É indispensável recordar
A falta de memória converte-nos
em zumbis perante qualquer estratégia do poder. Mais ainda quando este
desencadeia campanhas de terror, à escala mundial, destinadas a anular o
pensamento. Por isso acreditei necessário trazer à memória factos que
aconteceram, não há muito, quando a “pandemia” da gripe A e que sem dúvida
foram um ensaio geral para o sucedido com o Covid.
A falsa pandemia da gripe A, a
OMS e a corrupção demonstrada
Em Janeiro de 2010, Wolfgang
Wordarg, epidemiólogo presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar
do Conselho da Europa e membro do SPD, acusou a Organização Mundial de Saúde
(OMS) de se haver convertido num instrumento ao serviço dos interesses da
indústria farmacêutica, a partir dos dados recolhidos sobre a sua atuação na
suposta pandemia da gripe A. Conseguiu que o referido organismo aprovasse por
unanimidade a realização de uma investigação para o efeito.
Um mês antes da declaração do
nível 6 de pandemia global, em Junho de 2009, a OMS modificou os critérios exigidos,
eliminando o requisito de que se verificasse em várias zonas do mundo um
aumento significativo da mortalidade.
W. Wodarg, numa entrevista
publicada pelo jornal L'Humanité [1 ] (órgão
do Partido Comunista Francês – que tempos!) disse que começou a suspeitar
quando se declarou a pandemia “pois não havia nem mil doentes e falava-se da
pandemia do século” e a OMS recomendou a inoculação exclusivamente com
medicamentos patenteados previamente. Denunciou também o papel da psicose do
medo desencadeada para justificar a adoção de medidas, muito custosas para o
erário público, em plena crise e quando, sob o pretexto da necessidade de pagar
a dívida dos Estados, estavam a verificar-se cortes muito importantes na
despesa público e, em concreto, no sistema sanitário.
Na mencionada entrevista
acrescentava: “Para acelerar a disponibilidade de produtos, utilizaram-se
substâncias (adyuvantes) em certas vacinas, cujos efeitos não foram
suficientemente provados. Por outras palavras: queríamos absolutamente usar
estes novos produtos patenteados ao invés de desenvolver vacinas usando métodos
de fabricação tradicionais que são muito mais simples, mais confiáveis e menos
custosos. Não havia nenhuma razão médica para isto, só razões de marketing”.
O processo vinha de longe. Quando
em 2008 surgiu o H1N1 e, muito mais, quando em 2020 apareceu o Covid 19, já
estava tudo preparado. Em 2005, quando se declarou a pandemia por gripe
Aviária, a OMS já havia preparado os planos internacionais para quando
aparecesse uma pandemia: as farmacêuticas comprometiam-se a ter vacinas prontas
e os estados comprometiam-se a comprá-las. Nas palavras de Wodarg, “a indústria
farmacêutica não assumiu qualquer risco económico ao participar numa nova
fabricação. Já tinha a garantia de ganhar o jackpot caso eclodisse uma
pandemia”.
Quanto aos objetivos a atingir
pela investigação aprovada pela Comissão de Saúde do Conselho da Europa, o
epidemiólogo alemão assinalava: “Queremos lançar luz sobre tudo o que
poderia haver convertido esta formidável operação numa farsa. Queremos saber
quem decidiu, com base em que evidência científica, e com que precisão foi
exercida a influência da indústria farmacêutica na tomada de decisões. E
finalmente devemos apresentar demandas aos governos. O objetivo da comissão de
investigação é que não haja mais alarmes falsos deste tipo no futuro. Que a
população possa contar com a análise, a experiência das instituições públicas
nacionais e internacionais. Estas agora estão desacreditadas porque milhões de
pessoas foram vacinadas com produtos que apresentam possíveis riscos para a sua
súde. Não era necessário. Tudo isto resultou também num desperdício
considerável de dinheiro público”.
A comissão de investigação
dissolveu-se sem chegar a nenhuma conclusão e não conseguiu que o representante
da OMS depusesse perante o Conselho da Europa.
A conivência da OMS com as
multinacionais farmacêuticas foi denunciada ainda num relatório apresentado em
Junho de 2010 pela prestigiosa revista British Medical Journal [2 ].
Um dia depois de declarar
terminada a pandemia, a OMS reconheceu que o seu Comité de Peritos para a gripe
A – cuja composição era secreta, “para evitar pressões” – havia recebido
doações das multinacionais farmacêuticas fabricantes das vacinas e
anti-virais [3 ].
O escândalo saltou para o meios
de comunicação, com duras acusações. A cadeia SER e concretmente Iñaki
Gabilondo intitulou assim o seu relatório: “O negócio do medo e o roubo da
falsa pandemia” [4].
Este vídeo da Cadeia SER, denunciando o suborno pelas farmacêuticas da OMS e
das autoridades sanitárias pela gripe A, hoje não teria sido possível (a dívida
do Grupo PRISA foi comprada pela Black Rock e pela CVC Capital Parners em
Novembro de 2020) ou teria sido censurado com a acusação de fake news.
Os governos europeus e
estado-unidense pagaram milhares de milhões de euros e de dólares pela compra
de vacina, de Tamiflú e de Relenza. Isto acontecia em 2009, no começo da
explosão da bolha imobiliária e financeira, quando, com o pretexto de pagar a
dívida, encerraram-se milhares de camas hospitalares e reduziu-se drasticamente
a força de trabalho na saúde pública. Nesse momento, o Ministério da Saúde –
PSOE, Trinidad Jiménez – gastou quase 400 milhões de euros na compra de vacinas
e anti-vierais. Nove anos depois todos esses medicamentos foram destruído
depois de haverem caducado [5].
Nunca se publicaram os resultados
de ensaios que garantissem a eficácia desses produtos farmacêuticos e
ocultaram-se os que mostravam riscos graves. A Roche convenceu sem problemas a
Agência Europeia do Medicamento (EMA) a que aprovasse. Em contrapartida a
Administração de Medicamentos e Alimentos dos EUA (FDA) impôs condições ao
Tamiflú e proibiu o Relenza. Seu diretor foi obrigado a demitir-se e ambos os
medicamentos foram aprovados pouco depois [6].
O Comité Consultivo da OMS exigiu a invetigação dos casos de narcolepsia [7] registados
em doze países, sobretudo em crianças e adolescentes, vacinados com Pandemrix
em 2010 contra a gripe H1N1.