terça-feira, 22 de outubro de 2013

Portugal: Brutal aumento de impostos foi insuficiente para baixar défice - UTAO

 


A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) não prevê avanço das contas públicas e num relatório hoje divulgado sublinha que o aumento de impostos foi praticamente absorvido pelo aumento da despesa, pelo que o défice mantém-se idêntico ao do ano passado.
 
Na análise da UTAO ao segundo Orçamento Rectificativo para este ano, a unidade conclui que “excluindo o efeito de medidas de natureza temporária, a projecção actual aponta para um défice idêntico ao verificado no ano anterior”, ou seja 5,8% do PIB, o mesmo valor registado em 2012.
 
Neste sentido, e assumindo as estimativas comunicadas pelo Governo português a Bruxelas no final de Setembro, “o défice das administrações públicas ascendeu a 6,4% em 2012, o que corresponde a défice um excluindo medidas temporárias de 5,8% do PIB. Por sua vez, o défice agora previsto, excluindo medidas temporárias, deverá ascender a 5,8%, ou seja, igual ao verificado em 2012 em termos comparáveis”.
 
A UTAO conclui, por isso, que o brutal aumento de impostos, conforme classificou o antigo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, não foi suficiente para fazer baixar o défice ajustado.
 
Segundo o Jornal de Negócios, que teve acesso à análise da UTAO, este cenário é explicado por desvios em várias rubricas, entre elas as despesas com pessoal e consumos intermédios.
 
Lusa
 

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