quinta-feira, 7 de novembro de 2013

BRASIL EXUMA CORPO DE EX-PRESIDENTE MORTO NO EXÍLIO DURANTE DITADURA

 


O corpo do ex-presidente brasileiro João Goulart, que morreu no exílio durante a ditadura militar, será exumado para averiguar a hipótese de ter sido envenenado, segundo portaria do Governo brasileiro publicada esta quinta-feira.
 
O ex-presidente faleceu, segundo a versão oficial, de um ataque cardíaco, em Mercedes, na Argentina, no dia 6 dezembro de 1976 e o corpo foi enterrado na sua cidade natal, São Borja, no sul do Brasil, sem que tenha sido realizada autópsia.
 
O pedido de exumação partiu de familiares de João Goulart, baseado no depoimento de um agente dos serviços de informações do Uruguai, que alega que o ex-presidente terá sido assassinado por envenenamento.
 
A morte terá sido arquitetada por agentes da Operação Condor, um movimento conjunto das ditaduras sul-americanas, que tinha como intenção prender opositores de esquerda e dissidentes.
 
Para acompanhar os trabalhos de exumação, o Governo brasileiro nomeou um grupo de trabalho com nove representantes, coordenados pela Polícia Federal.
 
Foram nomeados ainda outros seis representantes internacionais, dois especialistas para cada um dos países que poderão ter tido algum envolvimento, Argentina, Uruguai e Cuba.
 
Peritos contratados pelos familiares também acompanharão os trabalhos.
 
As conclusões da investigação serão entregues à ministra brasileira dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e outro à Comissão da Verdade, grupo formado em 2011 para investigar os crimes cometidos durante a ditadura no Brasil.
 
Jornal de Notícias
 

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