quarta-feira, 19 de agosto de 2020

A nova fase do poder imperial na América Latina

#Publicado em português do Brasil

EUA amargam crise e brutais desigualdades. Para adiar “bomba-relógio”, financiam novos golpes e tentam retomar controle da região. Objetivo: derrubar governos não-alinhados e pilhar recursos como o petróleo brasileiro e o lítio boliviano

José Álvaro de Lima Cardoso | Outras Palavras

Os números da crise da economia mundial são impressionantes. O PIB dos EUA encolheu 32,9% no trimestre abril/maio/junho, a uma taxa anualizada. Foi a maior queda desde a Grande Depressão. Na Alemanha, motor da economia europeia, o PIB de abril a junho recuou 10,1% em relação ao trimestre anterior. É a queda trimestral mais acentuada desde 1970, quando os registros começaram a ser realizados. Se comparado ao mesmo período do ano passado, o recuo do produto alemão foi de 11,7%. O PIB da China subiu 3,2% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período de 2019. No confronto com os três primeiros meses do ano, quando a economia do país parou, a alta foi de 11,5%. O crescimento chinês no segundo trimestre, baixo para o seu padrão histórico, destoa do resto do mundo. Mas a China é um ponto fora da curva, e a “fábrica do mundo”.

No centro capitalista, não se trata somente de uma crise econômica, é também uma crise política brutal. Os Estados Unidos, mesmo usufruindo de todas as vantagens de ser o principal país imperialista da Terra, enfrentam grandes contradições internas, porque o seu modelo de desenvolvimento gera imensa desigualdade social. Pelo menos desde o governo Ronald Reagan (1981/1989), o estado de bem-estar norte-americano, que já era fraco, foi sendo paulatinamente destruído. Se estima que atualmente existam mais de 40 milhões de pobres nos EUA. Cerca de 40% dos estadunidenses se queixam de que não conseguem cobrir despesas inesperadas com emergências, que ultrapassem 400 dólares. Quase 30 milhões de pessoas nos EUA (quase 10% da população) vivem na chamada insegurança alimentar, não têm o suficiente para comer. A exemplo do Brasil, a insegurança alimentar nos EUA vem aumentando bastante com a pandemia. Além disso, os EUA têm cerca de 500 mil pessoas em situação de rua (morando na rua ou em abrigos públicos). A grande maioria são negros ou latinos.

O fato de que os EUA tenham um número tão grande na condição de pobreza representa uma verdadeira bomba-relógio. Uma revolta geral dos trabalhadores dentro do país imperialista mais rico do mundo teria um efeito político, econômico e social, simplesmente imprevisível. Este risco, inclusive, talvez tenha influenciado a decisão dos EUA, há mais de uma década, de retomar para sua área de influência os governos da América Latina, naquele momento ocupados por governos progressistas. A partir de Honduras, em 2009, os EUA foram derrubando, um a um, todos os governos progressistas eleitos na América Latina.

África contabiliza hoje 26.289 mortos devido à doença


Angola regista 90 mortos e 1.966 casos

O número total de mortes por covid-19 é hoje de 26.289 em África, mais 405 que na terça-feira, havendo mais de 1,1 milhões de infetados pela doença desde o início da pandemia, segundo os dados oficiais mais recentes.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infetados é de 1.136.246, enquanto o número de recuperados é hoje de 859.488.

O maior número de casos e de mortos de covid-19 continua a registar-se na África Austral, com 628.360 infetados e 13.087 vítimas mortais.

Nesta região, a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 592.144 infetados e 12.264 mortos.

O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, regista agora 199.145 infetados e 7.649 mortos desde o início da pandemia, enquanto na África Ocidental o número de casos subiu para 149.852 e o de vítimas mortais para 2.245.

Moçambique | Exército anuncia "maximização" de patrulhamento em Cabo Delgado


As Forças de Defesa e Segurança moçambicanas anunciaram que vão "maximizar as ações de patrulhamento ostensivo, combate e perseguição dos terroristas" responsáveis por ataques armados em Cabo Delgado.

A alegada ocupação do Estado Islâmico do porto de Mocímboa da Praia, na semana passada, não deixou as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas (FDS) sem resposta.

Esta quarta-feira (19.08), anunciaram que vão maximizar as "ações de patrulhamento ostensivo" para combater e capturar "terroristas" que têm protagonizado ataques armados na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

Segundo um comunicado de imprensa do balanço das atividades do comando-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) na última semana, as FDS indicam que "mantêm ativos" os seus "dispositivos operacionais" naquela província do norte de Moçambique para travar as incursões de grupos armados.

A nota não avança detalhes sobre as operações, frisando apenas que as FDS procuram "maximizar as ações de patrulhamento ostensivo, combate e perseguição dos terroristas".

Bispo de Pemba: "Ninguém vai silenciar a igreja!"


D. Luiz Lisboa reage assim às críticas feitas por "amigos do regime". As entrevistas do bispo católico de Pemba sobre os ataques terroristas em Cabo Delgado terão caído mal a muita gente adversa a críticas ao Governo.

O artigo que deu origem a esta polémica é de autoria de Gustavo Mavie, jornalista e membro do Conselho Nacional de Ética Pública. Ele escreveu recentemente um artigo em que aponta o dedo acusador ao bispo de Pemba, D. Luiz Fernando Lisboa, pelas denúncias que este faz das violações e outras irregularidades no âmbito da guerra em Cabo Delgado. A aparente hostilidade contra Fernando Lisboa suscitou duras críticas da sociedade.

À DW África, o polémico jornalista justificou o porquê do seu "ataque" ao bispo: "Eu andei a citar o que ele diz na carta pastoral de 18 de julho de 2019. Esse bispo, no lugar de apoiar e ajudar o Governo pensar melhor em como resolver os problemas, está a bater na entidade errada. A mim não me parece justo ele culpar o Governo que é liderado por uma pessoa que até é capaz de conversar com o diabo." Segundo Mavie, ficou provado que Filipe Nyusi é uma pessoa aberta para falar com todos: "Ele procurou Dhlakama lá nas matas para pôr fim à guerra, não seria nada difícil que ele falasse com o bispo. O Nyusi iria recebê-lo muito bem, aquele senhor não tem problemas quanto a isso."

Angola | Governo quer "matar a imprensa privada”, acusa jornalista


Sindicato dos Jornalistas Angolanos critica Governo por não apoiar imprensa privada como manda a lei do setor. E para o jornalista Ilídio Manuel "nota-se logo que não há uma vontade".

O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) tornou público, na semana passada, que "os esforços por si realizados em conjunto com os diretores dos órgãos de informação privados, no sentido de se conseguir um apoio, acabou inglório”.   

À DW África, Teixeira Cândido, secretário-geral do SJA, diz que o Estado mostrou-se indisponível em apoiar a imprensa privada. O sindicalista lamenta a posição tomada pelo Governo que, a seu ver, coloca estes órgãos numa "situação de incerteza.”   

"Porque esta situação poderá colocar, de certo modo, as empresas expostas. Muitas empresas não têm condições de continuar a funcionar. É uma situação de incerteza completa. Entendemos que o Estado tinha a possibilidade de encontrar outras vias porque o que se solicitou não foi necessariamente dinheiro”, justifica. 

PAIGC denuncia detenção arbitrária de outro dirigente do partido na Guiné-Bissau


O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou hoje, em comunicado, a detenção arbitrária de um outro dirigente do comité central, num ato que classificou de "atentado monstruoso" às liberdades.

"O PAIGC vem dar conhecimento que o camarada Bacai Sanhá (filho do antigo Presidente guineense Malam Bacai Sanha) foi intercetado por agentes da Guarda Nacional em território guineense, quando em viagem a Zinguichor (Senegal) para dar assistência à sua esposa que se encontra em tratamento médico naquele país vizinho", refere o comunicado do secretariado nacional do PAIGC.

Para o partido, aquele é "mais um entre tantos atos de violência que o país vem assistindo à luz do dia", com a particularidade de serem sempre contra "dirigentes do PAIGC".

Bacai Sanhá, "Bacaizinho", ocupava as funções de secretário de Estado das Comunidades no Governo liderado por Aristides Gomes, que foi deposto na sequência da tomada de posse do atual Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.

"Mais uma vez perante os olhares incrédulos e revoltados do povo guineense, um cidadão é capturado e levado do norte do país para as instalações da Guarda Nacional, em Bissau, sem culpa formada", salienta o partido.

Golpe de Estado no Mali: "Estávamos tão perto da solução"


Após o golpe militar contra o Presidente Ibrahim Boubacar Keita, mediadores internacionais dizem-se "desiludidos". Mas há também quem aponte uma intervenção "tardia e seletiva" da CEDEAO.

A calma regressou a Bamako, capital do Mali, ainda com as marcas da agitação provocada pelo golpe militar contra o Presidente Ibrahim Boubacar Keita, mas, na comunidade internacional, reina a preocupação. Países vizinhos, organizações, governos e instituições em todo o mundo observam os últimos acontecimentos e condenam de forma unânime a queda forçada do regime, temendo a escalada de violência no país.

Há meses que o Mali era palco de protestos violentos e tensões políticas que levaram a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a intervir, em junho, para tentar resolver a crise – sem sucesso. A organização regional não demorou a condenar o golpe de Estado e deverá reunir-se na quinta-feira (20.08) por videoconferência para discutir a situação.

Portugal | Depósitos de idosos


Rafael Barbosa* | Jornal de Notícias | opinião

Em Braga, a Irmandade cobrava 40 mil euros aos idosos e suas famílias por um lugar no lar. Em Famalicão, 11 idosos viviam em "perigo iminente". Na Maia, 50 utentes viviam sem aquecimento nem higiene.

A falta de higiene repetia-se em Salvaterra de Magos, somando-se as denúncias de maus-tratos. De novo os maus-tratos em Belmonte e Évora, com gente mal alimentada, em espaços insalubres, sem eletricidade e com um idoso a dormir num sofá. Em Tomar, dez viviam numa garagem. Em Portimão, 22 sobreviviam em deploráveis condições: no dia em que alguém decidiu fazer alguma coisa só havia sopa e dois hambúrgueres para os alimentar. Em Valpaços, divulgaram-se vídeos desumanos e sete funcionários foram suspensos por suspeita de maus-tratos. Em Gaia, a proprietária de um lar foi presa e acusada de maus-tratos e desobediência (fechavam-lhe um lar, abria outro, com a impunidade habitual). Um dos idosos estava desnutrido e desidratado. Ouvem-se responsáveis políticos a dizer por estes dias que não se pode desvalorizar o caso de Reguengos de Monsaraz. Outros pedem a presença da ministra no Parlamento e a divulgação de todos os relatórios já produzidos. Não é rigorosa a afirmação do primeiro-ministro de que estamos apenas perante "polémicas artificiais". Mas apetece perguntar por onde têm andado os diferentes líderes políticos e governantes. Certamente que não foram a nenhum dos lares (uns ilegais, outros legais, uns privados, outros geridos por IPSS) que se enumera acima e que foram notícia, em escassos meses, aqui no JN. Todos sabem que a maioria dos lares são depósitos de idosos à espera da morte. E que muitos são apenas um negócio lucrativo (também para as IPSS). E que há milhares de lares ilegais. Mas não há comissões de inquérito nem pedidos de demissão de ministros a propósito de nada disso. A tática é fazer aos idosos no fim da linha o mesmo que ao lixo: varre-se para debaixo do tapete. E, de vez em quando, para limpar a consciência, uns rasgam as vestes, outros anunciam milhões.

*Chefe de Redação

Leia opinião em Jornal de Notícias

Portugal com direito a seis milhões e 900 mil vacinas contra Covid-19


A primeira remessa, num total de 690 mil vacinas, pode chegar antes do final do ano

Portugal tem direito a seis milhões e 900 mil vacinas que combatam a Covid-19, a maior parte deve chegar no ano que vem. Caso sejam doses individuais, as vacinas são suficientes para dois terços da população portuguesa.

Ao que a TSF apurou, 6,9 milhões é a quota que cabe a Portugal, como parte do lote de 300 milhões de vacinas reservado pela União Europeia a um laboratório francês. A primeira remessa, num total de 690 mil vacinas, pode chegar já em dezembro, confirma o Infarmed.

A Autoridade Nacional do Medicamento explica à TSF que há negociações em curso com outros laboratórios. Ainda assim, para já, esta é a parte que cabe ao nosso país tendo em conta a população e a quota definida em Bruxelas.

A encomenda é acionada a partir do momento em que exista uma vacina segura e eficaz contra a Covid-19. Ainda não há, no entanto, referencias a preços.

A Comissão Europeia anunciou na passada sexta-feira um primeiro acordo com a farmacêutica AstraZeneca para a compra de 300 milhões de doses de uma potencial vacina. Foi negociada uma base negocial, que será concluída se a vacina se revelar eficaz face ao novo coronavírus.

A candidata a vacina da AstraZeneca já se encontra na Fase II/III de ensaios clínicos em larga escala, após resultados promissores na Fase I/II no que diz respeito à segurança e imunogenicidade.

Dora Pires | TSF

Leia em TSF:

Brasil registra 1.352 mortes por Covid-19 em 24 horas


#Publicado em português do Brasil

País conta 109.888 óbitos registrados desde o início da pandemia. São 3.407.354 brasileiros infectados com o novo coronavírus.

O Ministério da Saúde divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil. O país registrou 1.352 mortes pela Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas, chegando ao total de 109.888 óbitos.

Em casos confirmados, já são 3.407.354 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 47.784 desses confirmados no último dia. Já pelo levantamento do consórcio da imprensa, o Brasil já ultrapassou as 110 mil mortes. O país registrou 1.365 mortes pela Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas, chegando ao total de 110.019 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 989 óbitos, uma variação de -4% em relação aos dados registrados em 14 dias.

Joe Biden e Kamala queimam a fita de Bolsonaro: império desfalca o fascismo?


#Publicado em português do Brasil

Tarso Genro*

Joe Biden e Kamala Harris arremeteram duramente, com discursos de fogo de barragem, contra Bolsonaro nas eleições americanas. Isso ocorreu no momento em que se fechava aqui o grande acordo de “salvação nacional” ultraliberal comandado pelo Presidente da Câmara, cuja base política mais sólida é representada pelo “centrão. Retirado da clandestinidade midiática e apartado da repulsa do Presidente da República, o centrão festejou, mas apareceram Joe Biden e Kamala Harris para atrapalhar. Ambos representam, nas eleições americanas, o campo de resistência aos métodos mais fascistas que estão se avolumando no cenário mundial, cujo nacionalismo delirante e frequentemente racista, prejudica o retorno da idílica liderança democrática dos EEUU, na cena mundial. Esta liderança, se nunca existiu por motivos nobres no concreto da História, sobreviveu como mito na política interna do país, como legado de Jefferson e Lincoln, Jimmy Carter e Bernie Sanders, com moldes e em épocas diferentes.

A montagem interna estava perfeita: a domesticação formal de Bolsonaro, que deixou de atacar os poderes constituídos ajudava a viabilizar as privatizações selvagens e retomava as reformas de devastação do Estado Social; o “centrão” entra no Governo para dar “seriedade” às articulações políticas realistas; a Globo benzia -do alto da sua propalada imparcialidade- um Presidente mais “civilizado”, embora corresse o risco retornar à sua natureza primitiva se não fosse ajudado pelo Congresso; a oposição de esquerda, de centro-esquerda e de centro, na sua maioria, estava imersa em divergências táticas e de fundo, dedicadas especialmente às eleições, atuais e futuras; e, finalmente, os efeitos das “ajudas sociais” ao povo mais pobre, revertia em favor do Presidente, embora este não quisesse pagá-las num valor razoável.

A derrota de Trump nas eleições americanas poderá ter um efeito extraordinário no Continente, certamente não para desalojar as elites políticas e financeiras do poder de mando na nossa democracia adoentada, mas certamente o terá para bloquear a aliança do fascismo com as reformas e -portanto- enfraquecer a ideologia medievalista, negacionista e anti-científica, de aparelhamento direto do Estado pelos setores mais corruptos e autoritários do empresariado brasileiro. Esta foi a política promovida em conjunto com os quadros milicianos espalhados no país, que hoje têm sua capacidade de fogo aumentada pela liberação “geral” das armas, autorizada pelo próprio Presidente.

Protesto frente ao Banco de Inglaterra por reter o ouro venezuelano


Dezenas de pessoas exigiram, em Londres, que o Banco de Inglaterra devolva à Venezuela o ouro retido nas suas instalações, com o pretexto de que o Reino Unido não reconhece o governo de Nicolás Maduro.

A mobilização, convocada no âmbito da campanha «Viva Venezuela!», do Revolutionary Communist Group (RCG; Grupo Revolucionário Comunista), decorreu este sábado frente à sede da instituição bancária na City londrina, por entre palavras de ordem como «Viva Venezuela», «Viva Maduro» e «Hands off Venezuela».

Ao intervirem na acção de protesto, diversos oradores acusaram o Banco de Inglaterra de violar a soberania do país sul-americano e de atentar contra o direito internacional, revelou o RCG num comunicado a que a agência Prensa Latina teve acesso.

Denunciaram igualmente a «hipocrisia» e o «comportamento antidemocrático» patenteados pela «classe dominante britânica», bem como a «cumplicidade» dos órgãos de comunicação dominantes, tendo ainda sublinhado as conquistas da Revolução Bolivariana.

Oposição bielorrussa: nacionalismo e privatizações para lá das «caras simpáticas»


A Bielorrússia está na berlinda mediática, mas não para explicar o programa da oposição: privatizações, perda de direitos laborais, integração nas estruturas ocidentais... O jornalista Bojan Tsonev leu as propostas.

Numa peça publicada esta terça-feira no portal 14milimetros.com, Bojan Tsonev sublinha o pouco relevo que mereceu aos grandes media o conteúdo dos programas de Svetlana Tikhanovksaya, a quem chama «líder de facto da oposição bielorrusa» e a quem os grandes meios de comunicação social tratam de «heroína» para cima, «Joana d'Arc» e por aí fora – como se não tivesse havido um Maidan, um Guaidó e não houvesse um dia a dia de enredos mediáticos a favor do capital.

Então, Bojan decidiu entrar no portal do programa eleitoral de Tikhanovksaya, no qual, afirma, «aparece toda uma série de propostas de conteúdo democratizante, que falam sobre liberdade nas eleições, justiça independente e outras coisas mais».

No entanto, o jornalista revela que, ao aceder ao link reformby.com, depara com propostas que divergem da «cara simpática» inicial – propostas que abrangem áreas como a economia, a ecologia, a saúde e as pensões, e que foram criadas tendo por base documentos da plataforma «Pacote de reanimação de reformas para a Bielorrússia».

Ao tentar aceder à página para saber em que consiste este «Pacote de reanimação», aparece uma mensagem de «erro» e o conteúdo «parece bloqueado ou eliminado». Não obstante, alguns foram suficientemente rápidos para conseguir gravar o texto, revela.

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