domingo, 18 de outubro de 2020

Bill Gates: "Segunda onda de vacinas covid-19 virá no próximo ano" após a primeira


#Publicado em português do Brasil

Arjun Walia | Global Research, 18 de outubro de 2020 | de Collective Evolution 15 de outubro de 2020

O que aconteceu: Bill Gates apareceu recentemente no noticiário da NBC afirmando que depois que a primeira geração de vacinas COVID estiver disponível, uma segunda onda de vacinas chegará ao mercado, informando ao público que a vacina COVID será uma vacina multi-dose.

Aproximadamente 6 meses atrás, ele deu várias entrevistas, em uma delas afirmando  que “É justo dizer que as coisas não vão voltar ao normal até que tenhamos uma vacina que distribuímos basicamente para o mundo inteiro”.

Nesta entrevista mais recente, ele discutiu como a hesitação da vacina está em alta , mas não abordou as preocupações que os defensores da segurança da vacina comumente levantam, algumas das quais você pode ver nos artigos listados no final deste artigo. Em vez disso, como muitas outras entrevistas da mídia convencional e artigos sobre vacinas, a ideia de que elas não são completamente seguras e eficazes para todos parecia ser descartada como uma mera “teoria da conspiração”.

A partir daqui, ele foi questionado sobre a desinformação que é espalhada nas redes sociais e sobre a responsabilidade do governo de limitar, interromper e desacelerar sua disseminação. Mas isso levanta a questão: quanto dessas informações é realmente desinformação? Se cientistas e várias publicações levantam preocupações legítimas sobre vacinas, isso também parece ser colocado na categoria de 'desinformação' nas mentes de pessoas como Bill Gates.

EUA continuam a roubar o combustível da Síria

O caso mais recente foi denunciado pela imprensa este domingo, referente a uma caravana norte-americana de camiões cisterna que saiu de território sírio com destino ao Iraque.

Os camiões, carregados de petróleo, saíram no sábado da província síria da Hasaka em direcção à passagem ilegal de al-Walid, na fronteira com o Iraque, informa a Al Mayadeen.

Os militares dos EUA, em conjunto com membros das chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), controlam a maior parte dos campos petrolíferos na região da Jazira [Nordeste da Síria], de onde extraem ilegalmente toneladas de crude, bem como de alguns localizados nas províncias de Raqqa e de Deir ez-Zor.

Na direcção contrária – do Iraque para a Síria –, é constante a passagem por al-Walid de caravanas norte-americanas carregadas de equipamento militar e material logístico, que se destinam às bases ilegais que os Estados Unidos possuem no Nordeste do país árabe. Desde Janeiro, a frequência nunca é inferior a duas caravanas por semana, refere a Al Mayadeen.

Ontem, os habitantes da aldeia de al-Swedeya viram passar mais uma, tendo revelado à agência SANA que consistia de 30 viaturas carregadas com material, acompanhadas por veículos militares Hummer e por aviões.

AbrilAbril | Imagem: drimpic.pw

Portugal | Serenidade, competência e confiança

A proposta de lei aprovada pelo Governo e enviada à AR que «estabelece a obrigatoriedade de utilização da aplicação móvel StayAway Covid (...)» representa um lamentável exemplo de desorientação.

Duarte Caldeira | AbrilAbril | opinião

Ninguém tem dúvidas de que a situação pandémica do País é preocupante. O crescimento diário de infetados e o consequente número de internados, com inevitável pressão sobre a rede hospitalar do Serviço Nacional de Saúde, exige a adoção de medidas que impeçam o descontrole da situação. Nisto estamos todos de acordo.

Dada a complexidade da situação, exige-se dos responsáveis políticos, em especial do Governo, discernimento, racionalidade e ponderação nas decisões que tomam.

A proposta de lei aprovada pelo Governo e enviada à Assembleia da República que «estabelece a obrigatoriedade de utilização da aplicação móvel StayAway Covid, em contexto laboral ou equiparado, escolar, académico, nas Forças Armadas e de segurança, e na Administração Pública», representa um lamentável exemplo de desorientação.

O princípio geral que determina a necessidade de legislar com critérios de proporcionalidade que respeitem os direitos, liberdades e garantias fundamentais, nos termos da Constituição e da Lei, está claramente posto em causa com esta proposta de lei, pelo que é expectável que esta venha a ser rejeitada, tanto pela sua desadequação, como pelo espírito autoritário que lhe está subjacente.

Portugal | Mais 19 mortos e 1856 novos casos de covid-19

Há mais 19 óbitos por covid-19 e 1856 novas infeções em Portugal. Em 24 horas, 1081 doentes conseguiram recuperar e mais 72 foram hospitalizados.

Portugal contabiliza, este domingo, um total de 2181 óbitos (mais 19) associados à covid-19 e 99911 casos confirmados de infeção (mais 1856), segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde.

Na semana em que se ultrapassou pela primeira vez os dois mil casos diários (no dia 14, com 2072 infeções) e se bateu um novo recorde diário (dia 16, com 2608 positivos) detetaram-se 12477 novas infeções no país, entre 12 e 18 de outubro.

Dez das 19 vítimas mortais registam-se na região de Lisboa e Vale do Tejo e nove ocorreram na região Norte. Oito tinham 80 ou mais anos (cinco homens e três mulheres), seis tinham entre 70 e 79 anos (cinco homens e uma mulher) e cinco tinham entre 60 e 69 anos (três homens e duas mulheres).

A região Norte volta a somar mais casos positivos - este domingo são 1168 (39449 no total). Lisboa e Vale do Tejo tem mais 385 confirmações (47412), o Centro mais 231 (8214), o Alentejo mais 35 (1991), o Algarve mais 28 (2199), os Açores mais uma (318) e a Madeira mais oito (328).

Destaque para o aumento dos doentes internados: são mais 72 hospitalizações em 24 horas, num total de 1086 pacientes. Há 155 em cuidados intensivos (mais sete).

Já conseguiram recuperar da doença 59 mil pessoas (mais 1081) e há 54851 (mais 2308) contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Sandra Alves | Jornal de Notícias

ANGOLA vs PORTUGAL - Relações Comerciais | Costa Almeida na Business Trace

Eugénio Costa Almeida* - entrevista à revista angolana Business Trace

“Vários portugueses demandaram o “novo el Dourado” Angolano, e de Angola, como se sabe, muito dinheiro saiu para os cofres bancários e imobiliárias portuguesas” 

As relaçoes comerciais entre Angola e Portugal datam desde Janeiro de 1979, de lá para cá ja se passaram 41 anos, e tem sido uma relação motivada por altos e baixos, nesta edição vamos conversar com o Dr. Eugénio da Costa Almeida, especialista em Relações Internacionais, Escritor e Investigador Integrado do Centro de Estudos Internacionais do (CEI-IUL) do ISCTE-IUL, Lisboa, editado no trecho a seguir.

Vamos começar a nossa conversa com uma breve abordagem sobre a relação bilateral entre Angola e Portugal e como as parcerias comerciais e estratégicas se intensificaram.

Antes de mais deixe-me recordar os seus leitores que não sou economista ou gestor, mas um indivíduo da área das Ciências Sociais, um analista político-social da área das Relações Internacionais e da Estratégia e Segurança política. Por isso, tenho a certeza que me convidaram para esta entrevista, terei uma visão mais humanista das relações entre Angola e Portugal que um economista ou gestor, para quem os números serão mais importantes que as relações que levam àqueles.

Dito isto, de uma maneira geral as relações bilaterais entre Angola e Portugal têm se pautado pelo respeito mútuo entre 2 Estados independentes. Ainda assim, e como se sabe, são 2 países da mesma área linguística, considerados irmãos, por vezes, e talvez por causa disso, têm amuos ou quase exaltações nas relações inter-governamentais – e, sublinho, entre áreas do Executivo, porque a nível pessoal, e como, por certo adiante analisaremos, raramente acontecem – se estendem por largos períodos e que o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, chegou a considera-las de “irritante” por causa do processo judicial em Portugal denominado “Operação Fizz”, que envolveu o então Vice-presidente Manuel Vicente. Ultrapassado esse período de relações frias, ou seja, ultrapassado esse período “irritante” tudo voltou à normalidade. Creio, mesmo que as relações entre Portugal e Angola devem ser melhores que com a maioria dos outros países lusófonos. Há demasiados interesses mútuos que a isso o levam...

Ler completo em Business Trace – PDF

Eugénio Costa Almeida* - Ph.D - Investigador/Researcher/Pós-Doutorando -- Investigador em: CEI-IUL (ISCTE-IUL)  e  CINAMIL (Military Academy Research CenterPerfil Ciência-IUL

» Ler completo em Business Trace – PDF

» Em breve, estará no portal da revista, quando for publicada a edição 5: http://businesstrace.ao/

Moçambique | Centenas de idosos fazem greve em Chimoio

Centenas de idosos saíram às ruas de Chimoio, Moçambique, neste sábado, para reivindicar subsídios não recebidos de ajuda pós-Idai, do Instituto Nacional de Acção Social (INAS). Líder comunitário foi espancado.

Centenas de idosos da cidade de Chimoio, província de Manica, reivindicaram neste sábado (17.10) subsídios disponibilizados pelo Instituto Nacional de Acção Social (INAS), e que são integrados ao pós-emergência para vítimas do ciclone tropical Idai, que afetou severamente aquela camada social.

Os idosos vivem em situação económica vulnerável e recebem o apoio do INAS, após o ciclone ter afetado muitas famílias, cujas casas foram destruídas pela intempérie que arrasou a região centro do país, em Março de 2019.

Segundo os manifestantes, havia na lista de seus nomes assinaturas de pessoas estranhas e outros nomes não constavam da lista. Isso motivou a greve dos idosos, muitos dos quais acompanhados de seus familiares.

Os grevistas acusam a liderança do bairro de ser o possível mentor de fraude ao pagamento dos subsídios. Ou seja, trocar e retirar nomes dos afetados das listas, colocando nomes de pessoas que não precisam de apoio, tais como amigos, conhecidos ou familiares.

Moçambique | Pemba continua a receber deslocados devido aos ataques terroristas

Hizidine Achá | O País (mz)

A cidade de Pemba, capital de Cabo Delgado, recebe diariamente centenas de deslocados em consequência dos ataques armados que tendem a intensificar e alastrar-se nas zonas centro e norte da província.

Segundo apurou “O País”, a maior parte da população abandonou as suas aldeias depois de supostos terroristas terem assassinado civis, incendiaram as casas e pilharam bens. Na circunstância, algumas famílias fugiram devido ao medo e o clima de terror reportado nas zonas circunvizinhas.

“Eu estou aqui [em Pemba] por causa da guerra dos Alshababe [grupo de insurgentes]” que chegaram ao distrito de Macomia e submeteram pessoas a maus-tratos e assassinaram outras, “em Mucojo, há uma semana”, contou Assane Malik, depois de desembarcar na praia de Paquitequete numa embarcação que vinha de Matemo, na Ilha do Ibo, onde havia se refugiado. Mas acabou saindo para Pemba alegadamente por falta de condições.

Alguns deslocados chegaram a Pemba com alguns bens que conseguiram levar consigo durante os ataques armados. Contudo, maior parte da população chegou à capital de Cabo Delgado de mãos praticamente vazias porque tudo o que tinha foi reduzido a cinzas no momento em que as suas casas foram incendiadas.

Macau | Fronteiras - Agnes Lam critica dualidade de critérios do Governo

Agnes Lam indicou ontem que a adopção de critérios duplos pode levar à perda de confiança no Governo e colocar em causa as medidas implementadas. Por outro lado, a deputada não avança se gostaria de se recandidatar

Algumas medidas adoptadas recentemente pelo Governo têm revelado dualidade de critérios e podem levar a que a população perca confiança nas autoridades. O alerta foi deixado ontem por Agnes Lam numa conferência de imprensa sobre a terceira sessão legislativa. Para a deputada, a incongruência lógica nas decisões do Governo tem particular relevo nas medidas fronteiriças de combate à pandemia.

“O Governo anunciou que vai fazer o Grande Prémio este ano e permitir aos pilotos vir a Macau se fizerem teste e quarentena durante 14 dias (…). Mas ao mesmo tempo sabemos que familiares de cidadãos de Macau, se tiverem passaporte estrangeiro, não podem entrar”, observou. A deputada acrescentou ainda que quem assinou contrato com empresas de Macau não consegue entrar no território se for trabalhador estrangeiro.

Esta adopção de critérios duplos pode levar a população a questionar se as medidas estão certas. “As pessoas começam a não confiar no Governo”, acrescentou, frisando que as autoridades precisam da cooperação dos cidadãos na prevenção pandémica.

Por outro lado, Agnes Lam considerou “muito estranho” as limitações a trabalhadores não residentes no acesso à zona de churrascos em Hác Sá e referiu que a estrutura económica de Macau precisa de “bluecards” e trabalhadores estrangeiros, enquanto cidade internacional. “Agora não temos muito diálogo entre diferentes comunidades e por vezes há mal-entendidos. Para os locais é fácil sentir que os seus recursos estão a ser levados pelos estrangeiros”, disse.

Governo de Timor-Leste compromete-se a repatriar 73 estudantes de Israel

O Primeiro-Ministro, Taur Matan Ruak, comprometeu-se a repatriar 73 estudantes que frequentaram formações de um ano sobre agricultura moderna no Arava International Centre for Agricultural Training (AICAT), em Israel.

Taur referiu, contudo, que o Executivo deve analisar as oportunidades de operações aéreas de outras nações que pretendam repatriar os seus cidadãos, visto que Timor-Leste está a enfrentar dificuldades nos voos intercontinentais.

“Os voos intercontinentais são muito difíceis. No entanto, o Executivo já se esforçou muito para a repatriação dos timorenses que se encontravam, entre outros, em Portugal, Israel e Cuba. Devemos ver ainda quais as oportunidades que há para que as possamos aproveitar. É impossível que fretemos um avião para repatriar apenas quatro ou cinco pessoas”, afirmou o Chefe do Governo aos jornalistas, na quinta-feira (15/10), no Palácio Presidencial, no Bairro Pité.

Também o Ministro da Agricultura e Pescas, Pedro dos Reis, confirmou que o processo de repatriamento de jovens que se encontram em Israel está em curso.

“Os ministérios da Agricultura e Pescas e o dos Negócios Estrangeiros e Cooperação estão a coordenar-se para garantirem o repatriamento dos estudantes. O processo está a decorrer. Desconhece-se ainda a data fixa da repatriação, visto que o processo varia de um ministério para o outro”, referiu.

Recorde-se que os estudantes são da Universidade Nacional Timor Lorosa’e, Universidade Oriental Timor Lorosa’e, Instituto do Café de Timor-Leste, Universidade da Paz e as escolas profissionais agrícolas públicas de Maliana, Fuiloro e Natarbora. Jen

GMN TV - Grupo Média Nacional

Portugal viola Estado de Emergência em Timor-Leste

Comece por visionar o vídeo em cima:

Colonialismo, imperialismo, sentimento de im(p)unidade… não acreditar na ciência ou no COVID… a receita para o desastre!

E que leia este texto: Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros de 3 de outubro 2020

E se quiser ir a uma exposição ou a uma festa com 500 pessoas, por favor, não deixe que o estado de emergência o detenha. Se o embaixador de Portugal ou da UE apoiam e vão, porque não vai também? https://facebook.com/DiliFest/

E já agora, que terá o MNE a dizer sobre a forma como o embaixador e restante equipa violam e promovem a violação do estado de emergência em Timor-Leste?

O “filme” retrata a visita do Embaixador da União Europeia à Escola Portuguesa de Díli no dia 6 de Outubro de 2020.

Estiveram presentes a Embaixada de Portugal em Díli, em peso.

Nomeadamente, embaixador de Portugal, Cônsul, etc. Também esteve, Embaixador da União Europeia em Díli e esposa, Director da Escola Portuguesa, Professores, etc. e um representante da Presidência da República de Timor-Leste, a ex-Vice-ministra da Educação de Timor-Leste, etc.

No dia 3 de Outubro houve um Conselho de Ministros Extraordinário e  o Estado de Emergência (Dec Presd. Nº 62/2020, de 3 de Outubro, foi renovado das 0 horas do dia 5 de Outubro de 2020 às 23h59 minutos do dia 3 de Novembro de 2020.

Portanto, OBVIAMENTE, houve violação do Estado de Emergência porque o evento na Escola Portuguesa de Díli ocorreu no dia 6 de Outubro.

Jornal Tornado 

Viver na corda bamba

Domingos De Andrade* | Jornal de Notícias | opinião

"Não podemos separar famílias no Natal como fizemos na Páscoa". "Se é preciso repensar o Natal em família, repensa-se o Natal". "Parar o país teve um custo enorme. Foi horrível. Destruiu milhares de postos de trabalho". "Não podemos voltar a recorrer ao confinamento". "Não posso excluir que a realidade imponha um novo confinamento".

Talvez somadas assim, sem datas e nomes, as frases soem confusas e contraditórias. Porque o são efetivamente. Todas da autoria do presidente da República e do primeiro-ministro, mostram a dificuldade que o poder político tem sentido em responder à pandemia. Aqui como na Europa, onde são igualmente evidentes os sinais de desorientação de governantes face ao avanço imparável dos números de infetados, doentes internados e mortes.

Custa a entender, ainda assim, a dificuldade em definir alguma coerência na estratégia e em evitar a tentação de cair no catastrofismo. Não faltam razões para alguma serenidade. Conhecemos o novo coronavírus muito melhor do que há meio ano, o tempo médio de internamento dos doentes caiu para metade, há terapêuticas a mostrar eficácia, há avanços na evidência científica sobre o tempo de incubação, transmissão e formas de contágio.

Os números crescentes dão motivos para preocupação? Sem dúvida. E é a montante, no controlo dos contactos, que tem de ser colocado todo o esforço das equipas médicas, porque só assim se quebram cadeias de transmissão e se evita a sobrecarga do sistema de saúde. É preciso investir na prevenção, na minimização de contactos não essenciais, na intervenção adequada junto de grupos que se têm mostrado mais expostos à doença. Há muito a fazer, e medidas mais restritivas a aplicar para retirar as pessoas das ruas, sem que a resposta seja o confinamento.

Porque sobre ele, voltando às frases que de tão evidentes dizem tudo, há uma que marca a semana e os governantes devem repetir para si próprios as vezes que forem precisas, antes de tomarem decisões. "Os confinamentos têm uma consequência que nunca devemos minorar: faz os pobres ficarem ainda mais pobres", alertou David Nabarro, especialista da Organização Mundial de Saúde para a Covid-19 na Europa. Este sábado assinalou-se o Dia para a Erradicação da Pobreza. Não há abanão social mais imprescindível do que lembrar a todo o momento quem vive na corda bamba.

*Diretor

Como funciona exatamente a StayAway Covid? A app passo a passo

Na imprensa, rádios, televisões, redes sociais e mesas de café não se falou de outra coisa. António Costa anunciou que o Governo vai pedir ao Parlamento "uma tramitação de urgência para que seja imposta a obrigatoriedade" da utilização da aplicação StayAway Covid e lançou a primeira acha para a fogueira.

Não há consenso. A aplicação StayAway Covid foi discutida do ponto de vista social e político, ético e legal e divide as opiniões de partidos, constitucionalistas, médicos e especialistas em informática. Mas antes de discutir tudo isto, importa voltar ao básico. Como funciona, na prática, esta aplicação?

Instalação

O primeiro passo é instalar a aplicação no telemóvel. A StayAway Covid pode ser descarregada na App Store para dispositivos iOS e na Google Play ou HUAWEI AppGallery no caso de dispositivos Android.

Consentimento

O utilizador é convidado a ler um pequeno resumo sobre como funciona a aplicação e depois terá de aceitar os Termos e Condições e a Política de Privacidade. Depois, caso tenha esse sistema ativo, terá de abdicar da otimização de bateria para que a aplicação possa continuar a funcionar mesmo que não esteja a mexer no telemóvel e, por fim, ativar as notificações. Este último passo é essencial para que a app possa recolher dados sobre uma eventual exposição de risco e notificar o utilizador nesse caso. Pressupõe a utilização do Bluetooth, que terá de manter sempre ligado para que a aplicação funcione, mas não é preciso ter a internet wifi ou os dados móveis sempre ligados.

Proteção de dados

O tratamento de dados pessoais pela Direção Geral da Saúde (DGS) como responsável pelo tratamento de dados é regido pela Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados e pela Lei Portuguesa de Proteção de Dados. A garantia transmitida aos utilizadores é que "em circunstância alguma esses dados serão partilhados ou vendidos a terceiros."

Além disso, os dados pessoais recolhidos pela aplicação nunca permitem identificar diretamente utilizadores ou os seus dispositivos.

Costa insiste na lei que obriga uso da StayAway Covid


"Temos de evitar um novo confinamento"

Primeiro-ministro defende que há um grande desconhecimento em relação à aplicação e considera que uso de máscara é "mais restritivo das liberdades".

O primeiro-ministro avisa que não há maior restrição à liberdade do que obrigar as pessoas a ficar em casa. Numa iniciativa do PS transmitida em direto nas redes sociais, António Costa voltou a falar da polémica proposta lei do Governo que quer tornar obrigatória o uso da aplicação StayAway Covid e o uso de máscara na rua, sublinhando que o executivo está a evitar ao máximo um novo confinamento.

"Obrigar a ficar em casa é muito mais constringente da sua liberdade do que obviamente ter a máscara ou ter a aplicação. E nós fizemos isso no passado e sabemos os custos que isso tem preço que tem", disse, afirmando que a proposta polémica "foi dar uma indicação clara que não podíamos continuar a andar e queríamos que as pessoas alterassem o seu comportamento".

"Até considero que é mais restritivo das liberdades o uso obrigatório da máscara do que a aplicação. Acho que há um grande desconhecimento da aplicação e isso despoletou grande parte da reação", acrescentou o primeiro-ministro, numa entrevista conduzida pela jornalista Maria Elisa Domingues.

TSF | Imagem Lusa

Portugal | Coragem na calamidade

João Rodrigues [*]

É uma das notícias do dia: o Governo admitiu hoje recorrer a privados se SNS não conseguir responder a aumento de casos.

Não é só o número de casos, mas também os outros casos, a saúde e a doença para lá pandemia. A questão política central está então na concretização da palavra recorrer.

Uma coisa é recorrer como sinónimo de requisitar a capacidade instalada no sector privado, passando o Estado a controlá-la pelo tempo que for necessário, fazendo uso, como já se sugeriu, das possibilidades abertas pelo Decreto-Lei n.º 637/74 , realmente um tempo em que a lei era mais claramente um instrumento ao serviço da criação uma outra economia política, ao serviço do povo.

Outra coisa, e temo bem que seja esta, é recorrer como sinónimo de andar a criar publicamente mais uma oportunidade para a expansão e para os lucros de um dos mais sórdidos negócios privados, público-privados, aliás.

Haja coragem e decência no início de mais este estado de calamidade. Tem de haver Serviço Nacional de Saúde, na, e para lá da, pandemia.

14/Outubro/2020

[*] Economista.

O original encontra-se em ladroesdebicicletas.blogspot.com/2020/10/coragem-na-calamidade.html

Este artigo encontra-se em https://resistir.info/

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