Luís Rosa – Jornal i
Alguns dos
militares que organizaram o golpe de Estado do 25 de Abril, como Vasco
Lourenço, têm avisado sobre possíveis intervenções militares. Questionados
sobre se tal intervenção deve existir, uma forte maioria rejeitou tal hipótese.
63% dos inquiridos foram claros em responder negativamente, destacando-se os
eleitores das classes com maior poder económico que votaram PSD nas últimas
eleições legislativas.
Os inquiridos que
votaram “não” destacam--se igualmente por terem 55 ou mais anos. Isto é, os
inquiridos mais activos na rejeição de uma intervenção militar são aqueles que
têm uma memória mais viva dos tempos quentes da Revolução que se seguiu ao
golpe de Estado de 25 de Abril, quando os militares dominavam o espaço
político.
Os cidadãos ouvidos
pela Pitagórica analisaram ainda a possibilidade do meios atribuídos às Forças
Armadas serem reduzidos, verificando-se uma divisão clara entre os inquiridos.
Enquanto que 41,3% responderam que o governo deve reduzir os meios postos à
disposição dos militares, 40,7% entendem que os meios existentes, neste
momento, são os suficientes para a defesa do território nacional. Assinale-se
ainda os significativos 18% que não sabem ou não responderam.
FICHA TÉCNICA
Estudo de opinião
realizada pela Pitagórica – Investigação e Estudos de Mercado SA, para o Jornal
i , entre 9 e 16 de novembro de 2012. Foram realizadas entrevistas telefónicas-
CATI por entrevistadores seleccionados e supervisionados, com o objectivo de
conhecer a opinião sobre questões políticas e socais da actualidade nacional.O
universo é constituído por indivíduos de ambos os sexos, com 18 ou mais anos de
idade e recenseados em Portugal com telefone fixo ou móvel. Foram validadas 505
entrevistas correspondendo a 79,5% das tentativas realizadas. Foi utilizada uma
amostragem estratificada por quotas de sexo, idade e distrito: (homens- 233;
mulheres – 272; 18-34 anos: 149; 35-54 anos : 187 e 55 ou mais anos:169; Norte:
123; Centro 56; Lisboa: 147; Alentejo: 92; Algarve: 62 e Ilhas: 25). A geração
dos números móveis a contactar foi aleatória e a dos números fixos seleccionada
aleatoriamente por distrito nas listas telefónicas. Em ambos os casos o
entrevistado foi seleccionado de acordo com as quotas estipuladasNo caso da
intenção de voto os indecisos foram distribuídos de forma proporcionalO erro
máximo da amostra é de 4,50%, para um grau de probabilidade de 95,5%. Um
exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a
Comunicação Social.
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