terça-feira, 22 de novembro de 2022

UCRÂNIA COMO LOCAL DE TESTE DE ARMAS -- Caitlin Johnstone

Além de promover os objetivos geoestratégicos de longa data dos EUA, parece que a guerra por procuração na Ucrânia também está sendo usada para afiar as garras da máquina de guerra imperial para uma guerra quente iminente com a China e/ou a Rússia.

Caitlin Johnstone* | CaitlinJohnstone.com | em Consortium News

Um artigo surpreendentemente francofono The New York Times, “ Western Allies Look to Ukraine as a Testing Ground for Weapons ” descreve como a máquina de guerra imperial está capitalizando a guerra por procuração dos EUA para testar suas armas para uso futuro.

#Traduzido em português do Brasil

“A Ucrânia se tornou um campo de testes para armas e sistemas de informação de última geração, e novas maneiras de usá-los, que autoridades políticas ocidentais e comandantes militares predizem que poderiam moldar a guerra para as próximas gerações”, escreve Lara Jakes.

Jakes diz que “novos avanços em tecnologia e treinamento na Ucrânia estão sendo monitorados de perto pelas maneiras como estão mudando a face da luta”.

Esses novos avanços tecnológicos incluem um sistema de informação conhecido como Delta, bem como “barcos controlados remotamente, armas anti-drone conhecidas como SkyWipers e uma versão atualizada de um sistema de defesa aérea construído na Alemanha que o próprio exército alemão ainda não usou. .”

Um ex-presidente lituano teria dito: “Estamos aprendendo na Ucrânia como lutar e como usar nosso equipamento da OTAN”, acrescentando: “É uma vergonha para mim porque os ucranianos estão pagando com a vida por esses exercícios para nós.”

Em algum momento, o artigo do The New York Times foi redimensionado, passando de “ Aliados ocidentais veem a Ucrânia como um campo de testes para armas ” para o um pouco menos óbvio “ Para armas ocidentais, a guerra na Ucrânia é um teste beta ”.

A notícia de que o Ocidente está usando a Ucrânia para testar sistemas de armas para guerras futuras se alinha com comentários recentes do comandante do arsenal nuclear dos EUA de que a guerra por procuração é um teste para um conflito muito maior que está a caminho.

“Esta crise na Ucrânia em que estamos agora é apenas o aquecimento”, disse o chefe do US STRATCOM, Charles Richard, em uma conferência naval no início deste mês. “O grande está chegando. E não vai demorar muito para que sejamos testados de maneiras que não fomos testados [há] muito tempo.

Portanto, além de ser usada para  promover objetivos geoestratégicos de longa data dos EUA , aparentemente essa guerra também está sendo usada para afiar as garras da máquina de guerra imperial para uma guerra quente iminente com a China e/ou a Rússia. Os EUA certamente teriam uma vantagem em testes militares ao longo dos anos em tal conflito.

Como um aparte, provavelmente vale a pena notar que todos os testes da nova tecnologia de armas ocidentais provavelmente explicariam  os relatos de astrônomos ucranianos de  que os céus sobre Kiev estão “cheios de objetos voadores não identificados (OVNIs)”.

O mencionado artigo  do New York Times cita  o vice-primeiro-ministro ucraniano Mykhailo Fedorov dizendo que os testes de armas que ele viu o convenceram de que “as guerras do futuro serão sobre o máximo de drones e o mínimo de humanos”.

Uma das muitas razões pelas quais os EUA e sua complexa rede de aliados, parceiros e ativos estão sempre travando tantas guerras é porque a nova tecnologia de armas precisa ser testada em batalha antes de ser considerada eficaz.

O que isso significa na prática é usar corpos humanos como cobaias, da mesma forma que um cientista usa ratos de laboratório ou porquinhos-da-índia.

O império centralizado nos Estados Unidos finge se importar com a vida dos ucranianos, mas na realidade só se importa com eles na medida em que um pesquisador se preocupa com seus ratos de laboratório. E exatamente pelo mesmo motivo.

O que poderia ser mais sinistro do que isso? Bem, as agendas para as quais eles estão executando esses testes como preparação, suponho.

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Imagem: O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, dá as boas-vindas ao presidente da Ucrânia, Volodymr Zelensky, em uma reunião no Pentágono, 31 de agosto de 2021. (DoD, Jack Sanders)

Este artigo é de CaitlinJohnstone.com e republicado com permissão

Terrorismo | "PKK e EUA por trás do atentado de Istambul", afirma ministro da Turquia

Ancara acusou os EUA e seus aliados europeus de terem fornecido armas a 'grupos terroristas'

News Desk |  em The Cradle

O ministro do Interior da Turquia, Suleiman Soylu, disse em um comunicado no parlamento em 18 de novembro que o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) era um braço da inteligência dos EUA e reiterou seus comentários anteriores denunciando Washington por seu apoio à milícia curda.

#Traduzido em português do Brasil

O PKK é “uma organização de inteligência americana”, afirmou o ministro turco. Soylu fez questão de acusar o Partido Democrático do Povo (HDP) – um grupo de oposição turco pró-minoria com ligações ao PKK – de ser “a extensão política” da organização militante.

“Somente nos últimos três anos, o Senado dos EUA forneceu US$ 2 bilhões em ajuda ao PKK”, acrescentou Soylu.

Após a explosão em Istambul em 13 de novembro, que matou seis pessoas e feriu dezenas de outras, Ancara rapidamente culpou o PKK. Um dia após o ataque, Soylu rejeitou as condolências emitidas pelos EUA.

“Esta mensagem de condolências deve ser interpretada como 'os assassinos sempre chegam primeiro ao local'... decisões de seu senado é óbvia … [e] flagrante insinceridade ”, disse ele na época.

Reiterando sua acusação contra Washington, Soylu disse em 18 de novembro que a ordem para o ataque em Istambul se originou na cidade de Manbij, no nordeste da Síria, onde há presença militar curda e americana.

“O ataque na Rua Istiklal foi cometido em Manbij… A América está em Manbij, o PKK está em Manbij”, disse ele. Soylu fez a mesma afirmação em relação a um ataque anterior na província turca de Mersin, que matou dois policiais em uma explosão em 26 de setembro.

Ancara acusou Washington e seus aliados europeus antes, argumentando que seus aliados ocidentais forneceram armas e treinamento para o PKK no norte da Síria.

O apoio europeu a militantes curdos é o centro de uma disputa em andamento entre a Turquia e as nações escandinavas Suécia e Finlândia, cujo desejo de ingressar na OTAN é prejudicado por seu suposto apoio às milícias curdas.

Desde o bombardeio de Istambul, Ancara respondeu rapidamente, acusando pelo menos 17 pessoas em conexão com o ataque e intensificando suas operações anticurdas no Iraque.

Angola | PÉROLAS VERDADEIRAS E NOTAS FALSAS – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Angola tem um dos maiores intelectuais do mundo. Já escreveu 12 livros e reclama ser entrevistado todos os dias. Saiu-lhe uma no Jornal de Angola onde defende a privatização das delegações províncias do audiovisual “para dar voz ao empresariado local”. Isto cheira-me a negócio para o Grupo Carrinho. Porque os Media são obrigados a dar visibilidade a tudo o que é noticia, inclusive se tiver a ver os empresários locais, nacionais e lunares. 

Isto de privatizar os Media é campanha orquestrada. O conselheiro do Presidente João Lourenço,  Ismael Mateus, quer privatizar as delegações provinciais da rádio e da televisão. O Sindicato dos Jornalistas (UNITA) também quer privatizar tudo o que foi nacionalizado com a “recuperação de activos”. 

Sem a mínima intenção de ser desmancha-prazeres, informo os apaniguados do Teixeira Cândido, que o grupo de comunicação social do Manuel Rabelais era tão privado como eu sou membro do Conselho de Estado. Aquilo era público e foi construído, tijolo a tijolo, maquineta a maquineta, câmara a câmara, microfone a microfone, com dinheiro dos cofres públicos.

O Grupo Medianova (Damer, TV Zimbo, Rádio Mais e jornal O País) era propriedade, entre outros, de Manuel Vicente e Manuel Hélder Vieira Dias (Kopelipa). Fui eu que criei tudo na fase inicial. Angola deve estar grata aos dois. Mas não é segredo que Manuel Vicente foi presidente do conselho da administração da Sonangol e Vice-Presidente da República. O general Kopelipa foi ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, José Eduardo dos Santos. O Grupo Medianova não era do Estado. Era de altas figuras do Estado.  

Agora vou ser politicamente incorrecto. Deixem as coisas como estão. Porque assim sabemos quem manda, quem paga, quem dirige, quem elabora os planos de edição, as grelhas e os programas. E sabermos que administrações e direcções dos Media públicos são escolhidas por quem tem a legitimidade do voto popular, é um conforto. No vale tudo menos tirar olhos em que caímos, o sector empresarial do Estado é a garantia de que dificilmente triunfa o banditismo mediático que se instalou nos Media do sector privado. 

Nem imaginam como isso é importante para o Povo Angolano. Olhem como está a TPA, que caiu no domínio da CNN/CIA. Ficam com uma ideia de como é boa a tutela do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de informação e Comunicação Social. Espero que o senhor ministro Mário Oliveira não vá na conversa das privatizações no sector dos Media públicos. Liberdade de Imprensa não é banditismo. Liberdade de expressão não é mentir, difamar, manipular, falsificar. 

Vou dar um exemplo do que é a liberdade de imprensa deles.

CNN Portugal é uma delegação da CIA importada por um barqueiro do rio Douro que chegou a milionário, obviamente num qualquer conluio com o Estado. Uma jornalista da agência, que foi “enviada especial” a Angola, à Ucrânia e às eleições no Brasil, um dia disse que “os russos estão a retirar a população civil da cidade de Kerson”. Uma semana depois disse que “os russos já retiraram 80.000 civis de Kerson”. 

Dois dias depois disse que “já não há civis em Kerson”. Mais um dia e noticiou: “As tropas russas saíram de Kerson mas deixaram a cidade destruída e espalharam minas por todo o lado. Não há água nem luz”. Mais um dia e a azougada jornalista noticiou: “Kerson está libertada. A população festeja nas ruas da cidade”. E as imagens mostravam centenas de pessoas limpinhas, bem vestidas, com ar festivo. Mais um dia e a jornalista do barqueiro do Douro dizia triunfante: “Saiu de Kerson o primeiro comboio com destino a Kiev. Mas esta viagem foi só para passageiros”.

A jornalista mentiu. Só não sei quando. Mas se num dia afirmou que a cidade estava destruída e armadilhada com explosivos por toda a parte, a população tinha sido retirada “pelos russos”, no dia seguinte não podia mostrar a cidade arrumadinha e centenas de pessoas em festa nas ruas, bem vestidas e limpinhas. Um dia diz que está tudo destruído e no dia seguinte mostra a estação ferroviária de Kerson impecável (exibiram uma vista aérea), sem um arranhão e um comboio no cais recebendo passageiros. 

Os jornalistas não são papagaios que debitam ante as câmaras aquilo que lhes põem à frente. Por isso é que agora já chamam “notas” às notícias. A CIA não quer nada com o Jornalismo e muito menos com notícias e reportagens. E começa a fazer caminho uma aldrabice ridícula: Os jornalistas são cientistas socias! Jamais. O marketing e comunicação fazem parte das ciências sociais. São áreas proibidas aos jornalistas. 

Os jornalistas têm um código ético e deontológico, um estatuto profissional que se violarem, são banidos da profissão. Nada de confusões. Deixem-se de fantasias e comecem a fazer notícias, reportagens e entrevistas. 

As nossas pérolas do andebol conquistaram o 15º título africano da modalidade. Depois do triunfo, um repórter da TPA entrevistou duas campeãs, uma delas a capitã da equipa. Felizes, Eufóricas. Mandaram beijinhos para a família e amigos. No final, o jornalista informou que a selecção nacional feminina de andebol ia apanhar um avião para Istambul e de lá seguia para Luanda. Um voo com escala.

Istambul fica metade na Europa e metade na Ásia. O Senegal fica ali no Golfo da Guiné, um pouco mais à frente de São Tomé e Príncipe. África. Pertinho de Angola. No desporto de alta competição, os angolanos orgulham-se das suas selecções nacionais de hóquei em patins e basquetebol. Já se orgulharam dos Palancas Negras quando fomos ao Mundial da Alemanha, onde os nazis cabeças rapadas matam homossexuais e emigrantes. Sobretudo se forem negros. Mas o expoente máximo do Desporto Angolano é a Selecção Nacional de Andebol Feminino. As nossas pérolas. Duas chegaram as ministras do Governo de Angola.

Não havia um avião da TAAG para ir buscar as nossas campeãs africanas e o caneco? Não havia um avião da Força Aérea Nacional para ir buscar as pérolas e o 15º troféu continental? Não havia um avião da Presidência da República para ir buscar as expoentes máximas do desporto nacional? Não há dinheiro para fretar um avião a uma companhia privada para ir buscar as atletas que nos enchem de orgulho? Respondam, mesmo que fiquem envergonhados. Hoje o Chefe de Estado já deu um ar da sua graça e felicitou, em nosso nome, as campeãs. As nossas pérolas. Isto está mau. Anda por aí muita distracção. 

*Jornalista

Angola | MANDADO DE CAPTURA DE ISABEL DOS SANTOS: “É UMA VINGANÇA”

Em entrevista à DW, jurista diz que a especulação sobre o mandado de captura de Isabel dos Santos visa o "sensacionalismo" e "degradar a imagem" da empresária angolana.

A empresária angolana Isabel dos Santos informou desconhecer qualquer mandado de captura contra ela. No fim da semana passada, a imprensa divulgou que a Interpol havia emitido uma mandado de captura internacional, a pedido da Procuradoria-Geral da República de Angola. Mas a defesa de Isabel dos Santos afirmou não haver qualquer documento neste sentido e quea empresária está disponível para prestar esclarecimentos às autoridades.

Segundo informações ainda não confirmadas, a Interpol terá emitido um mandado de captura internacional para extradição em nome da empresária angolana Isabel dos Santos, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola. Oficialmente, a PGR de Angola ainda não confirmou a notícia.

O mandado de captura internacional mencionaria que, entre 2015 e 2017, a empresária criou mecanismos financeiros "com intenção de obter ganhos financeiros ilícitos e branquear operações criminosas suspeitas", através de "informação sobre dinheiros públicos do Estado angolano" que conseguiu na qualidade de administradora da petrolífera estatal Sonangol. De acordo com o documento, Isabel dos Santos terá prejudicado o Estado angolano em mais de 200 milhões de euros.

Moçambique | Ataques armados em Muidumbe provocam fuga da população

Segundo a Organização Internacional das Migrações, os ataques que têm ocorrido desde a semana em Muidumbe provocaram a fuga de mais de duas mil pessoas. População procura abrigo em Mueda.

Novos ataques ocorridos desde a semana passada em Cabo Delgado, norte de Moçambique, colocaram em fuga 2.000 residentes em comunidades do distrito de Muidumbe, anunciou a Organização Internacional das Migrações (OIM).

"Medo e ataques confirmados de grupos armados não estatais no distrito de Muidumbe (Muambula) desde 16 de novembro desencadearam 2.024 movimentos para o distrito de Mueda", informa a organização em comunicado.

O documento resume dados de apenas dois dias, segundo os quais 43% dos deslocados são crianças e 848 pessoas têm vulnerabilidades.

A maioria (76%) fugiu pela primeira vez, mas um quarto dos deslocados já escapou à violência armada por três vezes.

Raptos no distrito de Meluco

Ainda em Cabo Delgado, no distrito de Meluco, os residentes da comunidade de Minhanha relataram o rapto de quatro pessoas, das quais duas mulheres grávidas, uma criança de cinco anos e um homem.

O sequestro ocorreu na tarde de sexta-feira (18.11), em campos agrícolas e os raptores estavam encapuzados com lenços pretos, segundo relataram à Lusa testemunhas que fugiram para Mueda.

Um dos residentes disse ter ouvido os raptores a falar em kimwani, língua local, dizendo que "vão continuar a controlar Minhanha, porque nas 'machambas' [campos agrícolas] há muita comida".

Em cinco anos, o conflito em Cabo Delgado já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Deutsche Welle | Lusa

Moçambique | CDD denuncia detenções em "condições desumanas" em Maputo

Centro para a Democracia e Desenvolvimento denunciou, esta segunda-feira (21.11), a detenção de imigrantes ilegais em "condições desumanas", numa esquadra da cidade de Maputo. ONG exige investigação.

"Dezenas de imigrantes ilegais de vários países africanos estão detidos em condições completamente desumanas nas celas da 18ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM)", lê-se no comunicado divulgado, esta segunda-feira (21.11), pela organização não-governamental Centro para a Democracia e Desenvolvimento.

Segundo a ONG, que refere ter visualizado imagens e vídeos sobre o caso, os imigrantes, na sua maioria jovens, estão "apinhados num minúsculo e imundo compartimento" com "duas pequenas janelas” e deitam-se sobre pedaços de caixas e de tecido.  

"As duas pequenas janelas denunciam deficiências no arejamento da cela, o que é crítico no atual período quente", refere a organização, acrescentando que num dos vídeos, guineenses, senegalenses e congoleses pedem socorro.

Para o CDD, as condições de detenção dos imigrantes ilegais são "um grave atropelo à dignidade humana”, referindo que além de imigrantes africanos, houve também asiáticos que foram supostamente libertados "graças a esquemas de corrupção".

"Com dedo apontado às autoridades policiais, um dos detidos confirma extorsões com promessa de libertação", que nunca aconteceu, acrescenta o CDD.  

A entidade pede que seja criada uma comissão de inquérito para investigar o caso e apurar as devidas responsabilidades.

A Lusa contactou o Serviço Nacional de Migração (Senami) para esclarecimentos, mas não obteve resposta.

Moçambique é sobretudo ponto de trânsito de imigrantes ilegais que têm como destino a África do Sul.

Deutsche Welle | Lusa

Portugal | POLÍCIAS E ÓDIO, UMA RE(VE)LAÇÃO PACÍFICA

Fernanda Câncio | Diário de Notícias | opinião

Não pode ser novidade para ninguém, muito menos para sindicatos e hierarquias, a existência de discurso de ódio nas polícias. Se não é sequer novidade a existência de violência suscitada pelo ódio - e a sua desculpabilização. Descontando a evidência da escala, nada no panorama exposto pela investigação do Consórcio é novo.

"Tens muitas saudades da Kova, dasse"; "Eu andei nessas colónias mais de 15 anos, saudades???? Puta que os pariu esses indígenas todos." Estas duas frases, escritas por um subchefe da PSP em público, na página de Facebook (FB) de outro agente da mesma polícia, e referindo-se ao bairro da Cova da Moura, foram reproduzidas em novembro de 2020 numa notícia do DN.

A notícia, publicada em 27 de novembro de 2020, diz respeito a um post, também público, da autoria do dono da página, João Nunes, um dos condenados no caso da esquadra de Alfragide (ou da Cova da Moura) - a quatro anos de prisão, com pena suspensa por igual período -, em reação à decisão do Tribunal da Relação que confirmava a sua condenação.

De acordo com o que ficou provado em tribunal, Nunes abriu, a 5 de fevereiro de 2015, fogo com a shotgun (que dispara balas de borracha) no bairro da Cova da Moura, atingindo duas mulheres e depois, dentro da esquadra de Alfragide, alvejou à queima-roupa, com a mesma arma, um homem, Celso Lopes, que em resultado ficou com lesões permanentes numa das pernas. A seguir, o agente mentiu no relatório em que descrevia o motivo pelo qual usou a arma. Cinco anos e nove meses depois desses factos, no momento da confirmação da sua condenação por três crimes de ofensa à integridade física qualificada e por um crime de falsificação de documento agravado, continuava ao serviço da PSP; tinha sido apenas suspenso por seis meses, como medida disciplinar preventiva, entre julho de 2015 e janeiro de 2016, em resultado do processo disciplinar da Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI).

Uma pena suspensa significa que o seu objeto está sujeito a determinadas condições durante o seu cumprimento - que naturalmente implicam não cometer crimes. João Nunes, no entanto, decidiu, naquele post no FB, caluniar as suas vítimas, apelidando-as de "bandidos com cadastro", "traficantes" e "vagabundos". Crismou também o sistema judicial de "madeira podre e nojenta", assegurando ser um "facto" ter sido "condenado por ter feito o seu trabalho, conforme toda a legislação em vigor".

Entre os "amigos" de Nunes no FB, consultáveis por qualquer pessoa, estavam, como o DN referiu, pelo menos dois dirigentes sindicais conhecidos: Jorge Resende, presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia, e Pedro Magrinho, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Polícia, e nº 2 da lista do Chega por Setúbal nas legislativas de 2019.

Portugal doente | Governo e outros altos responsáveis da saúde estão-se borrifando...

Tempo de espera para doentes urgentes no Hospital Santa Maria é de 14 horas

Segundo dados do Portal do Serviço Nacional do SNS, 32 doentes com pulseira amarela (urgente) encontravam-se às 12:00 no serviço de urgência central do hospital, tendo um tempo médio de espera de 14 horas e 13 minutos, quando o tempo recomendado é de 60 minutos.

Os doentes urgentes têm de esperar esta terça-feira uma média de 14 horas para serem atendidos no serviço de urgência do Hospital Santa Maria, em Lisboa, segundo dados do Portal do Serviço Nacional do SNS.

De acordo com os dados, 32 doentes com pulseira amarela (urgente) encontravam-se às 12:00 de hoje no serviço de urgência central do Hospital Santa Maria, tendo um tempo médio de espera de 14 horas e 13 minutos, sendo o tempo recomendado 60 minutos.

Contactado pela agência Lusa, uma fonte oficial do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), que integra os hospitais Santa Maria e Pulido Valente, explicou que o perfil dos utentes a chegar à urgência aponta para "um quadro de doentes mais complexos", muitos deles de outras áreas da região de Lisboa e com descompensação de doenças de base.

"Neste momento, nós temos cerca de 200 doentes em circulação na urgência e desses cerca de dois terços são doentes amarelos e laranja [urgente e muito urgente", elucidou.

Segundo a mesma fonte, "a complexidade" destes doentes implica diagnósticos mais diferenciados, múltiplos exames, muitas vezes com necessidade de procurar informações clínicas por serem de outras áreas de influência.

"Este contexto cria grande pressão nos serviços de urgências e nos internamentos", salientou.

O hospital apela às pessoas com situações menos graves para se dirigirem a respostas nos Cuidados de Saúde Primários.

No Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, estão 39 pessoas com pulseira amarela no serviço de urgência, sendo o tempo médio de espera de cinco horas e 24 minutos.

Diário de Notícias | Lusa | O hospital apela às pessoas com situações menos graves para se dirigirem a respostas nos Cuidados de Saúde Primários.

No Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, estão 39 pessoas com pulseira amarela no serviço de urgência, sendo o tempo médio de espera de cinco horas e 24 minutos.

Diário de Notícias | Lusa – Imagem: © Tiago Petinga / Lusa

A CRIPTONITE, AS NEGOCIATAS E AS TANGAS DAS CRIPTOMOEDAS

Não, não vamos abordar o Super-Homem nem o planeta Krypton. Abordamos os Curto do Expresso do arquitecto das letras João Silvestre, do Expresso. Criptomoedas é a causa do título e a conclusão de que essa coisa cripto é uma armadilha superiormente para tramar gentes que alinham na vigarice planetária. As vítimas são os incautos, os mais endinheirados ou muito ricos… Não temos dó deles. Oxalá que se tramem e fiquem na penúria que é para verem como a tesura financeira devasta as vidas de milhares de milhões de pessoas que nem uma lata de atum têm para comer por refeição de um dia – espera-as sim uma barrigada de fome. 

Agora por isso: já escutaram ou viram) a publicidade do Banco Alimentar da Fome do Portugal miserável e a vergonhosa verborreia sobre a lata de atum? Atum, não bife (queriam!) para não escandalizar a dona do Banco da Fome também pomposamente chamado Banco Alimentar… Sabem quem é ela, não sabem? Pois, a Isabel Jonet, a "santinha magana" que na crise  dirigida pelo Passos Coelho de má memória afirmou displicente e autoritária que “não podemos andar a comer bife todos os dias…” – qualquer coisa assim do género. Agora virou e está numa de lata de atum… 

Está visto que, para ela, comer uma lata de atum por dia mata-nos a fome… Como diria a velha Engrácia do Escabeche: “Come tu só isso, grande badalhoca!”

Adiante, saltem para o Curto de hoje, já a seguir. Experimentem ler também nas entrelinhas. Pois. Convém.

Boa luta, contra a miséria e a fome.

MM | PG 

GUERRA DE QUADRILHAS POR TRÁS DA COPA NO CATAR

Presidente da FIFA, Gianni Infantino (à esquerda), com o emir Xeque Tamim bin Hamad al-Thani, do Catar, no palco do Centro de Exposições e Convenções de Doha em 1º de abril de 2022. Keystone

Ataques hackers. Vigilância por espiões privados. Tentativa de destruição de reputações. Investigação mostra que emirado contratou empresa ligada à CIA para obter controle total dos bastidores da FIFA e espionar até os opositores do mundial

Leo Eiholzer e Andreas Schmid, na SRFInvestigativ | em Outras Palavras | Tradução: Maurício Ayer

Uma rede de espionagem trabalha em segredo. Agentes de inteligência planejam influenciar eventos mundiais agindo secretamente. Hackers roubam informações controversas. E um cliente obscuro financia todo o projeto com centenas de milhões de dólares.

#Publicado em português do Brasil

Esta é a história de uma operação secreta global.

A investigação realizada pela equipe investigativa do canal suíço SRF, a “SRF Investigativ”, mostra os detalhes de como o Estado do Catar espionou autoridades do futebol mundial. E como os críticos da próxima Copa do Mundo, de fora da FIFA, também foram visados.

O objetivo final desses esforços: evitar que o Catar perdesse a candidatura à Copa do Mundo depois que muitas críticas foram levantadas, quando a FIFA concedeu o torneio ao país autoritário em 2010.

A dimensão das atividades de espionagem é considerável. Uma única sub-operação envolveu a mobilização planejada de pelo menos 66 agentes ao longo de nove anos. O orçamento totalizou US$ 387 milhões. E as atividades abrangeram cinco continentes.

Os mais altos escalões do governo do Catar estiveram envolvidos nas atividades de espionagem, incluindo o atual chefe de Estado, o Emir do Catar.

Os documentos mostram que o país desértico queria garantir que nenhuma mudança de posição dentro da FIFA, nenhuma nova amizade, nenhuma aliança potencialmente perigosa, nada que pudesse comprometer a realização da Copa do Mundo de 2022 no Catar escapasse de sua atenção. O objetivo era obter o controle absoluto. Ou “penetração mundial”, como está escrito em um documento da operação de espionagem.

EUA e aliados trocaram chamar aos progressistas “fascistas” e “liberais" aos fascistas

Eric Zuesse* | South Front

COMO OS BILIONÁRIOS DOS EUA E ALIADOS CONSEGUIRAM QUE OS PROGRESSISTAS FOSSEM CHAMADOS DE 'FASCISTAS' E OS FASCISTAS FOSSEM CHAMADOS DE 'LIBERAIS'

#Traduzido em português do Brasil

Os exemplos que serão documentados aqui serão o atual governo da Itália, que os meios de comunicação dos bilionários costumam chamar de "fascista", e o antigo governo da América, que - quando é controlado pelo atual Partido Democrata - é rotineiramente chamado de 'progressista'. Ambas as caracterizações ideológicas serão aqui contestadas: 

O principal compromisso dos progressistas ou “esquerdistas” sempre foi sua oposição ao imperialismo – também conhecido como colonialismo. O progressismo e a “esquerda” surgiram em meados do século XIX como um movimento de oposição ao “imperialismo” ou ao “colonialismo”. Essa oposição ao imperialismo resultou da Revolução Americana em 1776, que derrubou o imperialismo (a ditadura da Grã-Bretanha aqui) e que na Doutrina Monroe de 1823 alertou todas as nações imperialistas da Europa de que suas tentativas contínuas de impor seu domínio em qualquer lugar do Hemisfério Ocidental seriam vigorosamente combatidas. pelo Governo dos Estados Unidos.

Mas, agora, os políticos progressistas na Europa são rotulados na mídia de 'notícias' dos bilionários como sendo "fascistas", e os políticos fascistas na Europa (ou seja, os imperialistas lá) são rotulados como liberais ou conservadores, dependendo se o político faz seus apelos políticos aos trabalhadores (se “liberais”) ou aos donos das megacorporações (se “conservadores”) — mas ambos os tipos se encaixam no que Mussolini chamou ora  de “corporacionistas” , ora de “fascistas”. .” Seja qual for o termo, foi a ideologia de Mussolini.

Mussolini, é claro, era italiano. Em 22 de outubro de 2022, a Sra. Giorgia Meloni foi, por uma peculiaridade extraordinária, eleita na Itália como a primeira-ministra do país. A   Wikipedia  editada  e  escrita pela CIA, que coloca na lista negra (bloqueios de links para) sites que não são aprovados pela CIA , tem  a dizer sobre ela :

“Em 1992, Meloni ingressou na  Frente Juvenil , ala jovem do  Movimento Social Italiano  (MSI),  partido político neofascista  fundado em 1946 por ex-seguidores do   ditador  fascista italiano Benito Mussolini .“

NAZIS UCRANIANOS INFILTRAM-SE EM ORGANIZAÇÕES EUROPEIAS CONGÉNERES

South Front - artigo complementado com vídeo no original, ver vídeo expresso em italiano

Redes neonazistas ucranianas estão se infiltrando em organizações europeias de extrema direita e promovem o terrorismo que ameaça a vida dos europeus. As forças especiais italianas prenderam recentemente quatro supostos membros da organização extremista “Ordem de Hagal”, que tem laços estreitos com os grupos paramilitares ucranianos.

#Traduzido em português do Brasil

A Ordem de Hagal é uma organização baseada na área ao redor de Nápoles, que possui subunidades em todo o país. Além do nazismo e do antissemitismo, promove a subversão e a cultura da supremacia branca.

Durante a investigação, a polícia recolheu inúmeros materiais de propaganda nazista e fascista, balas, armas, roupas táticas e outros elementos. Fotos divulgadas pela polícia mostram a parafernália nazista apreendida em cerca de 30 batidas contra membros da “Ordem de Hagal” em todo o país, incluindo fotos do ditador nazista Adolf Hitler, do ditador italiano Benito Mussolini e camisetas com o logotipo do regimento nazista oficial da Ucrânia , o Batalhão Azov.

Os quatro suspeitos foram presos durante as operações em Nápoles, Caserta e Avellino. Eles planejavam os ataques em locais públicos e em uma delegacia de polícia na Itália. Segundo os investigadores, um dos alvos dos ataques dos membros da Ordem de Hagal foi o quartel da polícia de Marigliano. Outro plano de extremistas visava um shopping center perto de Nápoles.

Entre os detidos estão Maurizio Ammendola, de 42 anos, e Michele Rinaldi, de 47, que liderava a organização extremista “Ordem de Hagal”, bem como Giampiero Testa, de 25 anos, que mantinha laços estreitos com nacionalistas ucranianos.

Segundo a mídia italiana, um dos suspeitos procurados pela polícia “desapareceu” antes que pudesse ser preso. O quarto detido era um cidadão ucraniano de 27 anos ligado às forças de ultradireita. Seu nome é Anton Radomsky, ele é da cidade de Ternopil, localizada no oeste da Ucrânia. Anton estava hospedado na cidade de Marigliano na casa de seu pai.

Radomsky era responsável “pelos contatos com grupos neonazistas subversivos e paramilitares que operam na Ucrânia”. Em particular, graças ao jovem, a “Ordem de Hagal” manteve relações com grupos neonazistas como o batalhão Azov, o Setor Direito e o Centuria.

SITUAÇÃO MILITAR NA UCRÂNIA EM 21 DE NOVEMBRO DE 2022 (atualização)

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-- A Rússia atingiu as posições AFU perto de Kharkiv com mísseis de alta precisão;

-- A Rússia atingiu as posições da AFU perto de Kramatorsk com mísseis de alta precisão;

-- A Rússia atingiu as posições AFU perto de Lyman com mísseis de alta precisão;

-- Os confrontos entre o exército russo e a AFU continuam perto de Kuzemivka;

-- Os confrontos entre o exército russo e a AFU continuam perto de Bakhmut;

-- Os confrontos entre o exército russo e a AFU continuam perto de Pavlivka;

-- Os sistemas de defesa aérea russos derrubaram 5 drones ucranianos perto de Kremennaya na República Popular de Luhansk, Pokrovskoe, Makeevka na República Popular de Donetsk e em Kakhovka na região de Kherson;

-- Os sistemas de defesa aérea russos derrubaram 11 foguetes Uragan e Olkha perto de Strelechya na região de Kharkiv e Novotroitskoye na República Popular de Donetsk.

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