sábado, 29 de agosto de 2020

Bielorrússia | A 'Revolução colorida' está morta. Viva o Estado-união


#Publicado em português do Brasil


Ben Rhodes @brhodes - 4:11 UTC · 11 Aug 2020
Norte-americanos, temos de reconhecer que a luta contra Lukashenko na Bielorrússia é luta dos EUA. É parte da luta contra a mesma tendência subversiva que atormentou EUA, Rússia, Turquia, Hungria, Hong Kong, Brasil, Israel, Egito, Filipinas, Zimbábue e outros. Precisamos resistir, com firme solidariedade [Epígrafe acrescentada e negritada pelos tradutores].

O golpe para levar a efeito uma 'revolução colorida' na Bielorrússia, que previmos em junho, evoluiu ao longo da semana passada. Mas eventos de hoje deixam claro que em pouco tempo o golpe estará derrotado.

De um lado, o presidente Alexander Lukashenko declarava que obtivera 80% dos votos na eleição de domingo passado; de outro, a candidata do 'ocidente', Svetlana Tikhanovskaya declarava-se eleita. (Embora 80% seja demais, é praticamente certo que o verdadeiro vitorioso na eleição tenha sido Lukashenko.) Seguiram-se protestos e tumultos. Na 3ª-feira, Tikhanovskaya foi informada em termos perfeitamente claros, de que devia deixar o país. Acabou na Lituânia.

Durante a semana, vários tumultos noturnos foram dissolvidos pela Polícia. Vários manifestantes foram 'contidos'. Vídeos desses incidentes foram usados pelos 'jornalistas ocidentais' de sempre, como 'prova' de extraordinária brutalidade policial. Como se nenhum daqueles escribas servidores do império jamais tivesse visto como policiais 'ocidentais' reagem quando o povo joga garrafas e fogos de artifício contra eles.

O genocídio dos EUA contra os nativos americanos


#Publicado em português do Brasil

Em 25 de agosto, o Politico, um meio de comunicação político, informou que o governo Trump está considerando chamar a chamada "repressão" da minoria uigur muçulmana em Xinjiang de "genocídio". E se não houvesse consenso suficiente para usar o termo genocídio, o governo acusaria a China de "crimes contra a humanidade" ou "limpeza étnica".

Apesar do fato de que Xinjiang está desfrutando de um desenvolvimento econômico sustentado sem precedentes, estabilidade social e vibração cultural, a administração Trump ainda está caluniando e difamando a China em questões relacionadas a Xinjiang e definindo medidas legais chinesas sobre contraterrorismo e antisseparatismo. e desradicalização do "genocídio". Ironicamente, se olharmos a história, o que os Estados Unidos fizeram com os nativos americanos pode ser chamado de genocídio.

Depois que a independência dos Estados Unidos foi reconhecida pela Grã-Bretanha em 1783, os colonos americanos começaram sua expansão secular para o oeste, em grande parte exterminando os nativos americanos e conquistando suas terras. O governo dos EUA autorizou mais de 1.500 guerras, ataques e incursões contra índios, a maioria de qualquer país do mundo contra seus povos indígenas. Quando Colombo chegou em 1492, estima-se que 5 a 15 milhões viviam na América do Norte. O número caiu drasticamente para menos de 238.000 no final do século XIX.

Os nativos americanos foram expulsos das terras onde viveram por gerações e privados do direito à vida. O Indian Relocation Act de 1830 forçou as tribos indígenas do sudeste a se moverem do leste do rio Mississippi para o oeste. A jornada para o oeste foi supervisionada e controlada por patrulhas do exército e da milícia. Entre 1830 e 1850, o governo forçou quase 100.000 nativos americanos a deixar suas terras natais, milhares dos quais morreram de doenças, fome e frio. Essa jornada perigosa mais tarde ficou conhecida como a "Trilha das Lágrimas".

EUA | Washington: Manifestantes antirracistas dizem que estão "fartos de promessas"


Entre repulsa e determinação, manifestantes antirracistas reuniram-se hoje no centro de Washington para exigir o fim da violência policial contra a minoria negra, após uma série de incidentes que reabriram as feridas raciais nos Estados Unidos.

"Estamos fartos de promessas que não cumpriram", afirmou o reverendo Al Sharpton diante do memorial erigido em honra de Abraham Lincoln, o antigo Presidente norte-americano que aboliu a escravatura nos Estados Unidos há cerca de século e meio.

Cerca de 57 anos depois do emblemático discurso do líder da luta pelos direitos cívicos Martin Luther King -- "I have a dream" (Eu tenho um sonho) -- dezenas de milhares de pessoas desfilaram novamente pelas ruas da capital federal para reclamar a igualdade entre todos.

"As vidas dos negros contam e não nos vão deter até que contem em todo o mundo", acrescentou o reverendo norte-americano.

"Antes de ser atleta, sou uma mulher negra"


Tenista Naomi Osaka anuncia que boicotará a semifinal do torneio WTA em protesto contra a violência policial que atinge cidadãos negros nos EUA. Desportistas de diversas modalidades retiraram-se de partidas decisivas.

A japonesa Naomi Osaka boicotará o seu jogo pela semifinal do torneio WTA esta quinta-feira (27.08) em Nova Iorque. A tenista anunciou que não comparecerá ao seu jogo em protesto contra os tiros desferidos por um polícia contra um homem negro desarmado em Wisconsin, nos  Estados Unidos.

Jacob Blake, de 29 anos, foi baleado nas costas quando entrava num carro com seus filhos. A vítima está internada no Hospital Froedtert, em Milwaukee, e corre o risco de perder os movimentos do corpo.

O episódio ocorre três meses após o assassinato de George Floyd - um afro-americano também desarmado, que morreu depois de um polícia de Minneapolis ter pressionado o seu pescoço com o joelho.

África | Burundi poderá exigir 36 mil milhões de euros de Alemanha e Bélgica


Crimes coloniais

Além da Namíbia, Tanzânia e Burundi exigem reparações por crimes coloniais da Alemanha. Parlamento do Burundi faz estudo com peritos para argumentar indemnização. Para Alemanha, trata-se de uma questão moral e política.

Na sequência das conversações em curso entre Alemanha e Namíbia, o Burundi também exige reparações por crimes cometidos durante o período colonial alemão.

Um grupo de peritos nomeados pelo Parlamento do Burundi prepara um relatório sobre a questão e já há uma estimativa de compensação financeira que deverá ser exigida de Alemanha e Bélgica: 36 mil milhões de euros.

"Acusamos a Alemanha de agressão brutal contra o Burundi. A Alemanha sujeitou militarmente o Burundi, ocupou o seu território e oprimiu economicamente o seu povo", argumenta o historiador Aloys Batungwanayo, professor na Universidade de Lausanne e membro da comissão de peritos.

África ultrapassou os 29.000 mortos nas últimas 24 horas


Os mortos em África devido à pandemia de covid-19 ultrapassaram os 29.000 nas últimas 24 horas, com os infetados a totalizarem agora 1.228.971, segundo dados oficiais.

O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), que reúne os dados mais recentes dos relatórios oficiais dos 55 membros da organização, indica que a pandemia já provocou 29.087 mortos, mais 237 do que na sexta-feira.

Nas últimas 24 horas registaram-se 8.460 novas infeções, o que totaliza 1.228.971 casos na região, onde foram dados como recuperados 953.643 doentes (mais 7.283).

A África Austral continua a registar o maior número de casos e de mortos de covid-19, com 664.041 infeções e 14.715 mortos.

Só a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 620.132 e 13.628 vítimas mortais.

O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem agora 223.718 pessoas infetadas e 8.344 mortos e na África Ocidental o número de casos subiu para 158.685 e o de vítimas mortais para 2.370.

Na região da África Oriental, o número de casos de covid-19 é hoje de 128.947 e 2.619 mortos e na África Central estão contabilizados hoje 53.580 casos de infeção e 1.039 óbitos.

Egito, que é o segundo país com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 5.362 mortos e 98.285 infetados, seguindo-se a Argélia, com 1.470 mortos e 43.852 casos.

Marrocos contabiliza hoje 58.489 infetados e 1.052 vítimas mortais.

Nos cinco países mais afetados, estão também a Nigéria, que regista 53.477 infetados e 1.011 mortos, e o Sudão: 13.082 infetados e 823 mortos.

Situação nos PALOP

Entre os países africanos lusófonos, Cabo Verde lidera em número de casos (tem hoje 3.745 casos e 38 mortos), seguindo-se Moçambique (3.697 casos e 21 mortos), Angola (2.471 casos e 106 mortos) e São Tomé e Príncipe, com 895 casos e 15 vítimas mortais. A Guiné-Bissau mantém os indicadores (2.205 infeções e 34 mortos), de acordo com os dados divulgados pelas autoridades oficiais destes países.

A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), registou 4.941 pessoas infetadas e 83 mortes.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito em 14 de fevereiro e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 826 mil mortos e infetou mais de 24,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Notícias ao Minuto | Lusa

Portugal racista e os cúmplices


Paulo Baldaia | Diário de Notícias | opinião

Num país em que uma vítima de racismo é julgada e sentenciada sem que se conheça o estado em que estão os processos contra os agressores, já podemos assumir que o racismo não é apenas um desvio de dúzia e meia de malucos e que o resto do país também tem responsabilidades pela generalizada indiferença com que lida com o tema? Num país em que o governante que tem responsabilidades nesta matéria, meio ano depois do flagrante delito, no mesmo mês em que a vítima foi sentenciada, o que tem para lhe dizer é que "para ser uma boa justiça nunca pode haver resultados imediatos", já podemos assumir que há uma cumplicidade do governo no falhanço da luta contra o racismo?

É chover no molhado apontar o dedo à extrema incompetência de João Paulo Rebelo. Não pode ser a permanência desta nulidade política no governo a justificar a incompetência das instituições na forma como lidam com o fenómeno do racismo em Portugal. Onde foi parar a indignação generalizada com o ataque racista de que Marega foi vítima no estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães? Onde pára o Presidente da República que apareceu indignado a defender a Constituição e a condenar o racismo? Onde pára o primeiro-ministro que apareceu pronto a concluir que "nenhum ser humano deve ser sujeito a esta humilhação"? Onde pára o presidente da Federação Portuguesa de Futebol que rapidamente apareceu a prometer mão dura, porque "os comportamentos racistas são intoleráveis numa sociedade aberta e evoluída"?

Portugal | Morte de Sá Carneiro. "O comportamento de Balsemão é inexplicável"


Sá Carneiro, primeiro-ministro
40 anos após a morte de Sá Carneiro, o irmão de uma das vítimas insurge-se contra a manipulação do atentado e a transformação oficial em acidente. Em centenas de páginas, apresenta o envolvimento americano e declara-os "mandantes" da operação fatal

Em Os Mandantes do Atentado de Camarate - O Envolvimento Americano, Alexandre Patrício Gouveia desenvolve uma investigação em que afirma ter existido um atentado que causou a morte de Sá Carneiro e de outros passageiros na avioneta em que seguiam para o Porto, questiona a posição do governo de então que optou imediatamente pela tese do acidente, e aponta os nomes dos norte-americanos envolvidos na operação, bem como os interesses das chefias militares portuguesas na venda ilegal de armas ao Irão.

A queda da avioneta matou, a 4 de dezembro de 1980, Francisco Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa,, Snu Abecassis, Manuela Amaro da Costa, António Patrício Gouveia, Jorge Albuquerque e Alfredo de Sousa.

34 anos depois soube-se quem assassinou Olof Palme. 40 anos depois, a morte de Sá Carneiro e de Adelino Amaro da Costa, entre outros, continua por se descobrir. A que se deve esta inoperância portuguesa?

Muitas vezes os autores morais dos atentados têm suficiente influência nas investigações que teriam de ser feitas pelo Estado e acabam por as inviabilizar. O caso mais evidente é o assassinato do presidente John Kennedy, que nunca produziu uma investigação profunda e coerente e ainda hoje vive de uma tese relativamente aceite e que tendo sido perpetrada por pessoas ligadas à Secretaria de Estado da Defesa americana tiveram influência suficiente para intervir e evitar que se deslindasse.

Portugal | "Conseguiria viver com 300 euros por mês?"


Mulher deixa Marcelo sem resposta

Presidente da República aconselhou os portugueses insatisfeitos a "votar noutro governo"

Marcelo Rebelo de Sousa foi esta sexta-feira confrontado por uma cidadã enquanto visitava a Feira do Livro no Porto, tendo interrompido o protocolo para ouvir as queixar da mulher.

"Porque é que o Presidente não nos ajuda? Quem manda é o Presidente ou o governo? Porque é que eu tive de assistir ao suicídio de um colega há uma semana? Porque é que nos tiram as tripas e temos de pagar tudo? Porque é que ajudam a TAP e os hotéis e a nós que somos microempresários não nos ajudam?", questionou a mulher.

Em resposta, o Presidente da República disse que quem faz as leis é o parlamento e apontou baterias para o governo. "Porque os portugueses votaram neste governo. Diga aos portugueses para votar noutro governo", ripostou.

Insistente, a mulher pediu "uma atitude em nome do povo" e chamou o salário mínimo para a conversa. "O salário mínimo continua em 530 euros. Era o que eu ganhava quando tinha 15 anos. Noutros países é superior a 1000. Agora com a pandemia é 300 euros. Quer viver com 300 euros por mês? O Presidente conseguiria? Quer ir viver para minha casa? Quer trocar comigo?", questionou.

Marcelo franziu a sobrancelha e não deu qualquer resposta, como se pode ver num vídeo publicado pela SIC Notícias.

Diário de Notícias

Portugal | Emprego e desemprego em tempos de pandemia


José Alberto Lourença | AbrilAbril | opinião

Pode estar prestes a verificar-se uma hecatombe no mercado de trabalho, se não houver medidas efectivas de apoio às micro e pequenas empresas, que são a esmagadora maioria do nosso tecido económico.

Cinco meses após o surgimento no nosso país dos primeiros casos identificados com a COVID-19, da declaração do estado de emergência durante 45 dias, entre 19 de Março e 2 de Maio, e da declaração de estado de calamidade que vigorou entre 3 de Maio e o final de Julho p.p., o impacto económico e social da actual pandemia sobre a nossa economia foi enorme, estimando-se uma queda no PIB do 2.º trimestre, comparativamente com o mesmo período de 2019, de 16,5%, e a destruição de milhares e milhares de empregos, com o consequente impacto na subida do desemprego.

Muitas empresas e serviços públicos foram obrigados a encerrar ou a funcionar de forma extremamente condicionada, a livre circulação de pessoas e bens foi travada, muitas famílias viram a sua vida pessoal e profissional extremamente afectada com o encerramento das escolas, tendo muitos pais sido forçados a ficar em casa para cuidar dos seus filhos.

O pacote de medidas compensatórias aprovadas pelo governo no plano económico e social para apoio das famílias e das empresas mostrou-se insuficiente, contrário às necessidades das famílias e das micro e pequenas empresas e dirigido sobretudo à defesa dos interesses dos sectores do grande patronato e dos grandes grupos económicos, como se verifica com o recurso indiscriminado ao lay-off, acesso às linhas de crédito criadas, atropelos aos direitos e à própria lei sindical, com a redução dos salários e outros rendimentos, a imposição do gozo de férias, entre outros abusos que têm vindo a ser denunciados.

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