segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau denuncia "movimentações militares anormais"



RTP

Um dirigente do Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau, Luís Vaz Martins, denunciou hoje a ocorrência de "movimentações militares anormais" nalguns quartéis do país o que disse tratar-se de "mais uma insubordinação dos militares" ao poder civil.

"Fala-se de uma eventual tentativa de assalto ao paiol militar em Bissau por indivíduos que teriam algo a reivindicar. Isso é muito grave porque numa sociedade que se queira democrática qualquer diferendo é resolvido por canais apropriados", afirmou Luís Vaz Martins, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, uma das organizações agrupadas no Movimento da Sociedade Civil.

"Ainda não temos informações precisas, mas tivemos conhecimentos, através dos nossos canais de informação precoce, sobre a ocorrência de movimentações militares anormais nos quartéis, o que pode evidenciar mais uma insubordinação militar", disse ainda Vaz Martins.

"Temos informações de que algumas pessoas teriam sido detidas. Estou-me a referir à militares. Não temos nomes, por enquanto, mas estamos preocupados com a integridade física dessas pessoas", acrescentou o dirigente.

"Estamos em contactos com as instituições da República", acrescentou Vaz Martins, sublinhando não ter "mais informações de momento".

Por seu lado, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general António Indjai, disse, através de um porta-voz, que por enquanto não quer adiantar nada ao país, mas promete "logo que possível" explicar o que se estará a passar na Guiné-Bissau.

António Indjai estará num quartel em Bissau.

O chefe do Estado-Maior da Armada, Bubo Na Tchuto, convocou os jornalistas para lhes dizer não tem nada a ver com as movimentações militares no país.

"O meu nome sempre é associado a confusão. Mas, posso dizer ao país que não tenho nada a ver com o que se estará a passar. Foi o próprio chefe do Estado-Maior (António Indjai) que me ligou, esta manhã, a perguntar se seriam os meus homens que tentaram atacar o paiol, ao que lhe respondi que não são os meus homens e não tenho nada a ver com tudo isso", disse Bubo Na Tchuto.

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