quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

A crítica de Kiev às compras de petróleo russo pela Índia não fará nenhuma diferença

Andrew Korybko* | Substack | # Traduzido em português do Brasil

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, está apenas se envergonhando com seu último acesso de raiva destinado a culpar a Índia a ceder unilateralmente a seus interesses nacionais objetivos em relação à Rússia, quando nem mesmo todo o bilhão de ouro do Ocidente liderado pelos EUA foi capaz de atingir esse objetivo no passado dez meses.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, criticou a Índia por suas compras de petróleo russo no início desta semana, repetindo o episódio de meados de agosto, quando afirmou no verão que “[seu] desconto deve ser pago com sangue ucraniano”. Desta vez, ele remixou suas palavras anteriores para alegar que “a oportunidade para a Índia comprar petróleo russo a um preço barato vem do fato de que os ucranianos estão sofrendo com a agressão russa e morrendo todos os dias”.

Sua primeira explosão há quase um quarto de ano foi sem dúvida encorajada por seus patronos americanos, mas esta ocorreu depois que a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, elogiou a Índia por seu papel indispensável no G20 do mês passado e seguindo o novo encarregado de negócios americano em Delhi confirmando o direito soberano de seu anfitrião de comprar tais recursos com desconto. Assim, pode-se intuir que Kuleba está agindo por sua própria prerrogativa desta vez, mas sua crítica hiperbólica não faria nenhuma diferença de qualquer maneira.

Isso porque a Índia é agora uma grande potência globalmente significativa, depois de reagir com maestria às consequências caóticas da invasão ucraniana . conflito para se posicionar como o criador de reis na Nova Guerra Fria . Leitores intrépidos podem aprender mais sobre como isso aconteceu revisando a primeira análise com hiperlink na frase anterior, mas o principal argumento para os membros médios do público é que o Golden Billion do Ocidente liderado pelos EUA quase admitiu que é impossível coagir a Índia indo contra seus interesses.

Em vez de continuar a dobrar aquela política comprovadamente falida que repetidamente não produziu nada de significado tangível para aquele bloco de fato da Nova Guerra Fria, seu líder americano pragmaticamente optou por sinalizar no mês passado que está pronto para praticar uma estratégia muito mais produtiva. política. Para esse fim, basicamente desistiu de pressionar a Índia de qualquer maneira significativa, embora algumas de suas plataformas de gerenciamento de percepção provavelmente continuem a fazê-lo devido à ideologia e/ou inércia.

Protestos de Covid na China não são tão significativos quanto retratados

A resposta do Estado não é tão dura, repressiva ou coordenada como sugere o comentário externo e Pequim habilmente transferiu a culpa para o nível local

Ryan Manuel* | Asia Times | # Traduzido em português do Brasil

A China foi devastada por protestos “anti-zero-Covid” sem precedentes no final de novembro de 2022. Eles começaram com um incêndio na cidade de Urumqi, Xinjiang. Pelo menos 10 pessoas morreram depois de não terem permissão para deixar o prédio devido às restrições do Covid-19. Manifestações de rua locais seguiram-se a esta tragédia.

No dia seguinte, as autoridades locais declararam que a cidade havia se livrado do Covid-19 em nível comunitário e emitiram uma série de declarações surdas sobre a necessidade de proteção individual.

A manifestação em Xinjiang foi seguida no sábado, 26 de novembro, por um protesto na Urumqi Road, em Xangai, onde os moradores também protestaram contra a atual  política de Covid zero da China . Excepcionalmente, os manifestantes pediram uma mudança de regime. Desde então, houve relatos de cerca de 100 protestos em diferentes partes da China, principalmente em universidades.

É fácil elevar a importância desses protestos. Mas os protestos são mais comuns e mais fáceis de lidar na China do que comumente se pensa. Houve grandes protestos políticos na China nas últimas décadas e o manual para lidar com eles está bem estabelecido.

Os líderes culpam os problemas na implementação do governo local e reprimem duramente declarações generalizadas como “isso foi culpa do Partido”. Eles também atingem duramente os líderes dos protestos, mas geralmente deixam os próprios manifestantes em paz.

Portugal | Ana Gomes alertou para corrupção na Defesa, mas PGR "arquivou tudo"

Antiga eurodeputada garante que denunciou o caso há 12 anos.

A socialista Ana Gomes relembrou esta quarta-feira, no Twitter, que desde 2010 que alerta para a "corrupção na Defesa" e que chegou mesmo a apresentar queixa, mas a Procuradoria Geral da República (PGR) arquivou tudo, em 2014.

O lembrete da antiga eurodeputada surge depois de a Polícia Judiciária (PJ) ter detido três altos quadros da Defesa por corrupção nas obras de um hospital militar.

"Desde 2010, quando obtive o contrato dos submarinos (que é de 2004) e ficção de contrapartidas, que venho alertando para a corrupção na Defesa. Até apresentei queixa… mas a PGR, que investigava desde 2006, arquivou tudo em 2014", escreveu Ana Gomes.

Recorde-se que a Polícia Judiciária deteve ontem cinco pessoas e constituiu 19 arguidos após ter executado, em Lisboa, Porto, Alter do Chão, Almada e Comporta, 59 mandados de busca, suspeitos “de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder e branqueamento, ilícitos relacionados com adjudicações efetuadas.

Relacionado em Notícias ao Minuto:

'Tempestade Perfeita'. PJ faz buscas no ministério da Defesa

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Portugal | PAIS & FILHOS


Henrique Monteiro | Henricartoon

A CONSTRUÇÃO DO PORTUGAL FUTURO -- um outro mundial

No jogo encontramos um exemplo pelo qual lutar. Um outro Portugal possível que se escreve pela poesia e se desenha no nosso horizonte

Luís Cristóvão | AbrilAbril | opinião

Escreveu o poeta Ruy Belo "mas isso era o passado e podia ser duro edificar sobre ele o portugal futuro". Um futuro que ontem apareceu num relvado do Catar com a cara sorridente do presente. Um outro Portugal era mesmo possível. Um Portugal onde são premiados aqueles que podem fazer melhor, oferecendo-lhes responsabilidades e condições para mostrar o seu valor. Um Portugal que abre portas para a afirmação do seu talento, gerindo-o em condições, alimentando ideias que permitem obter melhores resultados.

É o Portugal que ambicionamos para além do futebol. Um Portugal que respeita as suas figuras, mas não hesita em encontrar os elementos que prometem um futuro mais risonho. Há um claro odor a justiça em tudo aquilo que vimos acontecer frente à Suíça. Era evidente para quem via os jogos, analisava os dados. Transformou-se numa receita simples para ultrapassar um adversário que prometia dificuldades e transporta-nos para um confronto com Marrocos que também escreveu uma página histórica no dia de ontem.

Haverá tempo para olhar para o caminho que Portugal tem a fazer neste Mundial. Mas é importante olhar para a oportunidade de transformação que estas semanas nos tem oferecido. Um Mundial que nasceu torto, mas que não deixa nunca de ser um palco onde o mundo lê as suas tendências, prova as suas agruras, desenha as suas saídas. O que fica para trás e o que aí virá em cruzamento. Podia ser duro, mas também imperativo, assim construir o futuro que desejamos.

Imagem: Ali Haider / EPA

HÁ FOME EM TIMOR-LESTE! ...TENHAM VERGONHA!

Triste Imagem Escolhida

Sobre a FOME em Timor-Leste referia a Agência de Notícias de Timor-Leste no Tatoli em junho de 2021 que o Fundo das Nações Unidas Para a Infância (UNICEF) mantém o apoio ao governo timorense no combate à desgraça da má nutrição em Timor-Leste. Ou seja, há FOME pura e dura. Andam nisto há décadas. A FOME continua!

Interessante que à FOME chamem “má nutrição” porque têm asco aquelas quatro letras que formam a poderosa verdade e evidência (FOME) dos maus tratos dos governos, dos políticos, dos empresários, etc., dos corruptos e dos corruptores, dos ladrões do povo que os elege, que para eles – empresários - trabalham e são enganados-roubados nesta "modernidade desumana" como se o esclavagismo estivesse em vigor pela socapa. Apesar de, infelizmente, ser tão evidente e  escamoteada. 

Em Timor-Leste, como em muitas partes do mundo capitalista selvagem, a fome é persistente há muitas décadas e ainda mais após o país ser livre e independente, porém, em contrapartida, vimos no Timor-Leste independente quem num ápice fizesse fortunas como por milagre gerido por um Maromac (Deus) adulante do capital para alguns e de miséria e fome para outros, a maioria. 

Tanto que se pode acrescentar no comentário a esta imagem escolhida de criança vítima de fome e que pode nem ser timorense…. Mas também pode ser. Porque vítimas da FOME em Timor-Leste existem, muitas, porque sim, porque há os que enriquecem do NADA… Do NADA? Tanto que se pode acrescentar nesta imagem da criança acima… Para quê? O que adianta? Nem um sonoro TENHAM VERGONHA adiantará. “Eles” são desprovidos de vergonha quer em Timor-Leste quer em tantos outros países do mundo.

MM | PG

Timor GAP quer substituir petrolífera australiana como operadora do Greater Sunrise

A petrolífera estatal timorense Timor GAP, sócio maioritário do consórcio do Greater Sunrise no Mar de Timor, comunicou à australiana Woodside a sua intenção de a substituir como operadora do projeto.

Segundo fontes ligadas ao processo ouvidas pela Lusa, o assunto foi debatido numa reunião interna do consórcio na última semana, durante a qual a Timor GAP confirmou essa intenção à Woodside que, dias depois, anunciou uma mudança de posição sobre o desenvolvimento do projeto, admitindo a possibilidade de construção de um gasoduto com ligação a Timor-Leste.

Victor Soares, ministro do Petróleo e Recursos Minerais, confirmou à Lusa que o assunto "está em cima da mesa" e que foi discutido na última reunião, afirmando, porém, que a decisão cabe exclusivamente aos parceiros do consórcio.

"Está na mesa de discussão, mas vamos procurar ultrapassar essa situação. Os dois Governos, da Austrália e de Timor-Leste, só terão uma reunião tripartida com apenas um operador", explicou.

"Esta é uma questão interna do consórcio e que deve ser concluída entre eles. Os Governos da Austrália e de Timor-Leste vão facilitar apenas para que consigam ter um consenso", explicou.

Morreu Jill Jolliffe, jornalista que testemunhou invasão indonésia de Timor-Leste

A jornalista australiana Jill Jolliffe, que testemunhou as primeiras incursões militares indonésias em Timor-Leste, morreu na sexta-feira, aos 77 anos de idade, afirmou à agência Lusa fonte ligada à família.

A jornalista, que chegou a viver em Portugal, testemunhou as primeiras incursões militares indonésias em território timorense, em setembro de 1975, tendo noticiado a morte de cinco colegas de profissão em outubro daquele ano (Brian Peters, Greg Shackleton, Gary Cunningham, Malcolm Rennie e Tony Stewart), assassinados na localidade de Balibó, tendo ficado conhecidos como os "Cinco de Balibó".

Os cinco jornalistas foram mortos numa operação clandestina das forças especiais da Indonésia, em preparação para a invasão do território, que era até então uma colónia portuguesa.

O livro que Jill Jolliffe escreveu, "Cover Up - The inside story of the Balibo Five", inspirou a longa-metragem realizada por Robert Connolly e protagonizada por Anthony LaPaglia, que estreou em 2009 na Austrália.

O antigo presidente timorense Xanana Gusmão lamentou hoje a morte da jornalista australiana.

"É com grande tristeza que soubemos da morte de Jill Jolliffe, uma aclamada jornalista australiana, ativista política e que sempre lutou pela justiça em Timor-Leste. Jill era uma heroína do povo timorense", afirmou Xanana Gusmão, numa nota enviada à agência Lusa.

"Jill foi uma ativista, uma rebelde, uma lutadora. Expôs de forma persistente a realidade da ocupação militar indonésia e apoiou a luta do povo timorense. Terá sempre um lugar especial na nossa história nacional. Ela é uma de nós", afirmou.

Ndambi Guebuza, filho de ex-Presidente moçambicano, condenado a 12 anos de prisão

Ndambi Guebuza, filho de ex-Presidente moçambicano Armando Guebuza, foi hoje condenado a 12 anos de prisão no julgamento das dívidas ocultas, em Maputo, o maior caso de corrupção da história de Moçambique.

"Procedendo ao cúmulo jurídico das penas e acumulação material da multa (...) vai o réu Armando Ndambi Guebuza condenado na pena única de 12 anos de prisão maior", referiu o juiz Efigénio Baptista.

Ndambi Guebuza foi o quinto da lista de 19 arguidos a ouvir a pena, num rol de condenações que começou a ser lido pelas 10:45 (08:45 em Lisboa).

O tribunal considerou provado que o filho do ex-presidente Guebuza recebeu subornos para influenciar o pai a aprovar o projeto de proteção costeira, usado para a angariação do dinheiro que alimentou as dívidas ocultas.

Em detalhe, Efigénio Baptista explicou que Ndambi foi condenado pelos crimes de associação para delinquir e associação criminosa, chantagem, tráfico de influência, falsificação, peculato e branqueamento de capitais.

Moçambique | DÍVIDAS OCULTAS: EX-RESPONSÁVEL DA SECRETA “É CULPADO”


Ao quinto dia da leitura da sentença, o juiz deu como provado que o réu António Carlos do Rosário assinou pedidos de empréstimos, garantidos pelo Estado, sem o aval do Tribunal Administrativo.

O juiz Efigénio Baptista, que julga o caso das dívidas ocultas, disse esta segunda-feira (05.12) que o réu António Carlos do Rosário negociou, executou e assinou os contratos de fornecimento e empréstimos das empresas EMATUM, a MAM e ProIndicus.

As empresas receberam empréstimos dos bancos Credit Suisse e VTB, da Rússia, com garantias do Estado. O presidente do conselho de administração de todas elas era António Carlos do Rosário, que foi também diretor da Inteligência Económica dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE).

Segundo as explicações do juiz, tal ação devia ter sido fiscalizada pelo Tribunal Administrativo, com o parecer legal da Procuradoria-Geral da República. "No entanto, conforme resulta da matéria dada como provada, o réu António Carlos do Rosário, em nenhum momento cumpriu, nem procurou cumprir as disposições legais em causa, pautando por violá-las sistematica e deliberadamente".

São Tomé e Príncipe: "Golpe de Estado é uma invenção" – entrevista a Jorge Bom Jesus

Em exclusivo à DW, o líder do maior partido da oposição, Jorge Bom Jesus, diz que o que aconteceu a 25 de novembro foi um assalto de "meliantes" a um quartel, que estará agora a ser usado para "aniquilar opositores".

Cerca de duas semanas depois da tentativa de assalto a um quartel militar em São Tomé e Príncipe, o líder do maior partido da oposição e antigo primeiro-ministro do país, Jorge Bom Jesus, nega que tenha havido uma tentativa de golpe de Estado, como anunciado pelo Governo.

Em entrevista exclusiva à DW África, o presidente do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD) afirma que o que aconteceu foi um assalto ao quartel protagonizado por "meliantes", que está agora a ser aproveitado pelo Governo para perseguir opositores políticos.

Acrescenta que o atual governo está a transformar São Tomé e Príncipe num Estado "autocrático, autoritário e ditatorial".

Angola | A ALA CORRUPTA DE ANGOLA

Tribuna de Angola | opinião

Presidente do MPLA numa recente entrevista disse que a maioria dos membros do MPLA não é corrupta e que conta com eles para levar avante a sua luta contra a corrupção.

Não duvidamos das palavras do Presidente do partido, mas anotamos que existe uma ala corrupta do MPLA que tudo faz para travar, desmobilizar e , no final do dia, depor o Presidente, como aliás se repete na África do Sul.

Aí, também o Presidente da República Ramaphosa quis entrar numa vigorosa luta contra a corrupção. A reacção da ala corrupta do ANC (partido do poder na África do Sul) está levar ao afastamento do Presidente Ramaphosa, com uma história altamente confusa de notas num sofá.

Há que reconhecer o óbvio. Os partidos com muito tempo de poder têm uma forte ala corrupta que tenta inviabilizar qualquer mudança da situação, o seu objectivo é unicamente manter o acesso a benefícios impróprios e exercer a soberania no país, como se este fosse uma sua fazenda. Para isso estão dispostos a montar todas as armadilhas ao seu Presidente, não votar nele nas eleições, espalhar a maledicência, fazer alianças com o diabo e , tentar sempre, depor o Presidente.

Este panorama existe em Angola. Há uma ala corrupta do MPLA infiltrada que procura estar sempre a sabotar o trabalho presidencial e tem como objectivo fazer terminar o mais cedo possível o mandato de João Lourenço. Trabalham na sombra, riem-se pela frente e dão palmadas nas costas. Hoje são todos defensores do Estado de Direito e dos Direitos Humanos e arrepiam-se quando “descobrem” que Angola não é a Suécia…Enchem os jornais e a comunicação com “sábias” críticas, dizem-se apoiantes do PR, mas querem-no ver pelas costas o mais rapidamente possível.

Esta ala corrupta do MPLA tem de ser purgada e corrida do partido. Há tempos de clarificação e este é um deles. Chega de maledicência e de sabotagem interna.

Ler em Tribuna de Angola:

A mulher de Bob Menendez investigada 

 Os Contratados

Angola | NEM PÃO NEM CIRCO – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Os romanos conseguiram acalmar os povos das suas conquistas e colónias porque usaram até à náusea a fórmula Pão e Circo. Os povos eram escravizados, morriam famintos, mas admitiam tudo porque às vezes aparecia pãozinho na mesa e todos se divertiam com o espectáculo palpitante dos leões a comerem cristãos. 

Uma fórmula infalível. Na União Europeia os povos são esmifrados até ao tutano mas andam felizes da vida porque ouvem todos os dias o Zelensky, a Zelenska, a Úrsula von der Leyen, o Biden, o Macron, o Jens Stoltenberg e outros nazis encartados. 

Em Angola o Poder é destemido, auto-suficiente e servido por super heróis. Isso do pão, cada um que se arranje. Para já a zunga está a ser expulsa das ruas e os professores vão regressar à greve porque a tutela não os respeita. Quanto ao circo, cada um que se arranje. O Girabola vai girando mas há equipas que não têm dinheiro para as viagens. O Grupo Desportivo Escolinha Isaac de Benguela acaba de desistir da competição e a equipa já não entra em campo no sábado. Cá para mim, os dirigentes e atletas são marimbondos. Castigo!

Dentro do espírito de colaboração que me caracteriza, recomendo que comecem a organizar jogos de futebol de solteiros contra casados e dos que têm cabelo que voa contra os de cabelo que não voa. Não é fácil arranjar cabeleiras a voar porque os brancos estão em extinção. Mas sempre se arranja um salão onde alguns cabelos que não voam são desfrisados e começam a voar. Se o ódio não for muito acirrado sempre podem mobilizar alguns mestiços cujos cabelos voam.

Os nossos governantes também podem começar a distribuir cartas ensanguentadas e explosivas. O povo adora essas coisas e até esquece o desemprego, a fome e a submissão.

Outro espectáculo digno de circo vai ser a “reprivatização” da UNITEL que, segundo uma das accionistas, só é possível porque o Procurador-Geral da República falsificou documentos. Um circo de falsários no topo do Estado é verdadeiramente palpitante e dá para rir mais do que com números de palhaços ricos e pobres.

A França está canalizando armas ucranianas para terroristas da África Ocidental?

Andrew Korybko* | Substack | # Traduzido em português do Brasil

Mali e Burkina Faso, que anteriormente acusaram a França de apoiar o terrorismo, devem cooperar com os países da Comissão da Bacia do Lago Chade, cuja recente cúpula viu o presidente nigeriano Buhari alertar sobre o fluxo de armas ucranianas nas mãos de grupos terroristas regionais, a fim de investigam conjuntamente o suposto papel de Paris nesta rede transcontinental.

O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, alertou na semana passada durante uma cúpula da Comissão da Bacia do Lago Chade que as armas do conflito ucraniano começaram a inundar a região da África Ocidental a uma taxa que está começando a se igualar àquelas que vêm da Líbia. Isso está de acordo com o aviso da CBS News no início de agosto sobre como apenas 30% das armas destinadas à ex-república soviética chegam ao seu destino final, cuja estatística exata eles foram forçados a recuar sob pressão.

Seja como for, o problema de as armas ucranianas chegarem ao mercado negro permaneceu tão sério que os EUA posteriormente enviaram tropas para aquele país com o propósito expresso de monitorar esses carregamentos. Isso permanece um problema até o presente, como prova o relatório detalhado da RT sobre a chamada “Legião Internacional”, que citou relatos de combatentes estrangeiros afirmando que essas armas continuam sendo vendidas no mercado negro.

Tendo confirmado que o problema das armas ucranianas sendo canalizadas para fora do país realmente existe, agora é hora de explorar quais partes têm interesse em canalizá-las para a África Ocidental. O papel do continente na Nova Guerra Fria entre o Bilhão de Ouro do Ocidente liderado pelos EUA e o Sul Global liderado conjuntamente pelos BRICS SCO , do qual faz parte, provavelmente acabará sendo um campo de batalha proxy entre eles sobre a direção do sistema global sistêmico transição .

Ucrânia – Rússia: Cenário apocalíptico está próximo? Ou há razão para esperança?

Peter Koenig* | Global Research | # Traduzido em português do Brasil

Todo mundo prevê que enfrentaremos um inverno gelado no Norte Global, especialmente na Europa e particularmente na Ucrânia. Enquanto isso, a Rússia está acumulando ao longo da fronteira norte da Ucrânia cerca de meio milhão de soldados e cerca de 1.500 tanques e artilharia massiva.

A Ucrânia já está devastada por falta de eletricidade, causando apagões em cerca de 60% do país, sem aquecimento, devido à falta de abastecimento de gás e gasolina da Rússia e / ou sistemas internos de entrega (auto-)destruídos, com baixo subcongelamento esperado temperaturas de -15 graus C e mais, literalmente convertendo milhões de pessoas em refugiados – em direção à Europa Ocidental.

A situação já é desesperadora. Sem calor. Sem comida. Nenhuma energia. Sem luz. Escuridão e frio. Miséria total.

Diz-se que o presidente Putin está apenas esperando que o solo congele, para que os tanques e as tropas russas não fiquem presos na lama. Assim que isso acontecer - ele comandará o Endgame.

Esta é a última opção de Putin. Assim, pensa o ex-conselheiro sênior do Secretário de Defesa dos EUA, coronel Doug  Macgregor – veja esta entrevista com Max Blumenthal e Aaron Mate.

O ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e inspetor de armas das Nações Unidas, Scott Ritter, prevê uma situação semelhante. Os russos não mudaram seus objetivos desde o início da guerra – desnazificação e desmilitarização da Ucrânia, além de proteger a região predominantemente russa de Donbass e outras populações de raízes russas.

Não importa o que a grande mídia ocidental mente, o presidente Putin sempre instruiu seus generais a evitar alvejar civis, minimizar baixas civis e, na medida do possível, proteger a infraestrutura civil. Sabendo como o Ocidente reagiria e o que a mídia ocidental corrompida diria, o presidente Zelenskyy iniciou um programa de autodestruição de tudo, inclusive matando seus compatriotas ucranianos, acusando a Rússia. A mídia ocidental obedeceu. Vale tudo, se ajudar a culpar e destruir Putin e a Rússia.

SÓ A PLURIDADE DE INFORMAÇÃO PODE PREVENIR A GUERRA

A percepção dos factos varia segundo os indivíduos. Acima o mesmo símbolo é lido como « 6 » por um e como « 9 » pelo outro.

Thierry Meyssan*

No mundo inteiro, observamos uma miríade de médias, mas sem nenhum pluralismo entre elas. Todos bebem das mesmas fontes que veiculam a mesma visão dos factos. Ora, todos sabemos que se os factos se passam de uma única forma, a maneira como os apreendemos é variada. Já na década de 80, a UNESCO havia posto em evidência o « imperialismo de informação »; essa maneira de impor uma única percepção e de negar todas as outras. Hoje, esta dominação manifesta-se com os News Checkers. O único meio de nos libertarmos deste sistema é, não o de criar novos média, mas novas agências de notícias.

Após a Segunda Guerra mundial, o Direito Internacional moderno foi estabelecido com a ideia de combater a « propaganda de guerra » (Resolução 110 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 3 de Novembro de 1947 [1] e Resolução 381 de 17 de Novembro de 1950 [2]). Rapidamente, os legisladores internacionais, quer dizer os Estados soberanos, acordaram que não se podia lutar contra a guerra senão velando pela « livre circulação das ideias » (Resolução 819 de 11 de Dezembro de 1954 [3]).

Ora, no decurso dos últimos anos, assistimos a um recuo extraordinário que nos priva do pensamento dos outros, nos expõe à propaganda de guerra e, por fim, nos precipita para um conflito mundial.

Este fenómeno começou com a censura privada nas redes sociais do Presidente em exercício dos Estados Unidos, depois continuou com a censura pública dos média (mídia-br) russos no Ocidente. Agora, o pensamento alheio já não é entendido como um instrumento de prevenção das guerras, mas como um veneno que nos ameaça.

Estados ocidentais dotam-se de instâncias encarregadas de « rectificar » as informações que eles dizem falsificadas (Fake News) [4]. A OTAN pensa na criação de uma unidade, baptizada Information Ramstein, encarregue de censurar já não mais as fontes de informação russas, mas as ideias russas no meio dos 30 Estados membros da Aliança Atlântica [5].

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