terça-feira, 3 de maio de 2022

UM NAZI OFENDIDO E O BISPO CÓCÓRÓCÓCÓ – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Israel tem um primeiro-ministro de extrema-direita, o senhor Naftali Bennett, que defende abertamente a anexação da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. Quer varrer a Palestina do mapa, como todos os extremistas israelitas. Alguns são sionistas ultra conservadores, verdadeiros irmãos dos nazis das hordas hitlerianas. O gabinete ministerial resulta de uma ampla aliança parlamentar que vai desde a extrema-esquerda à extrema-direita, com a qual se identifica o partido Yamina, de Bennett, que elegeu seis deputados. 

O nazi Naftali Bennett vai ser primeiro-ministro dois anos. Depois dá o lugar a Yair Lapid, actual ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do maior partido da coligação, que elegeu 17 deputados ao Knesset. 

Yair Lapid, tal como o presidente Zelensky, da Ucrânia, foi uma estrela da televisão israelita. Em janeiro de 2012 anunciou a fundação do partido Yesh Atid. Os serviços secretos do estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) fizeram dele, um dos políticos mais influentes de Israel. Segundo o New York Times, Lapid é conhecido por uma máxima: "Onde está o dinheiro?".Israel tem vários partidos indubitavelmente nazis: Likud, Shas, Judaísmo Unido da Torá, Lar Judaico e o Yamina, do primeiro-ministro Naftali Bennett. Alguns são sionistas ultra conservadores.

O ministro Sergey Lavrov disse o que eu já tinha escrito. Quando os Media ocidentais afirmam que Zelensky não pode ser nazi porque é judeu, lembrei que há milhares e milhares de judeus ultra nazis, se isso é possível. Alguns votaram no partido Yamina, de Naftali Bennett, o que permitiu a eleição de seis deputados. Lavrov foi um pouco mais diplomático e disse que Hitler também era oriundo de judeus. E é verdade! Aliás, o nazismo é igualzinho a várias formas de sionismo. Vai daí, Yair Lapid (Onde está o dinheiro?), ministro das relações exteriores de Israel, exigiu um pedido de desculpas ao seu homólogo russo. Onde está o dinheiro, Lapid?

Israel é o sargento do estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) no Médio Oriente. Por enquanto, o dinheiro vem de lá. Mas a torneira vai fechar, como fechou a torneira do gás para a Bulgária e a Polónia. Só não fecha para os outros porque a Alemanha pagou a pequenos países da União Europeia, para vetarem o embargo do petróleo e gás da Federação Russa. Encomendaram o veto aos vassalos e agora falam grosso. Patético. Metem pena. O cartel falido da União Europeia está a cair de podre. E como cheira mal!

Ucrânia: Angolanos recomeçam a vida longe da "segunda casa"

Com o conflito na Ucrânia, cidadãos angolanos residentes no país fugiram para outros destinos na Europa ou regressaram a Angola. Manuel de Assunção optou por voltar a África, mas diz estar arrependido.

Alguns cidadãos angolanos que queriam sair da Ucrânia já se encontram distribuídos por vários países. Angola, Portugal, Alemanha e França têm sido os principais destinos.

A jovem angolana Julieta Mambo Savikia abandonou a cidade de Vinnitsya, no norte da Ucrânia, dois dias depois da guerra começar, a 24 de fevereiro, rumo a Portugal, o país que elegeu como refúgio.

"Nós pensámos que o conflito duraria menos tempo porque sabemos que isto começou em 2014. Seria mais fácil depois sairmos de Portugal para a Ucrânia do que de Angola para Portugal. Também seria mais caro e nós somos uma família de quatro. Já demos entrada dos documentos, estamos a tentar reconhecer os nossos estudos. Se tudo correr bem, podemos continuar mesmo por cá", disse à DW.

Julieta Mambo Savikia encontrava-se a concluir a sua especialidade médica quando foi obrigada a fugir da Ucrânia. Apesar de considerar que em Portugal tem muitas oportunidades de carreira e segurança, não esconde as saudades que sente do país que a acolheu quando se mudou para a Europa em 2011.

"Sinto-me mais segura. Mas é estranho porque foram dez anos na Ucrânia. A Ucrânia é a minha segunda casa. Já estávamos acostumados com a Ucrânia, então temos saudades. Deixámos tanta coisa para trás, tanta pessoas queridas. Sentimo-nos incompletos", referiu.

Porque é que o Estado angolano deixa construir para depois demolir?

As demolições voltaram à capital angolana, com a construção do novo aeroporto. O Estado revela incompetência e falta de capacidade de fiscalização ao demolir casas de cidadãos depois de construídas, dizem analistas.

As demolições em Angola tinham registado um interregno por algum tempo, mas estão de volta com mais residências destruídas nos arredores do novo Aeroporto Internacional de Luanda.

O martelo demolidor estendeu-se aos bairros do quilómetro 33 a 38, em Luanda, onde centenas de famílias viram as suas casas demolidas no final da semana passada.

"A intenção era levar-nos até ao Kaculo Kahango onde há casas para nos dar em troca dos nossos terrenos que muitos generais estão a receber. Chegando ao local, aí no Bom Jesus, deram-nos um terreno de 5/5 e três folhas de chapa", conta João Domingos, uma das vítimas.

Guerra em Cabo Delgado prejudica liberdade de imprensa em Moçambique

Moçambique caiu oito lugares no ranking mundial da liberdade de imprensa e a situação dos jornalistas ainda é considerada "difícil". Apesar de todos os desafios, incluindo a guerra no norte, "há progressos", diz o MISA.

Como já é habitual, a organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras publicou, esta terça-feira (03.05), por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a 20.ª edição do "ranking" mundial da liberdade de imprensa, onde a prática do jornalismo é avaliada em 180 países.

No ranking deste ano, Moçambique surge em 116º lugar, o que representa uma queda de oito lugares face ao ano passado. De acordo com a análise da ONG, a situação dos jornalistas no país liderado por Filipe Nyusi é considerada "difícil". Moçambique volta também a ser o pior classificado entre os PALOP (a seguir à Guiné-Equatorial). Em 2022, Angola ocupa o 99º lugar (103 em 2021), a Guiné-Bissau ocupa o 92º (95 em 2021) e Cabo Verde 36º (27 em 2021).

No seu relatório, a organização Repórteres Sem Fronteiras escreve que o ambiente em Moçambique "é marcado por um crescente autoritarismo e [existem] cada vez mais dificuldades de acesso à informação".

Em entrevista à DW, Fernando Gonçalves, presidente do MISA-Moçambique, explica que a queda no ranking fica a dever-se à "situação de guerra" que o país enfrenta e que coloca para segundo plano as questões relacionadas com a liberdade de imprensa e de expressão.

Portugal | VIOLAÇÃO: SILÊNCIO E IMPUNIDADE

A maioria das vezes, os autores destes crimes são homens que fazem parte das relações familiares ou de proximidade das vítimas.

Joana Mortágua | jornal i | opinião

A violência sexual é uma guerra permanente. Entre 2015 e 2020 houve 2 285 queixas de crime de violação, o que significa uma média de mais de uma queixa por dia durante esses cinco anos. Ainda assim, os números não espelham a verdade: serão muitas mais as vítimas silenciadas.

A maioria das vezes, os autores destes crimes são homens que fazem parte das relações familiares ou de proximidade das vítimas. Este é, portanto, um crime em que a ascendência do agressor sobre a vítima e as relações de poder se verificam de forma especialmente intensa, motivo pelo qual é também uma violência entregar a vítima à sua sorte, dizendo-lhe que a decisão de investigar e acusar o crime por si sofrido, depende apenas da sua vontade.

Estes são os dados que destroçam o argumento da proteção da intimidade da vítima, utilizado agora e há vinte anos para recusar o crime público nos crimes de violência doméstica. Além destes, os situacionistas invocam paternalismo, autonomia da vítima e revitimização como os principais riscos da consagração da violação como crime público.

Todos estes argumentos podem ser desmontados, um por um, olhando para os avanços que Portugal fez no combate à violência doméstica. Parte deles são apenas absurdos - claro que nenhuma mulher será forçada a processos judiciais e perícias legais contra a sua vontade. A realidade é muito mais dura:

“Recentemente, houve um pequeno sobressalto cívico sobre este tema quando, num direto no Instagram, um jovem afirmou com orgulho ter “violado uma gaja” e tê-la “deixado lá até vir o INEM”. Muitos internautas perceberam o absurdo de nada se poder fazer perante aquela confissão expressa se a própria vítima não apresentasse queixa.”

Portugal | Sindicato do SEF apela a Marcelo que impeça extinção dos serviços

Acusa GNR e PSP de "xenofobia e de racismo"

Acácio Pereira diz que a "imigração não é um caso de polícia" e apela a Marcelo Rebelo de Sousa que "defenda o interesse nacional".

O presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF), Acácio Pereira, pede a Marcelo Rebelo de Sousa que impeça a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Numa carta aberta dirigida ao Presidente da República e publicada esta terça-feira no Diário de Notícias, o sindicalista e inspetor apela ao chefe de Estado que "defenda o interesse nacional" para proteger a vítimas de tráfico de seres humanos e combater redes criminosas.

"O Senhor Presidente não se interroga pelo facto de à Assembleia da República não ter chegado nenhum -- sublinho: nenhum! -- parecer técnico que aconselhe a extinção do SEF? O Senhor não se interroga sobre as razões que levam a anterior secretária-geral do Sistema de Segurança Interna Helena Fazenda a afirmar que o SEF é um serviço absolutamente indispensável à segurança interna", escreve.

"Hoje é consensual para todos os democratas portugueses que imigração não é um caso de polícia", defende Acácio Pereira, considerando que não se deve entregar o trabalho do SEF à PSP e à GNR, forças que "têm problemas estruturais de xenofobia e de racismo".

Portugal | “ESPINHA DORSAL DO JORNALISMO”

Ciclo de debates alerta para problemas da liberdade de imprensa

Os debates são organizados pela Associação Portuguesa de Imprensa e vão acontecer nas cidades de Lisboa, Coimbra e Aveiro. O presidente da associação, João Palmeiro, fala à TSF sobre as preocupações ligadas ao setor da imprensa e defende que o Estado deve assumir no novo papel na regulação dos média.

Miguel Bento Laia com Carolina Quaresma | TSF

No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se celebra esta terça-feira, a Associação Portuguesa de Imprensa lança um ciclo de debates para alertar para os problemas que enfrenta uma das bases da democracia. LisboaCoimbra e Aveiro são as cidades que vão acolher os debates durante este mês de maio. A literacia digital ou o financiamento dos média são dois dos temas em cima da mesa.

O apelo vai, por isso, para que todos os países contribuam para regular o setor. A mesma resposta integrada é o que pede João Palmeiro para o jornalismo regional.

"O deserto de notícias já se está a apoderar de uma parte do território português através de autarquias que não têm nem nenhum jornal, nem nenhuma rádio, nem nenhum ponto de venda de jornais ou publicações periódicas no seu território", afirma.

Fazer com que as pessoas que vivam nessas regiões acedam aos jornais a preços mais baixos é uma das medidas apontadas por João Palmeiro. Para isso, é preciso que o Estado assuma um novo papel na regulação dos média, algo que para o presidente da associação tem sido maltratado.

"O último secretário de Estado que o Governo tinha era o secretário de Estado do Audiovisual e dos Média, que tinha, para tratar da questão do audiovisual e do cinema, uma instituição, o ICA (Instituto do Cinema e Audiovisual), com umas dezenas de colaboradores e um orçamento que permite funcionar e apoiar a execução das políticas públicas. Para o lado dos média não havia nada, nem ninguém", lamenta.

Um vazio para o qual importa olhar, aponta João Palmeiro, e em que as pessoas assumem um nova função. De acordo com o presidente da Associação Portuguesa de Imprensa, o Estado deve também apostar na formação dos cidadãos e na literacia digital, para que os consumidores de informação tenham a capacidade de interpretar o que aparece nas redes sociais.

"Os consumidores de informação, os cidadãos, têm que perceber que não são mais consumidores passivos. Têm um papel a desempenhar nesse consumo. E isso chama-se literacia e essa literacia também tem que ser, pelo menos parcialmente, promovida pelo Estado", defende João Palmeiro.

As conclusões dos debates vão ser depois incluídas num relatório, que será apresentado no dia 7 de junho, no Congresso Mundial dos Média, que se realiza em Cascais. Posteriormente, o documento será entregue ao Presidente da República, ao Parlamento e ao Governo para a imprensa tenha um novo rumo.

Imagem: © Artur Machado/Global Imagens (arquivo)

O DIREITO DE LAVROV

O direito de Lavrov: a identidade étnico-religiosa de alguém no nascimento não predetermina suas opiniões

#Traduzido em português do Brasil

Andrew Korybko* | One World

Foi ninguém menos que o próprio Adolf Hitler que teorizou falsamente que a identidade etno-religiosa de alguém no nascimento predetermina suas opiniões. Esse discurso de ódio aparece com destaque em seu manifesto “Mein Kampf”.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Lavrov, destruiu o ninho de vespas do “politicamente correto” depois de afirmar que a identidade étnico-religiosa de alguém no nascimento não predetermina suas opiniões. Em particular, ele expressou suas palavras da seguinte maneira, o que previsivelmente provocou uma indignação furiosa de Israel:

“O argumento [do presidente ucraniano Zelensky] é: como pode haver nazismo na Ucrânia se ele é judeu? Posso estar enganado, mas Adolf Hitler também tinha sangue judeu. Isso não significa absolutamente nada. O sábio povo judeu diz que os anti-semitas mais ardentes são geralmente judeus. 'Toda família tem sua ovelha negra', como dizemos.

A especulação sobre as raízes judaicas secretas de Hitler não é novidade. De fato, o History Channel compartilhou uma história sobre um estudo sobre esse assunto em 2010 que até sugeriu que ele também poderia ter ancestrais africanos. Outras especulações comparativamente “mainstream” sobre isso estão facilmente disponíveis na ponta dos dedos se eles simplesmente realizarem uma pesquisa direcionada no Google sobre isso.

O ponto de Lavrov é factual, válido e a definição de antifascista, o que significa que não pode ser rotulado como “antissemita” como muitos estão tentando fazer freneticamente. Isso porque não foi outro senão o próprio Hitler que teorizou falsamente que a identidade etno-religiosa de alguém no nascimento predetermina seus pontos de vista. Esse discurso de ódio aparece com destaque em seu manifesto “Mein Kampf”.

Lamentavelmente, o fascismo reviveu em um ritmo tão sem precedentes no Ocidente liderado pelos EUA nos últimos anos que agora é dado como certo que as falsas teorias de Hitler são verdadeiras até certo ponto. Por exemplo, o presidente dos EUA, Biden, brincou infame sobre os afro-americanos que “você não é negro” se não tiver certeza se deve votar nele ou em Trump. Ele assumiu erroneamente que sua etnia predeterminava seus pontos de vista.

Outro exemplo disso em ação diz respeito aos poloneses. Felix Dzerzhinsky, o padrinho dos serviços de segurança modernos da Rússia, era um polonês étnico, mas não é considerado “polonês” pela maioria de seus co-étnicos contemporâneos sempre que perguntam sobre ele. O mesmo pode ser dito sobre os membros da diáspora que não falam polonês e/ou compartilham as opiniões de seu governo sobre a Ucrânia.

De fato, muitos partidários de Israel condenaram os judeus anti-sionistas como “antissemitas” por suas críticas públicas a esse escandaloso projeto geopolítico pós-Segunda Guerra Mundial. Ironicamente, assim como Hitler postulou, eles também acreditam que a identidade etno-religiosa de alguém no nascimento predetermina seus pontos de vista, então não faz sentido em suas mentes por que um judeu seria anti-sionista e não apoiaria Israel.

Com todos esses exemplos e inúmeros outros em mente, não havia nada de errado no que Lavrov disse. O principal diplomata da Rússia estava simplesmente desacreditando a falsa narrativa literalmente fascista de que a Ucrânia contemporânea supostamente não pode ser fascista só porque tem um presidente judeu, especialmente porque nenhum outro pior fascista do mundo – Adolf Hitler – foi especulado como tendo ancestrais judeus.

Deixando de lado a verdade sobre os ancestrais de Hitler, que pode nunca ser conhecida com absoluta certeza, o ponto de vista de Lavrov é factual, válido e antifascista. Biden não pode dizer que os afro-americanos “não são negros” só porque não votaram nele, os poloneses não podem condenar Dzerzhinsky como “não polonês” só porque ele construiu os serviços de segurança da URSS, e os apoiadores israelenses não podem difamar os judeus anti-sionistas como anti-semitas.

Todos esses três exemplos são literalmente fascistas em sua essência, uma vez que dão falsa credibilidade à infame, mas completamente desacreditada teoria de Hitler de que a identidade etno-religiosa de alguém no nascimento predetermina seus pontos de vista. O ambiente sociocultural e político em que alguém é criado pode moldar suas opiniões, nunca seu genoma. É discurso de ódio fascista especular o contrário.

* Andrew Korybko -- analista político americano

“Há indícios crescentes de que o Canadá treinou extremistas ucranianos”

A denúncia partiu da CTV National News, um dos maiores órgãos de comunicação do Canadá. Reportagens publicadas ao longo dos últimos anos demonstram o apoio dado aos neo-nazis do batalhão Azov.

Várias investigações levadas a cabo por alguns dos mais importantes órgãos de comunicação do Canadá, publicadas ainda antes da invasão russa, alertavam para a presença de elementos de extrema-direita nas acções de treino do exército canadiano na Ucrânia. Ignorando as denúncias, o Canadá persistiu no apoio, formação militar e financiamento desses movimentos.

Em Outubro de 2021, a CTV National News dirigiu um pedido de informação ao exército canadiano, após a divulgação de mais um relatório alertando para sucessivos casos em que extremistas ucranianos se gabavam do treino e apoio concedido por forças canadianas.

Os treinos terão ocorrido ao abrigo da operação UNIFIER, que desde Abril de 2015 apoia activamente as forças militares da Ucrânia, após o golpe de estado de 2014. Só entre 2015 e 2018, mais de dez mil efectivos ucranianos foram armados, treinados e preparados por algumas centenas de militares do Canadá.

Esta operação é coordenada internacionalmente com as forças enviadas, para o mesmo efeito, pelos Estados Unidos da América, Reino Unido, Suécia, Polónia, Lituânia e Dinamarca.

Em resposta à CTV National News, o exército do Canadá negou estar a par da participação de elementos extremistas, de extrema-direita ou mesmo neo-nazis, nas suas operações. Reconhecem, no entanto, não ter mandato para fazer qualquer averiguação sobre as dezenas de milhares de soldados que treinaram. É um imenso cheque em branco passado às instituições ucranianas.

Vários relatórios e reportagens comprovam a relação entre o Canadá e forças neo-nazis

Uma investigação do diário Ottawa Citizen, publicada em Novembro de 2021, dá conta de vários momentos em que oficiais do exército do Canadá se encontraram com elementos do batalhão Azov. Tudo isto, apesar das conclusões da Task Force, criada especificamente para supervisionar a sua actividade na Ucrânia, alertarem para o facto de «vários membros do Azov se declararem nazis».

Os encontros, promovidos e organizados pelo governo ucraniano, só vieram a público através de publicações nas redes sociais do grupo neo-nazi. Recorrendo a fotografias de soldados canadianos, o Azov legitimou o seu discurso de ódio, assinalando a disponibilidade do exército ucraniano em «continuar a desenvolver uma colaboração proveitosa» para ambos os lados.

Ao Ottawa Citizen, Bernie Farber, da Rede Contra o Ódio no Canadá, lamentou o «tenebroso erro» cometido pelo exército do seu país, «é perturbante saber que o batalhão Azov vai usar canadianos para branquear a sua ideologia de extrema-direita».

Segundo comunicações internas do exército canadiano, divulgadas publicamente pelo diário daquele país, a principal preocupação das forças armadas não era impedir que grupos neo-nazis voltassem a receber apoio do Canadá, mas sim evitar que a informação fosse tornada pública.

Mesmo após as denúncias, forças armadas canadianas continuaram a treinar neo-nazis

A rádio pública do Canadá, Radio Canada, conseguiu identificar outras situações em que oficiais canadianos estiveram envolvidos no treino de membros do Azov, apesar da promessa assumida publicamente pelo governo de não voltar a apoiar estes grupos.

Em 2020, dois anos depois dos primeiros casos identificados, foram promovidas sessões conjuntas entre o exército e o batalhão, no centro de treino da cidade de Zolochiv, na zona oeste da Ucrânia.

Por esta altura, o carácter supremacista, racista e nazi do Azov, integrado na Guarda Nacional da Ucrânia, era sobejamente conhecido em todo o mundo, reiterado em numerosas reportagens e denunciado por várias organizações de direitos humanos por todo o mundo. As instituições canadianas não foram excepção.

Nas redes sociais do líder de um regimento do batalhão Azov, Kyrylo Berkal, a CTV National News conseguiu identificar imagens de 2019 que mostram, uma vez mais, soldados canadianos numa sessão de formação promovida para nazis do Azov. Para além desse encontro, Berkal partilha frequentemente imagens com simbologia nazi.

Face a estas informações, um porta-voz do exército do Canadá reiterou as desculpas dadas anteriormente: «todos os membros da operação UNIFIER receberam formação para identificar insígnias usadas pela extrema-direita», mas «a Ucrânia é um estado soberano a quem cabe decidir quem é aceite nas suas forças armadas».

O facto de a Ucrânia integrar elementos de extrema-direita, anti-semitas, racistas, homofóbicos e neo-nazis nas suas forças armadas, não vai impedir o Canadá de continuar a dar formação a estes grupos.

Para além dos 900 milhões de dólares investidos na operação UNIFIER, o Canadá continua, e vai continuar, a fornecer armas à Ucrânia, plenamente consciente (porque os treinou e o reconheceu) que um número significativo dos seus membros perfilha ideologias de ódio.

AbrilAbril

Imagem: Nas redes socias de Kyrylo Berkal, líder de um destacamento do batalhão Azov, estão várias publicações em apoio ao Exército Insurgente da Ucrânia (UPA), que colaborou com os nazis durante a segunda guerra mundial e participou no massacre de milhares de judeus na Polónia. Por entre saudações a colaboradores como Taras Dmytrovych Borovets, memórias da sua participação em marchas da UPA e apologia ao nazismo, está uma foto tirada com oficiais do exército do Canadá, em 2019.Créditos/ ctvnews

Morador de Rubizhne falou sobre a propaganda do nazismo na Ucrânia

#Traduzido em português do Brasil

LUGANSK, 2 de maio - RIA Novosti. As autoridades ucranianas, em um esforço para manipular as pessoas, promoveram o nazismo, disse a repórteres o morador local Mykola Prokopenko, que foi detido para verificação em Rubizhne, cujo corpo está coberto de tatuagens fascistas e nazistas.

Anteriormente, o chefe da Chechênia, Ramzan Kadyrov , anunciou a libertação completa de Rubizhne , depois a Milícia Popular da LPR anunciou a libertação da zona industrial nas proximidades da cidade, que as forças de segurança ucranianas transformaram em uma área fortificada. O Ministério de Situações de Emergência da LPR começou a recolher e enterrar os habitantes de Rubizhne, que morreram durante as hostilidades.

"Recentemente, isso foi promovido na Ucrânia . Manipuladores, eles são qualquer coisa que desenraíza, eles introduzem, eles propagam. Especialmente esses batalhões nacionalistas da organização, eles propagam com prazer", disse o homem.

Ele esclareceu que na própria Rubizhne, tais pontos de vista não são apoiados pela maioria da população, os moradores tratam os nacionalistas "com desprezo pelas convicções políticas". De acordo com Mykola, a cada ano, a ucranização era cada vez mais ativa entre a população, especialmente em jardins de infância e escolas, os direitos das pessoas eram cada vez mais violados.

"A Ucrânia se tornou um estado policial. Enquanto você trabalha por um centavo, não pule, não faça nada, eles não prestam atenção em você. Assim que você começa a conseguir algo, o torno já está preso, " ele disse.

Mykola também admitiu que ele próprio estava desapontado com as autoridades ucranianas e com o exército, pediu aos jovens que não sucumbissem à propaganda ucraniana.

A Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro. O presidente Vladimir Putin chamou seu objetivo de "a proteção das pessoas que foram submetidas ao genocídio pelo regime de Kiev por oito anos". Para isso, segundo ele, está prevista a "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia". De acordo com o Ministério da Defesa da Federação Russa, em 25 de março, as principais tarefas da primeira etapa foram concluídas - reduziram significativamente o potencial de combate da Ucrânia.

O principal objetivo do departamento militar russo foi chamado de libertação de Donbass . Em 19 de abril, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov , anunciou o início da próxima fase da operação especial. Na LPR, de acordo com o Ministério da Defesa russo, em 25 de março, 93% da antiga região de Lugansk , dentro de cujas fronteiras foi proclamada uma república, foi libertada. As cidades de Severodonetsk , Lisichansk e vários outros assentamentos desta aglomeração permanecem sob o controle de Kiev .

Imagem:  Ukranazis foram varridos de Rubizhne

287 pessoas são réus em processos criminais por crimes em Donbass

#Traduzido em português do Brasil

Chefe do Comitê de Investigação Bastrykin: 800 casos criminais sobre crimes em Donbass iniciados em oito anos

MOSCOU, 3 de maio - RIA Novosti. Mais de 280 pessoas, incluindo oficiais ucranianos e comandantes de certas unidades das forças armadas, tornaram-se réus em processos criminais por crimes no Donbass, quase metade deles já foram acusados, disse Alexander Bastrykin, presidente do Comitê de Investigação da RF.

"Ao longo de 8 anos, o Comitê de Investigação já abriu cerca de 800 processos criminais relacionados aos eventos no Donbass e na Ucrânia . Seus réus são representantes da liderança militar e política, agências de aplicação da lei, organizações nacionalistas radicais da Ucrânia, no total no momento - 287 pessoas, quase metade delas foram acusadas", disse ele em entrevista à RT .

Segundo ele, entre os réus estão o ex-ministro da Administração Interna da Ucrânia Arsen Avakov e o governador da região de Dnipropetrovsk  Igor Kolomoisky , o vice-ministro da Administração Interna Anton Gerashchenko , os ex-ministros da Defesa Valery Heletey e Stepan Poltorak , primeiro deputado e vice Os ministros da Defesa Ivan Rusnak , Igor Pavlovsky, Oleg Shevchuk , Alexander Dublyan, bem como os comandantes de unidades individuais das Forças Armadas da Ucrânia e membros dos batalhões nacionais.

"O grosso dos crimes das forças de segurança ucranianas é o bombardeio da população civil com peças de artilharia, sistemas de mísseis táticos, morteiros, armas pequenas. Tais ações são qualificadas como tratamento cruel da população civil, uso de meios e métodos proibidos em um conflito armado e até mesmo como genocídio", acrescentou Bastrykin.

Imagem: © RIA Novosti / Viktor Antonyuk // Edifício residencial em Donetsk, danificado por bombardeios das tropas ucranianas. Foto do arquivo

RU descobriu quem está por trás do desenvolvimento de armas biológicas na Ucrânia

Reino Unido descobriu quem está por trás do desenvolvimento de armas biológicas na Ucrânia

#Traduzido em português do Brasil

Bastrykin: representantes do Departamento de Defesa dos EUA estavam desenvolvendo armas biológicas na Ucrânia

MOSCOU, 3 de maio - RIA Novosti. Investigadores russos conseguiram identificar o círculo de pessoas envolvidas no desenvolvimento de armas biológicas na Ucrânia: entre eles estão representantes do Departamento de Defesa dos EUA e empresas americanas, e o financiamento para programas ultrapassou US $ 224 milhões, disse o presidente do Comitê de Investigação Alexander Bastrykin em entrevista à RT.

"A análise dos documentos recebidos permitiu identificar claramente o círculo de pessoas associadas a atividades biológicas militares na Ucrânia, incluindo representantes do Departamento de Defesa dos EUA e empresas americanas", disse.

Ele acrescentou que os policiais estão investigando um caso criminal sobre esta questão.

De acordo com Bastrykin, o Reino Unido descobriu que, desde 2005, o financiamento dos EUA para programas biológicos na Ucrânia totalizou mais de US$ 224 milhões. Os Estados Unidos realizaram consistentemente trabalhos de modernização e reequipamento de cerca de três dezenas de instituições científicas do Ministério da Saúde e Agricultura da Ucrânia, bem como várias instalações sanitárias e epidemiológicas do comando das forças médicas do Ministério da Defesa da Ucrânia .

"Os resultados da pesquisa foram levados para os territórios controlados por Kiev antes do início de uma operação militar especial", concluiu o chefe do Comitê de Investigação.

Imagem: © Foto cedida pela assessoria de imprensa do RF IC // Chefe do Comité de Investigação da Federação Russa Alexander Bastrykin. Foto do arquivo

UCRÂNIA CAÇA "TRAIDORES QUE AJUDAM A RÚSSIA"

#Traduzido em português do Brasil

Jeremy Kuzmarov* | Internationalist 360º

As operações de terror de Estado que seguem a cartilha da CIA contradizem a imagem santa de Zelensky promovida na mídia dos EUA e no mundo.

A imagem de santidade do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na mídia é contrariada por operações terroristas de Estado conduzidas sob suas ordens contra dissidentes políticos e civis ucranianos acusados ​​de colaboração com a Rússia.

A  Associated Press  informou na semana passada que cerca  de 400 pessoas só na cidade de Kharkiv, no nordeste do país, foram detidas sob leis  anticolaboração promulgadas pelo parlamento da Ucrânia e assinadas por Zelensky após a invasão da Rússia em 24 de fevereiro.

Um  vídeo do YouTube que acompanha o pequeno artigo  justapõe um discurso de Zelensky dizendo que “os colaboradores serão levados à justiça” com a prisão de um homem de meia-idade de Kharkiv chamado Viktor pelos Serviços de Segurança Ucranianos (SBU) por causa de um post de mídia social elogiando Vladimir Putin, pedindo secessão e insultando a bandeira ucraniana – que Viktor chamou de “símbolo da morte”.

O agente da SBU mostrou a Viktor seu post nas redes sociais e perguntou: “Você apoiou Putin? Você está apoiando o exército russo. Você não está falando muito bem sobre a bandeira ucraniana, está?”

Viktor respondeu, antes de ser levado: “Sinto muito. Sim, comentei muito. Eu te disse. Eu mudei de ideia."

O vídeo mostra outra incursão da SBU em um apartamento em Kharkiv, onde a SBU prendeu um ex-oficial do exército ucraniano que tinha contatos com os russos em seu telefone nos dias após o bombardeio da cidade.

Um agente da SBU diz que o homem “colocou-nos em perigo e aos civis [em perigo]”.

O pai do homem, Volodymyr Radnenko, perguntou ao agente da SBU: “Quem está nos bombardeando? Não é nosso (povo). São seus fascistas. E ele [o filho] só fica bravo com isso. Então você entende. Isso é tudo."

Os comentários do Sr. Radnenko resumem a injustiça das varreduras da SBU. Cidadãos ucranianos estão sendo criminalizados por expressarem raiva contra as práticas do exército ucraniano.

“Cadastro de Colaboradores”

Roman Dudin, chefe da filial de Kharkiv do SBU, em entrevista à  Associated Press , disse que o objetivo dos ataques do SBU era  “não ter ninguém apunhalar nossas forças armadas pelas costas”.

Dudin  falou ameaçadoramente em um porão escuro para  onde a SBU mudou suas operações depois que seu prédio no centro de Kharkiv foi bombardeado.

De acordo com Oleksiy Danilov, chefe do Conselho de Segurança da Ucrânia, um  “registro de colaboradores”  da Ucrânia está sendo compilado e será divulgado ao público como parte de programas de lei marcial que resultaram na proibição de 11 partidos políticos.

De acordo com os regulamentos atuais, os infratores podem pegar até 15 anos de prisão por colaborar com as forças russas, negar publicamente a agressão russa ou apoiar Moscou. Qualquer pessoa cujas ações resultem em mortes pode enfrentar prisão perpétua.

O governador da região de Nikolaev, Vitaly Kim,  membro do partido Servo do Povo de Zelensky ,  pediu abertamente o assassinato de qualquer cidadão ucraniano que apoie a Rússia .

Phoenix Redux

Uma  exposição anterior do CAM  apontou para os paralelos ameaçadores entre as operações do SBU na Ucrânia e o programa Phoenix no Vietnã, que resultou na morte, prisão e tortura de milhares de sul-vietnamitas, incluindo funcionários civis acusados ​​de serem leais à esquerda, Frente de Libertação Nacional (FNL) anti-imperialista.

Em ambos os casos, a CIA é um coordenador-chave nos bastidores e ajuda na compilação de listas negras que resultam na detenção e muitas vezes tortura e assassinato de civis. .

Vasily Prozorov, ex-oficial da SBU, declarou logo após sua deserção para a Rússia em 2018 que a SBU havia sido avisada pela CIA desde 2014. “Os funcionários da CIA [que estão presentes em Kiev desde 2014]  estão residindo em apartamentos clandestinos e casas suburbanas”  , disse ele. “No entanto, eles frequentemente vêm ao escritório central da SBU para realizar reuniões específicas ou planejar operações secretas.”

De acordo com Valentine, em 6 de janeiro de 1969,  o repórter do New York Times  Drummond Ayres ofereceu um comentário favorável sobre a Operação Phoenix, dizendo que “mais de 15.000 dos 80.000 agentes políticos VC [Vietcongue] que se acredita estarem no Vietnã do Sul teriam sido capturados ou mortos”.

Ayres expressou ainda a crença de que "o curso geral da guerra ... agora parece favorecer o governo" e previu que Phoenix "obteria um sucesso muito maior à medida que os arquivos do centro crescessem".

Apesar das boas críticas, Valentine disse que a aparição de Phoenix na imprensa fez com que a CIA, tímida em publicidade, corresse para se esconder e levou a uma nova legislação destinada a legitimar suas atividades.

Da mesma forma, hoje, à medida que mais informações vêm à tona, podemos ver esforços renovados da CIA para tentar legitimar suas operações secretas e polir a imagem de suas forças substitutas na Ucrânia, cujo modus operandi – como o de seus antecessores no Vietnã – é moralmente abominável.


*Jeremy Kuzmarov é editor-chefe da CovertAction Magazine. É autor de quatro livros sobre política externa dos EUA, incluindo Obama's Unending Wars (Clarity Press, 2019) e The Russians Are Coming, Again, with John Marciano (Monthly Review Press, 2018). Ele pode ser contatado em:  jkuzmarov2@gmail.com .

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