terça-feira, 27 de abril de 2021

HRW acusa Israel de crimes de 'apartheid' e perseguição contra palestinianos

Relatório aponta que autoridades israelitas procuraram "maximizar a terra disponível para as comunidades judaicas e concentrar a maioria dos palestinianos em densos centros populacionais".

organização Human Rights Watch (HRW) acusou as autoridades israelitas de cometerem "os crimes contra a Humanidade do apartheid e da perseguição", num relatório em que analisa o modo como Israel trata os palestinianos.

No relatório "A Threshold Crossed: Israeli Authorities and the Crimes of Apartheid and Persecution" (Um limiar atravessado: autoridades israelitas e os crimes do apartheid e da perseguição), a HRW justifica a acusação considerando que existe uma "política abrangente do governo israelita para manter o domínio dos judeus israelitas sobre os palestinianos e graves abusos cometidos contra os palestinianos que vivem em território ocupado, incluindo Jerusalém Oriental".

O texto da organização de defesa dos direitos humanos "apresenta a realidade atual de uma única autoridade, o governo israelita, essencialmente governando a área entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo, habitada por dois grupos de tamanho aproximadamente igual, e privilegiando metodologicamente judeus israelitas enquanto reprime os palestinianos, mais duramente em território ocupado".

Ataques a Israel põe em xeque sua segurança

# Publicado em português do Brasil

Valeria Rodriguez | Dossier Sul

Na quinta-feira (22) pela madrugada, um míssil disparado da Síria atingiu as proximidades das instalações nucleares de Dimona, nos territórios da Palestina ocupada, chamou a atenção o fato de os sistemas de defesa Iron Dome não detectarem o míssil, o que acendeu os alarmes sobre a segurança de Israel, já que este é um dos sistemas de defesa mais sofisticados da entidade sionista. Deve-se notar que o lançamento de mísseis sírios respondeu a um ataque anterior de Israel nas proximidades de Damasco no dia anterior.

Além disso, deve-se destacar que no dia 20 de abril passado houve uma grande explosão na empresa de defesa Tomer que fabrica sistemas de propulsão para uma variedade de foguetes e mísseis. A explosão lançou uma enorme coluna de fogo e fumaça na cidade central israelense de Ramle.

A empresa afirmou que era o resultado de um teste controlado, apesar das pistas de que poderia ter sido o produto de uma sabotagem iraniana em resposta à recente explosão perto da instalação nuclear iraniana de Natanz. Não se pode ignorar que isto está ocorrendo no contexto das negociações em Viena para o retorno ao acordo nuclear.

Por outro lado, em relação ao míssil disparado da Síria, o jornal britânico The Independent destacou a vulnerabilidade do sistema de defesa israelense em um artigo intitulado “Uma região à beira do conflito” enfatizou que o míssil atravessou o céu israelense sem ser interceptado pelo sistema de defesa, em certo momento sugerindo o desenvolvimento militar do eixo de resistência e em outro a ineficácia do sistema Iron Dome.

Segundo o diretor do centro de pesquisa sírio Al Ittihad, Hadi Gobaisi, os mísseis utilizados na Síria, assim como em outros países como o Irã e o Iêmen contam com desenvolvimento em termos de capacidade explosiva, além da eficácia ao provar ser imperceptíveis para o sistema de defesa israelense.

A pergunta que muitos analistas fazem é se Israel pode encontrar o mesmo destino que a Arábia Saudita, já que, longe de desistir diante dos constantes bombardeios, a resistência iemenita está mostrando que a Arábia Saudita está perdendo a batalha.

EUA-Israel | Quem abana o cachorro?

# Publicado em português do Brasil

Amigos de Israel em Washington significam guerra constante no Oriente Médio

Philip Giraldi* | Strategic Culture Foundation

Biden, como presidentes antes dele, está preso na armadilha entre um Israel dominado por extremistas e o todo-poderoso Lobby interno de Israel.

Donald Trump, que foi eleito presidente dos Estados Unidos em 2016, pode ter vencido devido aos eleitores atraídos por sua promessa de encerrar muitas das guerras “estúpidas” nas quais os militares americanos estavam envolvidos em todo o mundo. No evento, entretanto, ele não encerrou nenhuma guerra, apesar de várias tentativas de se retirar do Afeganistão e da Síria, e quase iniciou novos conflitos com ataques de mísseis de cruzeiro e o assassinato de um general iraniano. Trump foi consistentemente superado por seus “especialistas” no Conselho de Segurança Nacional e no Pentágono, que insistiram que era muito cedo para se desligar do Oriente Médio e da Ásia Central, que a própria segurança nacional da América estaria ameaçada.

Trump não tinha a experiência ou a coragem necessária para anular seus generais e equipe de segurança nacional, então ele obedeceu ao julgamento deles. E, como foi bem documentado, ele estava sob constante pressão para cumprir as licitações de Israel na região, que exigia uma presença militar substancial e contínua dos EUA para proteger o estado judeu e fornecer cobertura para os ataques regulares encenados pelos israelenses contra vários de seus vizinhos. Motivado pelas substanciais doações políticas vindas de multimilionários como o magnata dos cassinos Sheldon Adelson, Trump concedeu mais a Israel do que qualquer presidente anterior,

O presidente Joe Biden já indicou que superará Trump no que diz respeito a favorecer o "aliado" e "melhor amigo" persistente da América no Oriente Médio. Biden, que se declarou um “sionista”, está respondendo ao mesmo lobby e poder da mídia que os amigos de Israel podem exercer sobre qualquer governo nacional dos Estados Unidos. Além disso, seu próprio Partido Democrata no Congresso também é o lar da maioria dos sionistas genuínos do governo federal, a saber, os numerosos legisladores, em sua maioria judeus, que há muito se dedicam a defender os interesses israelenses. Finalmente, Biden optou por se cercar de um grande número de oficiais judeus nomeados como sua equipe de política externa e segurança nacional, muitos dos quais têm laços pessoais estreitos e duradouros com Israel, para incluir o serviço no Exército israelense.

O futuro que os "espiões" desenharam a Joe Biden

Cada novo presidente dos Estados Unidos recebe e partilha com o mundo um relatório conjunto dos Serviços de Informação norte-americanos. Os comentadores residentes da Espantosa Realidade das Coisas (o sociólogo e professor do ISCTE, Paulo Pedroso, e a professora de Ciências da Comunicação e Comunicação Política da Universidade Católica de Lisboa, Rita Figueiras) já leram passagens do relatório recebido por Joe Biden. Virá aí uma carga de trabalhos para o sucessor de Trump?

Os espiões norte-americanos organizaram o relatório em torno de quatro áreas consideradas estratégicas: a demografia, o ambiente, a economia e a tecnologia. Essas são as áreas definidas como "fundamentais para moldar o futuro". Este é primeiro grande dossier da emissão de hoje (25.04)

Um artigo de opinião no New York Times sobre os "100 dias sem Trump no Twitter" foi também abordado pelos comentadores residentes do magazine dos domingos. Escreve o articulista: "Os democratas respiram com mais facilidade. Os republicanos gritam censura. Para todos os consumidores de notícias do país, uma estranha quietude desceu após um bombardeamento de quatro anos de verborreia presidencial".

Os comentadores residentes da Espantosa analisam ainda o retrato perturbador feito por Bárbara Reis, há uma semana, no Público, de um professor da Universidade de Lisboa cujo mundo gira à volta de Trump, de Ventura e das fake news. A pergunta a que tentam responder: como pode a Universidade acolher professores com uma visão do mundo assente na distorção dos factos?

Neste 25 de Abril de Avenida da Liberdade condicionada, desfilamos pela memória como se cantássemos. De A, de Afonso, a Z, de Zélia (Afonso), com um cravo no microfone da repórter Teresa Dias Mendes. Um cravo à lapela da rádio, percorrendo a avenida onde ninguém diga quem pode ou não pode circular.

Fernando Alves | TSF – Ouvir: A Espantosa Realidade das Coisas

Imagem: Joe Biden © Brendan Smialowski/AFP

Portugal com cinco mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas

Há mais 1194 pessoas que recuperaram da doença

Portugal regista esta terça-feira mais 353 casos da doença. Nas últimas 24 horas morreram cinco pessoas, em consequência da infeção pelo coronavírus, logo após o segundo dia sem mortes devido à Covid-19 desde que a epidemia chegou ao país.

De acordo com os dados da DGS, atualizados na passada segunda-feira, dia 26 de abril, a incidência da Covid-19 em Portugal continental e ilhas é agora de 70,4 casos por 100.000 habitantes. Se olharmos apenas para o continente, o valor é menor: 67,3 casos de infeção por por 100.000 habitantes. O valor do Rt é de 0,99, na totalidade do território português, mas ligeiramente mais alto se tivermos apenas em conta Portugal continental, onde é de 1,00.

Estão confirmadas 16.970 mortes devido à Covid-19 em Portugal, mais cinco do que no último boletim epidemiológico emitido pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

O número de pessoas infetadas pela doença até agora é de 834.991, mais 353 nas últimas 24 horas. Há, neste momento, 23.816 casos ativos, menos 846 do que na segunda-feira.

Até ao momento, 794.205 pessoas conseguiram recuperar, das quais 1194 nas últimas 24 horas.

Há ainda 25.011 pessoas em vigilância pelas autoridades de saúde.

Há agora 346 pessoas internadas (menos 19 do que nas últimas 24 horas), 86 das quais em cuidados intensivos (menos cinco do que no último registo).

Carolina Quaresma | TSF

LEIA TUDO SOBRE A PANDEMIA DE COVID-19 – na TSF

Portugal | A direita que Abril abriu

Luís Castro Mendes* | Diário de Notícias | opinião

Não se pode contar uma revolução, como não se pode contar um amor. Um dia os historiadores virão e nós não nos reconheceremos nas palavras que de nós citarem e venham aparecer assim, desgarradas de nós, no seu texto narrativo histórico. Éramos mesmo nós? Dissemos aquelas palavras? Eram bem aquelas as nossas intenções e aqueles os nossos sonhos?

E depois virão os cientistas políticos, que examinarão o regime que naquele ano derrubámos com alegria. Não, não era fascista, era apenas um pouco autoritário, ninguém sofria muito. Não, Salazar não perseguiu ninguém, Peniche era um estabelecimento prisional onde cumpriam pena os réus condenados por um tribunal plenário judicialmente independente e o Tarrafal era apenas uma colónia de recuperação e reeducação de marginais. O fascismo nunca existiu e aguardamos até a chegada do politólogo italiano que nos demonstre finalmente que Mussolini nunca foi fascista.

Interrompo aqui este tom, porque a ironia hoje não é compreendida e certamente os mesmos que descobriram o racismo de Eça nas palavras do personagem João da Ega me irão atribuir, ao ler as linhas que ficaram atrás, uma defesa acendrada do Estado Novo.

Portugal continua a ter dos mais elevados custos com energia da União Europeia

O País registou o terceiro maior aumento no preço do gás entre os países da UE, no segundo semestre de 2020. A Galp já atingiu 26 milhões de euros em lucros só nos primeiros três meses deste ano.

Pese embora, entre os estados-membros da União Europeia (UE), se ter verificado uma ligeira descida nos preços da electricidade e do gás de uso doméstico nos últimos seis meses de 2020, face ao período homólogo, Portugal foi o terceiro a registar maior aumento no gás, segundo dados do Eurostat.

No que respeita à electricidade, o País também contou com uma leve descida, passando a custar 21,3 euros por kWh, face aos 21,8 do segundo semestre de 2019.

Todavia, relativamente aos preços do gás para uso doméstico, o País ficou em terceiro lugar em termos de aumentos, subindo 0,9%, de 7,7 para 7,8 euros por kWh. À frente só ficaram a Alemanha e a Holanda.

Esta realidade ocorre num país onde se regista um nível salarial muito baixo, o que recentemente ficou ainda mais evidenciado pela divulgação de conclusões de um estudo sobre a pobreza no País, referentes à situação pré-pandemia.

De facto, o País é o oitavo da UE com o preço mais caro de electricidade para consumo doméstico e o décimo no que diz respeito ao gás natural, segundo dados do Eurostat relativos ao segundo semestre de 2020.

Para mais, Portugal tem a terceira componente de taxas e impostos mais elevada, o que se deve aos custos de interesse económico geral (CIEG), «que resultam de opções de política energética e que representam 28% do preço final», de acordo com a Entidade Reguladora do Sector Energético.

Em contrapartida, nos últimos dez anos, após a última fase de privatização da empresa, o Estado português já perdeu 1486 milhões de euros em dividendos da EDP.

E a Galp já anunciou que, só nos primeiros três meses do ano de 2021, já registou lucros de 26 milhões de euros, o que motivou um comunicado do novo presidente da comissão executiva do grupo, Andy Brown, onde revelou que a empresa está a viver «uma saudável melhoria». Ainda assim, prevê-se o encerramento total da refinaria de Matosinhos até ao fim do mês, com o despedimento de centenas de trabalhadores.

AbrilAbril com Lusa

Portugal | O cinto deles nunca aperta

Mariana Mortágua* | Jornal de Notícias | opinião

A EDP acaba de fazer a maior distribuição de lucros de sempre. São 754 milhões de euros, direitinhos para os bolsos dos acionistas.

Só a China Three Gorges, empresa estatal chinesa, recebeu 143 milhões. O maior acionista da EDP já recuperou 70% do que aplicou quando brindou com Portas e Passos Coelho pela venda de 21% da empresa em 2012. O resultado está à vista: 3500 milhões, pagos em dividendos, saíram do país nos últimos cinco anos porque nenhum dos maiores acionistas é português.

De onde vem tanto lucro? Em Portugal, a EDP gere infraestruturas e recursos que lhe foram entregues quando ainda era detentora do monopólio da produção e distribuição de energia no país. Foi depois a maior beneficiária das rendas fixas criadas no processo de liberalização, para tornar o mercado "atrativo" para os operadores privados. Tudo, quase sempre, com pouco ou nenhum escrutínio. E foi assim que a EDP conseguiu tornar-se uma multinacional.

O negócio da venda das barragens da EDP a um consórcio liderado pela francesa Engie deve ser encarado no âmbito das relações entre o Estado e os operadores privados de recursos públicos. Embora a polémica se tenha centrado no esquema de planeamento fiscal agressivo, há outro escândalo que pode valer centenas milhões e esse está no valor dos contratos. Ou seja, qual o verdadeiro valor das concessões hídricas que o ministro Manuel Pinho entregou à EDP por mais 25 anos? E o seu posterior prolongamento por um período adicional? Ninguém sabe ao certo porque todo o processo ainda está a ser investigado na justiça. Então, se não está devidamente avaliado, como sabemos que a EDP não está a lucrar mais do que devia quando vende a concessão de bens do domínio público? Não sabemos. E não devia o Governo avaliar o real valor destes contratos antes de autorizar esta venda? Sim, devia. Poderia essa reavaliação dar uma receita ao Estado? Sim. Então, porque não o fez, e manteve a avaliação de Manuel Pinho? Isso é o que o ministro do Ambiente não explica.

Mas estas não são as únicas justificações que Matos Fernandes deve ao país. O ministro podia aproveitar o embalo e explicar porque ainda não começou a cobrar a taxa sobre as grandes empresas de celulose que o Parlamento criou há um ano e que o Governo prometeu regulamentar em 2020. O lobby do setor é forte, mas do outro lado está a vontade democrática de usar esses recursos para investir na floresta, na sua diversificação e proteção.

É longe dos holofotes e bem dissimulados sob termos técnicos que os recursos coletivos se transformam em negócios de milhões. Proteger o interesse público é enfrentar grandes pressões privadas. Uma capacidade que o Governo falha em demonstrar.

*Deputada do BE

Portugal | Acabou a emergência?

Bom dia este é o seu Expresso Curto

Acabou a emergência?

Filipe Garcia | Expresso

É a sabedoria popular quem o garante: as más notícias correm depressa, as boas nem sempre. Desta vez, contudo, suspeito que esta já lhe chegou e, mesmo assim, repito-a: ontem foi o primeiro dia desde 3 agosto em que ninguém morreu de covid-19 em Portugal. Quer melhor? Desde o começo da pandemia foi terceiro dia com menos novos casos e Diogo Serras Lopes, secretário de estado da Saúde, até colocou a possibilidade de a tão desejada imunidade de grupo ser alcançada antes do tempo previsto. Isto, claro, desde que as “vacinas continuem a chegar a bom ritmo”.

Um olhar rápido para os gráficos, mostra-nos que o número de casos ativos é próximo ao registado no final do passado mês de setembro e hoje, ao fim de mais de um ano entre estados de emergência, o caminho a trilhar pode mesmo começar a ser outro. Sorridente, António Costa continua a pedir cautela e “respeitinho” no tratamento da pandemia, mas, no Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa prefere não voltar a declarar novo período de exceção. Para que o sorriso do primeiro-ministro não se perca, para que não seja necessário voltar atrás e para que o Presidente veja cumprido o seu desejo, é preciso que mais boas notícias cheguem e, preferencialmente, depressa. Hoje é dia de nova reunião no Infarmed, depois Marcelo voltará a ouvir os partidos e amanhã é na Assembleia da República que se debate a evolução da pandemia que cada vez menos querem enfrentar em emergência.

Eixo do planeta Terra em constante mudança devido às alterações climáticas - estudo

Velocidade média da deriva polar de 1995 a 2020 aumentou cerca de 17 vezes em relação à registada de 1981 a 1995.

O planeta Terra está a alterar o seu movimento de rotação sob o próprio eixo devido ao crescente derretimento dos glaciares de ambos os polos, segundo o novo estudo da Geophysical Research Letters.

A investigação explica a forma como a alteração do movimento terrestre sob o próprio eixo resultou na chamada "deriva polar", tendo em conta os recentes dados divulgados pela 'Gravity Recovery and Climate Experiment', a missão iniciada pela NASA em 2002, que analisa as alterações das forças gravitacionais do globo terrestre.

Os investigadores do estudo conseguiram perceber que a velocidade média da deriva polar de 1995 a 2020 aumentou cerca de 17 vezes em relação à registada de 1981 a 1995. Este fenómeno é explicado pelo gradual aumento da massa de água na superfície terrestre (subida média das águas do mar), resultante do derretimento do gelo dos polos terrestres e perda de 7,5 mil milhões de toneladas de gelo.

Embora o grau de mudança do eixo da Terra não seja sentido pelo ser humano a ponto de afetar a vida diária, a pesquisa sugere que as alterações climáticas poderão ter repercussões sérias na disponibilidade de recursos naturais, inclusive no ciclo da água, prejudicando o bom funcionamento dos ecossistemas. 

Correio da Manha | Imagem: Getty Images

Clima: Alemanha e China intensificam cooperação bilateral

A Alemanha e a China concordaram na segunda-feira aumentar a cooperação bilateral no combate às alterações climáticas com a intenção de impedir o aumento da temperatura média global acima dos 1,5 graus centígrados até 2100.

Os países estão a ficar sem tempo para alcançar este objetivo, definido no Acordo de Paris em 2015, porque a temperatura média global já aumentou 1,2 graus centígrados desde o período pré-industrial, afirmam cientistas,

"Precisamos de fazer todo o possível para reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa mais depressa do que planeado até agora", afirmou a ministra do Ambiente da Alemanha, Svenja Schulze.

"Juntamente com os grandes países industrializados, também precisamos da China para isto", acrescentou.

FLORESTA DE ENGANOS NA CIMEIRA DITA CLIMÁTICA

As mistificações começam pela própria denominação desta cimeira dita "climática" pois confunde clima com ambiente. Ou seja, parte do princípio errado de que o ser humano tem algum poder sobre o clima planetário e que o chamado "aquecimento global" teria uma origem antropogénica.

A segunda mistificação do seu título é mencionar "alterações" climáticas, quando estas sempre existiram e desde há milhões de anos. A terceira impostura é diabolizar o dióxido de carbono (CO2), o qual é um gás que não só não é tóxico como é até indispensável à vida no planeta. A quarta são as promessas nos discursos hipócritas de políticos & gretinos.

A quinta, mas não última, é promover a ignorância dos problemas reais da humanidade com os falsos problemas ali inventados.

O mundo pode e deve tratar dos problemas ambientais, mas nada pode pode fazer quanto ao clima. Milankovitch dixit, há mais de um século.

Resistir.info -- 23/Abril/2021

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