terça-feira, 29 de outubro de 2013

Portugal-Angola: MNE diz que "pequenas coisas" se resolvem com "tempo e vontade"

 


O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, garantiu hoje que as relações entre Portugal e Angola são normais e defendeu que há "pequenas coisas" que se resolverão "com o tempo e a vontade dos homens".
 
"As relações nunca deixaram de ser, habitualmente, no quotidiano, normais. Há umas pequenas coisas que o tempo ajudará a resolver e a vontade dos homens", afirmou o ministro Rui Machete, quando questionado pelos jornalistas sobre a tensão diplomática desencadeada há duas semanas com o anúncio pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, da suspensão da construção da parceria estratégica com Portugal.
 
Questionado sobre se o Governo português já conseguiu falar com o executivo angolano, o ministro dos Negócios Estrangeiros escusou-se a responder.
 
"Não vou prestar declarações sobre isso", disse.
 
Machete, que falava aos jornalistas após a sessão de abertura da II Conferência sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, em Lisboa, foi questionado sobre a ausência do embaixador de Angola em Portugal nesta iniciativa.
 
Segundo a organização, apenas esteve presente o embaixador de Angola junto da CPLP.
 
"Não sei, não sei", referiu apenas o ministro.
 
José Eduardo dos Santos anunciou a 15 de outubro a suspensão da parceria estratégica entre Luanda e Lisboa.
 
Alguns dias antes, em entrevista à Rádio Nacional de Angola, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, tinha pedido desculpa a Luanda pelas investigações do Ministério Público português, declarações que provocaram polémica em Lisboa.
 
Na semana passada, o chefe da diplomacia angolana, Georges Chikoti, disse, em entrevista à Televisão Pública de Angola, que Luanda deixou de considerar prioritária a cooperação com Portugal, elegendo África do Sul, China e Brasil como alternativas.
 
Sobre a realização da primeira cimeira bilateral, inicialmente prevista para o final deste ano e adiada para fevereiro de 2014, o ministro angolano disse não ter "muita certeza" sobre a efetiva realização.
 
Em resposta, o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, declarou que o Governo português dá prioridade à resolução de "todas as perturbações que possam existir" na relação entre Portugal e Angola, que pretende manter e aprofundar.
 
Lusa
 

Sem comentários:

Mais lidas da semana