quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Portugal: Subsídio por morte em 2013 será insuficiente para realizar funeral "habitual"

 

 
Presidente da Associação Nacional de Empresas Lutuosas apontou as consequências da redução do subsídio em metade, para 1200 euros
 
O presidente da Associação Nacional de Empresas Lutuosas (ANEL), Carlos Almeida, afirmou que o subsídio por morte, com a redução anunciada no Orçamento do Estado para 2013, vai ser insuficiente para realizar um funeral "habitual".
 
"Os 1.200 euros de que se fala não chegarão para a maioria das pessoas que quer fazer um funeral dito mais habitual", disse à Lusa Carlos Almeida, quando hoje se inicia, em Lisboa, o salão internacional do setor funerário e arte sacra, de nome Ambifuner.
 
De acordo com a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, o Governo quer cortar para metade o subsídio por morte, que é atribuído aos familiares a cargo dos aposentados por morte destes, limitando o valor a 1.257,66 euros.
 
Carlos Almeida esclareceu ser impossível traçar uma média de preços de um funeral devido à disparidade de taxas cobradas, por exemplo, nos alugueres dos espaços das igrejas e pelas câmaras municipais.
 
Ainda assim, exemplificou: "Um funeral de alguém que tenha morrido na Amadora e que venha ser cremado a Lisboa, a taxa de cremação vai quase aos 400 euros, contra uma taxa de 120 euros que essa mesma câmara cobra a um residente. Se somarmos a esses 400 euros, 300 e algo da utilização da capela os custos são logo de cerca de 700 euros".
 
O presidente da ANEL salientou que todas as funerárias têm nas suas tabelas de preços um funeral denominado social, atualizado todos os anos, que neste momento se encontra perto dos 400 euros.
 
Carlos Almeida sublinhou que o Ambifuner, que decorre até sábado no Centro de Congressos de Lisboa, em parceria com a Associação Industrial Portuguesa e com a editora LuaAzul, conta com uma quase totalidade de expositores nacionais, vários com capacidade exportadora.
 
"O objetivo é divulgar este setor, apesar de um ano de crise mostrar a dinâmica das empresas e tentar encontrar novos clientes, mostrar novas alternativas", disse à Lusa, por seu lado, o gestor do salão, Paulo Rodrigues.
 

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