As causas desesperadas revelam
mentiras, embustes e traições. Em desespero de causa, Adalberto da Costa Júnior
revelou em Saurimo o programa político escondido dos accionistas da Sociedade
Civil em consórcio com a UNITA: A balcanização de Angola. Está justificado o
regresso de Chivukuvuku ao Galo Negro depois de múltiplas traições aos
maninhos, desde 1992. Eles querem os votos para reduzir Angola a pó. Afirmar
publicamente, sem qualquer pudor, que Angola não é um só povo e uma só nação
mas “muitos povos e muitas nações” é a confissão pública da balcanização da ditosa
Pátria Angolana, nossa amada.
Adalberto quer acabar com Angola,
este país que custou as vidas de milhares de angolanas e angolanos durante a
Luta Armada de Libertação Nacional. Esta Angola que custou milhares de vidas de
angolanas e angolanos durante a Guerra pela Soberania e a Integridade
Territorial. Um retornado, português de lei como Adalberto, só pode mesmo
sonhar com o fim da Pátria Angolana. Foi isso que aprendeu com os racistas, os
fascistas e os colonialistas, seus compatriotas e mentores.
O que quer Adalberto dizer com
isto de Angola ser muitos povos e muitas nações? O regresso aos sobados! Se os
accionistas da Sociedade Civil em consórcio com a UNITA algum dia chegarem ao
poder já sabemos que os angolanos vão ser extintos, mas não por decreto, a
extinção é à paulada, a tiro ou nas fogueiras. No lugar dos Angolanos vão
surgir os povos moxicanos, luandanos, icolobenganos, benguelanos Lundanos,
Cuandanos, Cubanganos, cuanzasulanos, ndalatandanos, dembanos, libolanos,
malanjanos, uijanos, zairanos, cabindanos, huambanos. Cada um com o seu soba
presidente.
Cada cabeça, seu sobado
presidencial e suas mulheres, escravas sexuais! Eles querem a mais radical de
todas as balcanizações. Porque odeiam Angola. E porque odeiam Angola, matam sem
dó nem piedade os angolanos, desde que alugaram as armas aos colonialistas
portugueses. A morte não lhes chega. Querem extinguir o Povo Angolano. Hitler
enganou os eleitores e chegou ao poder legitimado pelo voto popular. Matou nas
fogueiras dele, câmaras de gás e pelotões de fuzilamento, judeus, comunistas,
minorias étnicas e raciais, pessoas portadoras de deficiências. Se os eleitores
angolanos confiarem o voto aos accionistas da Sociedade Civil em consórcio com
a UNITA, vamos ter igual tragédia em Angola.
Os guerreiros da Lunda, nas suas
festas antes dos combates cantavam: Muéssuè matussunga/Tuloze nenhe é eh.
Tradução livre: Quem quiser balcanizar Angola leva no focinho! A avó dos meus
filhos do Huambo era mais radical: Papekela onete, opo p’etetelo lyomoko: Onde
mina a toupeira, aí damos a facada. Adalberto não passará. Os accionistas da
Sociedade civil estão condenados à falência. Os revus, depois do dia 24 de
Agosto, vão começar a trabalhar se quiserem comer, beber e consumir drogas.
O líder do PRS é farinha do mesmo
saco da balcanização de Angola. Ao afirmar que se vencer as eleições vai
adoptar o federalismo, está a anunciar um golpe de estado em coligação com os
accionistas da Sociedade Civil em consórcio com a UNITA e os arruaceiros revus.
Ele não sabe o que diz e isso é gravíssimo porque o eleitorado, em boa-fé,
acredita que os candidatos às eleições são pessoas sabedoras e, no mínimo,
conhecedoras da Constituição da República.
A Lei Fundamental não fala em
Federação de Estados. E não venham dizer que isso se resolve com uma revisão
constitucional. É mentira. Nenhuma força política pode propor revisões que
adulterem ou extingam o actual regime político que, como todos deviam saber,
privilegia a estabilidade política e o consenso. Há limites às revisões! Meu
caro Marcolino Moco, tu que és um constitucionalista sábio podes fazer o favor
de explicar aos federalistas que estão a enganar os eleitores? Podes explicar
ao Adalberto da Costa Júnior que não pode alterar os fundamentos do regime
político? Que em democracia não há lugar a golpes de estado contra a
Constituição da República? Muito agradecido se o fizeres.
Esta campanha eleitoral está a
revelar uma competição feroz entre populistas nazis. Todos querem levar a taça.
Todos deitam abaixo a Angola que construímos desde 11 de Novembro de 1975. Está
tudo mal, não se fez nada, a pobreza extrema é geral, o sistrema de saúde não
existe, a educação é péssima, não há habitação nem emprego.
Antes da Independência Nacional
comíamos carapau seco podre e fuba bichada mais muita porrada a quem refilava.
Em comparação com esse passado ignominioso, hoje comemos lagosta. Mas andam por
aí uns espertos reclamando que e a lagosta é ao natural e eles querem lagosta
grelhada.
Eu sou um rapaz a cair da
tripeça. Quando fiz a quarta classe, no Negage, tive de ir estudar para a
cidade do Uíje e fiquei internado no colégio. Porque no tempo da Chuva, o Morro
das Pedras não deixava passar ninguém. Depois a coisa piorou. Tive de ir para
Luanda prosseguir os estudos secundários. Ficava meses longe da família e dos
amigos! Hoje no Uíje há escolas superiores, entre as quais a Universidade Kimpa
Vita.
Querem a lista das principais
escolas superiores públicas criadas depois da Independência Nacional?
Universidade do Cuito Cuanavale com polos em Menongue e Calai. Universidade
José Eduardo dos Santos, Huambo. Universidade Katyavala Bwila, Benguela e
Lobito. Universidade Lueji A’Nkondeo, Dundo e Saurimo. Universidade Madume ya
Ndemufayo, Lubango e Ondjiva. Universidade do Namibe, Moçâmedes. Universidade Rainha
Njinga a Mbandi, Malanje. Universidade 11 de Novembro, Cabinda, Buco Zau e Soio.
E como precisamos de muitos
professores, tomem nota de mais estas: Escola Superior de Ciências Sociais,
Artes e Humanidades do Zaire, Mbanza Congo. Escola Superior Pedagógica do
Bengo, Caxito. Escola Superior Pedagógica do Bié, Cuito. Escola Superior
Pedagógica do Cuanza Norte, Ndalatando. Quando eu era miúdo na capital do
Cuanza Norte só havia ensino secundário até ao quinto ano, num colégio privado
(Oliveira Martins). Institutos Superior de Ciências da Educação: Benguela,
Cabinda, Huambo, Lubango, Belas, Uíge e Sumbe. Na capital do Cuanza Sul temos
também o Instituto Superior de Petróleos.
Institutos Superiores
Politécnicos: Caxito, Cuito, Sumbe, Ndalatando, Luena e Soio.
Escolas Superiores Militares:
Escola Superior de Guerra de Angola, Academia Naval Angolana, Academia da Força
Aérea Nacional, Instituto Superior Técnico Militar, Escola Nacional de Polícia
de Protecção e Intervenção, Escola Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, Luanda.
Escola Militar Aeronáutica da Força Aérea Nacional e Academia Militar do
Exército, Lobito. Instituto Superior Naval de Guerra, Ambriz. Quando eu era
miúdo no Ambriz só existia uma pensão com alpendre de zinco, os batelões que
levavam o café para os navios fundeados ao largo e muitas gaivotas. Mais a loja
do João Martins.
Universidades Privadas: Católica,
Belas, Independente, Jean Piaget, Lusíada, Metodista, Privada e Universidade
Técnica de Angola.
Tudo construído depois da
Independência Nacional. Enquanto as angolanas e os angolanos trabalhavam no
duro para construir a Angoa que temos, a UNITA destruía o pais e matava os
angolanos por conta dos invasores racistas da África do Sul. Enquanto as
angolanas e os angolanos trabalhavam no duro para fazer de Angola um país, os
accionistas da Sociedade Civil e os revus mamavam no Orçamento Geral do Estado.
Na Justiça o quer aconteceu?
Antes da Independência Nacional tínhamos o poder judicial ao serviço das forças
repressivas do colonialismo. No ano primeiro de Angola livre tínhamos meia
dúzia de advogados, juízes e funcionários judiciais. Hoje temos um edifício
fabuloso na Justiça. Há uma Faculdade de Direito formando quadros. Temos
milhares de advogados, magistrados Judiciais e do Ministério Público. Temos
centenas de Tribunais. Enquanto milhões de angolanas e angolanos erguiam este
edifício, a UNITA destruía Angola e matava os angolanos por conta dos racistas
de Pretória.
E na Saúde? Quando nasci nos anos
40 o panorama era este. Existiam os Círculos Sanitários do Congo, Malanje, Bié,
Benguela e Huíla. Tinham um delegado de saúde e enfermeiros. Mais o Círculo
Autónomo de Luanda onde estava concentrado o pessoal médico e de enfermagem.
Poucas dezenas! Hoje o Cazenga tem mais pessoal de Saúde do que Angola naquele
tempo.
Em toda a Angola existiam apenas
85 delegados de saúde. No então Distrito do Congo Português era este o quadro:
Um Chefe dos Serviços Sanitários (Dr. Jacinto Vasconcelos) e os enfermeiros
Alberto Domingos (Uíje), Paulo Bunga (Songo), António Pereira da Silva (Bembe)
e Domingos Santos (Lucunga). Na circunscrição do Dimuca, a minha, zero. No
Negage, o meu sagrado chão, um auxiliar na leprosaria. Mais nada. Quando eu
adoecia, o Velho Tuma ia ao mato buscar plantas apropriadas a curar cada doença
e como é púbico e notório, sobrevivi.
A Angola que hoje temos deve-se a
milhões de jovens que conquistaram a Independência, garantiram a Soberania de a
Integridade Territorial. Uma luta comandada por grandes marechais e generais,
que conquistaram as estrelas nos campos de batalha. Só os da UNITA ganharam as
estrelas matando angolanas e angolas, destruindo Angola. Os nossos generais,
mais do que heróis, são Monumentos Nacionais. Um dele, Francisco Furtado,
protagonizou o mais importante facto politico desta campanha, ao dizer: Se
quiserem balcanizar Angola levam no focinho! Obrigado, meu general. Às ordens,
meu general.
Os mentores do banditismo
político ontem morriam de fome e estavam crivados de piolhos. Hoje comem
lagosta e bebem champanhe, Mas reclamam porque a lagosta está mal grelhada e o
champanhe precisa de um pouco mais de gelo no frapé.
Filomeno Vieira Lopes, um dos
grandes beneficiários do MPLA e do Estado que construímos com rios de sangue,
suor e lágrimas, hoje estava ao lado de Adalberto n Luena. Filomeno, mesmo
disfarçado com chapéu de palha continuas a ser um kiombo insanável! Aguardem
pela maior tareia eleitoral de todos os tempos!
*Jornalista