quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

ACORDO EUA-ISRAEL PARA ATACAR O IRÃO?

# Publicado em português do Brasil

Germán Gorráiz López | Katehon

As sucessivas ofensivas militares judaicas contra Gaza e a Cisjordânia sempre foram protegidas pela "espiral do silêncio" dos principais meios de comunicação mundiais controlados pelo lobby judaico transnacional, uma teoria formulada pela cientista política alemã Elisabeth Noelle-Neumann em seu livro “A espiral do silêncio. Opinião pública: a nossa pele social” (1977). Esta tese simbolizaria “a fórmula de sobreposição cognitiva que estabelece a censura através de uma acumulação deliberada e sufocante de mensagens de um único signo”, que produziria um processo em espiral ou loop de feedback positivo e a conseqüente manipulação da opinião pública mundial pelo lobby judaico transnacional (o direito de Israel de se defender).

No entanto, a assimetria da punição infligida aos palestinos em Gaza, com cerca de 300 mortos, centenas de feridos, bem como a destruição da infraestrutura básica em Gaza, teria levado à condenação internacional da queda de Netanyahu e Bibi em desgraça com AIPAC. depois disso, o governo de coalizão liderado pelo centrista Yair Lapid e o direitista Naftali Bennett (Rainbow Coalition) se cristalizou, o que representou o declínio político do último imperador judeu, Netanyahu, após 12 anos no poder. Seguindo o endemismo atávico de todos os governos judeus,

O DESAFIO DE SUPERAR A DITADURA DAS FINANÇAS - Dowbor

Última parte do livro sobre economias contemporâneas. Nos últimos 40 anos, diz autor, neoliberalismo pregou o fim da política e a supremacia dos mercados. Estas ideias levaram ao desastre social e ambiental. É hora de revertê-las

Ladislau Dowbor* | Outras Palavras

Temos de resgatar a capacidade de planejar, de prever problemas críticos, de restaurar equilíbrios econômicos, sociais e ambientais, de garantir a participação cidadã e o sentimento de liberdade de uma sociedade empoderada. No sentido amplo, chamamos isso de governança, a organização de um processo coerente de tomada de decisões. De uma boa compreensão das especificidades e potenciais dos diferentes setores pode resultar uma política que harmonize o conjunto. O conjunto deve ser administrado de maneira equilibrada e competente. O resultado que esperamos, é hoje, não somente claro, mas amplamente acordado no plano internacional: temos de construir uma sociedade economicamente viável, mas também socialmente justa e ambientalmente sustentável. Frente à fragilidade econômica planetária, à desigualdade explosiva e à catástrofe ambiental, estamos todos buscando novos rumos. Trata-se do desenvolvimento sustentável, claramente detalhado nos dezessete objetivos da Agenda 2030. Sabemos o que tem de ser feito, temos os recursos financeiros correspondentes e as tecnologias necessárias. Precisamos de processos decisórios que funcionem, e para isso precisamos de um pacto social justo, das regras do jogo correspondentes e de um Estado com autoridade para implementá-las.

Tivemos trinta anos de políticas públicas fortes, no pós-guerra, que funcionaram. O processo foi interrompido pelo poder dos gigantes corporativos, e em particular pelo sistema financeiro, levando, a partir dos anos 1980, a quatro décadas que Joseph Stiglitz qualificou de desastrosas. Foi, e continua sendo, uma era de poder total dos chamados “mercados”, com a globalização, financeirização e reforço desenfreado da exploração. O Estado foi declarado como sendo “o problema”, e o vale-tudo corporativo levou às deformações que hoje enfrentamos. Dane-se o maestro, declararam os músicos, somos livres para tocar cada um como quer, viva o neoliberalismo. A sinfonia desandou, e o resultado é o que vemos. Os Estados viraram meros espectadores do desastre, e ainda chamados a resgatar o sistema com rios de dinheiro, transferências elegantemente chamadas de Quantitative Easing. Um sólido defensor do capitalismo como Martin Wolf, economista-chefe do Financial Times, escreve que o sistema “perdeu a sua legitimidade”. Stiglitz é Nobel de Economia. Até o Papa sabe que precisamos de “uma outra economia”.

RIO - VENTURA: SOBRE OS PROBLEMAS DO PAÍS NEM UMA PALAVRA

Nem salários, nem emprego. O debate entre o PSD e o Chega mostrou, sobretudo, a dificuldade de Rio se demarcar de Ventura, de forma inequívoca, ou não tivesse este as suas raízes políticas no PSD.

AbrilAbril | editorial

O corridinho dos debates televisivos, com 25 minutos repartidos por dois candidatos, parece mais adequado a tricas e soundbytes do que a falar sobre os temas que importam às pessoas e ao País, como demonstrou o frente-a-frente entre o PSD e o Chega. Porém, o debate de ontem teve o condão de elucidar os portugueses sobre o papel a que o PSD se prestaria caso fosse o partido mais votado nas eleições de 30 de Janeiro. 

Com um aparente desconforto, depois de já ter admitido contar com o Chega se este se «moderasse», o presidente do PSD teve muita dificuldade em demarcar-se de um partido cujo líder, André Ventura, para além de vir das entranhas do PSD, não esconde que tem Passos Coelho como «guia político». No seu íntimo, Rui Rio alimenta a expectativa de poder vir a precisar, tal como nos Açores, do apoio parlamentar do Chega para governar.

Daí as contradições, o não fechar completamente a porta a alguns aspectos da agenda populista da extrema-direita, como no caso da prisão perpétua, esquecendo que no nosso país já não existe desde finais do século XIX e que Portugal foi pioneiro na abolição à pena de morte, ou dos «subsidiodependentes», embora com Rui Rio a reconhecer que os apoios são fundamentais para que não alastre a pobreza.

Portugal | CHICÃO, UM LOBO COM PELE DE CORDEIRO


Portugal | O ALMIRANTE E O DEVIR POLÍTICO

Jorge Costa Oliveira* | diário de Notícias | opinião

Não obstante o oligopólio político partidário, nos últimos anos o palco político em Portugal é dominado por dois personagens - um que exerce o cargo de primeiro-ministro e outro que é Presidente da República, conforme decorre das respetivas taxas de aprovação popular; até final de 2020 António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa tinham taxas aprovação - 45% e 75% - muito superiores a qualquer outro político.

Até que o almirante Gouveia e Melo mostrou que era possível coordenar um processo de vacinação de forma organizada e eficiente, com liderança e boa comunicação.

Com isto granjeou uma extraordinária popularidade. Que não temos hipótese de quantificar porque, curiosamente, essa popularidade nunca foi mensurada em qualquer sondagem. Nem mesmo quando o almirante alterou a sua postura de não disponibilidade para cargos políticos e declarou não fechar portas a nada e assumiu ser uma pessoa ambiciosa, nem mesmo então apareceu uma sondagem a quantificar essa extraordinária popularidade.

O que apareceu rapidamente, até demasiado rapidamente, foi o convite para Chefe de Estado Maior da Armada. Cargo que o devolve à condição militar tout court, com todas as limitações inerentes. Quase se diria que os principais atores do palco político português quiseram retirar de cena um personagem novo, atípico, que pensa pela sua cabeça e tem forte pendor executivo.

HOJE AINDA NÃO HÁ SIC MAS HÁ EXPRESSO ONLINE, AMANHÃ NÃO SABEMOS…

O ataque à democracia e há liberdade de informação - que ainda perdura – dirigido ao grupo Impresa, consequentemente ao Expresso e outras publicações online, privou-nos de os utilizarmos.

Praticamente na última hora de ontem (23 horas) o Expresso fez o que devia e surgiu em site provisório (aqui), fruto dos esforços de todos que laboram naquela casa. Isso quer dizer que já há Expresso online e, como poderão ler, já há Expresso Curto. É de ficarmos maravilhados e agradecidos pelo facto.

Hoje devido aos profissionais da Impresa que reagiram positivamente ao ataque de terroristas informáticos, a chamada “liberdade para pensar”, o Expresso e outros, aconchega-nos o hábito e o prazer de concordar ou discordar daquilo que apresentam. Bem vindos e lutem sempre. Muito obrigado.

Contamos que amanhã e dias seguintes reflitam melhorias na solução de normalizar as marcas da Impresa e que os terroristas ganhem juízo ou até um cantinho no chilindró. Pois.

Dito isto, vamos ao resto. E o resto é o Curto do Expresso em prosa de Vítor Matos. Vale.

Tenham um bom dia, se conseguirem. Eis o Curto, a seguir.

Redação PG

Guiné-Bissau comunica ao Senegal decisão de nulidade do acordo de petróleo

Parlamento da Guiné-Bissau comunicou esta semana ao Senegal sua deliberação de considerar nulo e sem efeito o acordo de partilha do petróleo assinado entre os Presidentes dos dois países, disse hoje à Lusa fonte oficial.

Parlamento da Guiné-Bissau comunicou esta semana ao Senegal a sua deliberação de considerar nulo e sem efeito o acordo de partilha do petróleo assinado entre os Presidentes dos dois países, disse nesta terça feira (04.01) à agência de notícias Lusa uma fonte da instituição.

De acordo com fonte do gabinete do presidente do parlamento guineense, em carta dirigida ao seu homólogo senegalês, Cipriano Cassamá enviou uma cópia da deliberação aprovada pela maioria de deputados em 14 de dezembro na qual deram como "nulo e sem efeito" o acordo de partilha do petróleo assinado entre os Presidentes da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e senegalês, Macky Sall.

Ativistas do Protetorado Lunda Tchokwe estão "desnutridos e desfigurados"

ANGOLA

Defesa dos ativistas acusados de rebelião em Cafunfo denuncia mortes na cadeia. Alerta ainda que o líder do Protetorado Lunda Tchokwe, José Zecamutchima, está doente e privado de assistência médica.

Passa quase um ano desde os acontecimentos da vila de Cafunfo, a 30 de janeiro de 2021, que resultaram na morte de ativistas que clamavam pela autonomia do leste de Angola.

Mais de uma dezena de pessoas estão detidas, incluindo o líder do Movimento do Protetorado Português Lunda Tchokwe, José Zecamutchima. Todos os ativistas são acusados dos crimes de rebelião e associação de malfeitores. O processo continua em "banho-maria" e aguarda-se que o tribunal marque a data do julgamento.

O advogado Salvador Freire diz que tem sido impedido de contactar o seu constituinte, José Zecamutchima.

"O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Luanda não nos permite falar com ele", conta Freire em declarações à DW África a partir da cidade do Dundo, capital da Lunda Norte. "Eles remetem-nos a contactar o SIC-geral para pedirmos autorização de modo a falarmos com o Zecamutchima, o que não é de lei. Essa permite que falemos com os nossos constituintes a qualquer momento e em qualquer lugar onde estiver, mas somos impedidos".

Moçambique | Cabo Delgado: Insurgentes matam cinco pessoas em Macomia

Cinco pessoas morreram esta segunda-feira (03.01) na sequência de um novo ataque de grupos armados no distrito de Macomia, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.

No novo ataque, que ocorreu na madrugada desta segunda-feira (03.01), os insurgentes mataram aproximadamente 5 pessoas e incendiaram 11 casas na aldeia Nova Zambézia, que fica ao longo da estrada número 380, no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.

"Por volta das 02:17, começámos a ouvir algum barulho e gritos de pessoas. Afinal eram terroristas, já estavam a matar pessoas inocentes", declarou à Lusa fonte da força local que estava nas proximidades da aldeia. 

Além de matar e incendiar casas, os insurgentes, segundo a fonte, saquearam também a comida da população, que devido ao aumento da segurança estava gradualmente a regressar à aldeia, localizada a cerca de 25 quilómetros de uma posição militar. 

"Eles invadiram casas da população e levaram comida, depois disso colocaram-se em fuga", acrescentou. 

China - Macau | Ho Iat Seng jura lealdade a Xi Jinping na mensagem de Ano Novo

O Chefe do Executivo anteviu mais um ano marcado por “complexidade e dificuldade”, relacionou o desenvolvimento económico com a política actual contra a pandemia e elogiou os resultados económicos de 2021

Ho jura lealdade a Xi. Um Governo totalmente comprometido com os discursos do Presidente Xi Jinping, mesmo quando navega “no meio da corrente” e enfrenta “ondas agitadas”. Foi esta a mensagem do Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, para o novo ano, divulgada do último dia de 2021.

“No novo ano de 2022, o Governo da RAEM irá prosseguir aprofundadamente o espírito dos importantes discursos e instruções do Presidente Xi Jinping”, prometeu Ho Iat Seng.

Sobre o conteúdo dos discursos, Ho elencou, em primeiro lugar, a implementação do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’, a defesa da soberania, a segurança e os interesses do desenvolvimento do País, e a implementação do princípio ‘Macau governado por patriotas’, que definiu como fundamental.

Lu Olo, presidente timorense, ouve partidos antes de anunciar presidenciais

O Presidente da República timorense, Francisco Guterres Lú-Olo, inicia quinta-feira uma ronda de contatos com os partidos políticos, antes de anunciar a data das eleições presidenciais, previstas para março

Presidente reúne com partidos antes de anunciar presidenciais. Em comunicado, a Presidência explica que a lei determina que o chefe de Estado deve ouvir os partidos políticos com assento parlamentar bem como o Governo e as autoridades eleitorais, decretando depois a data da votação.

O calendário de encontros prevê para quinta-feira reuniões com o Partido Democrático (PD), com o Partido Libertação Popular (PLP), com a Frente Mudança (FM) e com a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin).

Na sexta-feira estão previstas reuniões com o Partido de Unidade Desenvolvimento Democrático (PUDD), com o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), com o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) e com a União Democrática Timorense (UDT).

“Antes das reuniões o Presidente ouviu o Governo, através do primeiro-ministro Taur Matan Ruak e do ministro de Administração Estatal, Miguel Carvalho, bem como os responsáveis da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).

Portugal | PS PROMETE AGORA O QUE RECUSOU HÁ TRÊS MESES

O PS apresentou o seu programa eleitoral com promessas, nomeadamente de aumento do salário mínimo nacional e de redução do horário de trabalho, que recusou negociar recentemente.

António Costa e Mariana Vieira da Silva foram os rostos da apresentação do programa eleitoral do PS, esta segunda-feira, em Lisboa, com os socialistas a anunciarem o objectivo de o salário mínimo nacional (SMN) «atingir, pelo menos, os 900 euros em 2026». O que não deixa de ser curioso, se se recordar que foi a intransigência do Governo em relação ao aumento do SMN um dos motivos fundamentais para o chumbo do Orçamento do Estado e a convocação de eleições antecipadas.  

Nessa negociação, o PCP partiu de uma proposta de aumento do SMN para 850 euros, acabando por admitir a possibilidade de começar o ano de 2022 com um valor de 755, sem que António Costa abandonasse a proposta inicial de 705 euros, que manteve desde Março de acordo com a preferência também os patrões, aparecendo agora a promessa do PS, de atingir, «pelo menos», os 900 euros em 2026.

Portugal | VENTURA, O ELEFANTE

Rafael Barbosa* | Jornal de Notícias | opinião

E ao terceiro dia de debates, não esteve lá André Ventura. Mas é ainda o líder do Chega quem domina os escaparates eleitorais. Porque alguns confrontos podem durar para além da sua data de validade. E ainda mais se os principais atores políticos derem um empurrão adicional.

Um dos empurrões deu-o António Costa. O socialista ainda não debateu com André Ventura. Mas já decidiu tirar partido do debate do chefe da Direita radical com Rui Rio, à procura de mais uma meia dúzia de votos a 30 de janeiro. Para tentar envergonhar o seu principal adversário na corrida a S. Bento, não resistiu a dar corda a Ventura.

O outro empurrão deu-o Rui Rio. Primeiro, porque poderia e deveria ter sido definitivo sobre o que pensa das penas de prisão perpétua, na altura própria, em vez de tentar dar a quem o ouvia uma lição jurídica. Depois, porque, como não esclareceu na altura certa, se viu obrigado a voltar ao tema, já na ressaca, para deixar a questão em pratos limpos.

Fica claro que, na dimensão de combate em que os debates televisivos se transformaram, em nome das audiências, André Ventura é o gladiador e os restantes líderes os alvos. É evidente que a "demagogia barata" (citando Marcelo Rebelo de Sousa, o único político que, até à data, conseguiu num debate televisivo reduzir Ventura à sua verdadeira dimensão política) é fácil de propor e difícil de combater (que o digam Catarina Martins e Rui Rio).

André Ventura é o elefante na loja de porcelanas. Não tem medo de partir a louça, mesmo que a louça partida não resolva o problema de nenhum português de bem. Ele não está aqui para isso. Está aqui para, com conversa de café, fazer tremer o sistema, como dizem os cartazes que andam por aí. E é com surpresa que se percebe que o sistema treme.

PS. Como a memória é curta, recordem-se três episódios que ajudam a definir André Ventura e o Chega. É o partido no qual se apresenta e vota em congresso uma moção em que se defende a retirada forçada do útero à mulher que aborte. É o partido em que um vice-presidente faz um ataque misógino e racista a uma mulher negra, deputada, associando-a à frase "Desconizar este lugar". É o partido cujo líder é condenado em tribunal por chamar "bandidos" a portugueses de pele negra que posaram numa fotografia com o presidente da República. Sim, é este tipo de gente.

*Diretor-adjunto

Expresso e SIC voltam a estar online em formato provisório após ataque informático

Os sites do grupo Impresa foram alvo de um ataque "sem precedentes" e voltam a estar ativos.

Os 'sites' na Internet do Grupo Imprensa voltaram esta terça-feira ao ativo com o mesmo endereço, mas em formato provisório, mais de dois dias depois de terem sido alvo de um ataque informático de um grupo de 'hackers'.

Num comunicado publicado da página provisória do Expresso, a direção do semanário garante que fará tudo o que tem para não deixar ficar mal os seus leitores.

"Fazemos isto porque hoje, como desde o dia em que nasceu, o Expresso nunca desistirá de lutar pelo Estado de Direito, pela Democracia, pela liberdade. Pela #liberdadeparainformar, o nosso lema nestes dias", adianta.

TSF | Lusa

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