sexta-feira, 30 de abril de 2021

EUA procuram reacender o extremismo islâmico em Xinjiang

# Publicado em português do Brasil

Mais uma vez, os EUA usam problemas de longa data, como o aumento do extremismo na Ásia Central, para criar problemas para seus adversários

Vijay Prashad – Jie Xiong | Ásia Times | opinião

“Kashgar é um local chave para a interface terrestre e marítima do Belt and Road, conectando não apenas a oeste da Ásia Ocidental, Europa, Mar Vermelho e África, mas também ao sul do Oceano Índico através do porto de Gwadar”, disse o professor Li Bo, do Instituto de Pesquisa da China, Universidade Fudan. É, ele nos disse, "uma área central da estratégia de Belt and Road".

Kashgar, uma das cidades mais a oeste da China, é a principal área urbana do sul de Xinjiang. Comerciantes de toda a Ásia se reuniram em seu bazar de domingo por 2.000 anos.

Mais de 1.000 quilômetros ao norte de Kashgar, fica a cidade de Nur-Sultan, anteriormente conhecida como Astana, capital do Cazaquistão. Aqui, em 2013, o presidente chinês Xi Jinping  falou sobre a necessidade de um “Cinturão Econômico da Rota da Seda”. Este cinto incluiria acordos comerciais e redes de transporte, interações culturais e conexões políticas.

O projeto se tornaria a iniciativa One Belt, One Road, que agora é conhecida como Belt and Road Initiative (BRI). A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China divulgou um  relatório  em março de 2015 planejado para seis corredores econômicos, que seriam financiados por mais de US $ 155 bilhões do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura e do Fundo da Rota da Seda.

Desde então, muitos desses corredores, que vão da China à Ásia Central e também ao Paquistão e Afeganistão, foram concluídos.

Em dezembro passado, um trem de carga  viajou  de Istambul, Turquia, para Xian, China, cobrindo 8.693 quilômetros desta nova Rota da Seda. O trem carregava aparelhos turcos destinados ao mercado chinês.

Acusações do governo dos Estados Unidos e seus  aliados  de  genocídio  e trabalho forçado em Xinjiang  trouxeram  a província mais ocidental da China ao olhar da mídia internacional. Essa abordagem em relação a Xinjiang define a guerra de informação conduzida por Washington.

Em nossas conversas com o professor Li Bo e o professor Wang Yiwei, diretor do Instituto de Assuntos Internacionais da Universidade de Renmin, bem como intelectuais de Kashgar e Urumqi, capital da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, desenvolvemos um enredo que inclui a dinâmica de Xinjiang desenvolvimento social, as ameaças de extremismo e o envolvimento de seus problemas na guerra híbrida mais ampla desencadeada contra a China.

O «síndroma de Havana» é imputável a uma arma nova (Pentágono)

Os membros da Comissão das Forças Armadas da Câmara dos Representantes foram convidados a assistir a uma audiência à porta fechada sobre uma nova ameaça.

Duas subsecretárias da Defesa, Jennifer C. Walsh (Política de Defesa) e Griffin Decker (Pesquisa), explicaram que o «Síndroma de Havana», atribuída erradamente aos Cubanos, é uma lesão ocasionada por uma arma nova de que os Estados Unidos não dispõem.

Esta arma de «energia dirigida», provavelmente criada pela Rússia ou eventualmente pela China, foi já utilizada contra as tropas dos EUA na América Latina e no Médio-Oriente Alargado. Ela provoca distúrbios da audição e do equilíbrio, assim como fortes dores de cabeça. Os sintomas podem durar vários meses e privam os soldados dos seus reflexos. Segundo as Subsecretárias da Defesa, um número crescente de ataques com esta arma tem sido observado contra militares dos EUA em todo o mundo. Eles colocam todo o pessoal dos EUA em grave perigo.

O primeiro ataque ocorreu em 2017, nas embaixadas dos Estados Unidos e do Canadá em Havana, dando o seu nome à síndrome que desencadeia. No entanto, contradizendo os responsáveis do Pentágono, o General Frank McKenzie, chefe do CentCom, declarou posteriormente que não havia conhecimento de ataques desse tipo no Médio-Oriente Alargado.

«Exclusive: U.S. troops increasingly vulnerable to directed-energy attacks, Pentagon tells lawmakers», Lara Seligman & Andrew Desiderio & Betsy Woodruff, Politico & South China Morning Post, April 22, 2021.

Voltairenet.org | Tradução Alva

China acusa EUA de 'pensamento da guerra fria' em resposta ao discurso de Biden

# Publicado em português do Brasil

O presidente Biden disse que os EUA estão competindo com a China para 'ganhar o século 21' em seu primeiro discurso ao Congresso

Dave DeCamp* | AntiWar

Na quinta-feira, Pequim respondeu ao primeiro discurso do presidente Biden ao Congresso, onde disse que os EUA estavam competindo com a China para "vencer o século 21".

Questionado sobre o discurso, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse que a competição entre os dois países era natural. “Mas esse tipo de competição deve ser uma corrida de atletismo, não um duelo até a morte”, disse ele.

Congresso dos EUA gira sobre si mesmo: Censura e Ameaças de Expulsão Proliferando

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Philip Giraldi* | Strategic Culture Foundation

Recentemente, houve alguns casos terríveis que sublinham até que ponto o Congresso americano se separou de qualquer interesse nacional tangível

Mark Twain escreveu uma vez que "Provavelmente poderia ser demonstrado por fatos e números que não existe uma classe criminosa nativa americana distinta, exceto o Congresso". Alguns desenvolvimentos nas últimas semanas certamente apoiariam esse julgamento se alguém considerar o corpo legislativo de um país como um mecanismo destinado a beneficiar o público para o qual foi eleito. A hipocrisia dos dois maiores partidos da América é fascinante, com corrupção em um nível raramente alcançado na maioria dos países do terceiro mundo.

Recentemente, houve alguns casos terríveis que sublinham o quão longe o Congresso americano se separou de qualquer interesse nacional tangível se alguém excluir o enriquecimento e a reeleição, seja qual for a ordem que se queira fazer para isso. Uma das melhores em ficar rica e reeleita apesar de não ter duas células cerebrais para esfregar é a estimada Maxine Waters, da Califórnia, que estrelou sua recente tentativa de inspirar uma multidão enfurecida a ficar mais "confrontadora" no julgamento de assassinato O policial de Minneapolis, Derek Chauvin, seguiria o caminho errado por não ter sido condenado.

Agora, tenha em mente que nós, americanos, vivemos em uma sociedade sem culpa e sem responsabilidade, onde ninguém é culpado de nada a menos que seja pego em flagrante e não tenha protetores para negar que algo aconteceu. Como Maxine tem muitos defensores por ser negra, mulher e, acima de tudo, democrata, seria de se esperar que, no caso dela, uma convocação de um deputado para a revolta fosse tratada como um não acontecimento, e assim provado quando o GOP fez uma tentativa débil de censurá-la por seu comportamento.

UE | Onde está a inclusão social nos planos nacionais de recuperação?

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Os fundos de recuperação devem responder às prioridades estratégicas definidas pela Comissão Europeia, incluindo o emprego e a luta contra a pobreza. No entanto, uma avaliação inicial dos projetos de planos de recuperação nacionais apresentados sugere que eles geralmente perdem o investimento na inclusão social e na reforma dos serviços sociais, escreve Alfonso Lara Montero.

Alfonso LaraMontero* | EurActiv | opinião

Nove meses depois que os líderes europeus concordaram com o Fundo Europeu de Recuperação e Resiliência (RRF) de € 672,5 bilhões para apoiar a economia europeia após o COVID-19, ainda existem 10 países que não ratificaram o RRF ou apresentaram seus planos de recuperação à UE.

Até agora, 17 dos 27 estados membros da UE ratificaram o RRF, incluindo França, Itália e Espanha. Holanda, Finlândia, Polônia e Áustria estão entre aqueles que ainda não ratificaram o processo.

Entretanto, o prazo para os países apresentarem os seus planos de recuperação a Bruxelas termina a 30 de Abril, embora a Comissão já tenha assumido que alguns países não enviarão os seus planos até essa data.

O processo ficou paralisado até a semana passada no maior país da UE, a Alemanha. No entanto, em 21 de abril, o Tribunal Constitucional alemão abriu caminho para a ratificação do RRF ao rejeitar o recurso de emergência contra sua aprovação apresentado por uma iniciativa cidadã próxima à extrema direita.

A Polônia é atualmente uma das maiores preocupações quando se trata de ratificação, alimentada pela divisão sobre os fundos em sua coalizão governante.

Os países que planejam apresentar seus programas finais no prazo expressaram sua frustração com o longo processo. Além disso, seus planos nacionais precisam ser aprovados pela Comissão, um processo que pode levar até três meses adicionais.

Economia portuguesa sofre a maior queda entre 12 países da União Europeia

Entre os 12 países da União Europeia que já tem dados para a evolução do PIB no primeiro trimestre, metade conseguiu crescer face ao trimestre anterior. Entre os que contraíram, Portugal regista o pior desempenho.

A economia portuguesa sofreu a maior contração do PIB no primeiro trimestre entre os 12 países da União Europeia que já revelaram as contas nacionais dos primeiros três meses do ano.

Segundo revelou o INE, a economia portuguesa contraiu 5,4% no primeiro trimestre deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2020. Face aos últimos três meses do ano passado, a queda foi de 3,3%.

Em qualquer uma das análises Portugal apresenta o pior desempenho da União Europeia, embora nem metade dos países tenha ainda mostrado as contas do primeiro trimestre.

Portugal | O MEL e as vespas

Miguel Guedes* | Jornal de Notícias | opinião

A Direita portuguesa pode fazer o que bem entender com os seus princípios e com a sua história. A Direita democrática pode ter encontrado o momento ideal para acolher no seu seio, em discurso directo e sem contraditório, o denominador maior da sua autofagia.

Não pode ser negado à Direita o direito de percorrer o seu próprio caminho de extermínio, se uma das suas candidatas, Suzana Garcia, declara desejar que o Bloco de Esquerda seja exterminado. É claro que, no campo das desculpas, estamos sempre no campo das metáforas.

Portugal pede um banho de ética e a Direita responde com um banho de mofo. Nesta representação simbólica, o MEL ("Movimento Europa e Liberdade", uma espécie de Estados Gerais da Direita), convida e dá palco a ideais neofascistas, em mais uma tentativa de normalização do Chega. O convite a André Ventura diz muito sobre a incapacidade da Direita portuguesa em perceber que o país não quer resolver os seus problemas dentro do saudosismo salazarista. Os portugueses anseiam por uma visão de futuro, reformista dos males do Estado, que lute contra a corrupção e o sentimento de impunidade, mas que fortaleça a ideia de justiça coletiva, corrigindo os evidentes desequilíbrios do elevador social. No presente, um CDS de 1% entrega-se ao populismo indiferenciado. A IL, parida de um discurso ao Centro, ruma à Direita onde se sente como peixe na mão invisível, a fazer bailarico do 25 de Abril num marketing da liberdade saudosa do Novembro a 25. E este PSD de Rui Rio, pior do que tudo e todos, com a mensagem de Ventura, entrega a carta a Garcia na Amadora. Perante isto, acresce o estigma da discriminação: quem teve o desplante de se esquecer de convidar o PNR para o MEL?

Portugal | Covid-19 em Odemira: ZMar Eco Experience requisitado para isolar doentes

Haverá depois lugar a uma indeminização, conforme explica o Governo: "O pagamento de indemnização pelos eventuais prejuízos resultantes da requisição, calculada nos termos do Código das Expropriações, com as necessárias adaptações, é responsabilidade do Ministério das Finanças". 

O Governo decretou, na quinta-feira, a requisição do ZMar Eco Experience, em Odemira, para o confinamento obrigatório e isolamento profilático, com o objetivo de conter a evolução da pandemia na região, de acordo com um diploma publicado em Diário da República, na quinta-feira.

"O 'ZMar Eco Experience', sito na Herdade A-de-Mateus, em Longueira-Almograve, Odemira, é um estabelecimento que apresenta as condições aptas e adequadas para a realização de confinamento em isolamento por pessoa a quem o mesmo tenha sido determinado pelas autoridades de saúde", pode ler-se no despacho, com a assinatura do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

Portugal | PASSOS COELHO: O ETERNO E INAUDITO HIPOCRITA

 

O antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho assume que recebeu "com relativa surpresa" a informação sobre a venda falhada do Novo Banco em 2015 já que tinha notado o ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa "bastante otimista".

O antigo primeiro-ministro dos Governos PSD/CDS-PP, entre 2011 e 2015, respondeu em 11 páginas às perguntas feitas pelo PS no âmbito da Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, um depoimento por escrito ao qual a agência Lusa teve hoje acesso.

"Quanto à frustração do processo de venda, ela foi do meu conhecimento quer por intermédio da ex-ministra de Estado e das Finanças, quer posteriormente pelo próprio ex-governador [do Banco de Portugal, Carlos Costa]. No entanto, recebi a informação com relativa surpresa, já que sempre tinha notado o ex-governador bastante otimista com as perspetivas de venda do banco", respondeu a propósito da venda falhada do Novo Banco em 2015.

Louçã diz que "'Luanda Leaks' abriu a luz numa sala às escuras"

O antigo coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, considerou hoje o 'Luanda Leaks' "um momento de viragem" para as sociedades portuguesa e angolana no sentido de uma maior transparência da circulação de capitais.

Ouvido como testemunha arrolada pela defesa do arguido Rui Pinto na 39.ª sessão do julgamento do processo 'Football Leaks', no Tribunal Central Criminal de Lisboa, o economista e conselheiro de Estado notou que, atualmente, "a sofisticação do crime económico e do branqueamento de capitais é de altíssima complexidade".

E isso, no seu entender, reforça ainda mais a importância do 'Luanda Leaks', cuja fonte foi também o criador do 'Football Leaks', que expôs em janeiro de 2020 - através do consórcio internacional de jornalistas de investigação (ICIJ) - alegados esquemas financeiros da empresária Isabel dos Santos e do marido, que lhes terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano através de paraísos fiscais.

"O 'Luanda Leaks' abriu a luz numa sala que estava às escuras. (...) Provou que este universo era uma forma de reciclagem de recursos de uma enorme dimensão", definiu Francisco Louçã, continuando: "Creio que o 'Luanda Leaks' forneceu às autoridades angolanas informação de grande valor para promover a sua própria investigação e os caminhos que a investigação tem vindo a prosseguir."

Moçambique | Cabo Delgado: "Tudo o que vier para salvar vidas é bem-vindo"

Políticos da oposição concordam com o envio de militares da SADC para Moçambique. Mas ressalvam que tudo deve ser feito dentro dos parâmetros internacionais, com transparência e o aval do Parlamento.

"Temos poucas escolhas", afirma Sande Carmona, porta-voz do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

A terceira força política do país é a favor do envio de tropas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para ajudar Moçambique a combater o terrorismo na província nortenha de Cabo Delgado.

"Tudo o que vier para salvar vidas, principalmente a partir dos moçambicanos, é bem-vindo", acrescenta Carmona.

Porém, é preciso que a matéria passe pelo crivo do Parlamento, defende o político. O MDM pede que os acordos a serem celebrados sejam claros e de domínio público para que cada moçambicano saiba interpretar a "eventual" vinda da força militar da SADC.

Moçambique | ‘’Terroristas usam armas sofisticadas em Cabo Delgado’’, diz PGR

A Procuradora-Geral da República, Beatriz Buchili, disse, na Assembleia da República, que os terroristas usam armas sofisticadas em Cabo Delgado.

Segundo a guardiã da legalidade, “o país continua a enfrentar ataques terroristas na província de Cabo Delgado, incidindo sobre as comunidades dos distritos de Macomia, Meluco, Quissanga, Ibo, Nangade, Mueda, Mocímboa da Praia, Palma e Muidumbe, onde ocorrem assassinatos macabros dos cidadãos e destruições de infra-estruturas públicas e privadas, provocando fuga das populações em busca de segurança’’.

Para enfrentar o problema, Beatriz Buchili defende o fortalecimento da capacidade das instituições para restabelecer a segurança nas comunidades e garantir protecção nas fronteiras.

Falando em sede do Parlamento sobre o Informe Anual da Procuradoria-Geral da República (PGR), a magistrada reforçou o apelo segundo o qual os jovens devem abster-se da associação ao grupo terrorista que semeia pânico em Cabo Delgado.

Beatriz Buchili sublinhou que 2020 foi, para o país, um ano particularmente difícil. “O quadro sobre o Estado geral do controlo da legalidade e direitos humanos, que acabamos de apresentar, revela que 2020 foi, para o país, um ano particularmente difícil, face às calamidades naturais, conflitos armados nas regiões Centro e Norte do país e a pandemia da COVID-19”.

A PGR explicou que estes factos trouxeram implicações adversas no cumprimento do plano de actividades do Ministério Público e no desempenho dos magistrados e demais funcionários no que respeita às diligências processuais, realização de visitas aos estabelecimentos penitenciários e centros de acolhimento, acções que visam aproximar, cada vez mais, os serviços aos cidadãos, e, por via disso, melhorar o acesso à justiça.

Angola | Gostar do que é nosso

Luciano Rocha | Jornal de Angola | opinião

O hábito de consumir o que é produzido no país, por razões diversas, vai levar mais tempo do que o desejável, embora possa ser encurtado, pelo menos em alguns casos, desde que haja fiscalização constante e verdadeira.

O consumo do que é produzido cá dentro depende, essencialmente, da qualidade e do preço de venda ao consumidor, que recorre, maioritariamente, ao "mais em conta”, principalmente se estiver à vista e for mais conhecido. Ora, neste último caso, o nacional perde preferência, designadamente nas superfícies de vendas de artigos alimentares e outros de consumo caseiro. Porquê? Por serem descaradamente depreciados por quem os vende. Como? Privilegiando, em termos de exposição, o que é estrangeiro, que, ainda por cima, chega a ser mais barato. Neste tempo de lufa-lufa, principalmente nas grandes cidades, que se sai do trabalho a correr, na esperança de evitar engarrafamentos para chegar a casa a horas de fazer o jantar, nas idas às lojas para comprar "coisas de última hora”, leva-se o que estiver mais à mão.

Angola enfrenta a segunda vaga de contágios e óbitos por covid-19

263 novos casos e três óbitos em 24 horas

Angola registou, nas últimas 24 horas, 263 novos casos da Covid-19, três óbitos e a recuperação de 22 pacientes, informou, nesta quinta-feira (29), em Luanda, o secretário de Estado para a Saúde Pública, na habitual actualização dos dados da pandemia no país.

Franco Mufinda disse que, dos 263 infectados, 235 foram em Luanda, 12 no Cuanza-Norte, 6 na Huíla, 4 em Cabinda, 3 no Huambo, 2 em Malanje e 1 no Uíge.

Já os óbitos ocorreram em Luanda, tratando-se de três cidadãos nacionais, com idades compreendidas entre 47 e 83 anos.

Em relação às  recuperações, o secretário de Estado para a Saúde Pública frisou que 20 foram em Luanda, uma no Huambo e igual número na Lunda-Sul.
Com os números divulgados ontem, o país tem um cumulativo de 26.431 casos confirmados, dos quais 594 óbitos, 23.606 recuperados e 2.231 activos. Dos activos, 9 estão em estado crítico, com ventilação mecânica invasiva, 15 graves, 86 moderados, 60 com sintomas leves e 2.061 assintomáticos.

Franco Mufinda informou que nos centros de tratamento da Covid-19, a nível do país, estão internados 130 doentes. Em quarentena institucional estão 123 cidadãos e 1.575 sob investigação epidemiológica.

Mazarino da Cunha | Jornal de Angola

Guiné-Bissau | PAIGC: Remodelação do Governo foi desperdício de oportunidade

O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde lamenta que a remodelação do Executivo guineense tenha "desperdiçado oportunidade de respeitar ordem constitucional".

Num comunicado divulgado à imprensa na sequência de uma reunião da comissão permanente do partido, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) exige esta quinta-feira (29.04) que se respeitem os resultados das últimas eleições legislativas realizadas no país e que se "outorgue o direito de governação ao partido escolhido pelo povo para esse exercício".

O comunicado surge na sequência da remodelação do Governo da Guiné-Bissau, anunciada no domingo, que o PAIGC vê como uma oportunidade desperdiçada "de respeitar a ordem constitucional"

O partido venceu as eleições legislativas de 10 de março de 2019 com 47% dos votos dos eleitores e formou Governo com base numa coligação com a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), União para a Mudança e Partido da Nova Democracia, obtendo 54 dos 102 assentos no parlamento.

Logo no início da legislatura, o líder da APU-PDGB, Nuno Nabiam, incompatibilizou-se com o PAIGC e aliou-se ao Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), segunda força política do país, com 27 deputados, e Partido da Renovação Social (PRS), que elegeu 21 deputados.

Após ter assumido a Presidência guineense, Umaro Sissoco Embaló demitiu o Governo do PAIGC e nomeou um outro, liderado por Nuno Nabiam, feito com base de uma nova aliança entre o Madem-G15 e o PRS, que só confirmou a sua maioria no Parlamento em julho de 2020 com a aprovação do programa de Governo.

Biden mentiu sobre o Iémen

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Caitlin Johnstone*   

O governo Biden finalmente admitiu que os EUA estão de fato fornecendo apoio material ofensivo ao ataque genocida da Arábia Saudita ao Iêmen, contradizendo diretamente a afirmação de Biden de fevereiro de que não estaria mais fornecendo apoio ofensivo naquela guerra. Estamos sendo enganados sobre mais uma guerra dos EUA por outro presidente dos EUA.

“Os Estados Unidos continuam a fornecer apoio de manutenção à Força Aérea da Arábia Saudita, devido ao papel crítico que desempenha na defesa aérea saudita e nossa parceria de segurança de longa data”, informou a porta-voz do Pentágono, Jessica McNulty , ao repórter da Vox Alex Ward.

"Vários oficiais de defesa e especialistas dos EUA reconheceram que, por meio de um processo do governo dos EUA, o governo saudita paga empreiteiros comerciais para manter e fazer a manutenção de suas aeronaves, e esses empreiteiros mantêm aviões de guerra sauditas no ar. O que os sauditas fazem com esses caças, no entanto, depende deles ", relata Ward. "Os Estados Unidos poderiam cancelar esses contratos a qualquer momento, dessa forma aterrando efetivamente a Força Aérea Saudita, mas fazer isso correria o risco de perder Riad como um parceiro regional importante."

“A recente admissão do Departamento de Defesa de que as empresas dos EUA ainda estão autorizadas a manter aviões de guerra sauditas ... significa que nosso governo ainda está permitindo as operações sauditas, incluindo bombardeios e aplicação de bloqueio aos portos do Iêmen”, Hassan El-Tayyab, o gerente legislativo para a política do Oriente Médio no grupo de lobby do Comitê de Amigos sobre Legislação Nacional, disse a Ward.

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Ajuda COVID-19 da Rússia à Índia prova sua confiabilidade

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Andrew Korybko* | OneWorld

A decisão da Rússia de enviar ajuda emergencial COVID-19 para a Índia prova o quão confiável é em comparação com o recém-descoberto aliado americano do estado do sul da Ásia, o último dos quais demorou enquanto Nova Delhi implorava urgentemente por assistência para ajudar seu povo sofredor a sobreviver à última onda viral que veio colidir com o país.

O mundo inteiro está assistindo ao último surto de COVID-19 na Índia com grande preocupação, depois que o país repentinamente emergiu como o mais recente epicentro. Nova Déli implorou urgentemente por ajuda de seus aliados para ajudar seu povo sofredor a sobreviver à última onda viral que se abateu sobre o estado do sul da Ásia, mas seu recém-descoberto aliado americano demorou muito enquanto o russo histórico corria em seu socorro sem quaisquer pré-condições. Esse contraste de compromisso diz muito sobre qual dos dois sinceramente valoriza seus laços com o segundo país mais populoso do mundo, o que deve resultar em uma reconsideração das recentes prioridades estratégicas da Índia.

Até este ano, a Índia estava estridentemente ao lado dos EUA em praticamente todos os assuntos relevantes, exceto seu compromisso contínuo de levar adiante a compra planejada dos sistemas de defesa aérea S-400 da Rússia. O estado do sul da Ásia é um membro orgulhoso do Quad liderado pelos Estados Unidos e, sem dúvida, tem a visão de se tornar seu líder asiático na busca pelo objetivo comum de seus aliados de conter a China. A certificação do Colégio Eleitoral de Joe Biden como o próximo presidente dos Estados Unidos afetou os planos de longo prazo da Índia, já que seus estrategistas previram que Trump sairia por cima. A nova realidade é tal que a Índia não se sente tão priorizada pelos EUA como antes, por isso procurou recalibrar sua política de multi-alinhamento em resposta a essa percepção.

Os oceanos devem ser protegidos

David Chan* | Plataforma | opinião

O Governo japonês decidiu lançar no Oceano Pacífico 1,2 milhões de toneladas de água contaminada da central nuclear de Fukushima. Porém, o mais incompreensível é o facto de tanto a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apoiarem esta decisão.

Rafael Grossi, diretor geral da AIEA, visitou Fukushima em fevereiro e partilhou que é prática comum em centrais nucleares lançar águas residuais para os oceanos em situações onde não existe risco. Outros afirmam que os níveis de trítio radioativo libertados na água não ultrapassam um sétimo dos limites da OMS para os padrões de água potável. Mas não mencionam a presença de altos níveis de carbono-14, um dos principais elementos de transmissão de radiação em humanos e que pode causar danos ao ADN. De acordo com um relatório da Greenpeace, a água contaminada contém níveis altíssimos destes elementos radioativos como trítio e carbono-14.

O mais interessante é o facto de o mundo ocidental, liderado pelos Estados Unidos, estar silencioso ou ambíguo em relação a esta decisão japonesa. Será que de facto não veem qualquer problema no lançamento de águas nucleares contaminadas no oceano? Não se trata isto de poluição marítima?

China lança primeiro módulo da sua estação espacial

A CSS em inglês (Estação Espacial Chinesa), que em chinês recebeu o nome Tiangong ("Palácio Celestial"), será montada ao longo de 10 missões e deve ficar pronta no fim de 2022.

China lançou esta quinta-feira o primeiro dos três módulos da sua estação espacial, a CSS, que será montada ao longo de 10 missões e deve ficar pronta no fim de 2022.

O módulo central Tianhe ("Harmonia Celestial"), o local onde os astronautas ficarão, foi impulsionado por um foguetão Longa Marcha 5B a partir do centro de lançamento de Wenchang, na ilha tropical de Hainan (sul), de acordo com uma transmissão ao vivo do canal público CCTV.

A CSS vai operar em órbita terrestre baixa (entre 340 e 450 km de altura) e será parecida com a estação russa "Mir" (1986-2001). A vida útil é calculada entre 10 e 15 anos.

A estação "será um grande avanço para as capacidades chinesas de voos tripulados", afirmou à AFP Jonathan McDowell, astrónomo do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, nos Estados Unidos. "Isto deve permitir que tenham uma presença humana permanente no espaço e, portanto, aumentar de forma significativa a experiência dos seus astronautas".

"Servirá de base para operações em maior escala: missões tripuladas à Lua, turismo espacial, ciência espacial ou inclusive aplicações concretas para os seres humanos", destaca Chen Lan, analista do site GoTaikonauts.com, especializado no programa espacial chinês.

Uma vez concluída, a estação deve pesar quase 100 toneladas. Em jeito de comparação, a Tiangong será três vezes menor que a Estação Espacial Internacional (ISS).

LIBERTAR OS MARES

Martinho Júnior, Luanda

Setenta e dois anos depois do início de sua mega revolução, a República Popular da China distende suas Novas Rotas da Seda, as continentais e as marítimas, desafiando a multiculturalidade global, desafiando a inteligente emergência de todos, desperta para as potencialidades do século XXI e para o futuro de desenvolvimento sustentável que se apresenta hoje! (https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/china-2021-2025-669466).

O segredo é um Partido Comunista capaz de respeitar o que de civilização e de paz redunda do passado, intimamente associado ao colectivo dum povo multicultural, ávido de lógica com sentido de vida por cima de todos os traumas que também viveu nos contactos tidos com a barbaridade que os anglo-saxões lhe levaram até há apenas um século atrás!...

Por via de seus planos quinquenais e programas de superação que conseguiu espevitar absorvendo ciência e tecnologia e melhorando sempre as condições de vida de largas centenas de milhão de pessoas, (já vão no 14º plano, 2021/2025), a China “transborda” muito para além de suas fronteiras, colocando-se numa vanguarda que privilegia o comércio, a interconexão, a articulação e a emergência, só recorrendo à panóplia militar por que a isso a obriga a barbárie anglo-saxónica e suas caóticas sequelas, em que se refugia hoje no “hegemon”!

01- A Marinha do Exército Popular de Libertação é um dos expoentes dessas capacidades de superação expostas nos seus planos quinquenais, quando a China está já a reinventar-se a si própria abrindo-se ainda mais ao exterior e isso ficou patente, no acto da comemoração dos seus 72 anos de existência!

Neste momento é também uma das principais prioridades da República Popular da China, tendo em conta a intensidade das Novas Rotas da Seda marítimas, por que as continentais já possuem as bases infraestruturais, estruturais e muitos processos articulados de superação (em curso), ao longo do paralelo Euroasiático, de Londres a Vladivostock!

São visíveis os efeitos da aplicação dos planos quinquenais aos dispositivos navais, que vão desde o crescimento científico, tecnológico e físico dos estaleiros navais disponíveis, aos mega portos definidores de corredores de penetração nos continentes e aos conceitos que vão sendo introduzidos levando sempre em consideração os passos dados no passado que necessitam de, quinquénio a quinquénio, mais esmero e superação, acompanhando os resultados do crescimento!

Transporte ferroviário China - Europa cresce durante a pandemia


O transporte ferroviário de mercadorias entre o centro da China e a Europa aumentou 60%, durante a pandemia da covid-19, beneficiando de interrupções nas vias aérea e marítima, disse hoje à Lusa um funcionário chinês.

"Durante o período mais grave da pandemia, o nosso volume de mercadorias aumentou, contrariando a tendência geral de declínio no comércio externo", explicou à agência Lusa Wu Guangqiang, funcionário do Parque de Comércio e Logística Internacional de Xi'an, o maior porto seco da China

O serviço ferroviário entre a cidade chinesa de Xi'an e a Europa transportou mais de 2,81 milhões de toneladas de carga, em 2020, um aumento de 60%, face ao ano anterior, de acordo com dados oficiais.

"Nós exportamos sobretudo têxteis, máquinas, produtos eletrónicos e veículos e importamos alimentos, fio de algodão e outras matérias-primas, mas também produtos manufaturados na Europa, incluindo automóveis e alguns componentes de alta qualidade", resumiu Wu.

Covid-19: Portugal regista mais 470 infetados e uma morte


Internamentos mantêm a tendência de descida

Portugal diagnosticou, nas últimas 24 horas, mais 470  casos de infeção pelo novo coronavírus e reportou uma morte (na região do Alentejo), indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral de Saúde (DGS) esta quinta-feira.

Em comparação com a véspera, estes dados indicam uma variação de 0,06% nos contágios e de 0,01% nos óbitos, havendo um total de 23.733 casos ativos ao dia de hoje (menos 76).

Com esta atualização, Portugal passa a contabilizar desde o início da pandemia 836.033 casos, 16.974 mortes e 795.326 recuperados (mais 545 nas últimas horas).

Os internamentos mantêm a tendência de descida dos últimos dias, estando atualmente 324 doentes hospitalizados (menos oito), dos quais 89 em unidades de Cuidados Intensivos (mais um). 

Por regiões, destaque para o Norte que reportou mais 213 casos nas últimas horas. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com mais 143 infetados, depois a região Centro (mais 49), Algarve (mais 13), e o Alentejo que registou mais nove casos e a única morte no país nas últimas horas.

No que diz respeito às ilhas, os Açores reportaram mais 20 novos casos, e a Madeira mais 23.

O Governo prepara-se para anunciar de que forma é que o país vai avançar para o próximo nível de desconfinamento, prevendo-se que passe a vigorar a situação de calamidade, em substituição do Estado de Emergência que termina amanhã. 

Notícias ao Minuto

Leia Em Notícias ao Minuto: 

AO MINUTO: Alívio de restrições aprovado hoje; Índia? OMS deixa apelo

O Programa de Estabilidade não garante nem estabilidade nem crescimento

PORTUGAL

O “Programa de Estabilidade 2021-2025”do Governo não garante nem estabilidade nem crescimento económico e revela incompreensão dos desafios e dificuldades que o país e a Administração Pública enfrentam

Eugénio Rosa | Jornal Tornado

Neste estudo analiso o Programade Estabilidade que o governo acabou de apresentar na Assembleia da República, mostrando que ele coloca exigências à Administração Pública, que decorrem do facto de estar simultaneamente em execução três grandes programas comunitários – Portugal 2020, Programa de Recuperação e Resiliência e Quadro Financeiro Plurianual 2021-2017 –  que envolvem mais de 54.000 milhões € de fundos comunitários que Portugal tem de utilizar no período 2021/2030 e que, se o não fizer, perde uma parte desses fundos que são absolutamente necessários para sair do atraso em que se encontra e para combater a pobreza que atinge atualmente já cerca de 2.000.000 de portugueses.

E a Administração Pública não tem a meu ver, capacidade para responder aos enormes desafios e exigências que daí decorrem, até porque uma parcela dos fundos do Programa de Recuperação e Resiliência terá de ser executado pela própria Administração Pública, e esta não dispõe do pessoal qualificado necessário para o fazer. E o Ministério das Finanças coloca obstáculos a contratação de trabalhadores qualificados, e não permite também a atualização da Tabela de remunerações dos trabalhadores da Função Pública que, desde 2008, foi atualizado apenas uma vez com um aumento ridículo de 0,3% em 2020.

O Programa de Estabilidade ao eleger como objetivos prioritários a redução significativa do défice e da divida publica num  prazo muito curto (até 2025) agrava ainda mais as dificuldades à contratação de trabalhadores qualificados e à atualização das remunerações.

Nos partidos políticos e na Assembleia da República andam a comer muito queijo?

PORTUGAL

Noutros tempos, se andássemos com má memória, havia quem se automedicasse com Fósforo Ferrero, agora não sabemos se aquele medicamento ainda existe (passamos a publicidade), mas por certo que muitos outros auxiliares de memória haverá. E são esses que devem ser recomendados aos “esquecidos” que hoje estão pousados na Assembleia da República. Concretamente a deputados do PS, do PSD e do CDS. Isto a propósito do que lendo poderão inteirar-se nas prosas seguidamente expostas.

Resumindo podemos ler que “Cravinho acusou Sócrates de não querer combater a corrupção”, Constança Urbano de Sousa, do PS, declarou a propósito que não aconteceu nada disso… e que Cravinho, ex-deputado PS, “deve estar com a memória um pouco afetada”.

Os portugueses respondem pela certa: "Olhe que não, olhe que não".

Não sabemos se a D. Constança estava frente a algum espelho e se estaria a mirar. O que, sem esforço, os portugueses podem recordar é que legislar para julgar e reprimir a corrupção quase sempre foi um tormento a que PS, PSD e CDS tudo fizeram para escapar enquanto prevaleceram as décadas de existência do então chamado Bloco Central que integrava esses mesmos três partidos. Evidentemente que na atualidade PSD e CDS estão danadinhos por abordar a corrupção e legislar. Já não são governo nem Bloco Central. Se a legislação tivesse pendor retroativo de certeza que não estariam de alma e coração para enfrentar a corrupção, legislando a preceito. Os “rabos de palha”, no que se refere a corrupção, fazem parte do trio Bloco Central e até na vigência dos governos maioritários de Cavaco Silva (PSD) não faltaram. A memória dos portugueses existe e tem alapada na consciência “milagres” que não foram corrupção nem ilegalidades – os ditos e chamados golpes. O incomodo foi tão grande e por tanto tempo que até Cavaco passou a ser conhecido por dizer, insistindo “sou muito honesto”. Certo é que à volta dele (PSD) houve os que foram condenados e/ou bafejados por “milagres”. Provavelmente até o próprio.

Assim foi e importa bastante que todos tenham memória disso e deixem de se comportar de modo a considerar que os portugueses são todos parvos. Não são.

Certo é que ao desfiarmos memórias e enriquecimentos “milagrosos” esbarramos no adágio “quem cabritos vende e cabras não tem de algum lado lhe vem”. E nos partidos políticos que têm exercido os poderes nacionais, governando (e governando-se). Houve casos (poucos) que mereceram a condenação em tribunal, assim como sombras e obscuridades adversárias da transparência e fontes de alimento do “diz que disse”. É igualmente certo que uma vasta e significativa quantidade de portugueses não confia nos políticos. Sabendo-se que também pagam os justos pelos pecadores, o que é mau para todos nós, para o país, para a República, para a democracia.

É muito mau que nos partidos políticos e na Assembleia da República haja quem coma muito queijo…

Sugerimos que leia os referidos artigos do Expresso, para melhor se inteirar sobre o assunto, que interessa. Legislar contra a corrupção é urgente. Legislar sem “alçapões” e outras escapatórias em que muitos potenciais criminosos se têm refugiado. Dura Lex Sed Lex, para todos. A fim de conseguirmos sobreviver um pouco melhor e mais honestamente neste arremedo de democracia que nos andam a impingir.

Se não leram, leiam o que se segue.

MM | PG

A apanhar bolas e bonés em Portugal e arredores

À volta da bola no Curto de hoje, abertura de Ricardo Marques, jornalista do Expresso. Prosa redonda, como o mundo, é o que ele nos traz. E saltita, por aqui e por ali, por acolá, fintando-nos quando passa perto – a redondinha.

Saltitando também as mentiras e manipulações redondas dos políticos - os que mentem, faltando saber quais são os que não mentem. Jornalista tem vida difícil e, tantas vezes, é o primeiro a ser manipulado. Como um vírus “a coisa pega-se”, dizia o avô do outro quando soube que o neto ia enveredar por essa coisa da arte avançada de arauto. “Pobrezinho”, rematou. Adiante.

Hoje no Curto há futebol e peras. É disso que se trata. É o que se percebe. Também no entendimento a inércia dos GNRs que viram (ou não) a porrada que deram a um operador de câmera por aí num qualquer estádio, lá para o norte (parece). Os paramilitares viram mas meteram a viola no saco e assobiaram para o lado (parece). Quem ficou danadinho foi Rui Rio, o treinador (?) do PSD. Outros ficaram…

Belo tema para aqui se tratar logo de rajada. Adiante. Não sem referir que há os que vão ao futebol para assistir a cenas de pugilismo e ouvir berros animalescos. Palavrões e etc.. Até também optar por berrar para aliviar as frustrações e o empobrecimento constante e o enriquecimento por explicar (entender) de uns quantos (uns pouquinhos).

Dizia-se numa publicidade de há décadas atrás: “Texas não é só isto…”. Pois. O Curto também não é só isto que referimos atrás: futebol e porra, berros e palavrões, dinheiro e falcatruas. Nem GNRs com mais para fazer que andar a proteger um operador de câmera só porque um empresário do clube da casa (convidado) o achou com cara de saco de boxe. Como diz em título Ricardo Marques; “Cada um tem o futebol que merece”. Evidentemente. Há os que querem merecer não ver nem saber nada daquilo. Ver uns fulanos a correr atrás de uma bola, sarrafar nas canelas dos adversários, pensarem e dizerem mais ou menos audível “filho de puta” quando ouvem o estridente apito do árbitro… Ena, ena. Esta treta nunca mais acabaria.

Adiante, em modo Curto e grosso: Que se lixe o futebol e os energúmenos que o rodeiam (só os energúmenos). Além disso no desporto há Pintos da Corta em barda… Estão à espera que aconteça o quê? Algo elevado? Transparente? Ora, ora, vocês (desculpem lá) são uns grandes otários e ainda acreditam no Pai Natal. AQdiante. Curto com alguns parágrafos para ler e pensar.

Aqui: “país desconfinado, de fronteira aberta com Espanha”, “Conselho de Ministros começa às 09h30, as decisões devem chegar lá mais para a tarde”. Muito mais para ler. Em vez de andarmos armados em apanha bolas. Ora bolas! Bem, masi vale apanhar bolas do que andar a apanhar bonés – que é coisa que a maioria dos portugueses, europeus e outros da plebe andam a fazer. Ou lhes está a acontecer.

Leia o Curto e exerça a tal “liberdade para pensar” que é o seu slogan. Siga à risca essa liberdade e não se aborreça se lhe chamarem “pedreiro livre”. Avance. Deixe-os pousar.

Desopilado, bradando um muito bom dia, saúde e um queijo acompanhado de um vinho alentejano guloso. Mas, beba com moderação. Pois. Já agora: "chapéus há muitos, seus palermas!" - bradava a velhota na porta dos fundos da Assembleia da República, foi detida. Sim, liberdade para pensar mas não para se dizer o que pensamos. Onde é que já vimos isto antes?

Natal feliz por todo o ano. Pois.

MM | PG

(Neo)colonialismo pandémico

As dinâmicas de dependência neocoloniais continuam absolutamente evidentes. A Covid-19 só as pôs ainda mais a nu e, no caso das vacinas, de forma ainda mais flagrante. Países como a Indonésia e o Brasil receberam, até agora, uma em cada 10 doses da AstraZeneca que esperavam até Maio. Enquanto o Bangladesh, México, Myanmar e Paquistão não receberam absolutamente nenhuma.

Raquel Ribeiro*

O Reino Unido já não está em pandemia, dizem especialistas citados pelo Telegraph. A situação evoluiu de tal maneira positivamente, que as infecções poderão reduzir-se em 90% com a vacinação. E 49,8% da população já recebeu a primeira dose da vacina. Fazendo eco do relatório apresentado pela equipa da COVID-19 Infection Survey, uma parceria entre a Universidade de Oxford, o Instituto de Estatísticas Nacionais e o Departamento de Saúde e Acção Social, o primeiro-ministro do País de Gales disse: «Na sua definição, neste momento não estamos mais numa pandemia. Continuo a avisar que isto não é uma rua de sentido único». Isto é, as coisas podem sempre voltar a piorar.

Mas é um facto, como o estudo revela, que a redução em infecções e infecções sintomáticas é muito significativa após a segunda dose da vacina (70% e 90%, respectivamente). Entrando então no que seria um momento de «endemia» de Covid-19, os especialistas no Reino Unido explicam que um reforço da vacinação no Outono vai ser certamente necessário para a continuação do controlo das infecções e redução da mortalidade. E, depois disso, talvez anual.

Entretanto, a antiga colónia jóia do império britânico, a Índia, que antes produzia os diamantes para a coroa dos reis ingleses e que agora produz uma enorme percentagem de vacinas para o Ocidente, ironicamente também produz muitas das que os britânicos estão a tomar. O sector farmacêutico da Índia representa 50% do consumo global de vacinas, 40% do mercado de genéricos dos EUA e 25% de todos os medicamentos do Reino Unido. O país está a braços com uma escalada de infecções e mortes brutal e devastadora. São já 16 milhões de infecções, 340 mil casos por dia. As notícias dão conta de um inferno, em tudo igual ao que temos vindo a assistir no Brasil: novas variantes do vírus (neste caso «mutante»), pacientes sem oxigénio, incêndios em hospitais, cremações em massa.

Excluindo a redefinição: a luta iminente pela frente


# Publicado em português do Brasil

kevin smith | OneWorld

Embora muitos de nós estejamos cientes de muitas das razões, motivos e tempo para a chamada Grande Reinicialização, acho que os insights e pensamentos de Reiner são interessantes e, coletivamente, fornecem uma compreensão mais completa do que está por trás de tudo. E talvez haja alguma luz no fim do túnel.

Há algum tempo, escrevi um artigo explicando minha jornada de aprendizado em direção à agenda do Great Reset.

Eu disse que achava que esse show de terror continuaria por algum tempo, mas no final das contas iria falhar, mas a um grande custo para nossa sociedade e para todos nós.

Mais recentemente, tenho pesquisado informações sobre as novas 'vacinas' e, como outras, agora me pergunto seriamente se isso faz parte de algo ainda mais sinistro que ameaça nossa própria existência.

Para aliviar a loucura e a leitura pesada dos estudos científicos, assisto muitas das apresentações online de Ivor Cummins , Dr. Mike Yeadon e Dr. Sucharit Bhakdi, que são profissionais, claras e poderosas. A entrevista recente do Dr. Bhakdi aqui é brilhante, mas a mais assustadora que já vi sobre as vacinas.

Existem alguns especialistas por aí com verdadeira paixão, inteligência e uma incrível capacidade de superar as complexidades. Todos nós deveríamos ser gratos por ter pessoas tão corajosas apresentando os fatos.

Claro, muitos desses especialistas e comentaristas têm acesso limitado ao chamado mainstream. Eles foram censurados implacavelmente. É fácil ficar desanimado porque os fatos agora óbvios sobre Covid-19, bloqueios e vacinas ainda não estão sendo ouvidos.   

Para mim, é a frustração que o público ainda está alheio ao pesadelo iminente que está prestes a cair sobre eles e suas famílias. E a impotência para detê-lo, como um acidente de carro em câmera lenta.

Covid-19 | Parlamento Europeu dá 'luz verde' a certificado de vacinação

Arrancam agora as negociações com a presidência portuguesa

O Parlamento Europeu anunciou, esta quinta-feira, que aprovou o certificado de vacinação Covid-19. O certificado verde digital tem como objetivo facilitar a liberdade de circulação na União Europeia (UE). 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, já saudou a aprovação, numa mensagem deixada no Twitter, e sublinhou que este é um passo decisivo para a segurança da circulação este verão. 

Com esta aprovação arrancam, assim, as negociações com o Conselho da UE, atualmente presidido por Portugal, sobre o livre-trânsito digital, comprovativo da testagem, recuperação ou vacinação contra a Covid-19.

540 votos a favor, 119 contra e 31 abstenções

A adoção desta posição negocial - que tem por base a proposta da Comissão para o certificado verde digital - foi aprovada pelos eurodeputados com 540 votos a favor, 119 contra e 31 abstenções.

Em causa está a proposta legislativa apresentada pelo executivo comunitário em meados de março para a criação de um certificado digital para comprovar a vacinação, testagem ou recuperação da covid-19, um documento bilingue e com um código QR que deve entrar em vigor até junho para permitir a retoma da livre circulação na UE no verão.

Igualmente aprovada pelos eurodeputados foi a posição relativa à proposta da Comissão Europeia para que cidadãos europeus residentes em países terceiros sejam abrangidos por este certificado, com 540 votos a favor, 80 contra e 70 abstenções.

Testes universais, acessíveis, rápidos e gratuitos em toda a UE

Ainda assim, os parlamentares vincam na sua posição que são necessários testes à Covid-19 universais, acessíveis, rápidos e gratuitos em toda a UE, para facilitar a livre-circulação, e que os Estados-membros não devem impor quarentena ou testes (além do necessário) aos titulares de certificados.

Para a assembleia europeia, estes certificados também não devem ser considerados documentos de viagem.

Em meados de abril, os Estados-membros da UE aprovaram um mandato para a presidência portuguesa do Conselho negociar com o Parlamento Europeu a proposta de implementação deste certificado verde digital.

Com o aval de hoje da assembleia europeia sobre a sua posição negocial, podem arrancar as negociações interinstitucionais no chamado 'trílogo', que envolve Parlamento, Conselho e Comissão.

Antes da aprovação de hoje, o Parlamento Europeu já tinha aceitado tratar esta matéria como procedimento de urgência, o que permite acelerar o debate. A ambição da presidência portuguesa é chegar a um acordo com o Parlamento Europeu em maio, de forma a garantir que o certificado verde digital pode entrar em funcionamento em junho.

A ideia da Comissão Europeia é que este livre-trânsito funcione de forma semelhante a um cartão de embarque para viagens, em formato digital e/ou papel, com um código QR para ser facilmente lido por dispositivos eletrónicos e seja disponibilizado gratuitamente e na língua nacional do cidadão e em inglês.

Ainda assim, caberá aos Estados-membros decidir o uso a dar este certificado, isto é, se perante tal documento aceitam levantar restrições às viagens como mais testagem e quarentena. Os setores do turismo e das viagens representam cerca de 10% do PIB europeu.

Notícias ao Minuto com Lusa

Leia em Página Global:

UE já falava em “passaportes de vacinas” 20 meses antes da pandemia

Alemanha está a espiar negacionistas da Covid-19

O objetivo é verificar se estes cidadãos incitam à violência (alegadamente)

A Agência de Espionagem Interior da Alemanha está a espiar negacionistas da Covid-19, avançam, esta quarta-feira, os meios de comunicação social do país. O objetivo é verificar se estes cidadãos não incitam à violência.

A investigação inclui, admitiu fonte da agência, membros dos movimentos ‘Querdenker’ e ‘Lateral Thinkers’, que têm organizado protestos cada vez mais violentos contra o confinamento. Entre os “monitorizados”, há defensores de conspirações, pessoas ligadas à extrema-direita e até grupos anti-semitas.

As autoridades temem que estes cidadãos, que negam a existência da Covid-19 ou minimizam a sua ameaça à saúde pública, “explorem as frustrações ao confinamento” para incitar a ira contra políticos ou instituições estatais, a cinco meses da Alemanha ir a eleições.

Notícias ao Minuto

Arquivado caso de professora que morreu após ser vacinada em Espanha

Apesar de a autópsia não especificar a causa da morte, o juiz decidiu arquivar o processo.

O Tribunal de Instrução n.º 5 de Marbela, em Málaga, Espanha, decidiu arquivar o processo que investigava o caso de uma professora, de 43 anos, que morreu duas semanas depois de receber a vacina da AstraZeneca.

De acordo com o El País, o juiz tomou esta decisão, apesar de a autópsia não especificar a causa da morte, nem descartar que tenha sido devido à vacina.

Esta análise “mais extensa” e complementar contradiz o relatório preliminar da autópsia realizada ao corpo da professora de Marbella.

Recorde-se que, no dia 19 de março, o ministro da Saúde e da Família da Junta de Andalucía, Jesús Aguirre, garantiu que não havia nenhuma “relação entre a administração da vacina AstraZeneca e a morte” da professora, e que esta tinha sofrido “uma hemorragia cerebral”, algo para o qual já tinha predisposição.

Notícias ao Minuto | Imagem: © Octavio Passos/Getty Images

Cronologia de uma provocação aterradora

Biden, Blinken, Nuland, Pyatt – a equipa operacional do golpe Euromaidan está de regresso à Ucrânia. Entretanto, continuamos a ser informados de que tudo está a acontecer por causa da «agressão russa».

José Goulão | AbrilAbril | opinião

No dia 24 de Março deste ano, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou o decreto 117/2021 no qual determina que a política oficial do seu regime é a de «reconquistar» a Crimeia à Rússia; e identifica o porto de Sebastopol como alvo prioritário desta estratégia. A iniciativa foi acompanhada pelo transporte de avultados meios de guerra, incluindo comboios de tanques, em direcção ao Leste ucraniano, a região onde Kiev tem mantido um cerco e actos de guerra contra as populações civis, essencialmente a cargo de unidades militares e paramilitares nazis.

A decisão de Zelensky provocou uma reacção simétrica por parte da Rússia: reforço das capacidades militares na Península da Crimeia e nas imediações da fronteira oriental da Ucrânia. A comunicação social corporativa, sobretudo a «de referência», só conta esta parte da história, encaixando-a na narrativa da «agressão russa». Para se ter uma noção da real gravidade da situação, porém, é necessário conhecer o cenário completo.

Volodymyr Zelensky não retirou o decreto da sua cartola porquesimplesmente lhe apeteceu ou porque o considere como a mais aconselhável maneira de desviar as atenções da caótica situação interna em que o golpe Euromaidan mergulhou a Ucrânia desde 2014. As circunstâncias demonstram que este ex-comediante de TV transformado em presidente está sob o controlo directo de Richard Moore, chefe dos serviços secretos britânicos MI6, que o recebe em Londres e dirige pessoalmente o cumprimento do guião belicista que ele próprio traçou para ser cumprido a partir de Kiev. Esta ligação foi demonstrada pela televisão Rossiya 1 e está, naturalmente, associada à integração da Ucrânia, do Mar Negro e das regiões bálticas em geral nas gigantescas manobras militares da NATO «Defender Europe 21» que estão a decorrer até finais de Junho.

Moore foi antigo embaixador britânico na Turquia, pelo que terá facilitado os contactos entre Erdogan e Zelensky, que têm recentes desenvolvimentos terroristas na região do Mar Negro.

Zelensky tem, portanto, as costas bem quentes. Por isso, o seu chefe de Estado-Maior, o general Ruslan Komchak, anunciou que se «prepara para realizar uma ofensiva na Ucrânia Oriental», operação essa em que «está prevista a participação de membros da NATO». Será?

Ao que a NATO tem respondido, sobretudo durante reuniões efectuadas em meados de Abril em Bruxelas, que está ao lado do regime ucraniano na sua defesa da «integridade» do país – declaração curiosa de uma aliança que se dedica a desintegrar países: Jugoslávia, Iraque e Líbia falam por si.

«Integridade» da Ucrânia significa, neste contexto, o regresso da Crimeia à soberania de Kiev e o reforço da repressão contra as populações russófonas das províncias da região do Donbass – Donetsk e Lugansk – que não reconhecem o regime de base nazi nascido do golpe de 2014. Foi precisamente para evitar uma situação de repressão militar como a que vigora no Donbass que a população da Crimeia votou massivamente em referendo a sua reintegração na Rússia, da qual fora separada por acto administrativo assumido nos anos cinquenta do século passado pelo dirigente soviético Nikita Krushchov.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

A lista de Estados hostis da Rússia surge muito atrasada

# Publicado em português do Brasil

Andrew Korybko* | OneWorld

A decisão da Rússia de montar uma lista de estados hostis cujas missões diplomáticas seriam proibidas de contratar moradores e talvez também sujeitas a outras restrições já deveria ser feita e mostra que o país está finalmente levando a Nova Guerra Fria muito a sério aproximadamente sete anos após seu início.

O presidente Putin assinou um decreto em contra-medidas contra estados hostis na sexta-feira, que proibiria suas missões diplomáticas de contratar moradores e talvez também os sujeitasse a outras restrições no futuro. A pessoa média pode não entender a importância dessa mudança, mas basicamente significa que esses países terão que ocupar cargos administrativos de nível inferior e outros cargos com seus próprios diplomatas altamente treinados, em vez de contratar pessoas locais para fazer o trabalho. Em outras palavras, isso diminui as capacidades diplomáticas desses países porque indivíduos superqualificados são forçados a realizar tarefas básicas em vez de se concentrar em assuntos mais importantes. Uma vez que cada país tem apenas um número limitado de diplomatas, isso pode, pelo menos em teoria, tornar mais difícil para eles desestabilizar seu estado anfitrião, neste caso a Rússia.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, confirmou que os EUA estarão nessa lista de estados hostis, enquanto ainda não se sabe quais outros países serão designados como tal ao lado dele. Em qualquer caso, essa mudança já deveria ter ocorrido há muito tempo e mostra que a Rússia está finalmente levando a Nova Guerra Fria muito a sério, aproximadamente sete anos após seu início. A abordagem anterior consistia em referir todos os países, mesmo os oponentes óbvios, como os chamados “parceiros”, a fim de manter um grau de “profissionalismo” nas suas relações. A adesão da Rússia às normas diplomáticas clássicas não foi correspondida pelos EUA, entretanto, que continuaram a declarar abertamente que a Rússia era uma rival, se não um inimigo absoluto. O clima diplomático nunca se recuperou, apesar dos melhores votos da Rússia em contrário.

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