quarta-feira, 7 de junho de 2023

Angola | GASOLINA NA FOGUEIRA E PÉS DE BARRO – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A fogueira está pegada e não vou atirar com gasolina para as chamas se agigantarem. Mas tudo leva a crer que o aumento do preço do combustível não foi devidamente preparado por quem tomou a decisão ao nível do Executivo. Mais uma vez funcionou o princípio Angola é Luanda e o resto mera paisagem que ninguém quer ver quanto mais desfrutar. Notícias fidedignas garantem que há protestos em várias províncias porque fornecedores de transportes públicos (legais ou candongueiros) não receberam o cartão que permite comprar o combustível ao preço anterior.  

O Patrício Bicudo da Dona Vera é verdadeiramente um cretino esférico. Não tem bico por onde se lhe pegue. Mais uma vez falo sem números exactos mas vou ter o cuidado de pecar por excesso. Por isso afirmo que mais de 90 por cento da população de Luanda que tem carro precisa dele para trabalho ou ir trabalhar. E esses milhões de Luandenses não andam de Lexus. Isso é para os acomodados e os deputados eleitos pelo povo.

Um aumento de 100 por cento no litro da gasolina está a criar muitas dificuldades a quem precisa de carro para ir todos os dias trabalhar. Simplesmente porque a oferta de transportes públicos em Luanda é irrisória. E vai continuar a ser. As empresas que prestam esse serviço essencial são geridas como se a capital tivesse os mesmos habitantes que tinha no dia da Independência Nacional. 

Os arautos da Dona Vera dizem que a gasolina não pode ser ao preço da chuva. Pode sim. Pelo menos enquanto os salários rastejarem pela poeira e o carro dos trabalhadores for um bem de primeira necessidade, para se deslocarem de casa até ao local de trabalho.  

Salários pagos ao custo da poeira e uma rede de transportes públicos altamente deficitária exigem gasolina barata. Até digo mais. As entidades patronais, nomeadamente o Estado, deviam pagar um suplemento salarial com senhas para os transportes públicos e talões de combustíveis. Isto em Luanda.

No interior do país o problema é muito mais grave. O aumento cego da gasolina deitou por terra sonhos e esperanças que nasceram quando o mundo rural foi inundado de motorizadas e triciclos kawezeki. Quando via governadores provinciais ou membros do Executivo distribuir motorizadas e triciclos nas nossas aldeias ficava mais feliz do que os contemplados.

António Costa afirma que chegou a Luanda com boas memórias e sai com melhores

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou que chegou a Luanda com boas memórias e que sai agora da sua segunda visita oficial a Angola com melhores memórias, sustentando que todos os objetivos foram cumpridos.

"O Presidente de Angola, João Lourenço, disse que desejava que partisse com boas memórias. Disse-lhe que com boas memórias já cheguei [a Luanda] e que queria sair com melhores memórias. E vou sair com melhores memórias", declarou António Costa.

Num balanço sobre a sua visita a Angola, o líder do executivo nacional destacou a assinatura do novo Programa Estratégico de Cooperação (2023/2027), o aumento da linha de crédito empresarial luso-angolana de 1,5 para dois mil milhões de euros, a participação portuguesa no Museu da Luta de Libertação -- um projeto emblemático para Angola - e, no plano educativo, o "compromisso claro de integração da escola do Lubango na Escola Portuguesa de Luanda".

"São marcas fortes de um nível de relacionamento que hoje temos com Angola dos pontos de vista político, económico e da circulação entre povos", defendeu.

Perante os jornalistas, António Costa advogou também que Angola oferece atualmente um melhor ambiente para negócios, assinalando a este nível a existência de um novo quadro jurídico.

"Em 2018, um dos temas centrais era o de iniciarmos o processo de certificação das dívidas. Hoje, 80% das dívidas certificadas já estão pagas, o que representou um esforço grande por parte do Estado angolano num contexto difícil de dramática crise global em consequência da covid-19. E o processo de certificação prossegue. Ainda na terça-feira, o Presidente João Lourenço transmitiu que continuará a dar força a este processo de certificação", referiu.

Para António Costa, há "um compromisso efetivo do Estado angolano com as empresas portuguesas".

"O Presidente João Lourenço fez um apelo claro no sentido de que as empresas portuguesas participem nos processos de privatização que o Estado angolano vai lançar", apontou.

Notícias ao Minuto | Lusa

Guiné-Bissau – Eleições | CNE adia divulgação dos resultados das eleições

A Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau adiou para quinta-feira a divulgação dos primeiros resultados das eleições legislativas. E apela à "maior serenidade e contenção possível".

Em comunicado, datado de 6 junho, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau anuncia que a publicação de resultados nacionais só terá lugar na quinta-feira (08.06).

A CNE diz-se "ciente e consciente da ansiedade do povo guineense" em conhecer os resultados das eleições legislativas de domingo. No entanto, ainda estão em curso "démarches finais do tratamento e compilação das atas dos apuramentos regionais", lê-se ainda no documento.

Uma fonte do órgão eleitoral explicou à DW que, neste momento, decorre não só o apuramento dos dados regionais, como também a resolução de "litígios eleitorais".

A Comissão Nacional de Eleições tinha agendado para esta quarta-feira o anúncio dos resultados provisórios das sétimas eleições legislativas. A generalidade dos observadores internacionais destacados para acompanhar a votação considera que o pleito decorreu com "civismo" e sem incidentes graves que possam manchar a credibilidade da eleição.

Quase 900 mil eleitores guineenses foram chamados às urnas para escolher os próximos 102 deputados da Assembleia Nacional Popular, dissolvida em maio de 2022 pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló. 20 partidos políticos e duas coligações participaram na corrida eleitoral.

A coligação PAI - Terra Ranka, liderada por Domingos Simões Pereira, também presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), disse na segunda-feira ter vencido o escrutínio com maioria absoluta.

Braima Darame | Deutsche Welle

OS PERIGOS DA BARRAGEM DESTRUÍDA NO SUL DA UCRÂNIA

Além de morte e devastação, danos à hidrelétrica de Karkhova podem provocar falta de água potável, explosão descontrolada de minas, catástrofe ecológica e até acidente em usina nuclear próxima.

Lilia Rzheutska | Deutsche Welle | # Publicado em português do Brasil

"Dezesseis comportas, o prédio da usina hidrelétrica e o dique entre o prédio e a eclusa estão destruídos. A usina não vai poder ser restaurada", avalia Ihor Syrota, diretor da firma ucraniana Ukrhydroenergo, a que pertencem as instalações em Kakhovka.

Segundo Kiev, a destruição coloca quase 80 localidades sob risco de inundação, com um total de 42 mil potenciais vítimas.

Situada no sul da Ucrânia, a usina de Kakhovka foi ocupada pelos invadores russos logo em 24 de fevereiro de 2022. Em outubro, de acordo com dados do serviço secreto ucraniano, ela foi inteiramente minada pelas forças armadas inimigas.

"Estamos ocupados com a retirada dos habitantes das áreas inundadas. No momento, está sendo evacuado o bairro Ostriv, na cidade de Kherson", comunicou o primeiro-ministro Denys Schmyhal na plataforma de mensagens Telegram. Segundo ele, trens especiais estão levando os atingidos para Mykolaiv.

A defesa civil registra que, até a tarde desta terça-feira (06/06), 1.300 habitantes haviam sido retirados por equipes de resgate, policiais e voluntários. Na margem direita do rio Dnipro, na região de Kherson, sob controle de tropas ucranianas, a situação não é crítica, pois a área é mais elevada que a margem oposta.

Crónicas de crack de Biden dão início à ofensiva de verão do orgulho trans da Otan

O conteúdo do laptop de Hunter Biden, que já está disponível para download na Internet, mostra claramente que a OTAN é um império depravado de luxúria e mentiras liderado por pervertidos.

Declan Hayes* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

O conteúdo do portátil de Hunter Biden, que já está disponível para download na Internet, mostra claramente que a OTAN é um império depravado de luxúria e mentiras liderado por pervertidos, como não se via desde que o imperador romano Tibério copulou com recém-nascidos, há cerca de 2000 anos.

Hunter Biden, o cara mais inteligente que seu pai, Joe Biden, conhece, pode ser visto aqui fumando crack e fazendo orgias com meninas menores de idade. Quando você ouvir falar de Jeffrey Epstein ou ver fotos de Joe Biden, o imperador americano Tibério, apalpando crianças, lembre-se de que Hunter, seu filho amado, foi flagrado pela Candid Camera estuprandoenxames de meninas menores de idade.

E que o complexo CIA/FBI encobriu esses crimes, baniu o então POTUS Trump das redes sociais e tentou perversamente implicar o presidente da Rússia Putin na sórdida confusão. Esses criminosos sempre tentam se fazer de vítima; O britânico Philip Schofield está atualmente jogando aquela velha carta desgastada na BBC, a rede russofóbica do MI5 que foi, por anos, o cercadinho do notório estuprador de crianças (e cadáveres) Jimmy Savile.

O viciado em crack Hunter Biden não é o cara mais inteligente da sala. Ele era simplesmente um canal para canalizar dezenas de milhões de dólares para Joe Biden, que é apenas mais um funil para esconder os lucros que esse sindicato do crime obteve com seu esquema de tráfico humano e biolaboratórios ucranianos. O FBI, por muito tempo liderado pelo notório fantoche da máfia J Edgar Hoover, fechou os olhos para ele pelas mesmas razões corruptas que Hoover negou a existência da La Cosa Nostra durante a maior parte dos 50 anos.

Quanto a Joe Biden, o Grande Cara como os seus companheiros criminosos o chamam, embora nem sempre tenha sido um velho criminoso de guerra senil, sempre foi um inarticulado. Quando se candidatou à Presidência em 1988, este três vezes perdedor foi apanhado a plagiar discursos, a mentir sobre o seu próprio currículo e foi, em geral, alvo de piadas e de piadas constantes na rádio matinal americana, do mar ao mar brilhante.

Então, por que, você pergunta, esse velho tolo atrapalhado e tropeçando recebeu as chaves da Casa Branca e do arsenal nuclear dos Estados Unidos? A resposta está no imperador Tibério, nos crimes de guerra dos Estados Unidos e na cobertura de saturação que a Otan dá ao seu mês de loucura LGBTQWERT.

SUÉCIA APROVA EXTRADIÇÃO DE APOIANTE DO PKK PARA A TURQUIA

A medida ocorre no momento em que a Suécia continua buscando o apoio de Ancara para ingressar na Otan

The Cradle | # Traduzido em português do Brasil

A Suprema Corte da Suécia aprovou a extradição para a Turquia de um apoiante do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) por supostos crimes relacionados a drogas, informou o Middle East Eye em 7 de junho.

Mehmet Kokulu foi condenado em 2014 na Turquia por posse de maconha e foi condenado a quatro anos e sete meses de prisão.

Após sua libertação em liberdade condicional, ele viajou legalmente para a Suécia em 2018.

No entanto, a Turquia exigiu sua extradição, alegando que Kokulu deve cumprir mais dois anos e sete meses de prisão para completar sua sentença.

Mas Kokulu disse em tribunal que a sua extradição estava a ser pedida devido ao seu apoio aos grupos pró-curdos em na Turquia, incluindo o PKK, a milícia Unidades de Proteção Popular (YPG) na Síria e o Partido da Democracia Popular (HDP) pró-curdo  na Turquia.

Ancara vê o PKK, que lutou numa insurgência de décadas contra a Turquia pelos direitos e autonomia curdos, como uma organização terrorista. Ancara considera as YPG e o HDP como ramificações do PKK.

A Turquia exigiu que a Suécia extraditasse vários cidadãos turcos, alegadamente pelo seu apoio político a grupos pró-curdos.

A Turquia exigiu as extradições como condição para aprovar a candidatura da Suécia à Otan, sobre a qual pode exercer poder de veto.

Na semana passada, o chefe da Otan, Jens Stoltenberg, pediu à Turquia que não vetasse a tentativa da Suécia de se juntar à aliança militar na reunião do próximo mês na Lituânia.

A Suécia, por muito tempo um país neutro e um refúgio para dissidentes políticos, pediu para se juntar à Otan após a intervenção militar da Rússia em 2022 na então guerra civil de 8 anos na Ucrânia, que começou em 2014.

Durante uma cúpula da Otan em junho passado, Suécia e Finlândia assinaram um acordo trilateral com a Turquia. Nele, concordou em aprovar as candidaturas da Suécia e da Finlândia para a adesão à Otan em troca de apoio contra o PKK, exportação de armas e extradição e aprovou o pedido da Finlândia à Otan, permitindo que o país nórdico se juntasse à aliança em abril.

Em janeiro, o governo sueco decidiu não extraditar quatro pessoas procuradas na Turquia, que alegou que os homens eram membros do movimento Gulen e envolvidos em uma tentativa de golpe de Estado em 2016 contra o governo do presidente turco Recep Tayyip Erdogan. No entanto, os pedidos de extradição foram iniciados antes da assinatura do acordo de junho.

O governo sueco também recusou a extradição de Mehmet Karayel, de 51 anos, que Ancara acusa de ser membro de uma "organização terrorista armada", alegando que Karayel recebeu cidadania sueca.

Em abril, o Ministério da Justiça da Suécia disse que concordou com a extradição de Omer Altun, de 29 anos, condenado no ano passado por um tribunal turco a 15 anos de prisão pelo equivalente a acusações de fraude, com a condição de que Altun recebesse um novo julgamento em seu retorno à Turquia.

Imagem: O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, fala durante uma conferência de imprensa após o seu encontro com o Presidente turco, Tayyip Erdogan, em Istambul, na Turquia, em junho de 2023. (Crédito da foto: Dilara Senkaya/Reuters)

A PAZ JUSTA NA UCRÂNIA

– A obtenção de uma paz justa para o conflito na Ucrânia surgiu recentemente no léxico de alguns spin doctors.

Major-General Carlos Branco [*]

A palavra “paz” transporta uma noção de compreensão, harmonia. Ornamenta a dialética. O súbito “abandono” seletivo do discurso belicista precisa, no entanto, de ser dissecado. Estes seres não passaram de falcões a pombas do dia para a noite. Não vêm propor uma solução de soma positiva. Para eles, paz justa é a paz nos termos de Kiev, i.e., a vitória de Kiev em toda a linha, em particular, a adesão da Ucrânia à NATO, e a retirada completa e total das tropas russas de todo o território ucraniano.

Por ser subjetivo, o conceito de “paz justa” é de pouca utilidade. Não nos ajuda a compreender os acontecimentos. A sua apreciação depende do lado da barricada onde se está entrincheirado, é preconceituoso.

Uma paz justa para Kiev não será seguramente uma paz justa para Moscovo; do mesmo modo que uma paz justa para Israel não o será para Damasco, quando falamos da ocupação dos Montes Golã por Israel; ou uma paz justa para Ancara não o será para Atenas, quando se trata da invasão de Chipre pela Turquia. E por aí adiante.

Colar a ideia de “paz justa” ao respeito pelo Direito Internacional, esquecendo problemas existenciais e geopolíticos prevalecentes, ou a julgamentos de ordem moral, é um exercício de imaturidade política. O mesmo sucede quando se politiza a justiça penal internacional. Dificulta em vez de facilitar o caminho para a paz.

Para produzir efeitos benignos, a justiça de transição deve ser feita após a obtenção da paz, e não antes. Tem um momento próprio para funcionar e facilitar a reconciliação. Caso contrário, corre o risco de não passar de uma mera revanche. Não será, por isso, de estranhar que os falcões travestidos de pombas aplaudam as decisões do TPI, quando estas visam convenientemente os outros, o que parece ser a sua missão. A estas inutilidades, juntam-se as incursões teóricas no domínio da paz justa, feitas por alguns académicos.

A não existir uma vitória militar decisiva de uma das partes, a solução de paz a encontrar deverá contemplar os interesses dos litigantes, incluindo compromissos e cedências. Só uma visão alienígena da realidade é que pode acreditar ser a Ucrânia capaz de infligir uma derrota militar decisiva à Rússia e conseguir a plenitude dos seus objetivos estratégicos, em particular, recuperar a península da Crimeia e ser admitida na NATO.

A paz não depende, portanto, da ação unilateral de um contendor, mas de movimentos coordenados de todos os envolvidos.

É aqui que entra a ação da mediação internacional, ajudar as partes a focarem-se numa abordagem de soma positiva: incentivar a comunicação, promover a discussão dos interesses das partes, destacar os interesses comuns, reduzir as tensões, ajudar as partes a salvar a face, sugerir concessões, alterar as expectativas dos litigantes, assumir responsabilidade pelas cedências, consciencializar os oponentes sobre o custo do não acordo, recompensá-los pelas as suas concessões, pressioná-los para mostrarem flexibilidade.

Goste-se ou não, não é à luz do Direito Internacional, da moral ou dos sentimentos de justiça ou injustiça que o resultado do conflito vai ser determinado. A paz que se vier a obter resultará principalmente, ou inteiramente, das relações de poder que prevalecerem entre os estados envolvidos, com os EUA à cabeça. Como noutros locais do planeta, a paz a que se chegar será a possível, e não a fantasiada paz justa.

26/Maio/2023

[*] Major-General (R)

O original encontra-se em Jornal Económico e em estatuadesal.com/2023/06/01/a-paz-justa-na-ucrania/

Este artigo encontra-se em resistir.info

Ucrânia | SITUAÇÃO NA LINHA DE FRENTE NA MANHÃ DE 7 DE JUNHO DE 2023

PERDAS OFENSIVAS DE KIEV AUMENTAM

Desde a manhã de 7 de junho, a ofensiva do regime de Kiev contra as posições russas perdeu força na maioria das direções iniciais.

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Apesar disso, as forças do regime continuam as tentativas de avançar nos setores de South Donets e Zaporozhye. O Ministério da Defesa russo diz que todos os ataques das forças de Kiev foram repelidos e as formações equipadas pela Otan sofreram grandes perdas de mão de obra e equipamentos.

Em particular, o Ministério da Defesa informou que as forças russas repeliram ataques do regime de Kiev na direção sul de Donetsk. Os confrontos continuam na região de Zaporozhye, com os principais pontos quentes perto de Nesteryanka, Kamenskoye e Novoandreevka.

Relatório do Chefe do Centro de Imprensa do Grupo de Forças Vostok

Na direção sul de Donetsk, as unidades avançadas do Grupo de Forças Vostok, apoiadas por artilharia e aviação, infligem-se fogo contra o inimigo que está tentando realizar ações ativas. A ofensiva inimiga é contida.

Artilheiros antiaéreos de unidades motorizadas de rifles derrubam um helicóptero AFU Mi-24.

Os sistemas de mísseis terra-ar Osa e Tor derrubam seis drones Furia e um drone Valkyrie.

Na direção de Zaporozhye, a artilharia de obuses atingiu fortalezas perto de Nesteryanka, Kamenskoye e Novoandreevka, destruiu a mão de obra inimiga em um ponto de destacamento temporário perto de Malye Shcherbaki, e o pessoal da AFU em posições militantes perto de Chervonaya Krinitsa.

Durante a guerra de contra-bateria, um obuseiro M777 fabricado nos EUA foi descoberto e destruído pela artilharia perto de Novoandreevka.

Artilheiros antiaéreos derrubam uma aeronave AFU Su-25 perto de Energodar.

Os sistemas de mísseis terra-ar Tor e Strela-10 derrubam dois drones Furia e Leleka.

Os militares do Grupo demonstram coragem e heroísmo na realização de missões de combate. O sargento Aleksandr Kolosov, comandante do pelotão de operações da bateria de artilharia autopropulsada da brigada motorizada de fuzis do Grupo, serviu como comandante da tripulação de artilharia. Durante a batalha, enquanto estava sob fogo inimigo constante, a tripulação de armas sob o comando do sargento Kolosov destruiu com competência duas fortalezas inimigas, um morteiro de fabricação polonesa e 15 militantes.

No setor sul de Donetsk, a vila de Novodonetsk continua sendo um dos principais pontos quentes. Na noite de 6 de junho, as forças do regime de Kiev lançaram outra tentativa ofensiva no local. Até agora, eles não alcançaram nenhum resultado notável.

Franceses novamente nas ruas contra a reforma das pensões

França viveu, esta terça-feira, a 14.ª jornada de mobilização contra a reforma das pensões, na antevéspera de um eventual debate sobre um projecto de lei para revogar o aumento legal da idade da reforma.

A 14.ª jornada nacional de mobilizações no espaço de cinco meses contra a reforma aprovada por Macron levou milhares de pessoas para as ruas de França – 900 mil, de acordo com os sindicatos, 300 mil das quais em Paris.

Além da capital, também foram palco de mobilizações cidades como Lyon, Rennes, Toulouse, Nantes, Bordéus, Caen ou Marselha, no contexto de uma jornada em que estavam previstas cerca de 250 acções.

A rejeição da norma que aumenta a idade legal da reforma dos 62 para os 64 anos tornou-se mais intensa depois de o presidente da República, Emmanuel Macron, ter decidido recorrer, em Março último, ao artigo 49.3 da Constituição, que permite fazer avançar projectos sem aprovação parlamentar.

Desde então, Macron tem insistido na necessidade da medida com o argumento conhecido de evitar o colapso do sistema de pensões, estimando que a reforma aprovada por decreto traga 18 mil milhões de euros ao país nos próximos anos.

No entanto, sindicatos e demais opositores à medida apontam que a reforma prejudica os trabalhadores mais pobres e insistem na necessidade de aumentar os impostos às empresas e aos mais ricos.

Portugal | RAPSÓDIA


Henrique Monteiro | Henricartoon

Portugal | O QUE IMPRESSIONA NO CASO TAP?

Pedro Tadeu* | Diário de Notícias | opinião

Nas audições de ontem no Parlamento sobre a TAP retive algumas coisas que me impressionaram bastante mais do que a de saber quem mandou quem avisar o SIRP/SIS de que Frederico Pinheiro, na noite de 26 de abril, levara consigo o computador com que trabalhara no Ministério das Infraestruturas.

1 - Impressionou-me a decisão de entregar 55 milhões de euros a David Neeleman para ele aceitar deixar de ser o maior acionista privado da companhia aérea. Quer Pedro Nuno Santos, quer João Leão, os ministros que trataram do caso na altura, alegam que era isso ou ir para litígio em tribunal, o que poderia inviabilizar a autorização da Comissão Europeia para o Estado português meter dinheiro para salvar a TAP.

Pagou-se, portanto, 55 milhões para Neeleman não chatear mais. Lembro que a venda da TAP, que trouxe Neeleman para a empresa, pelo governo Passo Coelho, foi apreçada em, apenas, 10 milhões de euros. Fantástico!

2 - Impressionou-me ninguém responsável ter percebido, entre 2015 e 2022 (apesar dos rumores sobre o caso que o ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, disse ter escutado), que Neeleman fez um negócio de troca de compra de aviões, a que se convencionou chamar "fundos Airbus", que na prática pagou a compra da TAP sem que Neeleman gastasse dinheiro do seu bolso. Como é possível ninguém saber?

Portugal | UMA LIÇÃO PRÁTICA DE SEMIOTICA

Eunice Lourenço, editora de política | Expresso (curto)

Bom dia

Começo por lhe fazer um convite para hoje: Às 14h00, Junte-se à Conversa comigo e com a Vera Arreigoso e moderação do David Dinis. Desta vez sobre se “O Governo dá conta do SNS?”. Inscreva-se aqui.

A semiótica era uma daquelas disciplinas que, na faculdade, parecia que não me iam servir para grande coisa, mas provavelmente aquela de que mais lembro no dia-a-dia. E ontem foi um dia de semiótica, de uma, ou mesmo duas, grandes lições práticas dessa disciplina que estuda os uso do que é dito, mas também do não dito na comunicação e os seus significados.

A primeira do dia foi a audição de Pedro Nuno Santos, na comissão parlamentar de Economia. Depois de seis meses de silencio público, o ex-ministro das Infraestruturas chegou ao Parlamento notoriamente desejoso de falar. Nas palavras conteve-se, gerindo com pinças as referências ao primeiro-ministro para não alimentar guerras com o primeiro-ministro, mas ainda assim deixou clara a sua posição sobre assuntos em que continuam sem concordar: a (não) divulgação do plano de reestruturação da TAP e a escolha da localização do novo aeroporto. Foi uma espécie de aterragem suave, como lhe chama o Paulo Baldaia, em vez da descida mais brusca que seria um regresso direto para a comissão parlamentar de inquérito (CPI).

A grande lição prática de semiótica foi de António Mendonça Mendes, ouvido à tarde na comissão de Assuntos Constitucionais, devido à intervenção do SIS no Caso Galamba para a recuperação do computador levado por Frederico Pinheiro do Ministério das Infraestruturas. Nunca respondeu diretamente à pergunta “sugeriu ou não ao ministro que comunicasse ao serviço de informações?” e deu uma lição prática de semiótica em que o não dito vale tanto ou mais do que o dito. Ao nunca confirmar explicitamente a versão do colega de governo, desmente-a, não desmentindo. “Não confirmo, nem desminto” será das frases mais odiadas pelos jornalistas e poderia ser um bom resumo desta audição. Mas quantas vezes tentamos perceber mais alguma coisa pelo tom com que é dito, pelo riso ou não na voz, pelo olhar ou pelo fim abrupto ou não da conversa.

Mendonça Mendes manifestou algum apoio a Galamba, dizendo em que caso de dúvida também reportaria ao SIS; mas também deixou críticas mais ou menos veladas, a começar logo na sua intervenção inicial em que condenou a "banalização da revelação de contactos entre membros do Governo". Ora, ninguém cometeu maior banalização do que João Galamba, o ministro que na noite de dia 26 de abril e nos dias seguintes foi um helicóptero a espalhar problemas

Galamba no momento mais atrapalhado da sua audição – em que até pediu um intervalo para ir fumar – tinha implicado Mendonça Mendes: a uma pergunta do liberal Bernardo Blanco, respondeu que tinha sido o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro e sugerir-lhe o contacto com o SIS. Mas, também acrescentou, que não foi devido a essa sugestão que o contacto foi feito, pois a sua chefe de gabinete já tinha tomado a iniciativa. Foi nessa iniciativa que Mendonça Mendes baseou parte das suas repostas. “Não, o reporte aos serviços de informação da República, ao Sistema de Informações da República não decorreu nem de nenhuma sugestão, nem de nenhuma orientação, nem de nenhuma indicação da minha parte, nem da parte de nenhum membro do Governo. E era assim que tinha de ser”, disse. Ou seja, não respondeu se deu ou não sugestão, garantiu que não foi por sugestão sua que o SIS agiu. E, frisou, “um reporte não significa pedir para agir”. Ou seja, a haver algum problema é de quem agiu (o SIS) e não de quem comunicou o facto que levou à ação.

A audição do Adjunto não acabou com o caso, a oposição insiste com o regresso de Galamba ao Parlamento e com a sua demissão. O caso, contudo, está claramente em perda no debate político, mas o ministro também está cada vez mais fragilizado. Até quando se vai arrastar e continuar a pesar num Governo? Pelo menos até às conclusões da comissão de inquérito, das quais António Costa prometeu tirar consequências.

O dia – uma maratona de quase 13 horas – ainda teve mais uma audição: a de João Leão, ex-ministro das Finanças, que foi à comissão de inquérito dar apoio a Medina, Galamba e até a Pedro Nuno Santos. António, João e Pedro, os socialistas com nomes de santos populares que dominaram o dia no Parlamento não conseguiram, contudo, fazer milagres: ficaram dúvidas e pedidos de demissão.

Para quem quer seguir os próximos capítulos da CPI, aqui fica o calendário:

Hoje, às 14h – António Pires de Lima, ex-ministro da Economia

Dia14, às 17h – Hugo Mendes, ex-secretário de Estado das Infraestruturas

Dia 15, às 14h – Pedro Nuno Santos, ex-ministro das Infraestruturas

Dia 16, às 10h – Fernando Medina, ministro das Finanças

Mais lidas da semana