quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Guiné-Bissau | Sissoco diz que revisão da Constituição que pediu é a que será aplicada


Presidente guineense diz que só conta uma revisão da Constituição - a que mandou fazer. Para segundo plano fica trabalho de comissão criada pelo Parlamento. Uma das alterações é a criação de um Tribunal Constitucional.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou esta quarta-feira (26.08) que a única Constituição que será aplicada no país é aquela que será proposta pela comissão de revisão constitucional, que o próprio criou.

O chefe de Estado guineense falava aos jornalistas no ato da entrega das alterações a serem feitas na Constituição da Guiné-Bissau pela Comissão Técnica para a Revisão Constitucional liderada por Carlos Vamain.

"O trabalho da comissão não termina aqui. Vão trabalhar até à realização do referendo constitucional na Guiné-Bissau. Este parecer será enviado aos demais órgãos de soberania, em particular a Assembleia Nacional Popular", relatou.

"Reafirmo, não haverá nenhuma outra comissão a par da comissão que eu criei. A única Constituição que será aplicada na Guiné-Bissau é a que vocês propõem," sublinhou o Presidente.

Umaro Sissoco Embaló criou em maio uma comissão para a revisão constitucional a arrepio da comissão parlamentar para o mesmo efeito, que já existia. A comissão parlamentar parou inclusive os seus trabalhos, citando falta de fundos. Na altura, os deputados frisaram que a única entidade competente para criar a comissão para a revisão constitucional é a Assembleia Nacional Popular, acusando o Presidente de usurpar competências do Parlamento e violar a Constituição.

Mais 83.500 empregos até 2021 em Angola? Estudantes não acreditam


O Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) mostra-se cético quanto à promessa do Governo, considerando a medida como "campanha eleitoralista" e "uma forma do Estado vender esperanças".

"Quanto a essa nova proposta estou cético, não acredito e penso ser mais uma campanha eleitoralista e uma forma do Estado vender esperanças, nós estamos cansados e a esperança que temos hoje não é a do verbo esperar, mas do verbo esperançar", afirma o presidente do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), Francisco Teixeira.

Para sustentar o seu ceticismo, o líder dos estudantes angolanos referiu que boa parte dos programas do Governo "não avança devido à excessiva partidarização", considerando que os programas em curso beneficiam "sobretudo jovens ligados à JMPLA", braço juvenil do partido no poder em Angola.

"Era preciso o Estado descentralizar e encontrar uma plataforma congregadora onde todos os jovens se revissem", defendeu.

Moçambique | "Não é queimando redações que se acaba com a imprensa crítica"


Jornalistas da imprensa privada moçambicana reconhecem que segurança nas redações é um desafio constante, mas garantem que não se deixarão calar por ameaças. Sindicato recorda obrigação do Estado.

Os jornais privados críticos do Governo de Moçambique sentem que devem reforçar a segurança das suas redações depois do incêndio nas instalações do semanário Canal de Moçambique, no domingo (23.08).

O editor do semanário Zambeze, Egídio Plácido, considera que o incêndio foi criminoso. Mas os jornalistas moçambicanos não se deixarão intimidar, afirma: "Terão que matar todos nós. Se não o fizerem, claramente podem queimar as redações que quiserem, mas vamos continuar a produzir", garante.

"Os computadores existem, há outras saídas. As ideias estão nas nossas cabeças, estão nos documentos, nas nossas investigações e não é queimando redações que se pode acabar com a imprensa crítica do Estado moçambicano", dispara.

Universidade em Macau cria purificador de ar com uma taxa de sucesso de 99,46%


Uma equipa de cientistas da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau anunciou ter criado um purificador de ar com uma taxa de sucesso de 99,46% contra o novo tipo de coronavírus

Este novo produto, que pretende ajudar no combate à Covid-19, pode inativar vários vírus incluindo o novo tipo de coronavírus (SARS-CoV-2), explicou a universidade em comunicado na segunda-feira.

“Este produto, foi cientificamente verificado pelo laboratório de vírus P3 da Universidade de Hong Kong, confirmando que o sistema pode inativar o novo tipo de coronavírus com eficácia. A taxa de inativação é de 99,46%”, detalhou a instituição universitária de Macau.

Governo timorense aprova pedir extensão do estado de emergência


Díli, 26 ago 2020 (Lusa) -- O Governo timorense deliberou hoje propor ao Presidente a renovação, pela quarta vez e por mais 30 dias, do estado de emergência declarado devido à covid-19, informou o executivo em comunicado.

A decisão foi tomada em Conselho de Ministros, tendo em conta "a evolução preocupante da situação epidemiológica e a proliferação de casos registados de contágio da covid-19, tanto a nível regional, como a nível mundial, e tendo em vista evitar e neutralizar os riscos de propagação do SARS-CoV-2, assim protegendo a saúde pública e a capacidade de resposta do Sistema Nacional de Saúde".

Motivo pelo qual "o Governo propõe ao senhor Presidente da República que, com a extensão da declaração do estado de emergência, se permita a suspensão ou a restrição dos direitos de circulação internacional, de circulação e de fixação de residência e de resistência".

Na prática, trata-se de manter em vigor as restrições que estão atualmente a aplicar-se no país durante o atual período de exceção -- o quarto desde o início da pandemia, que termina oficialmente a 04 de setembro.

Governo timorense anuncia novo caso, o segundo ativo no país


Díli, 26 ago 2020 (Lusa) -- A ministra da Saúde timorense anunciou hoje um novo caso de covid-19 no país, o segundo atualmente ativo, explicando que se trata de um cidadão indonésio que viajou de Jacarta e entrou este mês, por terra, no país.

Odete Belo disse, em conferência de imprensa na sede do Ministério da Saúde, que se trata de um cidadão que estava em quarentena em Díli e que viajou por terra, entrando em Timor-Leste pela fronteira com a metade indonésia da ilha.

"Hoje Timor-Leste regista um novo caso positivo da covid-19. Há 25 pessoas recuperadas, uma no centro de Vera Cruz e o novo caso está a ser transferido agora para o mesmo centro de isolamento", referiu.

"O paciente viajou de Jacarta para Kupang a 11 de agosto com um avião da Batik Air, viajou para Atambua de avião e a 12 de agosto o paciente fez viagem de Atambua até Díli", referiu.

Trata-se do 27.º caso no país desde o início da pandemia, com um total de 25 recuperados.

Odete Belo explicou que o cidadão fez parte de um grupo de 84 pessoas que entrou no país nesse dia, dos quais sete estavam em autoquarentena e 77 em confinamento obrigatório.

A amostra foi recolhida a 22 de agosto, confirmando o caso, tendo sido realizados testes adicionais a 14 outras pessoas com quem teve contacto.

Portugal | Porque não?


Rui Sá* | Jornal de Notícias | opinião

Tenho lido, por aqui, inúmeros textos sobre a Festa do Avante!. Uns dramáticos, outros piadéticos, outros provocatórios. Mas todos eles expressando ódio à festa.

Compreendo os receios de muita gente, até porque o "sucesso" do nosso combate inicial à pandemia se baseou no medo inculcado nas pessoas. Mas distingo esse compreensível receio da campanha orquestrada que, a pretexto da pandemia, explora esse medo para tentar acabar com a festa ou, mais precisamente, com aqueles que a organizam. Coloque-se, então, a questão ao contrário: porque não organizar a Festa?

A densidade estabelecida para a ocupação do espaço é igual à que foi utilizada para a ocupação das praias. Os concertos têm, como os inúmeros festivais que têm vindo a ser organizados, lugares definidos mantendo regras de afastamento. Os restaurantes, todos ao ar livre, seguem as regras impostas para os milhares de restaurantes a funcionar no país.

O espaço do livro terá uma organização não muito diferente da das feiras do livro do Porto e de Lisboa. A lotação do recinto não é muito diferente do número de bilhetes já vendidos para o circuito de Fórmula 1 do Algarve. Os espaços para o cinema e para o teatro seguem as regras das salas de espetáculo - embora sejam ao ar livre. Foram definidos, como acontece nos espaços comerciais e nas empresas (com a agravante de, neste caso, serem espaços fechados), percursos de circulação e medidas sanitárias de proteção. Então porque não organizar a festa?!

Na verdade, os que peroram contra a festa não estão preocupados com a possível propagação do vírus (veja-se como aplaudem a abertura aos turistas ingleses, sem qualquer controlo de saúde à entrada...). O que gostariam era que a tentação securitária permitisse suspender a democracia.

E há uns chatos duns comunistas que resistem a isso e insistem em dizer (e praticar!) que não baixam a guarda quando, em nome da pandemia, alguns procuram pôr direitos (políticos, sociais, económicos e culturais) em causa.

*Engenheiro

Leia em Jornal de Notícias:

Portugal | Regresso à escola? Atualmente? Não, obrigado!


Principalmente nos alunos de mais tenra idade, que frequentam o chamado Ensino Básico (dos 6 aos 10 anos) a medida imposta pelo governo, do regresso à escola, não será séria se acaso não for complementada com alternativas para os pais que forem objetores da decisão ministerial por temerem o eventual contágio dos seus filhos, adquirido nas escolas, e consequente contágio em casa aos familiares. Principalmente os que padecerem de doenças, de idades avançadas, etc. Em que o risco de perderem a vida é maior. As próprias doenças respiratórias das crianças constituem também doenças de risco.

Os receios são perfeitamente justificados. A percentagem de risco de contágio é enorme. Como podem os governantes exigir aos país, aos encarregados de educação, que conduzam as suas crianças à escola, sabendo que estão a pô-los em risco, assim como ao restante agregado familiar?

No Página Global inserimos dois textos que talvez possam contribuir para formarmos melhor opinião e tomar as decisões acertadas, nunca descurando a saúde das crianças nem dos seus familiares em viverem em comum.

O texto do Público é condicionado, mesmo assim contribuirá para avaliar em parte aquela opinião. O segundo texto é livre, em Ativa, do Sapo.

Certo é que têm de existir alternativas para os pais que objetem pôr os seus filhos em risco. Câmaras nas salas de aula correspondentes será uma alternativa a considerar. O MNE já estudou essa possibilidade? Ou outras?

Boa leitura. Melhor esclarecimento. 

Sabemos que não há quem possa assegurar a cem por cento que os alunos não serão contagiados, portanto...

PG

O porquê do não regresso à escola

E não, o distanciamento social, as máscaras e as viseiras, a separação dos alunos, os sentidos únicos nas salas e corredores, a lavagem frequente das mãos, os intervalos mais curtos, o take-away da hora de almoço, nada disto é suficiente quando é apenas uma questão de tempo até que um professor ou uma criança fique infectada.

Com a chegada de Setembro e a reabertura compulsiva das escolas, voltamos a interrogar-nos sobre o quão seguro será enviar os nossos filhos, as nossas crianças, para a escola. A resposta é simples: não é seguro. Porque não há uma vacina. Porque não há uma cura. Porque, de há quase um ano para cá, pouco ou nada mudou.

Continuamos com medo. Continuamos sem abraçar ou beijar pais e filhos, irmãos e amigos ainda hoje vistos à distância de um aceno do topo de um andar ou na lonjura do quintal. Porque ir ao café ou entrar num restaurante está ainda a anos-luz de distância.



Texto condicionado, no Público


Mais de metade dos pais portugueses não quer que os filhos regressem à escola

Do universo de pais europeus que participaram num inquérito recente, os portugueses são os que têm maiores reticências em relação às aulas presenciais.

Algumas semanas antes do início do novo ano letivo, os pais partilham as suas opiniões sobre o regresso presencial às aulas e as dificuldades que enfrentarão, caso as escolas e os jardins de infância não reabram devido à pandemia de COVID-19.

Num inquérito realizado pela Yoopies – plataforma internacional que permite conciliar a procura e a oferta de cuidados infantis e serviços domésticos – à sua comunidade, apenas 44% dos participantes esperam que os seus filhos possam regressar à escola no futuro próximo. Por sua vez, 56% dos inquiridos temem uma segunda vaga da doença e mostram-se preocupados com a segurança das crianças e com o bem-estar geral da família.

A situação profissional tem peso

Entre os pais que afirmam apoiar a decisão do Governo de levar as crianças de volta à escola em setembro, da forma tradicional, 60% trabalham a tempo inteiro, 25% trabalham a tempo parcial e 15% não trabalham.

Em geral, apesar dos pesares, este regresso é considerado fundamental para o reinício de uma vida “normal” para toda a família. Ou seja,  para que os pais possam concentrar-se no trabalho e para que as crianças e os jovens possam reintegrar-se num contexto social e educativo, que é fundamental para o seu crescimento.

Como fica o trabalho dos adultos?

Embora 73,3% dos pais admitam que a rotina se torna complicada quando estão a trabalhar em casa e a cuidar dos filhos, em simultâneo, os portugueses também demonstram ser flexíveis quanto às possibilidades de teletrabalho ou de trabalho a tempo parcial.

De acordo com o inquérito, 81% diz que um dois pais pode ficar em casa com as crianças se as escolas voltarem a fechar portas, enquanto 19% afirma que nenhum dos pais (ou progenitores individuais) teria a possibilidade de fazê-lo. A escolha destas famílias seria, portanto, entre a interrupção do trabalho (desemprego ou licença sem vencimento para aqueles que estão empregados), o apoio de outros membros da família e, eventualmente, a contratação de uma ama ou babysitter a tempo inteiro, o que afetaria negativamente a estabilidade económica de muitas famílias.

Um consenso claro em (quase) toda a Europa

Apesar do aumento de casos em toda o continente europeu , a maioria dos pais quer mandar os seus filhos de volta às escolas em setembro – à exceção de Portugal. A percentagem de pais que desejam a reabertura das escolas é a seguinte: França: 78%; Lituânia: 77%; Reino Unido: 76%; Itália 63%; e Espanha 59%.

Da Lua à Fossa Lusa vai uma grande distância


Os chineses vão habitar a Lua. Os velhos portugueses estão na fossa, muitos mais que outros. Também cerca de dois terços da população portuguesa está na fossa. Os odores societários são de pivete insuportável e inadmissível. Escandaloso. A isso os mesmos do costume dizem que precisam de tempo para enfrentar e solucionar os problemas. Os que se governam, mal governando o país. Costa já não anda muito distante de Passos no dizer e no fazer. Que a culpa é da crise covid… Deixem-se de tretas. De mentiras sistemáticas. Governem bem sem olhar a quem. Olhem o coletivo e terminem com as gritantes situações desumanas dos mais carenciados, desempregados, etc. Nunca o fizeram. A sério, nunca o fizeram! 

Deixem-se de cambalachos, de amiguismos, de boys e girls, de interesses pessoais e partidários, de servir o neofascismo que avança em nome de um neoliberalismo. Neo, de novo? Como de novo se eles são sempre os mesmos? Por exemplo: há milhões para o Novo Banco e outros, milhões para distribuir pelos que tramam os portugueses, mas não há milhões, nem sequer milhares para resolver seriamente e definitivamente os problemas de Portugal e dos portugueses que labutam muitas vezes subalimentados e sem casas e empregos que respeitem suas dignidades – como reza na Constituição. Ou talvez já não… Com políticos e deputados desonestos tudo é possível. Até ignorar a Constituição, como acontece recorrendo aos "alçapões legais".

Bom dia. Curto nesta manhã de terça-feira. Não estamos para conversas moles aqui no PG.

Tenham o melhor dia possível. Apreendam o que interessar do expresso Curto a seguir. É sempre útil saber o que dizem, o que opinam ou noticiam. Depois, cada cabeça sua sentença. Vão nessa e pensem para um coletivo de muitos milhões. Somos todos nós.

Amanhã talvez haja mais na entrada do Curto no PG. Talvez. Não é certo. Certo é o que aqui se espraia e deixa perceber que da Lua à fossa vai uma grande distância, e maus odores. Estamos a ficar muito saturados com estes desfiles de tanta sacanagem.

Fala-se de tréguas nestes momentos mais agitados. Tréguas entre os que são farinha do mesmo saco? Enquanto quem se trama são os velhos, os mais fragilizados, a plebe.

Bom dia. Olho vivo. Vá nessa, a seguir.

FS | PG

Portugal | Para além da crise da Covid-19


Cabe aos governantes definirem uma estratégia segura de resposta à situação, pautada por princípios de equidade e justiça social.

Duarte Caldeira* | AbrilAbril | opinião

São múltiplas as consequências já identificadas da pandemia da Covid-19, nos mais diversos domínios da nossa vida coletiva, em especial as de natureza económica e social.

Desemprego para muitos milhares de trabalhadores, encerramento de centenas de pequenas e médias empresas, acentuação das desigualdades territoriais, com particular agravamento das condições de vida das populações do Interior, são algumas das muitas maleitas que a pandemia gerou, para além das vítimas mortais que a doença já ceifou.

Neste contexto, cabe aos governantes definirem uma estratégia segura de resposta à situação, pautada por princípios de equidade e justiça social, materializados na adoção de políticas que potenciem a recuperação do tecido económico, salvaguardem os postos de trabalho, promovam a produção nacional e apostem no investimento público. Para completar este quadro, importa também que o Governo se liberte das tutelas constitucionalmente ilegítimas e assuma escolhas.

Entre os setores que urge reanalisar e ajustar às lições da Covid-19 conta-se o sistema de segurança interna, nas suas múltiplas variáveis, nomeadamente quanto à sua componente de gestão de crise.

O sistema vigente está alicerçado em paradigmas que a pandemia veio questionar e, até, tornar obsoletos.

Portugal | Investigação do Ministério Público ao Novo Banco aguarda auditoria especial


Ministério Público aguarda as conclusões de uma auditoria da Deloitte pedida em março de 2019 e que continua a ser adiada. A auditoria poderá revelar mais dados sobre negócios ruinosos do Novo Banco.

Os vários negócios polémicos do Novo Banco, alguns dos quais têm forçado o Estado português a injetar anualmente centenas de milhões de euros através do Fundo de Resolução, deram há meses origem a uma averiguação preventiva do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). O objetivo é perceber se existem indícios de crime nos ditos negócios polémicos. A confirmar-se, seria necessário abrir um inquérito. 

Segundo notícia da edição desta terça-feira do jornal Público(link is external), é provável que o Ministério Público converta esta averiguação em inquérito que terá por objetivo investigar crimes como burla, gestão danosa e participação económica em negócio. Mas um dos motivos pelos quais a decisão foi adiada, ao que o Público apurou, foi por continuarem a não ser conhecidas as conclusões da auditoria que o Governo pediu à consultora Deloitte. Esta auditoria, que continua a ser adiada, poderá revelar mais elementos que permitirão analisar os negócios em causa. 

Sobre um grande criminoso do Brasil e outros crimes anunciados


#Publicado em português do Brasil

Furibundo, Bolsonaro tenta silenciar a dúvida que corre o mundo: ''por que sua mulher recebeu...''

Extraído de Carta Maior apresentamos em PG o Clipping Internacional  com notícias internacionais sobre o Brasil, notícias do mundo e artigos. Autoria de Carlos Eduardo Silveira. Amanhã há mais, é só ler em Carta Maior. 

1 - NOTÍCIAS INTERNACIONAIS SOBRE O BRASIL

BOLSONARO. A tentativa de Bolsonaro de encerrar o debate sobre pagamentos misteriosos sai pela culatra. Jair Bolsonaro ameaçou um repórter no domingo quando pediu ao presidente que explicasse por que um ex-policial com supostas ligações com a máfia do Rio pagou milhares de libras na conta bancária de sua esposa. O líder brasileiro com experiência em mídia social está enfrentando talvez a reação online mais severa de sua presidência depois de tentar, sem sucesso, apagar perguntas sobre as transações financeiras de sua família, avisando um jornalista que ele queria "quebrar sua cara". “Presidente Jair Bolsonaro, por que sua esposa Michelle recebeu 89 mil reais de Fabrício Queiroz?” eles tuitaram em uníssono para o líder de extrema direita do Brasil. (The Guardian, Inglaterra; Esquerda.net, Portugal; El País, Espanha; El Periódico, Espanha; Le Parisien, França; Il Messaggero, Itália; La Stampa, Itália; El Espectador, Colômbia; El Clarín, Argentina; El Telégrafo, Equador; El País, Uruguai; El Desconcierto, Chile; Diário Correo, Peru;. Últimas Notícias, Venezuela; Global Times, China) | bit.ly/31op36S | bit.ly/32sZkt8 | bit.ly/2YvrIcU | bit.ly/3aTbRKt | bit.ly/31oLkl9 | bit.ly/2EfNomJ | bit.ly/2QoJURm | bit.ly/3goRq9o | bit.ly/2D0R2jG | bit.ly/2QkddEq | bit.ly/3huAQGb | bit.ly/3homKWU | bit.ly/3jac1Qo | bit.ly/31roaub | bit.ly/2CY7ilw

FLORDELIS. Política evangélica acusada de ser a mentora do assassinato 'bárbaro' do marido pastor. Uma congressista brasileira que canta gospel foi acusada de ser a mentora do assassinato “bárbaro” de seu marido pastor, após pelo menos seis tentativas frustradas ou abortadas de matá-lo com veneno ou em roubos encenados. Mas as alegações de uma conspiração familiar bizarra e sombria para assassinar o pregador evangélico surgiram na segunda-feira, quando a polícia prendeu cinco dos filhos de Flordelis e uma neta por envolvimento no crime. “O motivo era que ela estava descontente com a maneira como o pastor Anderson vivia sua vida e administrava as finanças da família.” (The Guardian, Inglaterra; The New York Times; El País, Espanha; Diário de Notícias, Portugal; La Vanguardia, Espanha; L’Express, França; Tribune de Genève, Suíça; El Mercurio, Chile) | bit.ly/3jac2nq | nyti.ms/2QjZ1vg | bit.ly/2CXyL6R | bit.ly/3aZn9N5 | bit.ly/31tK5kG | bit.ly/2Qld6Zp | bit.ly/3jac3aY | bit.ly/3gAxws9

DESMATAMENTO. Um manifesto de 24 ONGs francesas foi publicado nesta segunda-feira (24) pela emissora FranceInfo sobre os incêndios na Amazônia. As entidades pedem ações concretas da França contra as queimadas, como a recusa do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, assinado no ano passado entre os dois blocos. (RFI, França) | bit.ly/3laPFA2

BOLSONARO. Bolsonaro diz que jornalistas 'covardes', usando a gíria de “bundões”, tem maior probabilidade de morrer. O presidente Jair Bolsonaro continuou seu ataque a jornalistas durante um evento público na segunda-feira, descrevendo os repórteres como "fracos" e dizendo que eles têm grandes chances de morrer de Covid-19 porque são não atléticos. (The New York Times, EUA; Tiempo Argentino, Argentina) | nyti.ms/32pivnJ | bit.ly/3liOCOI

GOVERNO BOLSONARO. O presidente do banco central brasileiro, Roberto Campos Neto, disse que não foi sondado sobre a substituição do ministro da Economia, Paulo Guedes, se ele eventualmente deixar o cargo, e disse que toda a ideia é uma "não-questão". (The New York Times, EUA) | nyti.ms/3jhAnI9

BOLSONARO. "Ela deu o furo", "cala a boca", "bundões". Bolsonaro ataca imprensa dez vezes por semana. A frase "a minha vontade é encher a tua boca de porrada", dita pelo presidente da República no domingo, ao ser questionado sobre depósitos suspeitos na conta da primeira-dama, é apenas o último episódio de uma longa lista de insultos a jornalistas. (Diário de Notícias, Portugal; La Vanguardia, Espanha) | bit.ly/3guLpb7 | bit.ly/2YpdbQb

COVID-19. Brasil ultrapassa os 115 mil mortos após somar 565 óbitos em 24 horas. O Brasil registou 565 mortos devido à Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para 115.309 o número total de óbitos desde o registo oficial da pandemia no país, em 26 de fevereiro, informou hoje o executivo. Segundo o Governo, 223 das 565 mortes ocorreram nos últimos três dias, mas só foram englobadas nos dados de hoje, quando está a ser investigada a possível relação de 2.889 óbitos com a Covid-19. Em relação aos infetados, o país sul-americano totaliza 3.622.861 casos confirmados, sendo que 17.078 destes foram contabilizados nas últimas 24 horas. (Diário de Notícias, Portugal; Sputnik News, Rússia; La Vanguardia, Espanha; El Periódico, Espanha) | bit.ly/3gpZCWD | bit.ly/32nwURn | bit.ly/3hw9W0W | bit.ly/3gsBxP9

CLOROQUINA. O presidente brasileiro Jair Bolsonaro recebeu dezenas de médicos nesta segunda-feira e insistiu em sua convicção sobre a eficácia da cloroquina contra a COVID-19, que já causa cerca de 115 mil mortes e 3,6 milhões de infecções no país. "A história não vai lembrar dos fracos, covardes e agourentos", disse Bolsonaro em cerimônia realizada no palácio presidencial com representantes de grupos de médicos que promovem o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina contra o coronavírus. (La Vanguardia, Espanha; La Diária, Uruguai) | bit.ly/3gueraX | bit.ly/34vXzxX

REDE GLOBO. O presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que na véspera expressou seu desejo de agredir um jornalista, voltou a denunciar a imprensa na segunda-feira ao sugerir supostas ligações entre o grupo Globo e um doleiro preso por lavagem de dinheiro e que aguarda “explicações da família Marinho (dona do grupo de comunicação) sobre a denúncia do doleiros , referindo-se ao empresário Darío Messer, condenado a 13 anos de prisão. (La Vanguardia, Espanha) | bit.ly/2QmHN0n

RONALDINHO GAÚCHO. Ronaldinho, sob suspeita de uso de documentos oficiais falsos, foi libertado e pode deixar o Paraguai retornando ao Brasil. (Le Monde, França; La Stampa, Itália) | bit.ly/2CV8Xbk | bit.ly/31pnVjq

CASO QUEIROZ. O escândalo em torno da primeira-dama do Brasil e despertou a ira de Jair Bolsonaro. presidente brasileiro ameaçou espancar um jornalista após ser questionado sobre um caso de corrupção em que sua esposa, Michelle, e seu filho, Flavio, estavam envolvidos. Por que o presidente se preocupa em perguntar sobre esse assunto? Aqui está a explicação. (El Espectador, Colômbia) | bit.ly/3lfMgA7

O Brasil vive a banalização da morte?


#Publicado em português do Brasil

Invisível para muitos, a maior tragédia sanitária da história brasileira virou uma macabra estatística. A ilusão da volta ao normal, dizem antropólogos, sociólogos e psicólogos, esconde uma espécie de negação coletiva.

Há mais de três meses, em 19 de maio, o Brasil registrou pela primeira vez mais de mil mortos em 24 horas em decorrência da covid-19. Desde então, a situação epidemiológica do país, que já soma oficialmente mais de 113 mil óbitos pela pandemia, estabilizou-se em um trágico platô.

Se a situação sanitária parece longe de estar sob controle, por outro lado os discursos são de retomada de economia: há dois meses as atividades vêm sendo gradualmente reiniciadas em todo o território nacional, o isolamento social se afrouxa, e está sendo discutida a reabertura das escolas.

Para o antropólogo, cientista social e historiador Claudio Bertolli Filho, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e autor do livro História da Saúde Pública no Brasil, o país vive um cenário de "banalização da morte”.

Escravidão moderna nos EUA: a exploração sexual das mulheres


#Publicado em português do Brasil


A escravidão moderna refere-se às condições de trabalho desumanas às que milhões de pessoas são expostas: trabalho imposto, servidão sexual, tráfico de pessoas, matrimonio forçoso e trabalho infantil. Implica roubar o trabalho de milhões de pessoas para que outros obtenham ganhos, despojar as vítimas de participar plenamente da vida política e econômica da sociedade.

Assim foi descrito pelo diretor do Centro para a Investigação de Políticas, da Universidade das Nações Unidas, James Cockayne, em entrevista para a Telesur.

O relatório do Departamento de Estado dos EUA precisa que o «tráfico de pessoas», «tráfico de seres humanos» e «escravidão moderna» são termos gerais para se referir «aos atos de recrutar, albergar, transportar, fornecer ou obter uma pessoa para a obrigar a realizar trabalhos forçosos ou atos de comércio sexual, mediante o uso de força, logro ou coação».

Mais de 400 mil pessoas nos EUA vivem em condições de escravidão moderna, segundo um estudo publicado pela Walk Free Foundation (WFF).

É um fenômeno que parece não ter limites de crescimento nesse país, onde o tráfico de pessoas com o propósito de servidão e exploração sexual, converteu-se em um negócio para os traficantes.

Os refugiados esquecidos na fronteira do México com os EUA


#Publicado em português do Brasil

Há dois anos, milhares de centro-americanos marcharam rumo aos EUA. Imagens da caravana correram o mundo. No México, muitos deles ainda aguardam resposta americana sobre pedido de refúgio, e agora enfrentam a pandemia.

No início de março, quando o enfermeiro americano Ryan Kerr decidiu ficar mais algumas semanas no campo de refugiados de Matamoros, e nicaraguana Maria [nome alterado pela redação] segurava em suas mãos outro pedido de refúgio negado pelos EUA, rumores sobre um vírus contagioso circulavam na fronteira do Golfo do México.

Os refugiados se mantiveram impassíveis, afinal, o que mais poderia acontecer depois da violência e da pobreza que vivenciaram em sua terra natal na América Central, e da caminhada até ali, no norte do estado mexicano de Tamaulipas, onde muitos foram roubados, espancados e muitas mulheres estupradas?

Agora, quase meio ano depois, muitos refugiados no acampamento mexicano Matamoros, na fronteira com o Texas, nos Estados Unidos, estão completamente desesperados. Eles estão praticamente entregues ao coronavírus, e, devido à política de isolamento do presidente Donald Trump, a chance de conseguirem um visto para os EUA é quase inexistente. 

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