terça-feira, 3 de novembro de 2020

Eleições nos EUA: a que horas será possível ter uma ideia do resultado?

Se os resultados parciais de estados da Costa Leste não ajudarem, a corrida poderá ser decidida na contagem de votos antecipados — e poderá demorar muitas horas ou dias.

A noite eleitoral vai passar vários fusos horários e em cada um poderá haver sinais para ter uma ideia mais clara de quem poderá ser o vencedor.

A que horas fecham as urnas?

As urnas das eleições presidenciais dos Estados Unidos desta terça-feira vão fechando a partir da meia noite em Portugal continental nos primeiros estados, Kentucky e Indiana. O último, o Alasca, só fecha às 6h da manhã em Lisboa. 

A que horas há resultados?

Os estados vão anunciando alguns resultados, parciais, a partir do fecho das urnas. Mas como este ano 99,7 milhões de pessoas, um recorde, votaram antecipadamente —​ a primeira vez na história do país em que mais pessoas votaram antes do que no dia da eleição — isso pode ter influência no timing dos resultados. Isto porque os votos por correspondência levam mais tempo a ser contados porque têm passos extra para ser verificados. Em alguns estados (como a Florida e Ohio) este processo de verificação foi feito antes do dia das eleições, mas noutros não. 

Que estados podem dar uma boa indicação sobre o resultado?

Os caminhos para uma maioria no Colégio Eleitoral são muitos e por isso é difícil dizer que tudo depende de um ou outro estado. Sabe-se, no entanto, que se Donald Trump perder na Florida (fecha à meia-noite em Portugal), terá muita dificuldade em obter uma maioria no colégio eleitoral. Mas há muito mais cenários e hipóteses de combinações.

Republicanos: Trump será nosso líder, mesmo que perca

#Publicado em português do Brasil

O presidente não ficará quieto, mesmo que as coisas não corram bem na terça à noite. Além disso, a política mudou para sempre por sua presidência.

Daily Best

Lachlan Markay | Asawin Suebsaeng | Sam Stein

Embora o presidente Donald Trump possa perder sua candidatura à reeleição na noite de terça-feira, altos funcionários de ambos os partidos estão se preparando para um mundo em que ele e o tipo de política que ele desencadeou permanecerão uma força predominante no futuro previsível.

O trumpismo como movimento redefiniu o cenário político de maneiras que poucos operativos acreditam ser reversíveis. O presidente e sua equipe têm planos para tentar tornar o mais difícil possível para o ex-vice-presidente Joe Biden desfazer suas realizações, caso Biden saia vitorioso na terça-feira. E, talvez mais notavelmente, Trump sinalizou em particular que não deseja deixar o palco em silêncio na derrota.

O presidente conversou com assessores sobre a possibilidade de continuar com os comícios após a eleição, disse uma fonte familiarizada com o planejamento. Recentemente, ele brincou com outras pessoas sobre concorrer novamente em 2024 no caso de ser um temporário, e também para ver cabeças de mídia, democratas e “RINO” explodirem, segundo duas pessoas que o ouviram dizer isso. Mesmo na ausência de outra corrida presidencial, seus principais aliados políticos e parlamentares e familiares parecem prestes a herdar o movimento que ele deu origem.

Coletivamente, esses fatores apontam para o mais teimoso dos resultados potenciais na terça-feira: um universo político que acaba de passar por uma grande mudança tectônica, mas com o mesmo protagonista em seu centro.

“Se trumpismo são apenas tweets desagradáveis, tudo bem. Isso não vai durar ”, disse Joe Grogan, ex-conselheiro de política doméstica de Trump. “Mas direcionalmente, ele reformulou o Partido Republicano. E o país. ”

Nenhuma instituição parece mais propensa a refletir o impacto de Trump - mesmo na esteira de uma possível derrota - do que o próprio Partido Republicano.

Apesar de todos os seus chavões sobre Ronald Reagan, Trump conseguiu derrotar muito do que restou do GOP do Gipper. Um partido antes organizado em torno dos princípios de governo limitado, moralidade pública e intervenção militar estrangeira foi totalmente subsumido por um presidente que luta contra o livre comércio, critica os esforços para reformar os programas de direitos dos EUA, jura retirar as tropas dos EUA de nações hostis e aliadas , e dá pagamentos secretos de seis dígitos às suas amantes.

“A onda populista que permitiu a Donald Trump invadir o Partido Republicano e levá-lo à presidência não está dando sinais de declínio - com ou sem ele na Casa Branca”, disse o estrategista republicano Colin Reed. “Depois de começar a se infiltrar nos primeiros anos da era Obama, o movimento encontrou sua relevância quando Trump estourou em cena em 2015. Os dias de um Partido Republicano que defende o livre comércio, fronteiras abertas e internacionalismo são menos propensos a retorno do que um partido que se divide em várias facções.”

E, no entanto, ela move-se…

Na América Latina e Caribe a persistência dos protestos populares impôs ao imperialismo importantes recuos e reveses, relançando na região processos de transformação progressista da sociedade.

António Abreu | AbrilAbril | opinião

1. O jornal O Globo afirmava no início deste ano: «Entre tantas incertezas que 2019 deixou a respeito da América Latina, ao menos uma ideia parece ter ficado evidente: perdeu o sentido afirmar que a região está dando uma guinada à direita ou à esquerda.»

Um ano passado, a única certeza que o jornal dos grandes capitalistas brasileiros e de Bolsonaro, tinha, ruiu. Provavelmente já estará a elaborar novas certezas e adivinhações para 2021…

O ano de 2020 trouxe coisas bem diferentes das que O Globo previra para a América Latina: a vitória na Bolívia do candidato presidencial do Movimento para o Socialismo (MAS), Luis Arce, e o referendo no Chile que derrubou a constituição de Pinochet, depois de grandes manifestações populares por esse objectivo.

No primeiro caso, além disso, a Interpol rejeitou um pedido de detenção formulado pelo governo golpista da Bolívia contra o ex-presidente e líder do MAS, Evo Morales. Considerou que as acusações dos delitos de sedição e terrorismo contra Evo, refugiado desde 2019 na Argentina, têm conotação política e são infundadas. E a justiça boliviana suspendeu a ordem de detenção contra Evo Morales, decidindo que «direitos do ex-presidente foram desrespeitados, basicamente o seu direito à defesa». O ex-presidente boliviano Evo Morales deve regressar ao seu país a 9 de Novembro, um dia depois da tomada de posse do novo presidente.

Apesar dos confinamentos, ocorreram manifestações de massas na Bolívia, no Chile, na Colômbia, no Brasil, na Costa Rica, nas Honduras, contra a repressão policial brutal, por reivindicações sociais, pelos direitos dos indígenas, contra o FMI e as medidas neoliberais de vários governos.

Todas estas manifestações têm um sinal claro de esquerda e nelas as lutas de classes procuram – e nos casos citados conseguem – fazer convergir reivindicações populares e transformações políticas.

É certo que na última década vários foram os países de maiorias progressistas em que os EUA conseguiram recuperar posições perdidas, através de acções golpistas por si patrocinadas. Mas a persistência dos protestos populares minou a base social de apoio aos golpistas. O agravamento da exploração, das injustiças e desigualdades sociais e da opressão neocolonial, impôs ao imperialismo importantes recuos e reveses, que estão já a evoluir para processos que contêm o paradigma de transformação progressista nas respectivas sociedades.

Portugal covidado | Restrições a partir de amanhã com novas regras

12 perguntas para entender o que muda a partir desta quarta-feira

São as novas regras para evitar ajuntamentos. O Governo apela ao "dever cívico de recolhimento" e divide o país em zonas de risco. Tem de ficar em casa, obrigado ao teletrabalho e sem poder ir ao restaurante ou ao teatro? Leia as perguntas e as respostas para ficar a conhecer melhor o que aí vem

O objetivo número um voltou a ser sublinhado por António Costa:

“Temos de evitar evitar ajuntamentos a todo o custo". Para o garantir, o primeiro-ministro apresentou no sábado um conjunto de novas restrições, em vigor a partir do dia 4 de novembro, sabendo-se agora que, por causa da evolução da pandemia no país, Costa deu outro passo, ao pedir ao Presidente da República que volte a decretar o estado de emergência. Uma versão mais “light”, e com "caráter preventivo", segundo explicou, de forma a eliminar algumas dúvidas do ponto de vista jurídico. Para que, em caso de necessidade, possam ser tomadas medidas mais drásticas.

Entre o que muda e o que está em cima da mesa, ficam as perguntas essenciais.

AFINAL, O QUE MUDA NO PAÍS A PARTIR DE 4 DE NOVEMBRO?

A situação de calamidade foi renovada até 15 de novembro para todo o território nacional, com a novidade de o país ser dividido em função das zonas de risco. 121 concelhos vão ser alvo de medidas especiais. Em qualquer destes concelhos vigora o “dever cívico de recolhimento domiciliário”.

VAI TER DE FICAR EM CASA?

Nas zonas de risco acrescido apenas se deve sair por motivos essenciais, como ir à escola ou para o local de trabalho, fazer compras, ir ao médico, fazer exercício físico, passear os animais, ou para prestar assistência a alguém. Se não é imperioso, é mesmo para ficar em casa.

QUAL O CRITÉRIO PARA QUE NUM CONCELHO VIGOREM MAIORES RESTRIÇÕES E COMO PODE SABER SE AQUELE ONDE RESIDO (OU TRABALHO) ESTÁ ABRANGIDO?

As restrições de circulação são impostas nos concelhos com mais de 240 infetados com o novo coronavírus por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias - critério que servirá de base para a atualização da lista de municípios a cada 15 dias. As medidas terão especial relevo nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, onde existem vários concelhos de "risco elevado". No total nacional, serão abrangidos, para já, 121 municípios (70% da população residente).

A lista pode ser consultada AQUI

VAI TER DE PASSAR AO REGIME DE TELETRABALHO?

O comunicado do Governo determina, para os concelhos abrangidos, “a obrigatoriedade de adoção do regime de teletrabalho, independentemente do vínculo laboral, sempre que as funções em causa o permitam, salvo impedimento do trabalhador”. Na impossibilidade de adotar o teletrabalho, as empresas terão de desfasar os horários dos seus funcionários.

PODE IR JANTAR FORA COM AMIGOS?

Em qualquer zona do país, à mesa de um restaurante só vão poder sentar-se, no máximo, seis pessoas, excetuando se estiverem em causa pessoas que pertençam ao mesmo agregado familiar.

OS HORÁRIOS DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS VÃO SOFRER ALTERAÇÕES?

A regra é a de que os estabelecimentos comerciais a retalho encerrem até às 22h00 (exceção para farmácias, consultórios, funerárias e postos de abastecimento). No caso dos restaurantes, o limite são as 22h30, hora que não se aplica a espaços de take-away. O Governo concede agora aos presidentes das câmaras municipais a prerrogativa de fixarem um limite inferior a esse horário, "mediante parecer favorável da autoridade local de saúde e das forças de segurança".

A FEIRA ANUAL DA SUA REGIÃO NÃO PODE REALIZAR-SE EM 2020?

Nesta matéria, o Governo fez marcha-atrás. Feiras e mercados temporários não poderiam inicialmente realizar-se, mas a decisão passou agora para a mão das autarquias, que os poderão autorizar caso se verifiquem as condições de segurança e o cumprimento das normas da Direção-Geral de Saúde (DGS).

AS CELEBRAÇÕES RELIGIOSAS PODEM REALIZAR-SE?

Sim. Embora fiquem suspensas as celebrações que impliquem aglomerações de mais de cinco pessoas, as cerimónias religiosas, como as missas, continuarão a realizar-se, desde que respeitem todas as regras sanitárias definidas pela DGS.

PODE IR AO TEATRO?

Sim, os espetáculos culturais não são suspensos. Como noutras áreas, terão de cumprir as normas sanitárias de segurança.

VAI VIGORAR O RECOLHER OBRIGATÓRIO NO PAÍS?

Para que isso aconteça, é preciso que seja decretado o estado de emergência. Foi isto que António Costa solicitou ao Presidente da República, mas em termos que defende serem diferentes daquilo que aconteceu durante a primeira vaga. O primeiro-ministro afirmou tratar-se de um estado de emergência “preventivo”, destinado a dissipar algumas dúvidas do ponto de vista jurídico, o que permitirá justificar limitações à liberdade de deslocação, à medição de temperaturas nos locais de trabalho e noutros locais públicos, além de permitir o eventual reforço dos meios de saúde com requisição dos sectores privado e social, ou dar enquadramento à necessidade de requisitar Forças Armadas ou outros profissionais públicos para equipas de rastreamento.


A LINHA SNS24 VAI PODER AUTORIZAR QUARENTENAS?

Sim. António Costa anunciou que, para facilitar a justificação de faltas ao trabalho relacionadas com a covid-19, evitar o recurso a centros de saúde ou unidades médicas dos locais de residência e agilizar o pagamento por parte da Segurança Social, a linha SNS24 disponibilizará na sua plataforma a emissão direta das declarações de isolamento profilático.

PODEM FAZER-SE VISITAS AOS LARES?

Na conferência de imprensa de apresentação das novas medidas, António Costa esclareceu que as visitas aos utentes de lares vão ser permitidas mesmo nos concelhos considerados de risco, tendo de respeitar as condições limitadas já em vigor.

Mafalda Ganhão | Expresso

Portugal é notícia lá fora. Covid expõe discriminação de minorias raciais

Uma reportagem realizada pela estação televisiva Al Jazeera garante que proprietários de pequenos negócios em "bairros marginalizados" são tratados de forma diferente dos cidadãos brancos em Portugal. De acordo com vários entrevistados, a pandemia tem evidenciado a discriminação racial no país.

Uma reportagem realizada pela Al Jazeera, e divulgada esta terça-feira, sugere que a pandemia pode ter trazido ao de cima a discriminação estrutural que sempre existiu em Portugal contra comunidades de minorias raciais. 

De acordo com o órgão de comunicação social, proprietários de pequenos negócios destas minorias em "bairros marginalizados" sentem-se mais "vigiados pela polícia", desde que surgiu o primeiro caso de Covid-19 no país, e garantem que a pandemia veio evidenciar as desigualdades e o racismo que se vive em Portugal. 

Na reportagem, Sandra Pina, uma emigrante cabo verdiana, que abriu uma pastelaria nos subúrbios de Lisboa em agosto deste ano, garante que a PSP, em setembro, informou-a de que tinha de encerrar o estabelecimento, acusando-a de não cumprir as novas normas de combate à Covid-19, alegações que, por sua vez, a proprietária nega. Ainda de acordo com a queixosa, a polícia disse que tinha sido enviada pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Comparando com bairros onde existem mais cidadãos brancos e com maior poder económico, José Sinho Baessa da Pina, membro da comunidade de Casal Boba, na Amadora, garante que as restrições devido à pandemia são mais apertadas nos "bairros marginalizados". 

"Tratam-nos de forma diferente. Parece que não estão aqui para nos proteger, mas para nos provocar", acusa.

O artigo refere também que "este sentimento sente-se nas periferias" da capital, especialmente em áreas onde existem "mais comunidades de afro-descendentes". Relações entre minorias raciais e a polícia estão a degradar-se, alerta a reportagem. 

"Temos praticamente todos os dias queixas de proprietários de negócios dos subúrbios", adianta também Mamadou Ba, presidente do SOS Racismo, que denota ainda que a pandemia trouxe o quadro legal e institucional que permite que as autoridades discriminem os bairros racializados.

Com a mesma posição, a antropologista Ana Rita Alves, especialista em racismo em Portugal, acrescenta: "A comunicação social tem contribuído para a criminalização de pessoas racializadas nas periferias, transmitindo a ideia de que estas áreas são locais que precisam de ser 'limpos' e 'civilizados'". 

À Al Jazeera, fonte oficial da PSP garantiu que as operações que leva a cabo não priorizam as periferias e não escolhem determinados tipos de estabelecimentos.

Notícias ao Minuto | Imagem: © iStock

Portugal | Mais 45 mortes por covid-19, 2596 novos casos

Portugal com segundo dia abaixo dos três mil casos de covid-19

Portugal manteve-se, pelo segundo dia consecutivo, com números de novos infetados abaixo dos três mil casos positivos de covid-19. Morreram mais 45 pessoas com o novo coronavírus.

É o segundo dia mais mortal da covid-19 em Portugal, com 45 óbitos assinalados no boletim desta terça-feira, um a menos que a cifra mais dolorosa da doença no país, registado na segunda-feira, quando se atingiu um recorde de 46 mortes por causas associadas à covid-19.

Com mais 2596 positivos, Portugal soma, agora, 149443 infeções desde o início da pandemia, a 2 de março. Em 24 horas recuperaram mais 3295 pessoas (um total de 86 589 recuperados) e há menos 744 casos ativos de covid-19 em Portugal. Neste momento, 60 219 pessoas permanecem infetadas com o SARS-CoV-2.

Relativamente ao estado dos doentes, há mais 94 pessoas internadas nos hospitais portugueses e mais 26 nas unidades de cuidados intensivos (UCI). Atualmente há 2349 doentes com covid-19 em unidades hospitalares e 320 a necessitar de mais cuidados em UCI.

A maioria das vítimas mortais registadas esta terça-feira no boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) tinha mais de 80 anos (16 homens e 18 mulheres). Oito pessoas que morreram com covid-19 tinham entre 70 e 79 anos (quatro homens e quatro mulheres) e três homens tinham entre 60 e 69 anos.

A Região Norte, a primeira a ser atingida pelo novo coronavírus, é a mais afetada em termos de mortalidade e infeções. Nas últimas 24 horas, acumulou mais 1547, para um total de 67692 casos e mais 21 mortes, num total de 1172 vítimas mortais desde o início da pandemia.

Lisboa e Vale do Tejo, a segunda região mais afetada do país, acumulou 626 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, abaixo dos 845 de segunda-feira, para um total de 61690 desde o início da pandemia. Morreram mais 18 pessoas num dia nesta região.

No Centro, zona bastante afetada na primeira vaga, os números são ligeiramente mais suaves esta terça-feira, com 292 casos anotados, contra 333 na segunda-feira e 430 no domingo. O acumulado ascende, agora, a 13342 infeções. O Centro regista mais cinco mortes, num total de 328 vítimas desde março.

Alentejo e Algarve inverteram a tendência de segunda para terça-feira. A Região alentejana, acumulou 57 casos positivos nas últimas 24 horas, contra 42 na segunda-feira, para um total de 2907 e mais uma morte em 24 horas. Na zona mais austral do país a tendência foi oposta, com a região a registar menos 19 casos, 47 nas últimas 24 horas, por oposição aos 66 de segunda-feira.

Nas ilhas a tendência mantém-se, com a Madeira a ser mais atingida pela segunda vaga que os Açores. Na "Pérola do Atlântico" foram sinalizados mais 19 casos, para um total de 478, enquanto as "Ilhas de Bruma" anotaram oito positivos, para uma acumulado de 379.

Jornal de Notícias

Cidadãos impedidos de angariar votos, reprimidos com gás pimenta pela polícia

#Publicado em português do Brasil

“Nós nunca chegaremos às mesas de voto” - Eleitores impedidos de angariar votos. Afastados com spray pimenta pela polícia da Carolina do Norte, que prendeu oito

Democracy Now

A polícia do condado de Alamance, na Carolina do Norte, espalhou spray de pimenta em uma passeata pacífica para conseguir votos no sábado, atacando a multidão depois quando pararam perto de um monumento confederado para se ajoelhar em homenagem a George Floyd, morto pela polícia em Minneapolis em maio. Vídeos virais da violenta ação policial mostram policiais em equipamento de choque atacando os manifestantes, incluindo crianças e idosos, que pretendiam ir a pé a um local de votação no último dia de votação na Carolina do Norte. Pelo menos oito pessoas foram presas, incluindo o organizador da marcha, Rev. Greg Drumwright, que diz que a polícia deu à multidão de centenas apenas 14 segundos para sair antes de atacar. “Nunca chegamos às urnas”, diz Drumwright. “Acreditamos que essa interação, essa interferência das autoridades locais,

Entrevista de Amy Goodman 

AMY GOODMAN :Começamos o show de hoje no estado de batalha da Carolina do Norte. No sábado, a polícia do condado de Alamance espalhou spray de pimenta nos eleitores que participavam de um pacífico comício para conseguir votar. A manifestação começou em uma igreja negra local e estava programada para terminar em um local de votação em Graham, Carolina do Norte, localizado entre Durham e Greensboro. Durante a manifestação, os participantes pararam perto de um monumento confederado e pararam na rua por oito minutos e 46 segundos para lembrar George Floyd, que foi morto pela polícia em Minneapolis em maio. A sobrinha de Floyd estava escalada para falar, mas não teve chance. Momentos depois, os policiais, alguns vestidos com roupas de choque, começaram a espalhar spray de pimenta na multidão, que incluía crianças de apenas 3 anos de idade. Uma mulher idosa em uma cadeira de rodas parecia ter tido uma convulsão após ser exposta ao spray de pimenta.

MARCHER : Médico! Médico!

AMY GOODMAN : O candidato democrata ao congresso Scott Huffman foi pulverizado com spray de pimenta e gravou este vídeo em seu carro momentos depois.

SCOTT HUFFMAN : Ei, pessoal. É Scott Huffman. Estou concorrendo ao Congresso aqui no Distrito 13. E meus olhos estão cheios de spray de pimenta porque, você sabe, estávamos demonstrando pacificamente. Estávamos exercendo nossos direitos da Primeira Emenda com Black Lives Matter. E o que tenho testemunhado é o que está acontecendo em toda a América. Isto está errado. As pessoas deveriam poder - aparecer, exercer seus direitos, votar. Somos todos contribuintes. A polícia trabalha para nós. Ainda hoje eu testemunhei spray de pimenta, armas químicas sendo lançadas sobre meus colegas americanos.

AMY GOODMAN : Sábado foi o último dia de votação antecipada na Carolina do Norte, mas a marcha não chegou ao local de votação. Pelo menos oito pessoas foram presas durante o comício, incluindo o organizador da marcha, o reverendo Greg Drumwright, que se juntou a nós agora de Greensboro. Ele é o principal organizador da coalizão Justice 4 the Next Generation.

Reverendo Greg Drumwright, bem-vindo ao Democracy Now! Você pode nos levar até o sábado? O que aconteceu?

REV . GREG DRUMWRIGHT : Bom dia a todos os espectadores e certamente a você. E obrigado por nos receber.

O sábado ainda é, em alguns casos, um borrão. Ainda temos pessoas se recuperando dos ataques de gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Começamos a manhã sabendo realmente que haveria algum tipo de esforço materializado para reprimir nosso sucesso e silenciar nossas vozes, embora orássemos intensamente e nos reuníssemos, várias vezes, com as autoridades locais de lá, pedindo-lhes que não para trazer a força da milícia para a nossa marcha. Como você e eu sabemos agora, não foi esse o caso.

AMY GOODMAN : Então, explique qual foi o propósito do seu comício, onde você foi e quando a polícia entrou e atacou você.

REV . GREG DRUMWRIGHT : Nós pousamos lá, depois de marchar por cerca de três quartos de milha, no lado norte da Main Street, pouco antes da praça do tribunal, onde fomos autorizados. Estávamos em plena cooperação com o nosso acordo com as autoridades.

Assim que chegamos à North Main Street em frente a um monumento da Confederação, nos ajoelhamos por oito minutos e 46 segundos, como você ergueu, em homenagem à família de George Floyd. E preciso dizer que a família de George Floyd, quatro membros da família, estava lá conosco na linha de frente. Depois de oito minutos e 46 segundos, levantamo-nos e começamos a nos preparar para o rali.

E assim que o Departamento de Polícia de Graham se destacou em sua coletiva de imprensa ontem, na marca de nove minutos, eles começaram a lançar spray de pimenta e gás lacrimogêneo sobre nossos manifestantes, declarando que não estávamos saindo rápido o suficiente das estradas. Não sei se você conhece aritmética bem o suficiente para discernir que são apenas 14 segundos para centenas de pessoas saírem pacificamente para as calçadas.

Fome nos EUA: 23% das famílias não tem comida suficiente -- com áudio

A TSF acompanhou a entrega de comida a uma dessas famílias na capital americana.

A fome bate à porta de uma em cada quatro casas nos Estados Unidos. Antes da pandemia mais de 35 milhões de americanos não tinham comida suficiente. A organização Feeding America diz que até ao final do ano o numero poderá chegar aos 54 milhões. Sobretudo afro-americanos e latinos. A TSF acompanhou a entrega de comida a uma dessas famílias na capital americana.

Sentada no alpendre da sua casa em Mount Pleasant, um dos bairros na capital Norte-Americana conhecida pelos cidadãos latinos e afro-americanos, Delmira Baldonaro, emigrada de El Salvador há mais três décadas, agora com 62 anos e diabética, está desempregada. "Estou desempregada há sete meses. Trabalhava três dias por semana num hotel a fazer limpeza", conta à TSF. Delmira vive agora na casa dos dois filhos, os seus parceiros e os quatro netos.

É uma das beneficiárias da caixa de alimentos - que inclui iogurtes, carne, queijo, leite, massa, fruta e vegetais - entregues pela organização Food for All, Comida para Todos, a funcionar em Washington DC. Devido à idade e ao problema de saúde, Delmira Baldonaro não prevê facilidade em encontrar novo trabalho. "Este é um problema geral nos Estados Unidos. Temos visto um crescimento dramático no número de pedidos de comida devido à pandemia. Em janeiro assistíamos 140 pessoas por semana. Na semana passada foram mais de 3200.", afirma Peter Sage, diretor executivo da Food for All.

Despedimentos coletivos sobem para o pior registo desde 2014 - com gráfico

Portugal

Trabalhadores afastados rondaram os mil no primeiro trimestre. Com a pandemia, esse número duplicou no segundo e no terceiro trimestres.

O número de trabalhadores despedidos em processos de despedimento coletivo entre janeiro e setembro deste ano já vai em quase 5400 casos, naquele que é já o pior registo desde 2014, o último ano da troika em Portugal.

De acordo com dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), que pertence à esfera do Ministério do Trabalho, nestes nove meses de 2020 - até ao final do terceiro trimestre, ainda dentro dos meses de proibição de despedimento para quem recorreu ao lay-off simplificado -, as empresas já levaram à saída de mais 50% de trabalhadores do que em todo o ano de 2019. Alguns casos de despedimento ainda são relativos a processos iniciados no ano passado, explica a DGERT.

No entanto, o alastramento dos despedimentos coletivos é uma realidade galopante, na sequência da grave crise económica que se abateu sobre Portugal (a esmagadora maioria dos países em todo o mundo) por causa da pandemia e das medidas de resposta, que passam por limitar fortemente muitas atividades económicas e a circulação de pessoas (confinamento).

Outubro com o triplo das mortes de setembro e mais de 8 mil idosos infetados

Portugal

Aumento exponencial de casos em outubro não poupou idosos. Houve 3,5 vezes mais casos acima dos 70 anos do que em setembro e, só na última semana, mais de 3 mil idosos infetados. Ontem foi batido um novo máximo de óbitos num dia. Mortalidade poderá duplicar nas próximas duas semanas, admite investigador, que alerta que a incidência de casos acima dos 80 anos já é muito superior à da primeira vaga.

“Os nossos comportamentos são a grande barreira entre nós e o vírus”. O apelo foi feito ontem pela diretora-geral da Saúde, no dia em que passaram oito meses desde a confirmação dos primeiros casos de covid-19 no país e diante de um mês que se afigura como particularmente difícil no país, de novo em estado de emergência e a ter conter e responder a uma onda de infeções sem precedentes. Uma “maratona sem fim” e que poderá vir a ter vários picos ao longo dos próximos meses, disse Graça Freitas, vincando a necessidade de achatar a curva. Com as infeções ainda a multiplicarem-se, o balanço do mês de outubro, em que se bateram recordes de casos diários e de doentes internados nos hospitais, mostra a dimensão do agravamento da situação no país e faz prever um aumento ainda acentuado das vítimas mortais da pandemia nas próximas semanas, antevendo-se que o mês de novembro possa superar o máximo de mortes registado em abril.

Os dados divulgados pela DGS, que o i analisou, confirmam já um aumento significativo da mortalidade no último mês. A covid-19 foi associada a 567 mortes no mês de outubro, quando em setembro se tinham registado 153 mortes, já o dobro do mês anterior. Só na última semana morreram 228 pessoas no país com covid-19, mais do que em todo o mês de setembro. O peso da mortalidade por covid-19 no total de mortes ocorridas no país também tem estado a aumentar, uma análise que é possível fazer com base nos óbitos declarados diariamente no país e reportados ao sistema nacional de vigilância de mortalidade (EVM). Em setembro, as 153 mortes por covid-19 representaram 1,7% dos 9012 óbitos que ocorreram no país. Em outubro, o peso da covid-19 subiu para 5,7%, tendo sido reportado um total de 9798 mortes no país.

Portugal | Viver é preciso

Paula Ferreira* | Jornal de Notícias | opinião

Devemos continuar a ir ao teatro e ao cinema, mas ao mesmo tempo pedem-nos para cumprir o dever cívico de ficar em casa.

Presumo também que devamos continuar a frequentar restaurantes, uma vez que se mantêm abertos. Difícil de perceber? Muito complicado, de facto. A dificuldade advém, naturalmente, da situação grave que vivemos. Temos de nos proteger e proteger os outros para que o vírus, como fogo, não alastre e aniquile a capacidade de resposta dos hospitais. Ao mesmo tempo, é preciso continuar a viver para sustentar a economia. Caminhamos à procura de um equilíbrio difícil de alcançar.

A situação atual será tão grave ou, talvez, pior do que a vivida na primavera passada, algo que julgávamos inimaginável. Mas as medidas a adotar terão de ser mais suaves, como ficou claro na entrevista, ou terá sido um monólogo, a que assistimos ontem à noite no canal público de televisão. O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, como António Costa tinha anunciado pela manhã, está à beira de pedir ao Parlamento que aprove a declaração do estado de emergência. Limitado, desta vez.

As autoridades parecem procurar a quadratura do círculo. É isso possível? Não, não é. Basta ler a reportagem publicada ontem nas páginas deste jornal para perceber para onde caminhamos. Nos restaurantes de Matosinhos o cenário é desolador. Casas que fervilhavam de gente, onde era missão impossível marcar mesa em cima da hora, fecham portas antes do horário estipulado por falta de clientes, embora cumpram todas as regras sanitárias. É assim um pouco por todo o país. E as medidas verdadeiramente restritivas nem sequer estão em vigor. Iremos resistir? A resposta parece evidente.

*Editora-executiva-adjunta

Eleições nos EUA? Mais do mesmo, para não variar

Eleições presidenciais nos EUA. É hoje, é hoje! Uma novela que se mantém nas parangonas dos média há quase “séculos”. Um fartum. Todos nós damos demasiada importância àquele Império do Mal, interno e externo. Uma boa dose de desprezo não faria mal, antes pelo contrário. Trump, Biden. Biden, Trump… Entre a merda e o cagalhão venha o diabo e escolha.

Dizemos assim, sem diplomacia. Desculpem, mas temos de ser honestos. O diretório do mal continua por lá e são esses que decidem. Quem são? Não sabemos exatamente sobre todos mas que ali estão gentes más, mesmo más, mesmo gananciosas, mesmo com desprezo pela vida de outros, mesmo ladrões, mesmo desumanos, mesmo egoístas… Não temos dúvidas sobre isso. E dos bons, por lá, já pouco reza a história. Cada vez existem mais velhacos na *grande maçã” e em seu redor.

Trump ou Biden… Venha o diabo e escolha. Os cidadãos norte-americanos têm nada por onde escolherem neste dia de votação. Mais coisa menos coisa irá tudo dar no mesmo. Não esperem grandes diferenças na prática dos que puxam por lá e pelo mundo os cordelinhos dos poderes. As vítimas são sempre o povo dos EUA e os que no mundo estão sujeitos aos seus domínios, às chantagens, aos roubos, às opressões, às desumanidades impostas com as guerras, com a devastação do planeta, da natureza.

Avançando para finalizar. Não tenham esperanças de que algo de muito importante para os EUA e o mundo mude para bem e significativamente, porque vamos assistir a mais do mesmo. Pobres dos povos dos EUA e dos que estão a ser dominados pelo comprovado Império do Mal ou estão na mira da sua ânsia de os dominar.

Bom dia. Lamentando o nosso estado tão negativista. Lamentamos que tudo tenha que ver com a realidade imposta a este planeta. Aos povos e à natureza que nos rodeia e vimos definhar. Progresso? Que progresso? Justiça? Que justiça? Democracia? Que democracia? Soberania? Que soberania?

Eleições nos EUA? Mais do mesmo, rumo a um futuro pior para todo o mundo. Pobres dos povos dos EUA e do resto do mundo por "eles" dominado. Pobre planeta.

Bom dia. Pule para o Curto, do Expresso.

SC | PG

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