"O que está a
acontecer neste momento no nosso país é um teste à nossa própria convicção
sobre se realmente queremos ou não a paz"- palavras do Presidente da
República, Armando Guebuza, falando na manhã de ontem à população da localidade
de Metuchira, distrito de Nhamatanda, na província de Sofala, onde se encontra
em mais uma presidência aberta e inclusiva.
O Chefe do Estado
começou por dizer, nesta interacção com a população de Metuchira, que o país
estava a viver momentos de ameaça à paz pelo que era importante que todos os
moçambicanos se empenhassem na defesa desta conquista.
"A paz não é
de ninguém, a paz é de todos os moçambicanos, é de todos os 23 milhões de
moçambicanos e cada um deles tem o pleno direito de usufruir desse direito sem
se sujeitar a ninguém em particular"-repetiu o Presidente muito aclamado
pela numerosa população que seguia o seu discurso.
O assunto da paz,
como já vem sendo recorrente nesta presidência aberta, voltou a ser retomado
pela própria população representada pelas pessoas que pediram para falar na
ocasião com vários pedidos para que o Chefe do Estado consiga convencer o
dirigente da Renamo a sentar-se e a ouvir a voz da razão.
"A guerra come
o sangue das pessoas e não se experimenta"-disse um interveniente também
muito ovacionado pelos presentes.
Um outro tema que
dominou as intervenções populares foi o desenvolvimento, quando se falou
repetidas vezes da falta de emprego, de escolas, de hospitais e de justiça mas
tudo isso acabou igualmente sendo aliado à necessidade de manutenção da paz
porque, efectivamente, sem ela, muitos projectos de criação de riqueza,
conforme disse Guebuza, não podem avançar.
"Não há
desenvolvimento sem paz"- realçou o Presidente.
O estadista, já na
fase das respostas aos clamores populares, disse para que todos trabalhem no
sentido de manutenção paz embora tenha assumido que o Governo não se eximia da
sua posição de vanguarda neste processo.
Ainda sobre a
questão do desenvolvimento o Chefe do estado disse que o país tinha alcançado
muitos progressos, mas reconheceu que há ainda muito por fazer em diferentes
domínios da vida nacional.
Depois deste
comício o presidente orientou uma sessão extraordinária da secretaria da
localidade de Metuchira e outra sessão do comité do círculo da mesma região.
Hoje, entretanto, o
Presidente da República escala o distrito de Chemba, última etapa desta sua
presidência aberta, onde está agendada uma sessão extraordinária do Governo
provincial de Sofala alargada aos administradores distritais, presidentes dos
conselhos municipais e das assembleias municipais, da assembleia provincial e
outros quadros.
Amanhã, já em Caia,
será então a vez de o Chefe do Estado render homenagem ao herói nacional
Joaquim Marra, antes de regressar à cidade da Beira para uma série de
inaugurações de algumas infra-estruturas sociais e económicas.
Eliseu Bento – Jornal Notícias (mz)
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