segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

PROIBIDO GOSTAR DE POLÍTICOS





Gostar de políticos em geral é uma actividade para parvos. Ter gostado muito de Obama parece ter sido um pecado universal que, mesmo entre vómitos e o nojo das descrições de brutalidades praticadas pelos soldados dos States no Iraque e pelo mundo fora, parece difícil renegar. Gostar de políticos é uma actividade que deveria ser banida e ensinada como prejudicial nas escolinhas das terrinhas. Alias, gostar de políticos deveria ser algo declarado ostensivamente de “mau gosto”. As velhinhas dos comícios e os seus bonés panfletários deveriam ser inconstitucionais e neste tempo de crise os jantares/ encontro com militantes deveriam ser regulamentados por decreto. Um por ano no máximo. Haveria menos palhaçada e menos gaffes para alimentar a imprensa.

Desconfio mesmo que a culpa da crise e da desgovernação do mundo são desses tipos inteligentes que aparecem diariamente na imprensa a dar graxa aos políticos e dizer “gosto, gosto, gosto” e mesmo quando não dizem “gosto” deixam sempre um vou “gostar se…” Quando é que esses tipos vão perceber que a vida real nada tem a ver com o facebook e vice versa. Regra universal: não se “Gosta” de políticos. Quando é que vão perceber que a razão pelo qual, José Maria Neves em Cabo Verde e Cavaco Silva, não dão cavaco nenhum à nação é a colecção de “gostos” que recebem nos seus posts no facebook durante o dia. Cambada de lambe botas. Políticos não são para “Gostar”, são para governar. Estou cada vez mais certo de que o melhor que poderia acontecer às nações modernas seria que o primeiro-ministro fosse nomeado por concurso público e os ministros através de provas de admissão em testes internacionais abertos também a cidadão estrangeiros interessados. Seria a verdadeira globalização: EUA já tem Obama que feitas as contas é africano, faríamos lobbies para ter um chinês na Alemanha, um filipino na Itália, um sudanês na Suécia, um cabo-verdiano na Espanha, um português na Jugoslávia, um Russo em Moçambique, um francês em Timor, um guineense na Austrália e assim por diante. Há alguma lógica nessa distribuição geográfica por nacionalidades, perguntam-me. Não, não há. O mundo deixou de ter lógica desde que um ex membro da juventude Hitleriana foi eleito Papa, quer dizer e peço desculpas, segundo a versão oficial ele foi parte sim e contra a sua vontade apenas das unidades anti-aéreas «encarregadas da protecção às cidades» algo que nos deixa muito mais descansados… mas dizia que o mundo deixou de ter lógica desde que uma tal União Europeia permite que dois países, um deles liderado por um menino egocêntrico e outro por uma menina histérica e mimada, dite os seu futuro e o resto fique de biquinho calado…isso sem falar das mudanças radicais que o botox e o silicone veio introduzir na rota natural do planeta terra…perdi-me…

Ok, dizia que gostar de políticos deveria ser algo declarado abertamente de “mau gosto”, proibido e inconstitucional. É preciso meter juízo nessa geração de putos mimados fãs de Justin Barbier, vampiros e lobisomens. Mostrar as vantagens de escolher um bom curso e uma boa universidade para estudar. Dar Sócrates como exemplo: tivesse ele mais cuidado em escolher a Universidade para se formar e tivesse escolhido desde a primeira hora Filosofia…Portugal não estaria na situação em que está… e por cá José Maria Neves não teria caído no conto do vigário do seu camarada de Lisboa.

E para que fique claro, embora não acredite nas profecias maias, às portas de 2012 tenho a certeza de uma coisa: este mundo já não tem concerto.

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