnado por uma grande alhada… Mas parece que agora isso é moderno, é moda, as gerações jovens avançam despudoradamente no crime de lesa-língua de Portugal (pt).

Tomemos em consideração que se fossem só uns quantos a usarem a prática, ainda podíamos não dar importância à evidência que constatamos em cada esquina, em cada programa de rádio ou de televisão, em cada jornal por que passeamos o olhar e a audição, mas não, acontece assim amiúde, é uma tendência rasca que no caso dos que manuseiam a língua portuguesa quotidianamente, que devem saber representar a defesa da língua portuguesa – os jornalistas entre tantos – são muitas vezes os piores agentes da sua defesa, do respeito que todos lhe devemos. Estrangeirismos a eito e usados por quase nada é com o que deparamos na comunicação social de Portugal. Uns mais que outros mas sem dúvida que prática de demasiados no atropelo, na bagunça e – para tantos – na cagança de usarem a língua de William Shakespeare em vez de aplicarem e respeitarem, como portugueses que escrevem para portugueses, a língua de Luís de Camões. A bem chamada “língua-pátria”.

O resultado desta bagunça e trato de polé da língua portuguesa está à vista para quem estiver atento. Já vimos crianças a expressar-se sistematicamente em português do Brasil apesar de as suas fundações assentarem em Portugal, apreenderem na escola em português (pt) – resultado de tanto ouvirem e verem canais de programas infantis e/ou recreativos em português do Brasil (br). Muitas vezes acontece que até os pais e amigos também já falam assim (supostamente fruto das novelas) … A aplicação de termos em inglês também vai acontecendo. Cada vez mais… Demasiado.

Tal situação faz impressão, pelo menos, aos que consideram devermos usar o melhor e mais corretamente possível o português (pt) e fazê-lo “crescer” em qualidade.

O ínfimo mau exemplo está na peça da jornalista do Expresso que transcrevemos a seguir, como às vezes costumamos. Raquel Moleiro, da “oficina” do tio Balsemão, ali coordenadora de sociedade, usa o termo anglófono “silly seasson” para referir-se ao período dos meses de verão em que existe escassez de notícias, maior incidência de gozo de férias – os países a funcionarem a meio-gás. O termo pode traduzir-se “estação ridícula”, segundo a Infopédia. Diz mais: “Expressão inglesa que designa o período do ano de menor intensidade informativa nos media, geralmente o período de verão. Pode ser traduzida por "estação ridícula". Nesta altura, os critérios de seleção jornalísticos tornam-se mais flexíveis, passando a considerar como relevantes assuntos que, geralmente, não constituiriam objeto de notícia.”

Em tempo de avançar com o Curto de hoje, que nem por isso é ridículo, nem encontramos escassez de notícias, considerámos dever fazer notar o mau-trato do português em vigor. Não só neste caso ínfimo de “silly seasson” referido e a que fazemos reparo… se fosse só este e só hoje. Mas não. Está a criar raízes a colonização da anglofonia na língua portuguesa (pt), assim como está a criar graves raízes a neocolonização daqueles que colonizámos, o Brasil p.ex.. Os povos dos países lusófonos merecem todo o respeito no seu português com pronúncias próprias, e são bem-vindos à língua de Camões assim identificados, personalizados. Outra coisa, prejudicial para a língua, é os portugueses de Portugal se tornarem assimilados permanentes das pronuncias que violam o berço luso da língua de Camões, que deve ser defendido pela sua riqueza e permissão na diversidade usada por outros povos, afinal lusófonos mas com sotaques personalizados que marcam o seu carácter, longitudes e latitudes em que nasceram e onde vivem.

Recordamos, como é conhecida, a afirmação de Fernando Pessoa: “A minha pátria é a língua portuguesa”. De Portugal – acrescentamos, a propósito da abordagem.

Eis finda – porque longa - uma abertura PG para o Curto do Expresso que muito provavelmente vão considerar inútil e xaroposa… Propondo que comecem a dar atenção ao português que se fala e escreve em Portugal – não só os jornalistas mas sim todos. Finalmente deixamos que sigam para o trabalho de Raquel Moleiro. Interesse-se. Vale.

Bom dia e bom sol e calor. Proteja-se de tudo… e até das abundantes “calinadas” no português (pt) que por aí podemos apanhar como se fossem praga ou virose..

SC | PG

Portugal | O secretário de Estado dos Louvores


Mariana Mortágua | Jornal de Notícias | opinião

Segundo a Anacom (entidade reguladora das telecomunicações), entre o final de 2009 e abril de 2020, os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 7,7%, enquanto na Europa diminuíram 10,4%. Estes aumentos colocam as telecomunicações no nosso país entre as mais caras da UE.

Mas não são apenas os preços que dão má fama ao setor. Como tantas pessoas já tiveram oportunidade de experienciar, nomeadamente quando se viram enredadas em contratos de fidelização muito caros, pouco claros e impossíveis de cancelar, a qualidade dos serviços destas empresas é lamentável. Só numa semana, entre 25 de abril e 1 de maio, foram apresentadas 1825 reclamações sobre serviços de comunicações. Dessas, 64% dizem respeito a comunicações eletrónicas e, em particular, à gestão dos contratos e cancelamento de serviços a clientes. Entre janeiro e abril, a Anacom apresentou coimas no valor 1,3 milhões de euros associadas a 57 processos de contraordenação, que se juntam a várias condenações passadas, muitas delas contestadas pelas maiores operadoras do mercado.

Foi já em plena pandemia que o presidente de uma destas operadoras respondeu ao plano do Governo de criar uma tarifa social da internet (semelhante à tarifa social da energia suportada pela EDP) destinada a pessoas com menores rendimentos: "Se concordamos que seja imposto algo sobre os nossos ativos, construídos com o nosso investimento? Claro que não". Trata-se do presidente da Altice, que ficou com os ativos da Portugal Telecom: uma empresa que já foi pública e se tornou dona de rentáveis concessões do Estado, antes de ter sido destruída nas jogadas dos seus acionistas privados. Já depois da operação de compra da Portugal Telecom, a Altice foi acusada pela Anacom de se aproveitar, através da sua subsidiária Fibroglobal, da exploração das redes de fibra construídas nas zonas rurais... pagas com fundos públicos.

Portugal | Caso BES. Salgado acusado de 65 crimes incluindo associação criminosa


O ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) Ricardo Salgado foi na terça-feira acusado de 65 crimes, incluindo associação criminosa, corrupção ativa no setor privado, burla qualificada, branqueamento de capitais e fraude fiscal, no processo BES/GES.

egundo a acusação, que a agência Lusa teve acesso, Ricardo Salgado foi acusado de um crime de associação criminosa, em coautoria com outros 11 arguidos, incluindo os antigos administradores do BES Amílcar Pires e Isabel Almeida.

Está também acusado da autoria de 12 crimes de corrupção ativa no setor privado e de 29 crimes de burla qualificada, em coautoria com outros arguidos, entre os quais José Manuel Espírito Santo e Francisco Machado da Cruz.

O Ministério Público acusou ainda o ex-líder do BES de infidelidade, manipulação de mercado, sete crimes de branqueamento de capitais e oito de falsificação.

Número de mortos em África sobe para 13.456 em quase 611 mil casos


O número de mortos em África devido à covid-19 subiu hoje para 13.456, mais 218 nas últimas 24 horas, em quase 611 mil casos, segundo os dados mais recentes sobre a pandemia no continente.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infetados subiu para 610.807, mais 15.966 nas últimas 24 horas, enquanto o número de recuperados é hoje de 305.861, mais 8.381.

A África Austral regista o maior número de casos (297.816) e regista 4.332 mortos, a grande maioria concentrada na África do Sul, o país com mais infetados e mais mortos em todo o continente, com 287.796 casos e 4.172 vítimas mortais.

O Norte de África lidera no número de mortes (5.438), tendo 126.312 infeções.

África Ocidental conta 1.599 mortos em 98.353 infetados, a África Oriental regista 1.251 vítimas mortais e 47.557 casos, enquanto na África Central há 836 mortos e 40.769 infeções.

Depois da África do Sul, o Egito é o segundo país com mais vítimas mortais, contabilizando hoje 3.935 mortos e 83.001 casos de infeção, seguindo-se a Argélia, com 1.011 mortos e 19.206 infetados.

Entre os cinco países mais afetados, está também a Nigéria, com 744 mortos e 33.153 infetados, e o Sudão, com 657 mortes e 10.316 casos.

Em relação aos países africanos lusófonos, a Guiné-Bissau é o que tem mais infeções e mortes, com 1.842 casos e 26 vítimas mortais.

Cabo Verde tem 1.722 infeções e 19 mortos, enquanto Moçambique conta 1.219 infetados e nove mortos.

São Tomé e Príncipe contabiliza 732 casos e 14 mortos e Angola tem 525 casos confirmados de covid-19 e 26 mortos.

A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mantém há vários dias 3.071 casos e 51 mortos, segundo o África CDC.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito em 14 de fevereiro e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 569 mil mortos e infetou cerca de 13 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Getty Images

EUA com 850 mortos e mais de 63 mil infeções nas últimas 24 horas


Os Estados Unidos registaram 850 mortes causadas pela covid-19 e 63.262 novas infeções nas últimas 24 horas, indicou a Universidade Johns Hopkins.

Desde o início da epidemia no país, o total de óbitos eleva-se a 136.432, enquanto os casos identificados ultrapassaram já os 3,42 milhões, de acordo com os números contabilizados pela universidade norte-americana, sediada em Baltimore (leste), até às 20:30 de terça-feira (01:30 de hoje em Lisboa).

A primeira potência mundial sofreu nas últimas semanas um aumento de infeções no sul e oeste do país, de longe o mais afetado do mundo em termos absolutos, tanto em número de mortos como de casos.

Só o estado da Florida (sudeste), um dos primeiros a sair do confinamento, registou 132 mortos e mais de nove mil casos de covid-19 nas últimas 24 horas.
Esta situação levou alguns estados a recuarem na abertura de comércios e serviços, como a Califórnia (costa oeste), e muitos tornaram o uso de máscara em locais públicos obrigatório.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 574 mil mortos e infetou quase 13,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Notícias ao Minuto | Lusa

Leia em Notícias ao Minuto: 

Números voltam a subir no Brasil. Registados 41.857 casos e 1.300 óbitos


O país está perto de atingir os dois milhões de casos confirmados

O Ministério da Saúde brasileiro divulgou os dados mais recentes da pandemia de coronavírus no país. Os números de casos e de mortes voltaram a aumentar nas últimas 24 horas. Desde ontem foram diagnosticados 41.857 casos de infeção (esta segunda-feira tinham sido reportados 20.286 contágios) e mais 1.300 vítimas mortais (o número de mortes divulgado no dia anterior foi de 733). 

O Brasil aproxima-se assim mais do total de dois milhões de casos positivos. Nesta altura soma 1.926.824 infetados. O número acumulado de mortes é de 74.133. 
Os dados oficiais indicam que o número de recuperações é de 1.209.208, estando 643.483 pessoas em acompanhamento. 

São Paulo é de longe o estado brasileiro mais afetado. Totaliza 374.607 casos confirmados e 17.907 vítimas mortais. Segue-se o estado do Ceará com 137.206 contágios e 6.947 óbitos. 

O Rio de Janeiro contabiliza cerca de 132 mil casos e 11.474 mortes. 

[Notícia atualizada às 23h19 de 14.07.2020]

Notícias ao Minuto

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